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27 | Illusions, Discoveries and the Bottom of the Lake

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27. Ilusões, Descobertas e
o Fundo do Lago
       
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  Não pensa no Lago!
 
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    Aquela noite foi diferente das outras. Esperei até que todas as meninas do meu dormitório dormissem, e junto com Marshall me sentei no tapete circular de leão que ficava no meio do quarto. Eu estava com um humor ótimo, como não me sentia a um com tempo.

— Marshall. Marshall. Olha. — Falei fazendo um desenho de arco íris na mão e uma espécie de aura lilás começou a ser desenhada no ar — Legal, não é?

   Com um sorriso que ia de orelha a orelha eu imaginava coisinhas que iam aparecendo no quarto e desenhando coisas com os dedos.

— Oi. — Disse uma voz atrás de mim — Tá se divertindo,hem?

— Oi, Cedric. — Eu sorri me virando para ele — Olha isso. Olha. — Estiquei a palma da minha mão pra ele e mostrei uma flor que pairava acima dela com uma tonalidade lilás

— Tá aprendendo a controlar? — Ele perguntou se sentando no tapete ao meu lado — Como você fez com o Zacarias? Era mesmo uma cobra?

— Víbora europeia. — Respondi extasiada quando a mesma começou a se arrastar saindo de baixo da minha cama. Eu a peguei com delicadeza passando uma parte dela por meu pescoço e segurando sua cabeça para mostrar a Ced. O animal sibilou e mostrou sua língua para o garoto, suas escamas pretas brilhando — É venenosa, óbvio, mas é só uma ilusão. Zacarias enlouqueceu só porque ela se enroscou no pescoço dele.

— Você é terrível. — Ced riu quando eu fiz a cobra desaparecer

— Obrigada. — E fiz várias estrelinhas saírem do meu dedo — Isso é tão legal, Ced. Posso fazer as pessoas verem o que eu quiser que vejam... — Mas então lembrei de algo — Será que só funciona com um pessoa? Só o Zacarias viu aquela hora, e agora só você.

— Não sei. Talvez com prática você logo conseguirá controlar todos os seus dons. — O menino sorriu pra mim

— É mesmo. — E apontei meu dedo para Marshall como se fosse uma varinha — E se o Marshall fosse rosa? — E magicamente a cor dele mudou — Ahhhh... que fofinhoo. Isso é tão legal. Tão... posso mudar a cor do seu cabelo? — Acrescentei me virando com nítido entusiasmo para o menino

— Você já viu a hora? Você tem aula amanhã, sabia? — Perguntou meio rindo

— Você é chato. — Cruzei os braços me fazendo de magoada

— Vai deitar vai, amanhã você brinca mais com seus poderes. Só tenta não enlouquecer todo mundo com essas ilusões, ok? — E se levantou logo estendendo a mão pra mim que a aceitei e ele me ajudou a levantar

— Ok. — Falei com um sorriso travesso — Mas olha por onde anda.

   Cedric fez uma cara indagadora e olhou para o chão. O piso tinha sumido e no lugar havia várias pedras a intervalos de alguns metros de distância, e uma larva que fumegava muito logo abaixo.

— Rox! — Ced cruzou os braços e falou com voz séria, mas no fundo rindo

— Ok. Ok. — E eu fiz tudo sumir apanhando Marshall nos braços — Boa noite, Cedric.

— Boa noite, Rox. — Ele falou com um sorriso se aproximando de mim que já estava deitada na cama — E vai dormir mesmo, ok? Arc vai te encher amanhã, então descansa.

  Eu sorri concordando, então fechei as cortinas da minha cama, e com Marshall ao meu lado, fechei os olhos e dormi. Não sem antes fazer aparecer várias estrelinhas no teto. Esse poder é mesmo irado.

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   Me senti mais feliz pelo resto do fim de semana do que me sentira até ali. Embora Cedric estivesse certíssimo quando mencionara que Arc iria me encher no domingo. O plano era terminar meus deveres que estavam acumulados, mas onde eu estava? Exatamente, presa no meu dormitório com três espíritos.

— Se for pra me manterem em cárcere privado ao menos alguém vigia a porta do dormitório pra impedir que eu receba mais nome de louca do que eu já recebo. — Resmunguei me largando na cadeira do quarto que ficava frente a penteadeira

— Já vi que sobrou pra mim. — Disse uma Mia melancólica enquanto desaparecia do quarto

— Você sabia bem que uma hora ou outra teríamos que conversar sobre isso. — Dizia a voz séria de Arc — Já te dei semanas demais, não dá mais pra você fugir. E se quer saber, essa sua amiga, Amélia, é muito estranha.

— Ela não é estranha! — Insisti — E não há nada de errado com ela.

— É o que precisamos descobrir. E para isso precisamos entrar na Sala do diretor para colher informações sobre Alba Hughes. Se é que é esse o nome dela.

— Eu não posso invadir a sala do diretor. Arc, você quer que eu seja expulsa?? — Perguntei indignada — Porque vocês não vão lá e me trazem os arquivos?

— Não podemos tocar nas coisas. — Disse Cedric suspirando — Se pudéssemos eu jogaria quadribol de madrugada na hora em que todos estivessem dormindo. Me faz muita falta sabia?

— Diggory já me falou que você está aperfeiçoando as ilusões. Tá virando uma feiticeira nata, hem. — Arc sorriu pra mim — Tenho certeza que tem mais dons escondidos aí.

— Hum... — Murmurei

— Mas... se... — Arc sorriu como se acabasse de ter uma idéia fantástica — Será??
  
   Eu olhei pra Cedric sem entender coisa alguma e o menino me devolveu o olhar indagador. Arc no entanto sorria, levantou a mão despreocupadamente e manteve os olhos fixos nela, só percebi quando uma espécie de bola, parecida com um balaço só que um pouco menor, apareceu na mão dele. Ele continuava a olhando com nítida diversão
  
— Arc, você... — Mas antes que eu pudesse terminar de falar só percebi quando a bola foi atirada na minha direção com toda a força. Levei minhas mãos ao rosto desesperada, e naquele momento tudo que eu pensava era me desviar daquela bola, meus olhos estavam fechados, e senti uma raiva enorme de Arc naquele momento

— Uou. — Ouvi a exclamação de Cedric, e notei uma coisa... a bola ainda não me atingira, então simplesmente tirei a mão dos meus olhos para ver o que acontecera — Primeiro eu pensei que você fosse agarrar a bola, mas isso...

   Isso. É, eu estava tão surpresa quanto Cedric. O caso é que há apenas alguns segundos eu estava sentada na cadeira da penteadeira, com uma bola prestes a bater em mim, e como agora eu estava sentada na minha cama!?

— Eu aparatei? — Perguntei erguendo as sobrancelhas para Arc que ria com afeição

— Não se pode aparatar em Hogwarts. Nunca leu Hogwarts: Uma História!? — Ele falou como se fosse óbvio

— E o que raios aconteceu!? Como eu vim parar aqui tão rápido e... cadê a bola?

— Ela não ia realmente bater em você. Nem era de verdade. — Respondeu Arc simplesmente — E eu queria testar se você tinha mais habilidades. Eu ouvi falar dessa em um livro. Teletransporte, é parecido com aparatação, mas é bem diferente em alguns aspectos. Aparatar é bem... perigoso e desastroso podendo causar estrunchamento e até a morte se não for usado direito. Já o teletransporte é meio que mais fácil, você nem percebeu que saiu do lugar, não é?

— Não. — Respondi meio intrigada olhando da penteadeira até onde eu estava — Um frio na barriga apenas, mas achei que era por causa da bola.

— O que você pensou pra sair do lugar?

— Que não queria que a bola batesse em mim... Só isso, eu acho.

— Interessante. Os efeitos do teletransporte são mesmo bem diferentes da aparatação. — Ele suspirou — Mas como espíritos também podemos desaparecer e aparecer. É uma espécie de teletransporte, eu acho.

— É legal até. Os fantasmas não fazem isso. — Mencionou Cedric rindo

— Ok. Mas onde vamos chegar com isso? — Perguntei cruzando os braços

— Não é simples? — Arc riu — Você vai se teletransportar para a sala de Dumbledore. Dessa forma ninguém te ver entrando e não tem como você levar uma detenção.

— É um bom ponto. — Disse Cedric

— E se eu não conseguir? Eu ainda não sei como fiz aquilo.

— Você só queria se desviar da bola, por isso você desapareceu. É só imaginar a Sala de Dumbledore, já entrou lá?

   Parei de repente para tentar pensar, mas a resposta era óbvia. Eu nunca havia entrado, nem ao menos sabia onde era.

— Não.

— Eu já. — Respondeu Arc — E não me perguntem o porquê. Vamos fazer o seguinte, eu vou averiguar o lugar, para me certificar de que está vazio. Então eu volto com as informações do lugar, e você, Rox, vai tentar se teletransportar para lá, combinado?

— E se eu errar e for parar em outro lugar? Ou... se eu deixar uma parte do meu corpo pra trás? — Falei começando a ficar nervosa

— Não é aparatação! — Arc disse — Cedric convence ela, vou lá dar uma olhada.

   E sumiu

   Encostei minha cabeça no travesseiro já meio impaciente com tudo aquilo. Eu não desconfiava de Amélia. Como desconfiaria? Lia é minha amiga, mais que isso, ela é apaixonada pelo meu irmão, George é caidinho por ela, claro que não há nada errado com ela ou a mãe dela. Eu só aceitei aquilo pra ver se Arc saia do meu pé. Ainda estava tentando me adaptar com a ideia de ter esses dons, eu sempre achei ser uma bruxa comum, das que mal conseguiam empunhar uma varinha direito, como eu poderia sonhar em ser uma feiticeira com uma mescla de dons incríveis?

   Posso ter sido abençoada por Merlim. Mas ele errou, não sou boa o suficiente para usar esses poderes, não os sei usar, tudo o que está acontecendo é tão confuso em minha mente, e ainda tem o fato de que Arc, Cedric e Mia não podem me falar nada relevante. Como essa tal Profecia. Que Profecia é essa e por quê é tão importante?? E o que Sirius quis dizer aquele dia? Ou Snape na aula em que eu vi os pais de Harry? São tantas perguntas que ninguém parece disposto a responder...

— Ôu. — Levantei minha cabeça ao ouvir a voz de Cedric — Tô te chamando há meia hora. Tá voando? — Acrescentou em tom de riso

— Só pensando. O que aconteceu? Já é hora da investigação?

— Arc ainda não voltou, mas deve voltar logo, só queria te dizer uma coisa. — E então ele se aproximou de mim com um sorriso — Não esquece que você é incrível e que esses seus poderes são dons ok?

— Obrigada, Ced. — Falei me sentando na cama e abrindo um sorriso para o menino — Gostaria de ter sido sua amiga antes de...

— Tudo bem. — Ele riu — Se eu soubesse que você era legal teria me aproximado de você antes.

— Quem diria, né? — Comentei meio rindo — Eu quase te odiava enquanto você estava vivo, pra gostar de você agora morto.

   Cedric balançou a cabeça e riu.

— Amizades pós-morte são mais difíceis de acabar, sabia?

— Valeu mesmo por tudo tá, Ced?

— Obrigado você, por me fazer se sentir vivo de novo.

— Área limpa. — Arc acabara de voltar ao quarto

   As informações eram simples. Eu devia me imaginar na Sala de Dumbledore, e automaticamente seria transportada para lá. Era fácil falar sendo espíritos, não é?

   Fechei meus olhos com força e comecei a me imaginar indo parar lá.
  
   Escritório de Dumbledore, Sétimo andar.
   Escritório de Dumbledore, Sétimo andar.
   Escritório de Dumbledore, Sétimo andar.

   Abri meus olhos, continuava no meu dormitório com Cedric e Arc na minha frente.

— Não adianta. — Cruzei os braços olhando pra eles

— Talvez com uma motivação. — Arc riu estendendo a mão para o ar

— Não, Arc! Quer parar de lançar coisas em mim!? — Esbravejei impaciente e amedrontada com a perspectiva, e como em um passe de mágica, senti novamente um frio na barriga. Era uma sensação rápida, tudo ficou borrado

   Eu pisquei os olhos. Não estava mais no meu dormitório, com certeza não.

— Carácoles! — Exclamei com um sorriso olhando ao redor. Uma coisa era certa: de todas as salas de professores que eu visitei até aquele dia, a de Dumbledore era de longe a mais interessante.

   Era uma sala bonita e circular, cheia de ruídos engraçados. Havia vários instrumentos de prata curiosos sobre mesas de pernas finas, que giravam e soltavam pequenas baforadas de fumaça. As paredes estavam cobertas de retratos de antigos diretores e diretoras, todos eles cochilavam tranquilamente em suas molduras.

— Bem vinda ao escritório do diretor! — Disse a voz risonha de Arc vindo de trás de mim, Mia e Cedric estavam com ele

   Eu continuei a observar sem dar muita atenção aos três. Nas janelas haviam espessas cortinas que parecem quase nunca serem fechadas, um grande lustre central e diversos candelabros nas paredes. Logo ao centro tinha uma grande escrivaninha, que dá de frente para a porta, que possui pés de garras, feita em cedro polido, e por detrás da mesma, uma grande poltrona em madeira escura muito bem estofada em um verde aveludado. Atrás da escrivaninha, uma grande estante, e, pousado sobre uma prateleira atrás dela, um chapéu de bruxo surrado e roto – o Chapéu Seletor. Ao seu lado, uma redoma protegia uma magnífica espada de prata, com o punho cravejado de grandes rubis, em que eu reconheci ser a espada que pertencera outrora a Godric Gryffindor, fundador da minha Casa. Eu a examinava, quando a voz de Arc me tirou dos meus pensamentos.

— Sei que ela é linda, mas temos algo a procurar não acha?

   Cruzei os braços e me voltei pra ele. Havia várias estantes de livros ao nosso redor, mais parecia uma espécie de biblioteca. Uma escada dos dois lados levava até mais alguns livros que ficavam acima na estante.

— Sabem onde está? — Perguntei os encarando

— Claramente não nos livros. — Disse Mia — Olha, abre aqui. — E então desapareceu indo até o fim da sala onde havia enormes armários que iam até o teto. Eram aqueles tipo de armários que se encontrava em escritórios, onde se guardam pastas suspensas

— Boa, Mia. — Sorriu Arc

   E assim nós nos aproximamos dos armários. Cada uma das grandes gavetas continha um ano. As mais altas eram bem mais antigas, óbvio Hogwarts já havia sido fundada há séculos.

— Então. Qual o ano estamos procurando? — Perguntei analisando os números atentamente

— Alba não deve ser mais velha que Sienna, até pela idade da Amélia, não é? E também não imagino sendo mais velha que a Carolla. Então olha de 1968 até 1971. — Respondeu Arc calmamente

— São quatro anos. Você tem ideia de quantas pessoas são?

— Se começarmos logo não demorará tanto. — Devolveu o garoto

   Fui até a gaveta intitulada “1968” e a abri, estava em ordem alfabética, seria fácil achar uma ‘Alba’, se a ordem fosse de nomes, mas o que me irritou é que era de sobrenomes.

— Adams... Alexander... Allen... — Comecei a falar a medida que passava as pastas — Avery... Benett... Black... — E então eu parei e puxei a pasta para a analisar — Bellatrix Black. — Li enquanto observava — Vocês não me disseram que ela é família do Sirius.

— A maioria dos Sangue-puro são famílias, precisam casar entre si pra continuar com a supremacia. — Arc deu de ombros — E você tem que tirar todas as pastas, lembra?

— Joga aqui que a gente vai lendo. — Disse Mia que estava sentada no tapete da sala

— Ok. — Suspirei e fui tirando as pastas enquanto ainda lia os sobrenomes — Burke... Cook... Clark... Edwards... Green... Harris... Jones... Lestrange... Blá, blá, blá e Travers.

   Suspirei e joguei todos no tapete que Mia estava.

— Sabe que vai ter que organizar tudo em ordem alfabética quando for guardar né? — Me lembrou Cedric e eu apenas dei de ombros

   Demorou alguns minutos e quando eu notei já estávamos cercados por pastas e mais pastas de ex-alunos de Hogwarts. Começamos naturalmente olhando os que ingressaram em 1968. Mas não havia nenhuma Alba, olhamos um por um e nada, eram quase quarenta alunos e nenhum deles tinham aquele nome. Demorei analisando por alguns segundos a pasta de Bellatrix Black. Arc também me mostrou as de Rodolphus Lestrange e Carolla Burke. Me assustei quando notei que realmente Carolla tinha uma vasta semelhança com a Sra. Hughes.

— Carolla Meredith Burke. — Li enquanto andava de um lado para o outro com a pasta na mão e analisava cada detalhe dela — Nasceu em vinte e quatro de janeiro de 1957, ui... ela é de aquário. Casa: Slytherin. Pais: Herbert Burke II e Savanna Burke, nascida Nott. Ok, entendi porque o Matheo babaca disse ser primo do tal Theodore Nott... Notas boas, na verdade foram ótimas... hum... foi monitora no quinto ano... er, não tem nada demais aqui.

   Arc me olhou seriamente. Mia e Cedric apenas se concentraram em olhar as outras pastas.

— A aparência dela. Ela é igual a Alba! — Insistiu Arc — E não importa o que diz aí, ela era uma Comensal da Morte.

— Ok. Vamos olhar em 1969. — Falei sem me importar com a cara que ele fazia

   Olhamos em 1969 e 1970, mas também não encontramos nenhuma ‘Alba’, eu apenas me distraí olhando as informações de Rabastan Lestrange, irmão mais novo de Rodolphus, de Dickson Goyle, Bruce Crabbe, Jeffrey Zabini, Perseus Parkinson e Christopher Brown... por sinal o pai da Lav era bem inteligente, ao contrário dos pais das cobras. Em 1970 também achei os pais de Matheo Burke, o tal Pollux Burke, irmão mais novo da Carolla, e Raffey Avery, mas em suas pastas não mostrava nada demais.

— 1971. — Suspirei quando peguei as pastas logo depois de guardar as outras que estavam espalhadas pra não acabar misturando

— Só tenta não ficar olhando os dados de todo mundo já que esse é o ano que mais tem pessoas que você conhece. — Aconselhou Cedric

— Podemos olhar 1972? Quero ver as notas do Arcturos. — Comentou Mia entre risinhos

— Cala a boca, Mirian Lourence. — Retrucou Arc

— Mirian? — Eu ri enquanto a menina cruzava os braços

— Mia. Me chama de Mia. — Pediu ela

— Ok. — E então espalhei as pastas dando um bolo a cada um

   Era impossível não querer olhar as informações dos alunos conhecendo aqueles sobrenomes. Passei primeiro por Abott e Bones, então dei uma olhada nas informações de Sirius Black, notas quase boa e várias detenções. Não evitei dar um sorriso enquanto lia, mas então eu vi um nome que me chamou um pouco a atenção... ‘Narcissa Rosier Black’.

— Black? — Perguntei analisando a pasta

— Que foi? — Arc revirou os olhos

— A mãe do Draco era uma Black!? — Perguntei ainda sem acreditar

— Sabe a Ninphadora Tonks? — Arc perguntou e eu assenti — Ela é filha da Andrômeda, nascida Black. Andrômeda tinha duas irmãs... quer dizer tem. Ela foi queimada da árvore, mas não quer dizer que morreu. O que eu quero dizer é que as duas irmãs são Bellatrix Black que virou Lestrange e Narcissa Black, agora Malfoy.

— Hum... — Resmunguei colocando a pasta de lado — São muitos Black pra minha cabeça.

   Apenas suspirei e analisei as outras pastas. Parei novamente em Lilian Evans, mas pelo que parece a mãe de Harry era uma excelente aluna. Então... Alice Fortescue e Frank Longbottom, os pais de Neville, Remo Lupin, Lucius Malfoy, Dorcas Meadowes, Marlene Mckinnon, Sienna Misttigan, James Potter, Peter Pettigreew, Severus Snape ( O qual eu demorei mais analisando, querendo achar notas baixas, mas não encontrei nada para o meu desânimo ), Lucinda Talkolt e por fim... Emma Vanity.

— Nenhuma Alba. — Sussurrei pra mim mesma

    Arc já estava me olhando como se me dissesse que estava certo, eu no entanto estava atordoada. Havíamos revistado quatro turmas e nada. Em nenhum deles havia alguma ‘Alba’. Nenhum! Eu estava achando tudo aqui tão estranho, e comecei a me perguntar se Arcturos estava certo esse tempo todo. Amélia não é quem diz ser? Alba Hughes não existe?

— Tem que ter alguma explicação pra isso! — Exclamei batendo a última pasta no chão — Talvez a Sra. Hughes seja de outra turma. A de 67 talvez ou antes disso... quem sabe depois de 71. Claro que existe uma justificativa. Tem que ter alguma Alba em uma dessas turmas. Tem que ter!

— Rox, por que você não aceita que essa Alba não existe, hem? — Retrucou Arc

— Mas ela pode estar certa. — Se pronunciou Cedric com sua voz sempre calma —  A Alba realmente pode estar em outro ano. Não parou pra pensar que você pode estar errado, Arc?

   Arc bufou, estava prestes a falar quando uma voz rouca e meio abafada foi ouvida.

— Na verdade não.

   Eu me virei assustada e comecei a passar o olhar por toda a sala para ver se eu achava o dono da voz. Meu coração batia forte. Arc, Cedric e Mia pareciam igualmente assustados.

— Aqui. — Repetiu a voz — Na parede. — Eu então passei meu olhar pela parede, os quadros continuavam adormecidos — Um pouco mais pra baixo. — Abaixei então meu olhar e notei que um deles estava acordado — Isso.

   Era um dos antigos diretores de Hogwarts. Tinha a pele clara, olhos castanhos e uma longa barba, mas com uma aparência muito digna e solene, vestido em longos e majestosos mantos.

— Não precisa se assustar. — Ele riu ao notar que eu ainda estava perplexa e nitidamente assustada — Sou Armando Dippet, antecessor de Alvo Dumbledore.

— Eu... Rox. Roxanne na verdade. — Falei acanhada — Roxanne Weasley.

— Ah, sim sim. Eu sei quem você é. — Ele sorriu novamente — E é um prazer falar com você, Srta. Weasley.

— Sabe quem eu sou? — E então eu ergui as sobrancelhas

— Não foi seu irmão quem bateu um Ford Anglia no Salgueiro Lutador em 1992? — Perguntou ele, enquanto eu recordava o acontecimento daquele ano e ria — É, me culparam por isso.

— Sinto muito, Sr. Dippet.

— Não sinta, você não tem nada haver com isso.

— Sr. Dippet. — Chamei ao lembrar do que ele falara anteriormente — O que o senhor quis dizer com “Na verdade não”?

— Alba não é um nome comum aqui na Inglaterra. — Disse ele — É mais comum na Espanha e um pouco nos Estados Unidos, mas não aqui. Te garanto, você pode revistar cada uma dessas gavetas, mas apenas uma pessoa com esse nome estudou aqui em Hogwarts e foi em 1930. Talvez outra pessoa com esse nome tenha passado por aqui antes que eu virasse diretor em 1910, mas aí não saberei te dizer. E tenho certeza que essa pessoa não estaria mais viva, ou se estiver, estará tão velha quanto Alvo, então provavelmente não é quem você está procurando.

   Eu fiquei perplexa e meu mundo meio que caiu. Se não havia nenhuma Alba, então era mentira. Amélia mentiu, a mãe dela nunca estudou em Hogwarts, e se estudou... foi com outro nome.

— Rox... — Cedric me chamou

— Sr. Dippet, tem certeza? — Perguntei em êxtase

— Absoluta, Srta. Weasley. Minha memória é de ouro. Tenho certeza do que falo. Nenhuma Alba estudou aqui nesses anos que você procura.

— E alguém com o sobrenome Hughes?

— Só uma pessoa com esse sobrenome entrou em Hogwarts. Na verdade ela ainda estuda aqui. Amélia Hughes, da sua turma.

   Eu olhei pra Cedric, Arc e Mia com intensidade, me negava a acreditar que Amélia havia mentido pra mim. Que Arc estivesse certo.

— Está vendo, Rox? — Disse ele

— Para!  — Exclamei — Você é igual ao Harry e ele sempre erra as pessoas que vai julgar, sempre aponta na direção errada. Com Snape no primeiro ano, Hagrid e Draco no segundo, Sirius no terceiro, Karkaroff no quarto. Você pode muito bem estar errado em relação a Amélia, só para!

— Se quer se enganar aí é com você. — Retrucou com um dar de ombros — Essa sua mania de nunca enxergar as coisas que estão na sua frente!

— Que direito você tem de me dar ordens!? Você tá morto!

   Arc bufou e estava prestes a responder, quando Mia nos cortou.

— Aquele quadro não pode nos ver, não é? — Ela falou meio acanhada — Então pra ele você está gritando sozinha.

   Eu então me lembrei que o Sr. Dippet continuava ali pendurado, e eu aqui dando uma de louca. Senti meu corpo tremer novamente e me virei pra ele com o melhor sorriso que pude.

— Os espíritos são tão irritantes quanto os fantasmas? — Ele perguntou assim que eu me virei

— Am? — Arqueei uma sobrancelha

— Sabemos que fantasmas são mortos que tiveram medo da morte, por isso vagam entre os vivos, já os espíritos são diferentes. São irritantes também? — Reforçou a pergunta

— Ele sabe que... ele tá nos vendo?? Quê? — Exclamou Mia

— Não... ele não está nos vendo. — Disse Cedric, mesmo que meio intrigado

— Sr. Dippet... eu?

— Oh, querida. Eu sei. — Ele riu — Como não saberia? É um prazer enorme está falando com uma verdadeira Médiumaga.

— Uma o quê!?

— Médiumaga, feiticeiras extremamente poderosas que são capazes de se comunicar com o mundo dos mortos, e verem coisas que ainda não aconteceram. — Disse ele ainda sorrindo — Além de outros poderes. É realmente um prazer falar com você, Srta. Weasley. A única Médiumaga de sua geração.

   Eu olhei para Cedric, Arc e Mia no mesmo instante, eu estava incrédula.

— Então é esse o termo. — Mia riu — Eu tinha esquecido.

  Cedric no entanto balançou a cabeça e riu.

— Você sabia?

— Sua amiga, a Hermione Granger. — Respondeu Cedric — Ela descobriu ontem à noite. Desconfiou desde que você me deixou visível na Comunal da Gryffindor. Desde então ela vive mergulhada em livros, depois que você fez Zacarias ver a cobra, acho que ela encaixou as peças que faltavam. Médiumaga, eu vi quando ela descobriu.

— A Mione sabe. — Arregalei meus olhos

— Se eu fosse você já teria conversado com os três. — Arc deu de ombros

  Eu suspirei e me voltei para o quadro mais uma vez.

— Sr. Dippet, como você sabe?

— Como poderia eu não saber? Você é a garota da Profecia. Nascida no início de março de uma gestação de gêmeos, a garota capaz de falar com os mortos.

— Mas que profecia é essa? Por que ninguém me explica isso?

— Adoraria te explicar com riqueza de detalhes, Srta. Weasley, mesmo sendo você a ter o olho interior e a conexão com o mundo dos mortos, e não eu. Mas tem alguém junto com o Prof. Dumbledore subindo as escadas para o Escritório neste exato momento, contudo creio eu que agora não é uma boa hora.

   Eu dei um pulo no determinado momento.

— Carácoles, eu tô frita!

— As pastas, Rox. As pastas! — Exclamou Mia parecendo tão assustada quanto eu

   Agarrei cada uma delas correndo para guardar na gaveta, mas então lembrei de uma coisa.

— Sr. Dippet o senhor não vai contar a ninguém que eu estive aqui, né?

— Oh não, é claro que não. Quando quiser conversar, eu sou todo ouvidos. Você sabe como me encontrar.

   Abri um sorriso para o quadro enquanto organizava com pressa as últimas pastas.

— Merlim, e agora? — Exclamei olhando pra Arc

— Pensa em sair daqui.

— Como?

— Por tudo que é mais sagrado, a qualquer momento a porta vai ser aberta, Rox!! — Disse Mia parecendo bem nervosa

— Eu só queria estar em qualquer lugar agora que não fosse aqui, até mesmo podia ser o lago.

— Não pensa no lago! — Exclamou Arc e Cedric ao mesmo tempo

— Ué, por quê?

   Mas nunca tiveram tempo o suficiente de me responder, o som da maçaaneta sendo girada foi o suficiente pra me fazer ficar nervosa e sair de lá, um frio percorrendo minha barriga, um piscar de olhos e eu não estava mais no Escritório de Dumbledore.

— Aqui com certeza não é o meu quarto! — Cruzei os braços enquanto sentia o vento bater forte no meu rosto e meu cabelo encaracolado voava

   Pelo que parecia, eu estava fora do castelo; dei então uma volta para analisar o local, mas no momento em que virei meu pé direito esperando encontrar algo para o posicionar, encontrei o vazio, não havia nada, então eu cambaleei, e caí.

  Não estava em um penhasco alto, então a queda não foi muito longa, Entrei eu não demorei a sentir um frio tão intenso que fez meu corpo inteiro arder, como se eu tivesse acabado de cair no gelo, mas a realidade não era tão diferente... eu tinha acabado de cair no Lago Negro. E como se isso não fosse suficientemente ruim, eu não sei nadar.


   Hello meus bruxinhos lindos!!

   Como vocês estão?

   Eu tô ótima que minhas aulas voltaram hoje, tô é feliz kkk. E também tô ansiosa pra postar a prévia da terceira temporada que vocês escolheram pra comemorar 1 ano da história.

   Gente, é sério, vocês vão amar saber um pouco dos novos personagens e já sabem um tanto de quem vai casar com quem, profissões, nome, personalidade e a casa dos filhos kkkk. Cês vão amar! Mas também vão surtar por causa dos fios soltos que só vão se acertar quando estivermos em Relíquias ou na própria terceira temporada kkk.

  Entt sim, a prévia só vai deixar vocês mais e mais ansiosos kkkk.

   Tô escrevendo Enigma do Príncipe, travada sim, mas a cada dia mais motivado quando sinto que vocês realmente estão gostando da história.

   Obrigada por tudo amoresss!!
   Cês são muito especiais pra mim.

    Loveee U

– Bjosss da tia Nick.

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