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26 | In The Hog's Head

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26. No Cabeça de Javali
       
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  É verdade que você é capaz de produzir um Patrono?

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    Arc não me pressionou em relação a Amélia ou Carolla Burke durante duas semanas. Acredito que parte disso se devesse à Mia, ela devia ter falado com ele para não ficar me incomodando com essas coisas por enquanto, embora eu tenha notado, todas as vezes que o vi, que ele andava nervoso. Hermione também não havia mencionado sua sugestão para Harry ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas durante esse período. Finalmente as detenções terminaram (eu duvidava muito de que as palavras agora gravadas nas costas da minha mão viessem a desaparecer totalmente). Rony e eu tivemos mais quatro treinos de quadribol e ele não levara nenhum grito nos últimos dois, nós quatro tínhamos conseguido fazer desaparecer nossos ratinhos em Transfiguração (aliás, Hermione já se adiantara e estava fazendo desaparecer gatinhos), quando o assunto foi novamente abordado, em uma noite de violenta tempestade, no final de setembro, quando nós quatro estávamos sentados na biblioteca procurando ingredientes de poções para um dever passado por Snape. Mia estava sentada em cima de uma pilha de livros com as pernas cruzadas enquanto despreocupadamente serrava as unhas. Arc e Ced não estavam presentes.

— Eu estive me perguntando — Disse Hermione, de repente — se você já voltou a pensar na Defesa Contra as Artes das Trevas, Harry.

   Mia desviou o olhar das mãos e levantou a cabeça pra observar a conversa.

— Claro que pensei. — Disse Harry rabugento — Não consigo esquecer, e não daria mesmo, com aquela megera ensinando a gente...

— Estou falando da idéia que os gêmeos e eu tivemos... — Rony lançou a Hermione um olhar assustado e eu lancei um ameaçador. Ela fechou a cara para nós — Ah, tudo bem então, a ideia que eu tive... de você nos ensinar.

   Harry não respondeu imediatamente. Fingiu estar examinando uma página de Contravenenos asiáticos, por alguns instantes.

— Bom. — Disse lentamente — É, eu... pensei um pouco.

— E? — Perguntou Hermione pressurosa

— Não sei. — Disse o garoto procurando ganhar tempo. E olhou para mim.

— Eu já disse minha opinião. — Falei com um dar de ombros. Harry então olhou para meu irmão

— Achei uma boa ideia desde o começo. — Interveio Rony, que parecia mais interessado em entrar na conversa agora que tinha certeza de que o amigo não ia recomeçar a gritar

   Harry mexeu-se pouco à vontade na cadeira.
  
— Vocês prestaram atenção quando eu disse que muita coisa foi sorte?

— Prestamos, Harry. — Confirmou Hermione gentilmente — Mas não adianta fingir que você não é bom em Defesa Contra as Artes das Trevas, porque é. Você foi a única pessoa no ano passado que conseguiu se livrar completamente da Maldição Imperius, você é capaz de produzir um Patrono, você sabe fazer uma quantidade de coisas que bruxos adultos não conseguem, o Vítor sempre disse...

   Rony se virou tão depressa para Hermione que pareceu dar um mau jeito no pescoço. Esfregando-o, falou:
  
— É? Que foi que o Vitinho disse?

— Ho, ho. — Caçoou Hermione com a voz entediada — Disse que Harry sabia fazer coisas que nem ele sabia, e olha que estava cursando o último ano de Durmstrang.

   Rony ficou olhando Hermione desconfiado.

— Você continua em contato com ele?

— E se continuar? — Perguntou Hermione, calmamente, embora seu rosto estivesse um pouco corado — Posso ter um correspondente se...

— Ele não queria ser só seu correspondente. — Rony a contradisse em tom de acusação

   Hermione sacudiu a cabeça exasperada e, ignorando Rony que continuava a observá-la, dirigiu-se a Harry:

— Então, que é que você acha? Vai nos ensinar?

— Só você, Rony e Rox, está bem?

— Bom. — Disse Hermione, tornando a parecer um tantinho ansiosa — Bom... agora não vai perder as estribeiras outra vez, Harry, por favor... mas acho realmente que você devia ensinar qualquer um que quisesse aprender. Quero dizer, estamos falando em nos defender de V-Voldemort. Ah, não seja patético, Rony. Não parece justo que a gente não ofereça essa oportunidade a outras pessoas.

   Harry refletiu por um momento, depois disse:
  
— Tá, mas duvido que mais alguém além de vocês três me queira como professor. Sou pirado, lembram?

— Não mais que eu. — Comentei em voz baixa e tom entediado

— Bom, acho que você ficaria surpreso com o número de pessoas que estariam interessadas em ouvir o que você tem a dizer. — Disse Hermione séria — Escute. — Ela se curvou para Harry; Rony, que continuava a observá-la de cara amarrada, curvou-se para a frente também para escutar e eu não hesitei em fazer o mesmo — Você sabe que o primeiro fim de semana de outubro é o da visita a Hogsmeade? E se dissermos a quem estiver interessado para se encontrar com a gente na vila e discutir o assunto?

— Por que temos de fazer isso fora da escola? — Perguntou Rony

— Porque sim. — Respondeu Hermione, voltando ao diagrama do Repolho Chinês Glutão que estava copiando — Acho que a Umbridge não ficaria muito feliz se descobrisse o que estamos tramando.

— Ela ainda acha? — Perguntou Mia meio rindo e fazendo ênfase no “acha”

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   O dia da visita a Hogsmeade amanheceu claro, mas ventoso. Vega parecia estaxiada com a ideia de finalmente poder ir, embora ela não passasse tanto tempo conosco ultimamente. Depois do café da manhã, nos enfileiramos perante Filch, que conferiu nossos nomes na longa lista de alunos que tinham permissão dos pais ou guardiões para visitar a vila.

   Nós três passamos entre os altos pilares de pedra, encimados pelos javalis alados, e viramos à esquerda, tomando a estrada para a vila, a força do vento fazendo nossos cabelos fustigarem nossos olhos.

— Aonde é que estamos indo, afinal? — Perguntou Harry quando íamos chegando — Ao Três Vassouras?

— Ah... não. — Respondeu Hermione — Não, está sempre lotado e muito barulhento. Disse aos outros para nos encontrarem no Cabeça de Javali, o outro pub, sabe qual é, fora da estrada principal. Acho que é um pouco... sabe... suspeito... mas os estudantes em geral não vão lá, por isso acho que não seremos ouvidos.

   Descemos a rua principal, passamos pela Zonko’s – Logros e Brincadeiras, onde não nos surpreendemos de encontrar Fred, George e Lee; passamos pelo correio, de onde as corujas saíam em intervalos regulares, e viramos para uma ladeira lateral, no alto da qual havia uma pequena estalagem. Um letreiro maltratado de madeira estava pendurado sobre a porta, em um suporte enferrujado, com o desenho da cabeça decepada de um javali, pingando sangue na toalha branca que o envolvia. O letreiro rangia ao vento quando nos aproximamos. Os quatro hesitamos à porta.

— Bem, vamos. — Disse Hermione, ligeiramente nervosa. Harry entrou à frente, seguido por mim.

   Não era nada parecido com o Três Vassouras, cujo grande bar dava a impressão de calor e reluzente limpeza. O Cabeça de Javali compreendia uma salinha mal mobiliada e muito suja, e tinha um cheiro forte, talvez de cabras. As janelas curvas eram tão incrustadas de fuligem que pouquíssima luz solar conseguia chegar à sala, iluminada com tocos de velas postos sobre mesas de madeira tosca.

   O chão, à primeira vista, parecia ser de terra batida, mas, quando pisei, deu para perceber que havia pedra sob o que concluí ser uma camada secular de sujeira acumulada.
  
   Lembrei-me de Hagrid ter mencionado o pub no meu primeiro ano de escola. “É, a gente vê muita gente esquisita no Cabeça de Javali”, dissera para explicar como havia ganhado o ovo de dragão de um estranho encapuzado que encontrara ali. À época, me perguntei por que Hagrid não tinha achado curioso que o forasteiro mantivesse o rosto oculto durante o encontro; agora eu vi que manter o rosto oculto era uma espécie de moda no Cabeça de Javali. Havia um homem no bar que trazia a cabeça toda envolta em sujas bandagens cinzentas, embora ainda conseguisse engolir incontáveis copos de uma substância ardente e fumegante por uma fenda no lugar da boca; dois vultos encapuzados se achavam sentados a uma mesa junto a uma janela, e em um canto sombrio junto à lareira havia uma bruxa com um véu negro e espesso que lhe caía até os pés. Só era possível ver a ponta do seu nariz porque seu volume fazia o véu levantar um pouco.

— Não sei como você está se sentindo, Hermione. — Murmurei, quando atravessamos o recinto até o bar. Eu olhava especialmente para a bruxa com o pesado véu — Não lhe ocorreu que a va- Umbridge possa estar embaixo daquilo?

   Hermione lançou um olhar de avaliação para a figura velada.
  
— A Umbridge é mais baixa do que aquela mulher. — Murmurou — E, de qualquer forma, mesmo que venha aqui não há nada que possa fazer para nos impedir, Rox, porque verifiquei mais de duas vezes as regras da escola. Não estamos fora do perímetro permitido; perguntei especificamente ao Prof. Flitwick se os estudantes tinham permissão para entrar no Cabeça de Javali e ele disse que sim, mas recomendou várias vezes que trouxéssemos os nossos copos. E consultei tudo em que pude pensar sobre grupos de estudo e deveres, e decididamente estamos cobertos. Só não acho que seja uma boa ideia a gente ficar alardeando o que está fazendo.

— Não. — Disse Harry — Principalmente porque não é bem um grupo para fazer deveres que estamos organizando, não é?

   O barman saiu de um aposento nos fundos e se aproximou. Era um velho de ar rabugento, com uma espessa cabeleira e barbas grisalhas. Era alto e magro, e achei-o vagamente familiar.

— Quê? — Resmungou ele

— Quatro cervejas amanteigadas, por favor. — Disse Hermione

   O homem meteu a mão sob o balcão e tirou três garrafas muito empoeiradas, muito sujas, e bateu-as em cima do bar.
  
— Oito sicles.

— Eu pago. — Disse Harry, entregando-lhe, depressa, a moeda de prata. Os olhos do homem fotografaram Harry, e se detiveram uma fração de segundo em sua cicatriz. Então ele virou as costas e guardou o dinheiro numa velha registradora de madeira, cuja gaveta se abriu automaticamente para recebê-lo. Eu, Rony, Harry e Hermione nos retiramos para a mesa mais afastada do bar e nos sentamos, correndo o olhar ao seu redor. Então, o homem com as bandagens cinzentas e sujas bateu no balcão com os nós dos dedos e recebeu mais uma bebida fumegante do barman.

— Querem saber de uma coisa? —Murmurou Rony, olhando para o bar entusiasmado — Poderíamos pedir qualquer coisa que quiséssemos aqui. Aposto como aquele sujeito nos venderia qualquer coisa, não ia nem ligar. Eu sempre quis experimentar Whisky de fogo...

— Ah... ah ... — Eu abri um sorrisinho entusiasmado batendo as mão de leve na mesa — eu também. E Hidromel, ahhh... ou talvez uma Vodka Russa, um Everclear Grain e aquele lá... a Gin Ice, dizem que ela é de congelar o cérebro... — E fechei os olhos quase lambendo os beiços — Ok, confesso... beberia até um licor de qualquer coisa ou rum, tendo álcool é o que importa. 

   Senti um tapa na nuca e murmurei um “ai” enquanto parava de fantasiar as bebidas e ajeitava a cabeça, logo cruzando os braços.

— E vocês... são... monitores. — Lembrou Hermione com rispidez

— Ah! — Exclamou Rony, o sorriso sumindo do rosto e eu assumi um ar emburrado — É...

— Então, quem foi que você disse que viria encontrar a gente? — Perguntou Harry, abrindo a tampa enferrujada da cerveja amanteigada e tomando um gole, algo que eu repeti, já que não poderia beber nada com mais álcool enquanto não completasse dezessete anos

— Meia dúzia de pessoas. — Repetiu Hermione, verificando o relógio e olhando para a porta, ansiosa — Pedi para chegarem por volta dessa hora, e tenho certeza de que todos sabem onde fica... ah, veja, talvez sejam elas agora.

   A porta do pub se abrira. Uma faixa larga de poeira e luz dividiu momentaneamente o recinto, e em seguida desapareceu, bloqueada pela chegada de várias pessoas.

   Primeiro entrou Neville com Dean e Lavender, seguidos de perto por Amélia, Parvati e Padma Patil com Cho e uma de suas amigas risonhas, então (sozinha e parecendo tão sonhadora que poderia ter entrado por acaso) Luna Lovegood; depois Katie Bell e Angelina Johnson. Logo apareceu Vega Misttigan com uma cara animada, e o estranho ou talvez surpreendente era sua mão esquerda que estava entrelaçada com a de Colin Creevey. Depois dele passou Dênis, Nigel Wolpert e Natália McDonald; Ernesto Macmillan, Anna Abott, Justino Finch-Fletchley e Susana Bones; três garotos da Ravenclaw que eu tinha certeza de que se chamavam Anthony Goldstein, Michael Corner e Terrence Boot, e então a minha irmã Ginny, seguida de um garoto louro e magricela de nariz arrebitado, que eu reconheci vagamente como jogador do time de quadribol da Huflepuff e, fechando a fila, meus irmãos Fred e George com Lee Jordan, todos três carregando grandes sacas de papel, cheias de artigos da Zonko’s.

— Meia dúzia de pessoas?! — Exclamou Harry, rouco, para Hermione — Meia dúzia de pessoas?

— Vai ver as razões da matemática mudaram. — Argumentei meio rindo e bebericando minha cerveja — Agora meia dúzia é igual a... um... dois... três... sei lá... trinta?

— É, bom, a ideia pareceu muito popular. — Respondeu Hermione, feliz — Rony, quer puxar mais umas cadeiras para cá?

   O barman congelara no ato de limpar mais um copo, com um trapo tão imundo que parecia nunca ter sido lavado. Possivelmente nunca vira seu bar tão cheio.

— Oi. — Disse Fred, chegando primeiro ao bar e contando rapidamente seus companheiros — pode nos servir... vinte e sete cervejas amanteigadas, por favor?

    O barman o encarou por um momento, então, jogando no chão o seu trapo, irritado, como se tivesse sido interrompido no meio de alguma coisa importante, começou a passar as cervejas amanteigadas cheias de poeira de baixo para cima do balcão.
   
— Obrigado. — Disse Fred, distribuindo-as — Pessoal, pode ir se coçando, não tenho ouro para tudo isso...

   Eu apenas observava enquanto o enorme grupo apanhava as cervejas com Fred e procurava moedas nos bolsos para pagá-las. Não conseguia imaginar para que toda essa gente aparecera até me ocorrer o pensamento de que poderiam estar esperando uma espécie de discurso, ao que percebi quando Harry se virou para Hermione.

— Que foi que você andou dizendo a essas pessoas? — Perguntou em voz baixa — Que é que elas estão esperando?

— Eu já falei, só querem ouvir o que você tem a dizer. — Disse Hermione para acalmá-lo, mas Harry continuou a olhar tão zangado que ela acrescentou depressa: — Você não tem de fazer nada por enquanto, eu vou falar com eles primeiro.

— Oi, Harry. — Cumprimentou Neville, sorrindo e se sentando em frente a ele

   Harry tentou retribuir o sorriso, mas não respondeu;  Cho acabara de sorrir para ele e se sentara à direita de Rony. A amiga dela, que tinha cabelos louro-avermelhados e crespos, não sorriu, mas deu a Harry um olhar cheio de desconfiança, indicando que, se tivesse tido escolha, não estaria ali. Em pares e trios, os recém-chegados se acomodaram em volta de nós; Lee se adiantou em puxar uma cadeira e sentar-se ao meu lado; alguns dos presentes pareciam muito excitados, outros curiosos, Luna mirava sonhadoramente o espaço. Quando todos terminaram de puxar cadeiras e se sentar, a conversa morreu. Todos os olhares se concentraram em Harry.

— Hum. — Começou Hermione, a voz ligeiramente mais alta do que normalmente, nervosa — Bom... hum... oi.

   O grupo transferiu as atenções para ela, embora os olhares continuassem a se voltar a intervalos para Harry.

— Bom... hum... bom, vocês sabem por que estão aqui. Hum... bom, Harry, aqui, teve a ideia, quero dizer — (Harry lhe lançara um olhar cortante) —, eu tive a ideia... que seria bom se as pessoas que quisessem estudar Defesa Contra as Artes das Trevas, e quero dizer realmente estudar, sabem, e não as bobagens que a Umbridge está fazendo com a gente... — (A voz de Hermione de repente se tornou mais forte e mais confiante.) — Porque ninguém pode chamar aquilo de Defesa Contra as Artes das Trevas. (“Apoiado, apoiado”, disse Anthony Goldstein, e Hermione pareceu se animar.) — Bom, eu pensei que seria bom se nós, bom, nos encarregássemos de resolver o problema.

  Ela parou, olhou de esguelha para Harry e continuou:
 
— Com isso, eu quero dizer aprender a nos defender direito, não somente em teoria, mas praticando realmente os feitiços...

— Mas acho que você também quer passar no N.O.M. de Defesa Contra as Artes das Trevas, não? — Perguntou Michael Corner

— Claro que quero. — Respondeu Hermione imediatamente — Mas, mais do que isso, quero receber treinamento em defesa adequado porque... porque... — Ela tomou fôlego e concluiu — Porque Lorde Voldemort retornou.

   A reação foi imediata e previsível. A amiga de Cho guinchou e derramou cerveja amanteigada na roupa; Terrence Boot teve uma contração involuntária; Padma Patil se arrepiou; e Neville deu um ganido estranho, que ele conseguiu transformar em uma tossida. Todos, porém, olharam fixamente, e até mesmo pressurosamente, para Harry.

— Desse jeito ela vai assustar os bebês. — Disse a voz risonha de Mia. Me virei e percebi que a mesma estava sentada em cima do balcão do bar, Cedric estava ao seu lado, porém o menino estava em pé, meio encostado; dei um sorriso disfarçado para os dois e me voltei pra frente

— Bom... pelo menos este é o plano. — Disse Hermione — E se vocês quiserem se juntar a nós, precisamos resolver como vamos...

— E cadê a prova de que Você-Sabe-Quem retornou? — Perguntou o jogador louro da Huflepuff, num tom bem agressivo

— Eu morri! — Disse a voz de Cedric um tanto impaciente — Que outra prova ele quer??

— Bom, Dumbledore acredita que sim... — Começou Hermione

— Você quer dizer que Dumbledore acredita nele. — Interrompeu o garoto louro, indicando Harry com a cabeça

— Quem é você? — Perguntou Rony, sem muita polidez

— Zacarias Smith, e acho que tenho o direito de saber exatamente o que faz você afirmar que Você-Sabe-Quem retornou.

— Olhe. — Respondeu Hermione, intervindo rapidamente — Não foi bem para tratar desse assunto que organizamos a reunião...

— Tudo bem, Hermione. — Disse Harry

   Imaginei que acabara de lhe ocorrer por que havia tantas pessoas ali. E achou que Hermione devia ter previsto. Algumas daquelas pessoas, talvez até a maioria, aparecera na esperança deouvir a história de Harry em primeira mão.

— O que me faz afirmar que Você-Sabe-Quem retornou? — Ele repetiu a pergunta, encarando Zacarias nos olhos — Eu o vi. Mas Dumbledore contou a toda a escola o que aconteceu no ano passado, e, se você não acreditou nele, também não vai acreditar em mim, e não vou perder a tarde tentando convencer ninguém.

   O grupo inteiro pareceu ter prendido a respiração enquanto Harry falava. Tive a impressão de que até o barman estava ouvindo; continuara a limpar o mesmo copo com o trapo imundo, deixando-o cada vez mais sujo.

   Zacarias falou, mudando de tom:
  
— Só o que Dumbledore nos contou no ano passado foi que Cedric Diggory foi morto por Você-Sabe-Quem, que você trouxe o cadáver de volta a Hogwarts, e que alguém — E nesse momento seus olhos caíram sobre mim que bebia minha cerveja amanteigada despreocupadamente fingindo que aquilo podia me embebedar — foi torturada por um Comensal da Morte. — Ele voltou a olhar pra Harry — Ele não nos deu detalhes, não nos contou exatamente como Cedric foi morto, acho que todos gostariam de ouvir...

— A Taça Tribuxo era um portal. O rato animago que estava vindo com Voldemort no braço como um bebê, levantou a varinha e disse: “Avada Kedavra” e... puff.  — Disse a voz entendida de Ced, e eu fiquei dividida entre rir ou não, mesmo sabendo que o assunto era sério — Quando eu vi já estava flutuando.

— Eu morri assim também. — Disse a voz de Mia entre risinhos — Quer dizer, com um Avada Kedavra, não como o resto da história.

— Se você veio ouvir, exatamente, como é que Voldemort mata alguém, eu não vou poder ajudá-lo. Sinto muito. — Disse Harry. Sua irritação, ultimamente sempre tão à flor da pele, estava mais uma vez crescendo. Não tirou os olhos do rosto agressivo de Zacarias Smith — Não quero falar sobre Cedric Diggory, está bem? Portanto, se é para isto que você veio, é melhor ir embora.

   Ele lançou um olhar zangado em direção a Hermione, pensando que todos tinham aparecido só para saber até que ponto chegava sua história delirante. Mas nenhum deles se levantou, nem mesmo Zacarias Smith, embora continuasse a observar Harry atentamente.

— Então. — Recomeçou Hermione, com a voz novamente muito esganiçada —  Então, como eu ia dizendo... se vocês quiserem aprender alguma defesa, então precisamos resolver como vamos fazer isso, com que frequência vamos nos encontrar e aonde vamos nos...

— É verdade — Interrompeu Susana olhando para Harry — que você é capaz de produzir um Patrono?

  Correu um murmúrio de interesse pelo grupo quando ela disse isso.
 
— Sou. — Confirmou Harry, ligeiramente na defensiva.

— Um Patrono corpóreo?

— Hum... você conhece Madame Bones? — Perguntou ele

— Tá bom de conhecer melhor as pessoas da sua turma, Harry Potter. — Comentei para o moreno que me olhou sem entender — Susana Bones. É claro que ela é parente da Madame Bones.

   Susana sorriu.

— Óbvio que você me conhece, não é Tentou bater em mim e no Justino no ano passado por causa dos bottons. — Ela e o garoto se entreolharam e sorriram

— Rox! — Disseram Harry, Rony e Hermione ao mesmo tempo com um tom de repreensão

— Não podem me julgar. — Falei me fazendo de ofendida — Já tentei bater em todos do castelo, e vocês estavam bem chatos ano passado, Bones. Mal pareciam com vocês mesmo.

— É... acho que você tem razão. — Disse ela dando um sorriso culpado. Realmente Susana não tem nada haver com a menina do ano passado, ela muda de personalidade quando fica competitiva, mas na real ela é um anjo e Justino também é muito legal — E sim, Harry. Madame Bones é a minha tia. E como a Rox disse, eu sou Susana Bones. Minha tia me contou como foi a sua audiência. Então... é verdade mesmo? Você conjura um Patrono em forma de cervo?

— Conjuro.

— Caramba, Harry! — Exclamou Lee, ao meu lado, parecendo profundamente impressionado — Eu não sabia disso!

— Mamãe disse a Rony e Rox para não espalhar. — Comentou Fred, sorrindo para Harry — Disse que Harry já chamava muita atenção sem isso.

— Ela não está errada. — Murmurou Harry, e algumas pessoas deram risadas

   A bruxa de véu, sentada sozinha, mexeu-se ligeiramente na cadeira.
  
— E você matou um basilisco com aquela espada que fica na sala de Dumbledore? — Perguntou Terrence Boot — Foi o que um dos quadros na parede me contou quando estive lá no ano passado...

— Hum... é, matei, sim.

   Justino Finch-Fletchley assobiou, os irmãos Creevey se entreolharam, assombrados, e Lavender exclamou baixinho: “Uau!”, Cho olhava diretamente pra Harry com um sorriso, mas ele parecia não querer olhar para ela.
  
— E no nosso primeiro ano. — Contou Neville ao grupo — Ele salvou a Pedra Teosofal...

— Filosofal, Neville. — Corrigi com um risinho

— Isso... das mãos de Você-Sabe-Quem. — Concluiu Neville

    Os olhos de Ana Abbott estavam redondos como dois galeões.
   
— E isso para não mencionar — Disse Cho olhando para ele e sorrindo — todas as tarefas que ele precisou realizar no Torneio Tribruxo no ano passado: passar por dragões, sereianos e acromântulas e outros seres...

   Houve um murmúrio de concordância favorável em torno da mesa. Harry parecia meio nervoso, e foi justamente depois do que Cho falara. Me virei para olhar pra Cedric, mas ele parecia decididamente interessado em algo na parede.

— Escutem. — Disse Harry e todos silenciaram na mesma hora — Não quero parecer que estou tentando ser modesto nem nada, mas... tive muita ajuda em tudo que fiz...

— Não, com o dragão você não teve. — Disse Michael Corner imediatamente — Aquilo foi um voo superirado...

— É... bom. — Concordou Harry, sentindo que seria grosseiro discordar

— E ninguém ajudou você a se livrar dos Dementadores, agora no verão. — Disse Susana Bones

— Não. — Concordou Harry — Mas...

— E olha que só foram dois. No ano retrasado você afastou vários. — Disse Vega um tanto nostálgica — Não foi? Eu e Mione desmaiamos, se não fosse por você... — Mas então ela parou de falar — Você sabe.

— Ok, eu sei que fiz algumas coisas sem ajuda, mas o que estou tentando dizer é que...

— Você está tentando fugir do compromisso de nos mostrar tudo isso? — Perguntou Zacarias

— Acabei de ter um idéia incrível! Esplêndida! — Falei em voz alta antes que Harry pudesse responder e batendo com a garrafa de cerveja na mesa— Por que você não cala essa porra da sua boca, antes que eu vá aí e feche ela pra você, hem!?

— Ora, todos viemos para aprender com Harry, e agora ele está dizendo que, no duro, não sabe fazer nada disso. — Tornou a falar tentando parecer indiferente a minha grosseria

— Não foi isso que ele disse. — Reagiu Fred.

— Quer que a gente limpe seus ouvidos para você? — Perguntou George, tirando um longo instrumento metálico de aspecto letal, de dentro de uma das sacas da Zonko’s

— Ou enfie isso em qualquer outra parte do seu corpo, para falar a verdade, não somos muito luxentos. — Acrescentou Fred

— Talvez ele esteja precisando mesmo. Tá delirando. — Argumentei olhando séria para o menino

— Eu, delirando? — O menino riu, mesmo parecendo nervoso e com o olho fixo no objeto nas mãos dos meus irmãos — Olha só quem fala, a louca da escola! — Acrescentou em um tom que fez meu sangue ferver

— Ôu! — Fez Harry fechando a cara e parecendo mais irritado que antes com o novo comentário do Huflepuff

— Olha o jeito que você fala com a minha namorada, seu idiota! — Rosnou Lee olhando seriamente para Zacarias e parecendo querer o socar

— Não chama ela de louca, seu imbecil! — Falou Rony se remexendo na cadeira com uma feição muito irritada

— Você perdeu a noção do perigo!? — Fred e George falaram ao mesmo tempo erguendo o objeto em mãos

— Tá querendo apanhar, Smith? — Perguntou Ginny por sua vez também com um olhar mortífero para o garoto

— Babaca! — Resmungou Lavender olhando séria para o menino enquanto balançava a cabeça negativamente

   Eu então eu sorri, meus irmãos, meus dois melhores amigos e meu namorado me defendendo era tudo pra mim. Mas então bati com a garrafa em cima da mesa, me inclinando um pouco para olhar para Zacarias Smith.
  
— Acha mesmo que eu tô louca, Smith? — Perguntei séria; no momento eu nem sabia o que estava fazendo, mas minha mente formulava algo além do meu entendimento — Sinto te decepcionar.

   E me larguei novamente na cadeira, cruzando os braços; todos com os olhos fixos em mim, e então apenas soprei o ar. Pelo o jeito que me olhavam era óbvio que nenhum deles tinham reparado na enorme víbora negra que rastejava pelo chão, mas por alguma razão, eu não me importava com isso.

  Mais alguém estava vendo ela. Sim era óbvio. Minha mente captava isso, exatamente quem deveria ver. Zacarias Smith. E foi seu grito apenas poucos segundos depois que fez todos pararem de olhar para mim.
  
— AI! MEU MERLIM! — Exclamou aterrorizado e tremendo, embora fizesse esforço pra se manter parado a medida que a conhecida víbora europeia se enroscava no corpo do garoto e ia subindo cada vez mais — QUE DROGA! Como você fez isso!? Como você fez isso!? Essa menina é louca! Que droga!! Da onde essa cobra saiu? Foi você! Foi ela! Tirem isso de mim! TIREM!

— Eu estou há quase um metro de distância de você, Zacarias... — Justifiquei meio rindo — Como posso ter feito algo? Nem sequer estou com a varinha nas mãos. — Acrescentei em tom risonho — Tô achando que quem está louco é você.

— Uau. — Exclamou Mia em uma voz risonha e admirada — Despertou mais um dos dons, Rox. Ilusionismo, quem diria?

   Cedric no entanto balançava a cabeça negativamente com um sorriso meio culpado. Harry, Rony e Mione me olharam com uma cara indagadora, mas eu só dei de ombros.

— Tirem de cima de mim! TIRA! TIRA! — Ele gritava, mas todos o olhavam assustados, ninguém parecia entender

   Eu apenas sorri, e com um pensamento de alegria, a cobra definitivamente desapareceu, e Zacarias suspirou extasiado.

— Isso não tem sentido, Zack. — Disse Ana Abott o olhando intrigada — Se senta vai.

   O menino obedeceu meio bufando, meio com medo. E logo levou a garrafa de cerveja amanteigada à boca para se acalmar.

— A menos que eu seja uma bruxa. — Comentei fazendo todos rirem

— Bom. — Disse Hermione depressa, tentando parecer indiferente ao acontecido — Continuando... a questão é: estamos de acordo que queremos tomar aulas com o Harry?

   Houve um murmúrio de aprovação geral. Zacarias cruzou os braços e se manteve calado, talvez porque estivesse ocupado demais em prestar atenção ao instrumento na mão de Fred, ou porque ainda estava meio assustado com a cobra e porque ainda meio que tapava um dos ouvidos.

— Certo. — Disse Hermione, parecendo aliviada de que alguma coisa tivesse sido finalmente decidida — Bom, então, a próxima questão é: com que frequência vamos ter essas aulas? Na verdade, eu acho que não adianta nada nos encontrarmos menos de uma vez por semana...

— Calma aí. — Disse Angelina — Precisamos ter certeza de que não vão se chocar com o nosso treino de quadribol.

— Não. — Disse Cho — Nem com o nosso.

— Nem com o nosso. — Acrescentou Zacarias

— Ninguém liga pra você. — Falei revirando os olhos

— Tenho certeza de que vamos encontrar uma noite que sirva para todos. — Disse Hermione, com leve impaciência — Mas, sabem, as aulas são muito importantes, estamos falando de aprender a nos defender dos Comensais da Morte de V-Voldemort...

— Muito bem! — Bradou Ernesto Macmillan, que eu esperara que falasse muito antes disso —  Pessoalmente, eu acho que as aulas são realmente importantes, possivelmente mais importantes do que qualquer outra coisa que vamos fazer este ano, até mesmo os N.O.M.s que vêm aí!

   Ernesto olhou para os lados ostensivamente, como se esperasse que os colegas fossem gritar: “Claro que não são!”, mas ninguém disse nada, então ele continuou:

— Pessoalmente, não consigo entender por que o Ministério nos impingiu uma professora inútil como essa, em um período tão crítico. É óbvio que se recusam a admitir o retorno de Você-Sabe-Quem, mas daí a nos mandar uma professora que está tentando nos impedir por todos os meios de usar feitiços defensivos...

— Não está óbvio que o Ministro é um idiota? — Sibilou Vega

— Eu apoio tudo que ela disser. — Disse Colin imediatamente, no que a menina se virou e sorriu para ele

— Nós achamos que a razão por que Umbridge não quer que treinemos Defesa Contra as Artes das Trevas — Explicou Hermione — é que ela tem uma ideia alucinada de que Dumbledore pode usar os alunos da escola como um exército particular. Acha que ele poderia fazer uma mobilização contra o Ministério.

   Quase todos pareceram perplexos com essa notícia: todos, exceto Luna, que começou a falar:
  
— Bom, isso faz sentido. Afinal de contas, Cornélio Fudge tem um exército particular.

— Quê?! — Exclamou Harry, completamente perturbado com a inesperada informação

— É, ele tem um exército de heliopatas. — Confirmou ela, solenemente

— Não, não tem. — Retorquiu Hermione com rispidez

— Tem sim.

— Ela é tão fofa, não é Ced? — Falou Mia que sorria da menina

— E o que são heliopatas? — Perguntou Neville, sem entender

— São espíritos do fogo. — Explicou Luna, arregalando os olhos saltados e parecendo mais maluca que nunca — Figuras altas, grandes e flamejantes que galopam pela terra queimando tudo que encontram...

— Isso não existe, Neville. — Disse Hermione com azedume

— Ah, existe, existe, sim! — Repetiu Luna, zangada

— Me desculpe, mas onde está a prova de que existe? — Retorquiu Hermione

— Por que todo mundo hoje tá atrás de provas pras coisas existirem, hem!? — Falei impaciente — Por Merlim, viu! Hermione, deixa a Luna, vai. É óbvio que os sociopatas existem.

— São heliopatas, Rox. — Corrigiu Luna — E há muitos depoimentos de testemunhas oculares. Só porque a Hermione tem a mentalidade tão tacanha que precisa que se enfie as coisas embaixo do seu nariz...

— Hem, hem. — Fez Ginny, numa imitação tão perfeita da Profa. Umbridge que várias pessoas se viraram assustadas, mas em seguida caíram na gargalhada — Nós não estávamos decidindo quantas vezes vamos nos encontrar para tomar aulas de defesa?

— Estávamos. — Disse Hermione na mesma hora — Sim, estávamos, você tem razão, Ginny.

— Bom, uma vez por semana parece legal. — Sugeriu Lee, e virou-se para mim começando a mexer no meu cabelo

— Desde que... — Começou Angelina

— Tá, tá, o treino de quadribol. — Disse Hermione em tom tenso — Bom, a outra coisa é decidir onde vamos nos encontrar...

   Isso já era mais difícil; o grupo todo se calou.
  
— Na biblioteca? — Sugeriu Katie Bell, após alguns instantes

— Não consigo imaginar Madame Pince muito satisfeita vendo a gente fazer azarações na biblioteca. — Disse Harry

— Além disso que estragaria a paz e a tranquilidade do ambiente. — Falei em uma voz monótona que nem parecia ser a minha, indiferente ao fato que Lee estava fazendo tranças – ou nós – em algumas mechas do meu cabelo

— Talvez uma sala fora de uso? — Sugeriu Vega

— É. — Concordou Rony — Talvez a McGonagall nos ceda a sala dela, já fez isso quando Harry estava praticando para o Tribruxo.

— Mas agora é algo além, não é? Óbvio que ela não ia ceder. — Disse Amélia, falando pela primeira vez, enquanto cruzava os braços

   Se bem que ela tinha razão. Eu também tinha certeza de que, desta vez, McGonagall não seria tão cordata. Apesar de tudo que Hermione dissera sobre a legalidade de estudos e trabalhos em grupo, eu tinha a nítida impressão de que esta atividade poderia ser considerada muito mais rebelde.

— Certo, vamos tentar encontrar um lugar. — Disse Hermione — Mandaremos um recado para todos quando tivermos acertado a hora e o local do primeiro encontro.

   Ela vasculhou a bolsa e tirou um pergaminho e uma pena, então hesitou, como se estivesse criando coragem para dizer alguma coisa. Mas eu sabia o que era.

— Acho... acho que todos deviam escrever seus nomes para sabermos quem está presente. Mas acho também — E inspirou profundamente — que todos devemos concordar em não sair por aí anunciando o que estamos fazendo. Então, se vocês assinarem estarão concordando em não contar a Umbridge nem a mais ninguém o que pretendemos fazer.

— Não é como se fossemos sair por aí espalhando que estamos em uma rebelião, Mione. — Comentei

— Não é uma rebelião. — Disse ela quase ficando nervosa

— Eu sei. Eu sei. Calma. — E peguei o pergaminho da mão dela

— Já sei que você é uma das participantes, não precisa escrever seu nome. — Sibilou ela entredentes, quase como se soubesse o que eu ia fazer

— Uhum. — Eu ri segurando o pergaminho, e peguei minha pena que estava na mochila, mas sem que ninguém visse, eu fiz algo a mais do que pegar ela, eu troquei os papéis

— O que você fez? Seu nome não está aí.— Se surpreendeu ela

— Eu sei. Desisti de ser a primeira a escrever. — Falei com um dar de ombros e um sorrisinho, ela entendeu bem meu olhar

    Fred estendeu a mão para o pergaminho e o assinou com animação, mas reparei na mesma hora que várias pessoas pareciam bem menos satisfeitas com a perspectiva de colocar os nomes na lista.

— Hum... — Disse Zacarias lentamente, sem receber o pergaminho que George tentava lhe passar — Bom... tenho certeza de que Ernesto vai me avisar quando souber da reunião.

  Mas Ernesto parecia bem hesitante em assinar, também. Hermione ergueu as sobrancelhas para ele.
 
— Eu... bom, nós somos monitores, eu, Anna, os gêmeos Weasley mais novos, Anthony e Padma. — Desabafou — E se descobrirem essa lista... bom, quero dizer... você mesma disse, Hermione, e se a Umbridge descobrir...

— Ele tem um ponto. — Suspirou Cedric — Queria poder falar com eles...

   Eu me virei pra ele na mesma hora, mas ele apenas me deu um sorriso vago.

— Tudo bem. Eu sei. — Disse ele interpretando meu olhar e eu me voltei para frente

— Você acabou de dizer ao grupo que era a coisa mais importante que você ia fazer este ano. — Lembrou-lhe Harry

— Eu... certo. — Disse Ernesto — Acredito realmente nisso, só que...

— Ernesto, você realmente acha que eu deixaria essa lista largada por aí? — Perguntou Hermione, irritada

— Não. Não, claro que não. — Disse Ernesto, perdendo um pouco da ansiedade —  Eu... é claro, vou assinar.

   Ninguém mais fez objeções depois de Ernie, embora eu tenha visto a amiga de Cho lançar a ela um olhar de censura, antes de acrescentar o nome à lista. Quando a última pessoa – Zacarias – assinou, Hermione recolheu o pergaminho e guardou-o com cuidado na bolsa. Havia um clima estranho no grupo agora. Era como se tivessem acabado de assinar uma espécie de contrato.

— Bom, o tempo está correndo. — Disse Fred com vivacidade, ficando em pé — George, Lee e eu temos uns artigos de natureza delicada para comprar, veremos vocês depois.

— Você é horrível sabia!? — Falei para Fred quando Lee se levantou e eu segurei o braço dele

— Nos vemos depois, tá minha linda? — Disse o menino em voz mimosa, e eu cruzei os meus braços soltando o braço dele

— Tá. — Falei emburrada, ele então me deu um beijo rápido antes de levantar

— Pelo amor de Merlim. Vocês não tem respeito pelas pessoas, não!? — Reclamou um Rony um tanto irritado

   Lee riu.

— Tchau, amor, e... falou, pessoas. — E saiu junto com os gêmeos

   Eu passei as mãos pelos meus cabelos e agradeci em perceber que ao menos ele tinha desmanchardo as tranças antes de sair. E novamente em trios e pares, o restante do grupo também se despediu. Cho transformou o ato de fechar a bolsa para sair em um verdadeiro ritual, seus longos cabelos negros, balançando à frente do rosto e ocultando-o como um véu, mas a amiga permaneceu ao seu lado, de braços cruzados, estalando a língua, de modo que Cho não teve outra escolha senão sair com ela. Quando a amiga abriu a porta do pub, Cho olhou para trás e acenou para Harry.

— Bom, acho que tudo correu bastante bem. — Comentou Hermione feliz, enquanto ela, eu e os meninos saíamos do Cabeça de Javali, para o dia ensolarado, alguns minutos mais tarde. Harry e Rony iam agarrados às suas garrafas de cerveja amanteigada, a minha já tinha acabado e Rony não quis me dá a dele

— Aquele Zacarias é um chato. — Disse meu irmão, olhando de cara feia para o vulto de Smith, apenas discernível a distância

— Também não gosto muito dele. — Admitiu Hermione — Mas ele me ouviu conversando com Ernesto e Ana na mesa da Huflepuff, e pareceu realmente interessado em vir, e aí, que é que eu podia dizer? Mas, na verdade, quanto maior o número de pessoas melhor será, quero dizer, Michael Corner e os amigos dele não teriam vindo se ele não estivesse saindo com a Ginny...

   Rony, que estava bebendo as últimas gotas da sua cerveja amanteigada, engasgou-se e cuspiu cerveja nas vestes. Eu franzi a testa e olhei para Hermione.
  
— Ele está O QUÊ? — Engrolou Rony, indignado, suas orelhas agora parecendo cachinhos de carne crua — Ela está saindo com... minha irmã está saindo... que é que você quer dizer, com Michael Corner?

— Carácoles! — Exclamei surpresa — O Michael Corner da Ravenclaw?! Tinha que ser minha irmã viu. Ela tem um baita bom gosto, o Corner é um gato!

— E você cala a boca! — Falou Rony virando-se sério pra mim

— Bom, é por isso que ele e os amigos vieram, acho, bom, é claro que estão interessados em aprender defesa, mas se Ginny não tivesse contado a Michael o que estava acontecendo...

— Quando foi que isso... quando foi que ela...?

— Eles se conheceram no Baile de Inverno e se reencontraram no fim do ano passado. — Disse Hermione muito conciliadora

— E por que você sabe e eu não!? Eu nunca sei de nada da vida dela. — Reclamei

— Vocês não são próximas. Você vive dizendo isso, Rox. — Devolveu ela. Nós quatro tínhamos acabado de entrar na rua Principal, e ela parou à porta da Escriba Penas Especiais, onde havia um bonito arranjo de penas de faisão na vitrina — Humm... eu bem que gostaria de comprar uma pena nova. — Ela entrou na loja. Os meninos e eu a acompanhamos

— Qual deles era o Michael? — Rony exigiu saber, furioso

— O moreno. — Disse Hermione

— Não gostei dele.

— Grande novidade. — Resmungou Hermione baixinho — Você gosta do Lee Jordan?

— Não. — Disse Rony, no qual eu ri. — Mas — Ele seguiu Hermione por uma fileira de penas dispostas em potes de cobre — pensei que Ginny gostasse do Harry!

   Hermione olhou-o penalizada e sacudiu a cabeça.
  
— Ginny costumava gostar do Harry, mas desistiu já faz meses. Não que ela não goste de você, claro. — Acrescentou gentilmente para Harry, enquanto examinava uma longa pena preta e dourada

   Harry não achou o assunto tão interessante quanto eu e Rony. Enquanto meu irmão positivamente tremia de indignação, e eu achava tudo uma baita surpresa, Harry apenas deu de ombros, porém, isso levou ele a perceber uma coisa que até ali não havia registrado.

— Então é por isso que ela agora fala? — Perguntou a Hermione — Ela não costumava falar na minha frente.

— Exato. Acho que vou levar esta...

   Hermione foi até o balcão e pagou quinze sicles e dois nuques, com Rony bafejando em seu pescoço.
  
— Rony — Disse ela com severidade ao se virar e sentir que pisava o pé do amigo — é exatamente por isso que Ginny não lhe disse que está se encontrando com o Michael, ela sabia que você não ia aceitar.

— E por que ela não me contou? — Perguntei

— Você sabe o porquê. — Disse Mione suspirando

— Ginny se acha a importante dizendo isso, não é? — Bufei — Eu comecei a namorar com o Lee e contei a todos de boas, o Rony não surtou. ( “Surtou sim”, sibilou Harry ) Ela acha que é mais importante na vida dele do que eu, por acaso!? Ele é MEU irmão gêmeo. Ok?

  Hermione riu.

— É minha impressão ou agora você que está com ciúmes do Rony?

— Me poupe! — Bufei novamente

— Ok. Então, por favor, parem de insistir no assunto, pelo amor de Deus. Vocês dois. — Disse Mione

— Que é que você quer dizer com isso? — Resmungou Rony — Não vou ficar falando de nada... — Mas continuou resmungando baixinho pelo caminho. Eu apenas cruzei os braços.

   Nem sabia com o quê eu estava tão irritada.

  Hello bruxinhoooos!!

   Esse foi o capítulo de hoje. O que acharam...? E sobre os novos poderes da Rox?? Kkkk, bom a cada dia tudo fica mais interessante, não? Kkkkk

  Tô animada!!  Segunda feira minhas aulas voltam e eu já estava com saudades do meu curso de Artes cênicas. Embora as duas primeiras semanas sejam online, eu realmente estava ansiosa pras férias acabarem. Vou tentar continuar escrevendo Enigma do Príncipe no mesmo ritmo pra não atrasar as postagens quando o quinto ano acabar. Mas pelos meus cálculos o último capítulo de Ordem da Fênix vai ser postado no fim de junho, então temos tempo kkkk.

   Ahhh gente, eu tive umas idéias tão insanas e incríveis pra terceira temporada de TW. É sério, vocês não estão preparados para o que vem pela frente... tem muita reviravolta.

   Espero que continuem me acompanhando até a terceira temporada chegar 😅👉👈. Já estou aqui desde 3 de março do ano passado com esse projeto e é maravilhoso ver as leituras de The Weasley crescendo cada vez mais.

   Estou escrevendo tudo com muito amor e dedicação para vocês. Amo cada um, e adoro ler os comentários ou mesmo as mensagens que alguns me mandam no privado. Eu sempre respondo, podem me chamar aqui ou no Insta que tô sempre disponível. Amo ler as teorias da conspiração de vocês kkkk.

   Amo cada um de vocês!!! Me fazem se sentir tão feliz e motivada pra seguir meu sonho de ser escritora.

    Vos adoroooo!

   Nos vemos segunda-feira.

   Obs: O que acharam da minha foto de perfil?! Kkkk Exatamente, nesse perfil amamos a Lavender Brown e somos Stan da Jessie Cave, sim e sim.

– Bjos da tia Nick.

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