18 | The Best Gunner
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18. A Melhor Artilheira
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Vocês foram incríveis pessoal, cada um aqui mostrou o seu melhor, porém só temos espaço para um artilheiro.
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Por incrível que pareça, fui a primeira a acordar no meu dormitório na manhã seguinte. Continuei deitada por um momento, observando a poeira rodopiar no raio de sol que entrava pela fresta do cortinado da minha cama, e saboreei o pensamento de que era sábado, o dia em que eu faria finalmente o teste de quadribol. A primeira semana do trimestre parecia ter se arrastado uma eternidade, como uma gigantesca aula de História da Magia.
A julgar pelo silêncio modorrento e o frescor do raio de sol, devia ter acabado de amanhecer. Eu abri o meu cortinado, levantei-me e depois de tomar um banho, comecei a me vestir. O único som, além do pipilar distante dos passarinhos, era a respiração lenta e profunda dos meus colegas da Gryffindor. Então eu percebi algo estranho... Amélia não estava em sua cama.
Se eu bem sabia, Lia não era uma pessoa de acordar cedo, muito menos em um sábado, então aquilo era particularmente estranho. Já que eu estava acordada, pensei em treinar um pouco para o meu teste de quadribol, Rony treinou a semana inteira e eu não tive chance um único dia, então seria bom fazer isso hoje, simplesmente peguei minha Nimbus 2001 e saí do meu dormitório, caminhando lentamente até o Salão Comunal. Parei e corri os olhos pela sala. Os pedaços de pergaminho amarrotados, as bexigas, as jarras vazias e as embalagens de doces, que em geral juncavam a sala ao fim de cada dia, haviam desaparecido, bem como todos os gorros que Hermione tricotara para os elfos. Estava imaginando vagamente quantos elfos teriam sido liberados, quisessem ou não, quando eu a vi. Em uma poltrona junto a lareira que agora estava apagada, apenas distingui um coque alto de cabelo cacheado quase afro, já que a poltrona estava de costas pra mim, mas reconheci de cara ser o cabelo de Amélia.
Encostei minha vassoura na parede e andei devagar até a garota, pensei em lhe dar um susto, seria engraçado.
— Buu! — Exclamei tocando no braço da menina assim que me aproximei o suficiente. Como esperado Lia se assustou, e quase que saltou da poltrona, seu rosto estava pálido e ela puxou para si um papel que estava em sua mão o amassando depressa e colocando-o de qualquer jeito no bolso da sua calça moletom
— Carácoles! — Ela reclamou agora suando — Você quer me matar ou o quê?
Eu não hesitei e continuei a rir. Mas a garota pareceu brava, coisa que eu nunca tinha visto antes.
— Ah, foi engraçado. Quê que você tá fazendo? Recebendo cartas de quem? — Perguntei ainda rindo
Lia me olhou seriamente, mas seu rosto continuava pálido e ela suava.
— De ninguém. Não recebi carta alguma. Você deve estar enlouquecendo. — E sem mais nem menos ela subiu as escadas para o dormitório, me deixando ali, incrédula
— Isso foi estranho. — Disse uma voz doce e infantil do meu lado direito
— Bisbilhoteira é um dos seus nomes, Mia? — Perguntou uma voz do meu lado esquerdo
— Vocês são irritantes, sabiam? — Eu sorri para os dois espíritos que sorriram para mim de volta. Em outra ocasião eu teria me irritado porque Lia disse que eu estou enlouquecendo, mas hoje eu estou de bom humor, e aliás sei que ela não fez por mal — Vou treinar um pouco de quadribol já que estou acordada, vocês vem comigo?
— Se aproveitando do direito de monitora? — Ced riu
— Sempre. — Sorri de volta — Vou pegar minha vassoura. Um minuto. — Então corri até onde eu a deixara e logo a peguei, voltando até onde eles estavam — Vamos?
Agarrando minha Nimbus debaixo do braço, passei pelo buraco do retrato com Mia e Ced, e nos dirigimos ao Campo de Quadribol.
— Eu não tomaria esse caminho se fosse você. — Disse Nick Quase Sem Cabeça, atravessando de maneira desconcertante uma parede um pouco além, quando eu e os dois espíritos seguiamos pelo corredor — Pirraça está planejando pregar uma peça na próxima pessoa que passar pelo busto de Paracelso, ali adiante.
— Tem a ver com Paracelso caindo na cabeça da pessoa? — Perguntei
— Por mais engraçado que pareça, tem sim. — Respondeu Nick Quase Sem Cabeça entediado — A sutileza nunca foi um ponto forte do Pirraça. Estou indo procurar o Barão Sangrento... talvez ele possa pôr um fim nisso... até mais, Rox...
— Tchau, Nick. — Respondi observando o fantasma se afastar
— Pirraça não muda, não é!? — Resmungou Mia quando em lugar de virar à direita, viramos à esquerda, tomando um caminho mais longo, porém mais seguro, para o Campo de Quadribol — Se tem uma coisa que não sinto falta em Hogwarts é dele.
— Nem eu. — Alegou Cedric
— Nem me falem. — Comentei. Mas meu ânimo foi crescendo à medida que passávamos por janela após janela em que se via um céu muito azul; o tempo perfeito para jogar quadribol
Alguma coisa se esfregou em meus tornozelos. Eu olhei e vi a gata cinzenta e esquelética do zelador, Madame Nora, se esgueirando pelo corredor. Ela fixou em mim os olhos amarelos feito lâmpadas, por um momento, antes de olhar para Mia e Cedric com perplexidade.
— Ela pode ver vocês? — Perguntei incrédula
— Tá aí uma boa pergunta. — Disse Mia — Gatos e cachorros tem uma visão bem... como eu posso dizer... diferenciada, eles vêem coisas que as pessoas não conseguem, mas na real não fazemos idéia.
— Oi, madame Nora. — Cedric se abaixou e balançou a mão na frente da gata que saltou para trás — Acho que ela ver sim. — Riu ele se levantando e batendo as mãos uma na outra
— Você é horrível, Cedric. — Eu ri quando a gata desapareceu atrás de uma estátua de Vilfredo, o Melancólico
Foi um treino prático e muito proveitoso, eu me senti tão livre quando o vento balançou meu cabelo a medida que eu voava com minha Nimbus, senti como se tudo fosse tão simples e incrível. Mia ficou na arquibancada mais alta gritando eufórica enquanto Cedric deu um jeito de voar comigo, arrumando uma espécie de vassoura-fantasma. Foi incrível, eu realmente estou pronta para entrar no time, na verdade eu nasci pronta. Quadribol é minha vida.
O sol já ia alto quando eu desci da vassoura pra descansar e deduzi que as pessoas já estavam indo tomar café.
— Você... incrível. Foi incrível, não sabia que você voava tão bem. — Parabenizou Cedric quando caminhamos pra sair do Campo
— Obrigada.
— Não... sério, isso foi... — Mas ele parou de repente, e todo o brilho do seu rosto sumiu. Mia foi a primeira a olhar para onde ele olhava e sua cara foi de surpresa e raiva, então eu me virei para ver o que era
Harry e Cho Chang vinham saindo do corujal e conversavam animadamente entre risinhos. Estavam a uma distância considerável da gente, e não nos via, mas podíamos os ver claramente.
— Ced... — Tentei falar
— Eu tô morto! Não tô? — Exclamou ele de imediato fechando a cara — Ela tem quem seguir em frente.
— Mas... — Ele nem deixou eu terminar de falar e simplesmente desapareceu deixando a mim e Mia sozinhas
— Vou falar com ele. — Mia me comunicou também desaparecendo
Eu continuei parada por alguns segundos, mas de repente eu me irritei, Cedric mal morreu e Cho já o superou? Assim... tão rápido!? Me senti mal por ele, nunca tinha pensado na reação de alguém que morreu ao se ver sendo trocado tão rápido, claro que imaginei que alguns ficariam felizes de ver o amado seguindo em frente... mas não assim tão rápido. É como se a morte deles nem... nem fizesse diferença.
Suspirei e entrei no castelo. Harry e Cho continuaram do lado de fora conversando, tenho certeza que eles não me viram já que estavam a uma distância da porta. Subi às pressas para a Torre da Gryffindor, fui no meu dormitório, àquela hora vazio, tomei um bom banho, vesti outra roupa e guardei minha Nimbus, logo descendo para o Salão Principal.
— Rox, Rox. — Colin correu até mim acompanhado de Dênis quando eu descia as escadas para o térreo
— Oi, meninos. — Os saudei com o meu melhor sorriso — Já tomaram café? Estou indo agora.
— Ah, nós já tomamos. Soubemos que você vai fazer o teste de quadribol para o time da Gryffindor hoje, podemos ir ver? — Perguntou Dênis saltitante
— Ah, claro que podem. — Respondi — Vocês viram o Nigel? Podem procurar ele ou a Natty pra mim por favor? Quero saber onde está o Marshall. Vocês fazem esse favor pra mim?
— Claro, Rox. — Disseram os dois ao mesmo tempo, se despediram de mim e saíram, então finalmente adentrei o Salão
Passei um olhar pela mesa da Gryffindor e logo localizei Rony e Mione, Harry ainda não estava presente. Lia me lançou um olhar esquisito do lado de Parvati e Lav, mas logo desviei o olhar.
— Oi. — Cumprimentei Rony e Mione ao me sentar do lado do meu irmão, eles mal tinham respondido “oi” quando no mesmo instante um Harry um tanto animado se juntou a nós à mesa da Gryffindor
— Dia. — Disse ele com um sorriso
— Dia, Harry. — Saudou Hermione
— Por que é que você está com esse ar tão satisfeito? — Perguntou Rony surpreso, observando Harry
— Hum... quadribol mais tarde. — Respondeu ele, feliz, puxando para perto uma grande travessa debacon com ovos. Mas eu sabia bem que esse não era o único motivo
— Meu teste e depois treino, não é, Harry? — Perguntei, mesmo já sabendo que era, enquanto tomava um pouco de mingau
— Sim. — Harry respondeu — Ou talvez seja só o teste, não sei.
— Ah... é... — Disse Rony. Ele descansou no prato a torrada que estava comendo e tomou um grande gole de suco de abóbora. Depois disse: — Escute... você toparia sair mais cedo comigo? Só para... hum... me ajudar a praticar um pouco antes do treino? Assim você poderia, sabe, me ajudar a focalizar melhor minha visão. A Rox pode ir também, já ajuda no teste dela.
— Tá, o.k. — Disse Harry
— Eu estava treinando até agora, mas ok. — Falei dando de ombros
— Olhem, acho que vocês não deviam. — Disse Hermione séria — Os três já estão realmente atrasados com os deveres de casa...
Mas interrompeu o que ia dizer; o correio matinal estava chegando e, como sempre, o Profeta Diário veio voando em sua direção no bico de uma coruja-das-torres, que pousou perigosamente próxima do açucareiro, e estendeu a perna. Hermione meteu um nuque na bolsinha de couro, apanhou o jornal e esquadrinhou a primeira página, criticamente, enquanto a coruja levantava voo.
— Alguma coisa interessante? — Perguntou Rony. Eu e Harry rimos, sabendo que meu irmão estava interessado em impedir que Hermione continuasse a falar sobre os deveres
— Não. — Suspirou ela — Só uma bobagem sobre o baixista da banda As Esquisitonas que vai casar.
— Sério? O Donaghan Tremlett vai mesmo se casar!? Com quem? — Perguntei olhando para Mione e os meninos riram no mesmo momento em que a menina me lançava um olhar sério — Que foi, ué, só achei que o Dona fosse solteiro. — Acrescentei pensativa — Se bem que ouvi mesmo um boato de que ele estivesse saindo com aquela garota lá que... agora eu não lembro o nome.
Hermione, sem me dar atenção, abriu o jornal e desapareceu atrás de suas páginas. Harry concentrou-se em se servir de uma nova porção de ovos com bacon. Rony examinava as janelas superiores do salão, parecendo ligeiramente preocupado. Eu então comecei a tomar meu mingau esperando Mia ou Cedric aparecerem para eu saber se ele está bem.
— Espere um instante. — Disse Hermione de repente — Ah, não... Sirius!
— Que aconteceu? — Disse Harry, puxando o jornal com tanta violência que o rasgou ao meio, ficando uma metade na mão da amiga e a outra na dele
— “O Ministério da Magia recebeu uma informação de fonte fidedigna que Sirius Black, notório assassino de massa... blá-blá-blá... está presentemente escondido em Londres!” — Leu Hermione em sua metade, com um sussurro angustiado
— Lucius Malfoy, aposto que foi. — Disse Harry em tom baixo e indignado — Ele reconheceu Sirius na plataforma...
— Quê? — Disse Rony, parecendo alarmado. Eu senti meu coração bater mais forte de nervosismo — Você não disse...
— Psiu! — Fizemos os três para Rony
— “... o Ministério da Magia alerta a comunidade bruxa que Black é muito perigoso... matou treze pessoas... evadiu-se de Azkaban...” as bobagens de sempre — Concluiu Hermione, pousando sua metade do jornal e olhando amedrontada para mim, Rony e Harry — Bom, ele simplesmente não poderá sair de casa outra vez, é só — Sussurrou — Dumbledore avisou-o para não sair.
Naquele mesmo instante Vega chegou aonde estávamos, não falou coisa alguma, apenas sentou-se ao lado de Harry, seus olhos estavam meio vermelhos e na sua mão estava um exemplar do Profeta Diário todo amassado.
— Vega... — Harry falou sem jeito olhando para ela
— Não vão pegar ele, né? — Ela perguntou em voz baixa sem olhar nos olhos dele ou de ninguém da mesa, apenas mirando o chão e parecendo está prestes a chorar — Eu o conheci a tão pouco tempo...
— Vega, vai ficar tudo bem. — Alegou Hermione em uma voz terrivelmente trêmula enquanto segurava a mão da menina com a dela transmitindo força
Harry suspirou fundo, e baixou os olhos, deprimido, para o pedaço do Profeta que rasgara.
— Ei! — Exclamou ele, esticando o jornal na mesa para que eu, Rony, Hermione e Vega pudéssemos ver — Olhem só isso!
A maior parte da página estava tomada por um anúncio da Madame Malkin Roupas para Todas as Ocasiões que, pelos dizeres, estava em liquidação.
— Já tenho todas as vestes que quero. — Disse Rony
— Não. — Tornou Harry — Olhe... esse pedacinho de notícia aqui...
Eu, Rony e Hermione nos curvamos para ler; a notícia não chegava a três centímetros e estava no fim deuma coluna. Seu título era:
INVASÃO NO MINISTÉRIO
Estúrgio Podmore, 38 anos, residente nos jardins Laburnum 2, Clapham, compareceu perante a Suprema Corte dos Bruxos sob a acusação de invadir o Ministério da Magia e tentar roubar o bruxo-vigia Érico Munch, que o encontrou tentando forçar uma porta de segurança máxima à uma hora da manhã. Podmore, que se recusou a se defender, foi considerado culpado das duas acusações e sentenciado a seis meses em Azkaban.
— Estúrgio Podmore? — Repetiu Rony lentamente — Ele é aquele cara que parece que tem a cabeça coberta de palha, não é? É dos que pertencem à Ord...
— Rony, psiu! — Alertei lançando um olhar aterrorizado em volta
— Seis meses em Azkaban! — Sussurrou Harry, chocado — Só por tentar passar por uma porta!
— Não seja bobo, não foi só por tentar passar por uma porta. Afinal, que é que ele estava fazendo no Ministério da Magia à uma da madrugada? — Murmurou Hermione
— Você acha que ele estava fazendo alguma coisa para a Ordem? — Perguntou Vega baixinho
— Esperem um instante... — Disse Harry lentamente — Estúrgio devia ter ido nos levar ao embarque, lembram?
Nós quatro olhamos para ele.
— É, devia fazer parte da guarda que ia nos levar a King’s Cross, lembra? E Moody ficou todo aborrecido porque ele não apareceu; então será que não estaria fazendo um serviço para eles?
— Bom, talvez não esperassem que ele fosse pego. — Ponderou Hermione
— Poderia ser um flagrante forjado! — Exclamou Rony excitado — Não... escutem aqui! Olhem... isso. — Continuou, baixando a voz teatralmente ao ver a expressão ameaçadora no rosto de Hermione — O Ministério suspeitava que ele fosse um dos seguidores de Dumbledore... não sei... então o atraíram ao Ministério, e ele não estava tentando forçar porta alguma! Talvez tenham inventado alguma coisa para apanhá-lo!
Houve uma pausa enquanto eu, Harry, Vega e Hermione considerávamos a ideia. Harry achou que parecia muito forçada. Vega apenas balançou a cabeça sem falar nada. Hermione, por sua vez, pareceu bem impressionada, assim como eu.
— Sabem, eu não ficaria nada surpresa se isso fosse verdade. — Disse Mione
— Quando você ficou tão inteligente? — Olhei boquiaberta para meu irmão que me olhou sério, antes de dar de ombros e assumir um ar convencido
Hermione dobrou sua metade do jornal pensativa. Quando eu descansei os talheres, ela pareceu despertar do devaneio.
— Certo, muito bem, acho que primeiro devemos encarar aquele trabalho para a Sprout sobre os arbustos autofertilizantes e, se tivermos sorte, poderemos começar o Feitiço para Conjurar a Vida antes do almoço...
Senti uma pontadinha de remorso ao pensar na pilha de deveres que me aguardava no andar de cima, mas o céu estava claro, estimulantemente azul, e eu estava louca pra ir voar novamente...
Mas ainda assim fui fazer as atividades junto com Hermione, enquanto Rony e Harry iam treinar quadribol sem dar ouvidos ao alerta calamitoso de Hermione de que não iriam passar nos N.O.M.s.
— Me surpreende que você também não tenha ido. — Resmungou ela na poltrona do Salão Comunal enquanto junto comigo fazíamos o dever de Herbologia
— Já treinei de manhã. — Falei com um dar de ombros
Depois de umas duas horas resolvendo um terço da pilha de deveres, eu e Mione descemos para o almoço – durante o qual Hermione deixou bem claro que achava Harry e Rony irresponsáveis –, em seguida, esquecendo o resto dos deveres, desci junto com os meninos ao campo de quadribol para o teste marcado.
— Você está nervosa? — Harry perguntou enquanto saíamos do castelo
— Não. — Respondi enquanto olhava para o céu
— Nenhum pouco? — Perguntou Rony
— Não. — Repeti
Todos os companheiros de equipe, exceto Angelina, já se encontravam no campo com suas vassouras quando entramos. Mas nenhum dos que fariam testes para artilheiros tinham chegado ainda.
— Tudo bem, Rox? — Cumprimentou os gêmeos com uma piscadela
— Claro. — Respondi olhando a volta. Na arquibancada, meus quatro elfos acenaram para mim, Natália com Marshall nos braços simulou um aceno com a pata do furão. Eu sorri e acenei de volta para eles. Lavender, Parvati e Amélia estavam próximo a eles também, e sorriram para mim
— Boa sorte, minha linda. — Lee chegou as pressas me abraçando por trás
— Ahh, brigada, lindo. — Eu sorri contente para ele
— Os outros não chegaram? — Perguntou Angelina enquanto chegava com a sua vassoura e um ar de seriedade — Já sabemos quem é a mais pontual então. — Acrescentou com um sorriso para mim
— Posso fazer um pedido? Agradeceria que não facilitassem nenhum pouco pra mim, principalmente pelo fato de três dos meus irmãos estarem no time, meu melhor amigo ser o apanhador e meu namorado o comentarista. Tem como dificultarem? — Perguntei olhando atentamente para cada um deles que se surpreenderam com minha fala
— Tá falando sério?
— Seríssimo. Eu me garanto. — Sorri confiante e no mesmo instante vi Cedric e Mia aparecerem nas arquibancadas
— Então... tá.
— Ah, outra coisa. Será que pode ficar outra pessoa de goleiro quando for minha vez? Se não vai parecer que o Rony tá me deixando marcar, ele é meu irmão gêmeo afinal. E não quero que fiquem comentando que entrei no time por afinidade e não por talento próprio.
— Certo, Rony fica no gol nos outros testes, quando for sua vez eu fico. — Disse Angelina ainda surpresa com a minha fala
— Por que você sempre gosta das coisas no modo difícil? — Rony me perguntou
— Porque eu me garanto. — Repeti novamente
Nos cinco minutos seguintes chegaram mais dez pessoas que disputariam o cargo de artilheiro comigo. Três deles eram do sexto ano, um do sétimo, dois do quinto assim como eu, mais três do terceiro ano e um do segundo. Pelo visto não ia ser assim tão difícil.
— O.k., todos. — Disse Angelina quando nos enfileirou no campo e Lee já havia corrido para a arquibancada enquanto os outros jogadores montavam em sua vassoura atrás dela — Vamos começar; Fred e George, tragam o caixote de bolas. Ah, tem um pessoal que veio assistir o teste, mas quero que vocês finjam que não estão vendo ninguém, tá?
Vi o nervosismo florescer na cara de alguns dos meus oponentes... amadores, é claro.
— Muito bem, vamos começar com algo básico. Primeiro vamos testar a velocidade de vocês, apenas para aquecer, antes de cada um fazer seu teste individual. — Disse Angelina — Montem em suas vassouras e dêem duas voltas no campo antes de pousar de novo. Vamos aquecendo.
Então ela apitou e em um salto eu já estava em cima da minha vassoura prontinha para arrasar. As outras dez vassouras também se ergueram para fazer o que ele pediu. Mas foi bem bom Angelina ter começado por esse ponto, já foi o bastante para ver que a garotinha do segundo ano mal conseguia se equilibrar e dificilmente saiu do chão com a vassoura.
O teste em si foi bem tranquilo, a não ser o fato de uma das garotinhas do terceiro ano ter tido um ataque de choro, a do segundo ter saído irritada do campo, e um menino ter se atrapalhado e caído no meio da arquibancada. E então, finalmente chegou a minha vez de fazer a segunda parte do teste. Angelina fez um sinal para que eu me aproximasse e com a outra mão mandou meu irmão sair das balizas. Nas arquibancadas eu escutei um bater de palmas, e sorri confiante. Mal conseguia acreditar que eu realmente ia fazer meu teste.
— O ideal é você mostrar sua velocidade e destreza e fazer quantos gols forem possíveis dentro do tempo, entendido, Rox? — Angelina perguntou e eu assenti quando ela foi até o lugar onde antes meu irmão estava, bem preparada
Angelina apitou e eu voei, como eu sabia bem fazer, a sensação era de que eu flutuava, me senti livre e leve como um passarinho, enquanto eu me sentia na Copa Mundial de Quadribol. Tudo que eu precisava era pegar a goles e a fazer passar pelo aro, ok. Não é difícil, me abaixei quando um balaço quase me derrubou e apanhei a goles, a arremessando com força no aro, e ponto. Angelina parecia estar despreparada pois eu consegui marcar, e fiz isso mais umas três vezes em menos de um minuto, e consegui fazer outras duas vezes seguidas, mas então eu lembrei de algo e pensei... Por que não?
Charlie me treinou e me ensinou tudo que sei, mas quis ir além com o meu livro de quadribol, quis mais, por isso comecei a treinar coisas diferentes, praticar lances, e está na hora de me provar.
Apanhei a goles e pulei da vassoura quando já estava perto o suficiente do aro, foi um grande momento de tensão, e então eu dei um salto mortal para frente e quando cheguei a altura máxima possível, me dobrei e fiz um arremesso de força contra os aros. Angelina estava tão paralisada que nem bloqueou, ou seja, eu marquei novamente. Comemorei enquanto caía sentada na minha vassoura novamente. E logo Angelina apitou ainda boquiaberta e as arquibancadas aplaudiam e berração.
— O Salto Mortal de Chelmondiston? — Rony perguntou com um sorriso perplexo quando eu aterrissei no campo próximo à ele — É sério isso? Desde quando você tá praticando ele? Meu Deus, irmã! No dia do teste você vem com essa jogada? Tá pra nascer pessoa mais metida, hem?
— Eu ia fazer a Pancada de Finbourgh, mas ainda estou treinando. — Respondi com um sorriso o olhando — Da última vez que tentei ela, quase quebrei o pescoço.
— Você é louca. — Ele riu novamente
Fred e George se entreolharam e me olharam novamente com um sorriso e balançando a cabeça negativamente. Lee na arquibancada aplaudia e assobiava. Os meus oponentes se entreolharam e prenderam a respiração, sei bem o que pensavam.
— Time! — Angelina apitou chamando a atenção deles — Aqui!
Todos se agruparam onde ela estava formando um círculo para cochicharem entre si. Em segundos, Mia e Cedric estavam ao meu lado me olhando eufóricos.
— Aquilo foi insano. — Alegou Mia com a voz quase rouca. Eu apenas sorri
— Muito incrível! — Disse Cedric com um sorriso; não estava tão eufórico quanto Mia, mas parecia feliz por mim
Os jogadores se afastaram e percebi que cada um deles sorriam entusiasmados, Rony me olhou cúmplice, e eu entendi tudo.
— Vocês foram incríveis pessoal, cada um aqui mostrou o seu melhor, porém só temos espaço para um artilheiro. — Anunciou Angelina — Sinto muito a todos que não conseguiram, mas acho que está óbvio quem superou as expectativas. Eu esperava que fosse um teste normal... nem em meus sonhos imaginei um novo jogador realizando uma manobra daquela em um teste, exige muita destreza, dedicação, e auto-segurança, porque tem pessoas assistindo o teste... — A cada palavra de Angelina, eu sorria mais — Então, sim. Só sim... Rox... a vaga é sua.
Hello bruxinhoooos!
Simmmmm, chegou o momento mais e mais aguardado de The Weasley. Rox finalmente no time de Quadribol da Grifinoria, eu ouvi um amém irmãos?? Kkkkk. Exatamente!!!
A partir daqui ela já fica um pouquinho mais felizinha, não que os problemas vão acabar, só pioram *carinha de palhaço*, mas a vida é isso, né? Kkkkk
Genteeeeee. Estou em uma parte de Enigma do Príncipe insana, ahh, como é triste surtar sozinha kkkkk, vai demorar tanto pra vocês lerem ele... Mas, ok. Em breve kkkk...
Nos vemos segunda-feira
– Tia Nick.
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