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159 | The Flaw in the Plan

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159. A Falha no Plano

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Morto.

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    Harry estava novamente deitado com o rosto no chão. O cheiro da Floresta enchia suas narinas. Ele sentia a terra dura e fria sob sua face, e a dobradiça dos seus óculos, deslocados para um lado durante a queda, cortando sua têmpora. Cada centímetro do seu corpo doía, e, no ponto em que a Maldição da Morte o atingira, parecia ter levado um murro de punho de ferro. Ele não se mexeu, manteve-se exatamente onde caíra, com o braço esquerdo dobrado em um ângulo estranho e a boca aberta.

   Esperara ouvir vivas de triunfo e júbilo por sua morte, mas, em vez disso, o ar se encheu de passos apressados, sussurros e murmúrios solícitos.

— Milorde... milorde...

   Era a voz de Bellatrix, como se falasse a um amante. Harry não ousou abrir os olhos, deixou seus outros sentidos explorarem a situação. Sabia que a varinha continuava guardada sob suas vestes porque a sentia espremida entre seu peito e o chão. Um finoacolchoamento na área do estômago lhe informava que a Capa da Invisibilidade também estava ali, escondida.

— Milorde...

— Agora chega. — Ele ouviu a voz de Voldemort

   Mais passos: várias pessoas estavam retrocedendo do mesmo lugar. Desesperado para ver o que estava acontecendo, e por quê, Harry entreabriu os olhos um milímetro. Aparentemente, Voldemort estava se levantando. Vários Comensais da Morte se afastavam depressa dele, reintegrando a multidão à volta da clareira. Somente Bellatrix continuou ali, ajoelhada ao lado de Voldemort.

   Harry fechou os olhos e considerou o que vira. Os Comensais da Morte tinham se aglomerado em torno de Voldemort, que, pelo visto, caíra ao chão. Algo havia ocorrido quando atingira Harry com a Maldição da Morte. Teria tombado também? Parecia provável. Ambos teriam caído, momentaneamente desacordados, e agora ambos recobravam os sentidos...

— Milorde, me deixe...

— Não preciso de sua ajuda. — Respondeu Voldemort, friamente, e, embora não pudesse ver, Harry visualizou Bellatrix, solícita, afastando a mão — O garoto... está morto?

   Fez-se absoluto silêncio na clareira. Ninguém se aproximou de Harry, mas ele sentiu que os olhares se concentravam nele, pareciam empurrá-lo mais fundo no chão, e apavorou-se que uma pálpebra ou um dedo seus pudessem mexer.

— Você. — Disse Voldemort, e houve um estampido e um gritinho de dor — Examine-o. Me diga se está morto.

   Harry não sabia quem ele mandara verificar. Só lhe restava ficar parado, com o coração batendo forte, traindo-o, e aguardar ser examinado, mas, ao mesmo tempo, registrando, embora isso não fosse grande consolo, que Voldemort tomava a precaução de não se aproximar dele, que Voldemort suspeitava que tivesse havido uma falha no plano...

   Mãos, mais leves do que imaginara, tocaram o seu rosto, ergueram uma pálpebra, se introduziram sob sua camisa e sentiram seu coração. Ele ouvia a respiração rápida da mulher, seus longos cabelos fizeram cócegas em seu rosto. Harry sabia que ela ouvia a pulsação ritmada da vida contra suas costelas.

Draco está vivo? Está no castelo?

   O sussurro era apenas audível; os lábios dela estavam a meros centímetros do seu ouvido, sua cabeça tão curvada que a cabeleira protegia seu rosto dos espectadores.

Está. — Sussurrou ele em resposta

   Harry sentiu a mão em seu peito se contrair; suas unhas o espetaram. Então, ela retirou a mão. Sentara.

— Morto! — Anunciou Narcissa Malfoy para os Comensais

   E agora eles gritaram, agora deram berros de triunfo e bateram com os pés no chão, e, entre as pálpebras, Harry viu clarões vermelhos e prateados subirem ao ar, comemorando. Mas não conseguia ver a Rox agora, não sabia se ela comemorava com os demais, ou sentira o remorso da morte dele, se sua mente compreendia o que aconteceu.

   Ainda fingindo-se de morto, porém, Harry compreendeu. Narcissa sabia que a única maneira de lhe permitirem entrar em Hogwarts e procurar o filho era participar do exército conquistador. Ela já não se importava se Voldemort venceria ou não, ela só se importava com o filho.

— Viram? — Guinchou Voldemort, sobrepondo-se ao tumulto — Harry Potter foi morto por minha mão, e agora nenhum homem vivo poderá me ameaçar! Vejam! Crucio!

   Harry estivera esperando aquilo: sabia que não deixariam o seu corpo descansar intocado no chão da Floresta, teria que ser humilhado para comprovar a vitória de Voldemort. Ele foi erguido no ar, e precisou de toda a sua força de vontade para continuar inanimado; entretanto, a dor que previra não ocorreu. Foi atirado uma, duas, três vezes no ar, seus óculos voaram do rosto e ele sentiu a varinha escorregar um pouco sob suas vestes, mas continuou mole e sem vida e, quando caiu no chão pela última vez, a clareira ressoou com insultos e risadas agudas.

— E você, minha querida — Dizia Voldemort com voz suave, entusiasmado, se dirigindo a alguém que Harry não podia ver —, não quer brincar, talvez...?

— Não. — Disse uma forte voz feminina, com um toque um pouco infantil, Harry reconheceu de imediato a voz de sua melhor amiga, mas não saberia dizer o que ela estava sentindo pela sua voz cortante — Não há graça em brincar com um cadáver.

   Por instantes fez-se silêncio, o tom que ela usara para Voldemort seria digno de morte se fosse qualquer outra pessoa que o tivesse usado, mas ele não mataria Roxanne Weasley, ela era essencial demais para ele matá-la assim.

— Claro, claro, você tem razão. — Voldemort sorriu quebrando o clima tenso que formara-se e mostrando o quanto estava de bom humor — É mais divertido brincar no castelo, não?

   Rox não respondeu. Harry estava desesperado pra ver seu rosto a essa afirmação, a perspectiva de matar a atraía?

— Agora — Prosseguiu o Lorde — , iremos ao castelo lhes mostrar o que restou do seu herói. Quem arrastará o corpo? Não... esperem...

   Houve nova explosão de risadas e, transcorridos alguns instantes, Harry sentiu o chão tremer sob seu corpo.

— Você o carrega. — Ordenou Voldemort — Ficará bem visível em seus braços, não é mesmo? Apanhe o seu amiguinho, Hagrid. E os óculos... reponha os óculos... ele precisa ficar reconhecível.

   Alguém chapou os óculos no rosto de Harry com intenção de machucá-lo, mas as mãos enormes que o ergueram no ar foram extremamente gentis. Harry sentiu os braços de Hagrid tremendo com a violência dos seus profundos soluços, grossas lágrimas choveram sobre ele quando Hagrid o aninhou nos braços, e Harry não ousou, por movimento ou palavra, insinuar ao amigo que nem tudo estava perdido, ainda.

— Ande — Ordenou Voldemort, e Hagrid avançou aos tropeços, abrindo passagem entre as árvores muito juntas, em direção à saída da Floresta. Os galhos prenderam nos cabelos e nas vestes de Harry, mas ele continuou inerte, a boca aberta molemente, os olhos fechados, e no escuro, enquanto os Comensais da Morte se aglomeravam ao seu redor, e enquanto Hagrid soluçava às cegas, ninguém se preocupou em verificar se pulsava uma veia no pescoço nu de Harry Potter...

   Os dois gigantes acompanharam com estrondo os Comensais da Morte; Harry ouvia as árvores partindo e tombando à sua passagem; faziam tanto barulho que os pássaros levantavam voo, aos gritos, abafando até as caçoadas dos Comensais. A procissão da vitória marchou para campo aberto, e depois de algum tempo, Harry percebeu, pelo clareamento da escuridão através de suas pálpebras fechadas, que as árvores estavam começando a rarear.

— AGOURO!

   O inesperado berro de Hagrid quase forçou Harry a abrir os olhos.

— Estão felizes agora por não ter lutado, seu bando covarde de mulas velhas? Satisfeitos de ver Harry Potter... m-morto...?

   Hagrid não pôde continuar, sucumbiu às lágrimas. Harry ficou imaginando quantos centauros estariam assistindo à procissão passar; não se atreveu a abrir os olhos para avaliar. Alguns Comensais da Morte gritaram insultos para as criaturas, à medida que as deixavam para trás. Pouco depois, Harry sentiu, pelo refrescamento do ar, que tinham chegado à orla da Floresta, ao mesmo tempo que percebeu que não sentia mais sua varinha com ele, e foi com terror que Harry percebeu que ela tinha caído.

— Pare.

   Harry achou que Hagrid devia ter sido forçado a obedecer, porque ele cambaleou ligeiramente. Agora baixava uma frialdade sobre o lugar em que haviam parado, e Harry ouviu os arquejos roucos dos dementadores que patrulhavam as árvores naquele ponto da Floresta. Não o afetariam agora. A realidade de sua sobrevivência abrasava-o por dentro, um talismã contra eles, como se tivesse no coração o cervo Patrono de seu pai a guardá-lo.

   Alguém passou perto de Harry e ele percebeu que era Voldemort, porque ele falou em seguida, sua voz magicamente amplificada de modo a se propagar pelos terrenos da escola, retumbando nos tímpanos do garoto.

  "Harry Potter está morto. Foi abatido em l plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele. Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o seu herói deixou de existir.

   "A batalha está ganha. Vocês perderam metade dos seus combatentes. Os meus Comensais da Morte são mais numerosos que vocês, a Verdadeira Médiumaga está ao meu lado e O-Menino-Que-Sobreviveu está liquidado. A guerra deve cessar. Quem continuar a resistir, homem, mulher ou criança, será exterminado, bem como todos os membros de sua família. Saiam do castelo agora, ajoelhem-se diante de mim e serão poupados. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se unirão a mim no novo mundo que construiremos juntos."

   Houve silêncio nos jardins e no castelo. Voldemort estava tão perto que Harry não se atreveu a abrir os olhos.

— Venha. — Ordenou Voldemort. Harry ouviu-o avançar e Hagrid foi forçado a segui-lo. Harry abriu minimamente os olhos e viu Voldemort caminhando à frente, levando em torno dos ombros sua grande cobra, agora, livre da gaiola encantada. Harry apenas sentia os Comensais da Morte que o ladeavam, marchando na escuridão que gradualmente se dissipava, sabia que não tinha o que fazer, perdera sua varinha, e mesmo se estivesse com ela, não tinha a possibilidade de sacá-la de dentro das vestes sem ser visto

— Harry. — Soluçava Hagrid — Ah, Harry... Harry...

   O garoto tornou a fechar os olhos com força. Sabia que estavam se aproximando do castelo, e apurou os ouvidos para distinguir, acima das vozes alegres dos Comensais da Morte e dos seus passos pesados, sinais de vida em seu interior.

— Parem.

    Os Comensais pararam: Harry os ouviu debandar, para formar uma linha em frente às portas abertas da escola. Via, mesmo através das pálpebras fechadas, a claridade avermelhada indicando que a luz que o iluminava saía do saguão de entrada. Ele aguardou. A qualquer momento, as pessoas por quem ele tentara morrer o veriam, deitado aparentemente morto, nos braços de Hagrid.

— NÃO!

   O grito foi ainda mais terrível porque ninguém jamais esperara ou sonhara que a professora McGonagall pudesse emitir tal som. Ouviu-se então uma risada de mulher ali perto, era Bellatrix Lestrange que exultava com o desespero de McGonagall.

   A entrada do castelo começava-se lentamente a se encher de gente, à medida que os sobreviventes da batalha saíam aos degraus, para encarar os seus vencedores, e constatar, com os próprios olhos, a realidade da morte de Harry Potter. Voldemort estava parado um pouco à frente do garoto, acariciando a cabeça de Nagini com um dedo branco. Extasiado com o horror presente nos olhos das pessoas.

— NÃO!

— Não!

Não!

— Harry! HARRY!

   As vozes de Vega, Rony, Hermione e Ginny foram piores que as de McGonagall; tudo que Harry queria era gritar em resposta, manteve-se, porém, deitado e calado, e os gritos dos amigos tiveram o efeito de um gatilho.

    Junto a multidão de sobrevivente, Vega Misttigan tremia sem parar, mal conseguindo se manter em pé e sendo segurada pelo namorado, Colin Creevey, que tinha lágrimas escorrendo no rosto enquanto olhava para o corpo de Harry.

— Não... não... não... — Vega murmurava para si mesma, fora de si, querendo correr até ele, ao mesmo tempo que queria fugir para longe. Sua mente estava um turbilhão de emoções enquanto ela lembrava da frase que seu pai a disse no dia em que eles finalmente se conheceram

    Lembrava com dor da esperança de que tinha, a esperança de que um dia ela, os pais e Harry morariam juntos como uma família, mas agora Harry se fora, assim como seus pais, e Vega não conseguia aceitar que perdera tudo, simplesmente não lhe restava nada, ela não tinha mais família, era isso o que seus olhos – que observavam o corpo nos braços de Hagrid – diziam. Ela não tinha ninguém além de Colin agora.

   A multidão de sobreviventes que unia-se a eles agora estavam gritando e berrando insultos para os Comensais da Morte até...

— SILÊNCIO! — Exclamou Voldemort. Em seguida, um estampido, um forte clarão, e o silêncio se impôs a todos — Acabou! Harry Potter está morto! E desse dia em diante, depositarão a fé em mim.

    Não aguentando mais olhar aquela visão, Vega enterrou seu rosto no peito do namorado incapaz de continuar a ver aquilo. Já Ginny estava incontrolável, seus joelhos cederam ao chão, e mesmo com Demelza Robbins tentando puxá-la para cima, ou consolá-la, a garota não se moveu, apenas permitindo as lágrimas caírem, sem acreditar naquilo que está nítido bem a frente dos seus olhos.

— Estão vendo? — Disse Voldemort andando de um lado para outro — Harry Potter está morto! Entenderam agora, seus iludidos? Ele não era nada, jamais foi, era apenas um garoto, confiante de que os outros se sacrificariam por ele!

— Ele o derrotou! — Berrou Rony, e o feitiço se rompeu, e os defensores de Hogwarts voltaram a gritar e a insultar até que um segundo estampido mais forte tornou a extinguir mais uma vez suas vozes

— Ele foi morto tentando sair escondido dos terrenos do castelo — Disse Voldemort, e, na sua voz, havia prazer com a mentira —, morto tentando se salvar, nem aí para vocês que se sacrificaram por ele, que lutaram. Mas Lorde Voldemort é misericordioso, e é chegada a hora para que se declarem, venham e juntem-se a nós ou morrerão.

   Um silêncio profundo invade o ambiente, ninguém tem reação alguma, até que...

— Draco...

   Lucius Malfoy acabara de avistar seu único filho, e ao simples chamado a multidão de sobreviventes também olhou para o garoto. Draco Malfoy estava parado um pouco atrás, em cima de alguns degraus da entrada, sujo de fuligem e sangue, apertando uma varinha que não era sua e tremendo enquanto olhava para os Comensais da Morte.

   Seu pai agora o chamava com a mão, a voz meio fraca e nervosa, o garoto estava paralisado, ninguém entendia sua expressão.

— Filho... — Ele apelava, mas o garoto não se mexia

— Draco — Disse Narcissa Malfoy, seus lábios tremendo e os olhos parecendo brilhar —, filho, venha.

   Draco olhou para os lados, as pessoas ao redor apenas o observavam, Sol Lestrange estava a alguns passos dele, e sustentou o olhar no primo, quase brilhando, tinha medo em seus olhos, algumas lágrimas lutando pra cair enquanto ela parecia suplicar que seus pais não a vissem. Draco sabia o porquê... a mão de sua prima estava entrelaçada agora com a de George Weasley, eles fizeram as pazes, Sol não quer perder isso, ela está assustada, mas não vai pro outro lado, mesmo que o plano tenha falhado.

— Draco... — O terceiro chamado de seu pai o despertou, o fez voltar a olhar para frente

   Então o loiro olha para sua mãe, e disfarçadamente a nota piscar um dos olhos para ele, um gesto rápido em segundos, que logo passa e faz o garoto pensar se realmente aconteceu. Suas íris acinzentadas agora procuravam desesperadamente algum sinal de Rox, embora o gesto de sua mãe o tenha alertado.

    Não precisou de outro chamado assim que ele escutou a voz em sua mente, e lançou um olhar de esguelha para Harry Potter. Draco sorriu em seu íntimo, embora tremesse quando deu um passo pra frente.

— Draco, não... — Dizia o sussurro urgente de sua prima. O garoto lhe lançou um semi-olhar ao qual ela não compreendeu, continuando em seu canto escondendo-se do olhar da mãe

   Draco Malfoy caminhou entre os sobreviventes recebendo olhares frios, ninguém ali nunca havia botado fé no garoto, para todos ele era mesmo um traidor, por isso ninguém esperava nada mais dele, ninguém esperava que continuasse ali, que fosse forte como Theodore Nott e Pansy Parkinson que estavam de mãos dadas encarando os próprios pais, sem a menor chance de se renderem.

   Mas Draco Malfoy já fizera coisas demais para as pessoas acreditarem que ainda havia esperanças para ele, o garoto tinha a marca negra, por isso ninguém o impediu, ele apenas foi assistido caminhar lentamente até o outro lado.

— Muito bem, Draco... — Saudou-o Voldemort sorrindo quando o garoto chegava perto, e antes que o menino pudesse passar e ir até seus pais, o Lorde surpreendeu-o com um abraço que o congelou

    Ainda atônito com aquilo, o garoto caminhou até seus pais e finalmente a viu, um pouco atrás de sua mãe. Sem conseguir evitar, Draco sorriu, algo que Rox Weasley retribuiu, conversando com ele apenas por olhares enquanto Narcissa abraçava o garoto.

    Voldemort estava extasiado para perceber olhares entre os Malfoy, ou qualquer outra coisa, nem mesmo reparara que Bellatrix subira em um banco e procurava pela sua filha na multidão de sobreviventes de Hogwarts.

— Mais alguém? — Voldemort perguntou

   Houve uma segunda movimentação entre os sobreviventes, Neville Longbottom se mexera, mancava, mas estava convicto enquanto se aproximava de Voldemort sem medo algum.

— Devo admitir que esperava mais. — O Lorde brincou arrancando risadas dos Comensais da Morte presentes

   Neville não se abalou, olhava com seriedade para o homem à sua frente.

— Quero falar uma coisa...

— E quem é você, meu jovem? — Perguntou Voldemort com o seu silvo suave de ofídio

   Bellatrix deu uma gargalhada prazerosa.

— É Neville Longbottom, milorde! O garoto que andou dando tanto trabalho aos Carrow! O filho dos aurores, lembra?

— Ah, sim, lembro. — Disse Voldemort, baixando os olhos para Neville — Mas você tem sangue puro, não tem, meu bravo rapaz?

— E se tiver? — Respondeu Neville em voz alta

— Você demonstra vivacidade e coragem, e descende de linhagem nobre... Você dará um valioso Comensal da Morte. Precisamos de gente como você, Neville Longbottom.

— Me juntarei a você quando o inferno congelar. Armada de Dumbledore! — Gritou ele e, da multidão, ouviram-se vivas em resposta, que os Feitiços Silenciadores de Voldemort pareceram incapazes de conter

— Muito bem. — Disse Voldemort, e havia um perigo maior na suavidade de sua voz do que no feitiço mais poderoso — Se essa é a sua escolha, Longbottom, espero que esteja disposto a sofrer as consequências que ela trará para você.

— Só quero dizer uma coisa. — E tinha frieza no tom que Neville usava e no olhar que ele carregava para o Lorde das Trevas

   Voldemort odiava ser contrariado, desviou o olhar por segundos antes de tornar a observar Neville.

— Ótimo. — Disse com uma calma que certamente não tinha — Tenho certeza que ficaremos fascinados em ouvir o que você tem a dizer.

— Não importa o Harry ter morrido. — Começou Neville sendo repreendido por um grito de alguém na multidão de Hogwarts que o mandava parar. O garoto suspirou e se virou, mas continuava falando convicto — Pessoas morrem todos os dias. Amigos... Família... — Ele suspirou — É... perdemos o Harry... mas ele está conosco, aqui dentro — E indicou o seu coração —, assim como a Padma, Remo, Tonks, todos eles. Não podemos deixar eles morrer em vão!

   E mancando, Neville Longbottom tornou a olhar pra frente, fitando Voldemort com uma coragem tamanha, que ninguém pensaria que era mesmo o garoto medroso e atrapalhado de anos antes.

— Mas é o seu fim! — Gritou vendo o sorriso de Voldemort se alargar, mas isso não fazia Neville temer, estava determinado — Porque está errado! O coração de Harry batia por nós, por todos nós, e é o seu fim!

    Neville avançou correndo e investira em cheio contra Voldemort. Houve, então, mais um estampido, um clarão e um gemido de dor, logo Voldemort já estava rindo enquanto atirava a varinha do seu desafiante para o lado.

— Então está mesmo se voluntariando para demonstrar o que acontece com os que insistem em lutar quando a batalha está perdida, Longbottom?

    Neville fazia força para se pôr de pé, sem arma nem proteção, parado na terra de ninguém entre os sobreviventes e os Comensais da Morte que riam.

— Se é assim, revertemos então ao plano original. — Dizia o Lorde rindo — Vocês sofrerão o peso da mão de Lorde Voldemort — E lançou mais um olhar à Neville, que o encarava, as mãos vazias fechadas em punho —, e a culpa é toda sua, meu jovem!

    Voldemort acenou com a varinha. Segundos depois, das janelas estilhaçadas do castelo, algo semelhante a um pássaro disforme voou na semiobscuridade e pousou na mão de Voldemort. Ele sacudiu o objeto mofado pelo bico e deixou-o pender vazio e roto: o Chapéu Seletor.

— Não haverá mais Seleção na Escola de Hogwarts. — Disse Voldemort — Não haverá mais Casas. O emblema, escudo e cores do meu nobre antepassado, Salazar Slytherin, será suficiente para todos, não é mesmo, Neville Longbottom?

  Ele apontou a varinha para Neville, que ficou rígido e calado, então forçou o chapéu a entrar na cabeça do garoto, fazendo-o escorregar abaixo dos seus olhos. A multidão que assistia à porta do castelo se movimentou e, sincronizados, os Comensais da Morte ergueram as varinhas, acuando os combatentes de Hogwarts.

— Neville agora vai demonstrar o que acontece com quem é suficientemente tolo para continuar a se opor a mim. — Anunciou Voldemort e se virou para trás estendendo a mão para alguém entre os Comensais, alguém que a multidão de sobreviventes ainda não tinha visto — Estão prontos para sentirem o poder da Grande Feiticeira!?

   Tinha luxúria na maneira como Voldemort a chamava, e tinha sangue nos olhos verdes e cruéis da garota assim que ela soltou a mão de Draco Malfoy e se aproximou, sem nem mesmo olhar para trás, confiante e convicta, ficando finalmente à vista de todos.

   Entre os sobreviventes corriam murmúrios, choques, lamúrias, o mais vinha de sua própria família assim que finalmente reconheceram Rox Weasley por baixo daqueles cabelos lisos, sedosos e platinados. A capa preta quase arrastava no chão e ela usava uma bota de salto, suas vestes eram completamente escuras como a de todos os Comensais.

— Rox! — O grito que cortou o ar era de Molly Weasley incapaz de acreditar que sua filhinha estava do lado negro, a filha que Molly falhou, a que cuidou tanto que a machucou, a causou traumas de infância, cicatrizes, mas Molly só fez àquilo que achava certo, porque a amava, porque a ama

   Rony Weasley não tinha mais reação quanto a visão da irmã gêmea, Hermione olhava com dor, mas Lavender via algo além naquele tudo, algo que Charlie Weasley também notara assim que a garota, imponente, parou ao lado de Voldemort e abaixou o olhar para Neville.

— A única Médiumaga de sua geração! —Voldemort se vangloriava, rindo-se extasiado com os olhos brilhando enquanto observava a garota como se não passasse de um objeto muito valioso — A Grande Feiticeira, a garota capaz de falar com os mortos. — E gargalhava mais, orgulhoso de si mesmo — Mostre pra eles, Rox, mostre para eles quem você é e a quem você serve. Roxanne, mostre a sua crueldade.

   A voz era um comando ao qual seu cérebro era obrigado a obedecer. Neville ficou pra trás, ainda no chão aos pés do Lorde, assim que a garota se aproximou mais e observou muito séria toda a multidão de sobreviventes, todos àqueles que se sentiam traídos ao vê-la daquele lado, ao ver o que ela estava prestes a fazer.

Roxanne — O Lorde chamava —, mate-o e acabe com todos!

   Embora soubesse que a ordem exigia que a morte de Neville fosse a primeira, lenta e dolorosa para que todos pudessem assistir, a garota continuou olhando para frente, devagar seus olhos foram clareando até estarem totalmente brancos e um sorriso brincou com seus lábios.

— Eu acho que não.

   Foi rápido, em questão de segundos, tudo ao mesmo tempo.

   Ouviu-se um clamor nas distantes divisas da escola, dando a impressão de que centenas de pessoas escalavam os muros fora do campo de visão de todos e corriam em direção ao castelo, proferindo retumbantes brados de guerra. Nessa hora, Grope apareceu contornando a quina do castelo e berrou:

  "HAGGER!". Seu grito foi respondido por urros dos gigantes de Voldemort: eles avançaram para Grope como elefantes estremecendo a terra.

    Depois vieram as sombras, do chão começavam a brotar coisas negras e quase horripilantes, enormes sombras monstruosas que pareciam espécies de Inferis e que não se abalavam com nenhum tipo de feitiço enquanto surgiam no meio dos Comensais da Morte, engolindo todos quanto podiam, enquanto eles rompiam fileiras, gritando, surpresos.

   Depois vieram os cascos, a vibração de arcos distendendo e flechas começaram repentinamente a chover entre os Comensais que já corriam apavorados dos espíritos.

— DRACO! — Roxanne Weasley gritou sem perder o equilíbrio e com as mãos ardendo em brasas lilás

   O garoto não precisava de um segundo chamado quando se adiantou às pressas e correu na direção em que Hagrid estava ainda com Harry em seus braços.

— POTTER! — O loiro grita e joga sua própria varinha para o garoto aparentemente morto, mas que ao mesmo instante salta dos braços do meio-gigante para a surpresa de todos

   A chuva de fogos começa no exato momento em que Voldemort está completamente extasiado, pasmo, nem todos foram rápidos o suficiente para raciocinar a gargantilha negra que caíra do pescoço de Roxanne Weasley ou mesmo que Harry Potter estava vivo.

  Hello bruxinhooos...

    Eai, eai, como estamos?????? Que será que rolou aqui? Hihihihi kkkkkkkk. Peguei vocês nessa, né? Estão curiosos? Nos vemos sexta-feira onde suas dúvidas serão respondidas.

   Estão ansiosos? Porque eu tô kkkkkk

– Bjosss da tia Nick.

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