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151 | The Lost Diadem

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151. O Diadema Perdido

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É uma espécie de coroa. Acreditava-se que o da Ravenclaw tinha propriedades mágicas, ampliava a sabedoria de quem o usava.

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ᴸᵃᵛᵉⁿᵈᵉʳ ᴮʳᵒʷⁿ

  Com berros de alegria assim como Vega, eu e Neville também nos adiantamos em abraçar Harry, Rony e Hermione.

— Vega... que... como...? — Escutei Harry perguntar enquanto agora a garota chorava, fiquei me questionando se ele tava mais surpreso com o fato dela estar aqui ou dela ter se transformado em um animago

— Lavender... — E era surpreendente como Hermione realmente parecia feliz em me ver, e eu também estava feliz em vê-la, em ver os três na verdade, embora eu sentisse muita falta de Rox, mas eu já sabia que ela não estaria com eles — Quê...?

Hermione segurou em meu braço de repente, parecendo me analisar, eu entendi o seu assombro. Quanto mais os três olhassem para mim, Neville ou Vega, pior a situação pareceria: Neville tinha um dos olhos inchado, amarelo e roxo, havia marcas fundas em seu rosto e sua aparência de desleixo sugeria que passara um mau bocado. Eu e Vega estávamos igualmente desleixadas no quesito das vestes rasgadas, mas enquanto a garota tinha cicatrizes pelo pescoço e uma transpassando o olho, eu tinha apenas dois cortes que desciam do lado do meu olho até a minha bochecha, e pareciam mais profundos do que deveriam, além do mais estava cheia de cicatrizes por cima das minhas próprias queimaduras agora muito à mostra, e o corte do meu cabelo com aquela faca cega devia chamar um pouco da atenção também. Contudo, mesmo parecendo abalados fisicamente, nossas feições maltratadas irradiavam felicidade.

— Eu sabia que você viria! — Exclamou Neville ao trocar comigo, e ir abraçar Hermione, enquanto Vega abraçava Rony e eu à Harry — Sempre disse ao Seamus que era uma questão de tempo!

— Estou tão feliz em ver vocês! — Exclamei extasiada

— Mas, que aconteceu com vocês? — Harry parecia abrupto — E... como, Vega? você... o cachorro?

— Eu sou um animago. — Ela sorriu voltando a olhar para o garoto — O que esperava? Até parece que não conheceu o meu pai.

— Mas o que houve com vocês? Estão... — E Rony não terminou a frase, parecendo desconcertado

— Quê? Isso? — Neville menosprezou os ferimentos, sacudindo a cabeça — Isto não é nada, Seamus está pior.

— Vocês verão, tem gente muito pior do que nós três, isso aqui na verdade não é nada. — Falei sem conseguir parar de sorrir em vê-los— Vamos andando, então? Ah — E eu virei para Aberforth —, Ab, talvez haja mais umas duas pessoas a caminho.

— Mais umas duas pessoas?! — Exclamou Aberforth, em tom ameaçador — Como assim, mais umas duas pessoas, Brown? Há um toque de recolher e um Feitiço Miadura sobre toda a aldeia!

— Sabemos, é por isso que elas estarão aparatando diretamente no bar. — Respondeu Neville — Mande-as pela passagem quando chegarem, por favor? Muito obrigado.

Neville esticou a mão para Hermione e ajudou-a a subir no console, e dali para o túnel; Rony seguiu-a e depois Neville, logo eu fui também, notando que Vega se demorara para esperar por Harry, que se dirigiu a Aberforth.

— Não sei como lhe agradecer. Você salvou duas vezes a nossa vida.

— Cuide bem delas, então. — Respondeu Aberforth, ríspido — Talvez eu não possa salvá-las uma terceira.

Ele subiu no console e entrou no buraco atrás do retrato de Ariana Dumbledore. Havia degraus de pedra lisa ali, sei o que ele deveria estar pensando, a passagem tinha aparência de existir há muitos anos. Luminárias de latão pendiam das paredes e o piso de terra estava gasto e sem asperezas; à medida que andávamos, nossas sombras ondulavam, abrindo-se em leque, pela parede.

— Você não perguntou — Começou Rony ao meu lado quando começamos a andar — pela... pela...

— Pela Rox? — Terminei a pergunta por ele o vendo assentir com a cabeça, pelo seu olhar Rony parecia magoado, estritamente irado com a própria irmã — Eu sei que ela não está com vocês, e também sei onde e com quem ela está.

Rony me olhou surpreso, parecia procurar desprezo, raiva e mágoa no meu olhar.

— Você não acha que ela trocaria mesmo de lado, né? — O questionei — Ela é sua irmã gêmea, você deveria conhecer ela mais do que ninguém, não acredito que pense mesmo que ela mudaria de lado.

— Mas nós a vimos! E estava com o Malfoy... ele... ele... — Rony tentou retrucar, e eu vi sua mente, vi o quanto estava embaralhada e o quanto ele não queria pensar naquilo, queria mesmo achar que sua irmã nunca mudaria de lado, mas ao mesmo tempo se sentia traído, por isso queria mesmo confiar que Draco a manipulou

Confesso que senti vontade de dá um tapa no rosto de Rony, sem maldade alguma, apenas para fazer esse garoto acordar e perceber que a Rox nunca mudaria de lado, e que há sim uma explicação coerente para tudo o que aconteceu, e eu sei que minha amiga explicará tudo assim que puder. Mas, no entanto, achei melhor não fazer ou falar nada, Rony não entenderia, e eu odeio discussões.

— Há quanto tempo isso existe? — Escutei a indagação de Harry que vinha atrás de mim e talvez não tenha escutado minha semi-conversa com o meu ex-namorado — Não consta no mapa do maroto. Pensei que só houvesse sete passagens para entrar e sair da escola, não?

— Eles lacraram todas aquelas antes de começar o ano letivo.— Respondeu Vega — Não há a menor chance de se usar nenhuma delas.

— Não mesmo. — Completou Neville — Pelo menos não com os feitiços que lançaram nas entradas e os Comensais da Morte e dementadores esperando nas saídas. — Ele começou a andar de costas, sorridente, absorvendo a presença dos outros três — Mas deixa isso para lá... é verdade? Vocês arrombaram o Gringotes? Fugiram montados em um dragão? É o boato que corre, todo o mundo está comentando isso, Klaus Pierrete da Hufflepuff foi espancado por Carrow por berrar isso no Salão Principal na hora do jantar!

— É, é verdade. — Confirmou Harry

Neville, Vega e eu rimos com gosto.

— Que incrível — Exclamei contente —, eu tenho um pouco de medo de altura, mas parece ter sido incrível.

— Sim! E que foi que vocês fizeram com o dragão? — Vega perguntou

— Soltamos no mato — Disse Rony —Hermione era a favor de adotá-lo como bicho de estimação...

— Não exagere, Rony...

— Mas que você têm feito? — Perguntou Neville — Tudo ficou estranho depois que descobrimos que a Rox tá na casa dos Malfoy, e confraternizando com Você-Sabe-Quem, ou até que ela cometeu todos aqueles assassinatos, ninguém entendeu muito bem. Está tudo muito louco, mas a Lav aí, a Vega, Ginny e Demelza não deixam ninguém falar mal dela, dizem que tem algo aí que ainda não sabemos. Mas as pessoas também andaram dizendo que você estava apenas fugindo, Harry, mas acho que não. Acho que esteve armando alguma coisa.

— Você acertou, mas nos falem sobre Hogwarts, ficamos sem notícias.

— Tem estado... bem, realmente não parece mais Hogwarts. — Disse Neville, o sorriso desaparecendo do seu rosto — Você ouviu falar dos Carrow?

— Os dois Comensais da Morte que estão ensinando aí?

— Eles fazem bem mais do que ensinar. —Disse Vega assumindo um olhar irritado — São responsáveis por toda a disciplina. E gostam de castigar, os Carrow.

— Como a Umbridge?

— Antes fosse. — Suspirei — Não, perto dos dois, ela é até boazinha. Sabem, os outros professores têm ordem de nos mandar para eles quando fazemos alguma coisa errada. Mas não mandam, se puderem evitar. Dá para perceber que eles odeiam os dois tanto quanto nós.

— Quem não odiaria? — Retruca Vega cruzando os braços — Olha o que aquela desgraçada da Carrow fêmea fez com o seu cabelo, Lavender!

Eu suspirei e passei a mão pelo meu cabelo agora deliberadamente curto e com um corte malfeito.

Ela fez isso? — Hermione ergueu os olhos

— Sim, a Alecto Carrow cortou meu cabelo com uma faca cega. — Contei com um pouco de remorso de lembrar daquele dia — Ela acabou me vendo defender uns primeiranistas, e disse que eu não merecia um cabelo tão bonito. Também foi ela quem me deu alguns desses cortes, mas não é grande coisa, se vocês virem o que a Demelza ganhou na última detenção. Cês lembram dela, não é? A ex da Rox, Demelza Robbins?

Os três assentiram.

— Pra resumir — Disse Vega com um suspiro cansado —, nosso maravilhoso colégio de magia virou um inferno na terra. Amico, o Carrow macho, ensina o que costumava ser Defesa Contra as Artes das Trevas, só que agora é apenas Artes das Trevas. Temos que praticar a Maldição Cruciatus nos alunos que ganharam detenções...

— Quê?

As vozes de Harry, Rony e Hermione ecoaram em uníssono pela passagem.

— Isso mesmo. — Confirmou Neville — Foi assim que ganhei esse. — Ele apontou para um corte particularmente fundo na bochecha — Eu me recusei a amaldiçoar. Mas tem gente interessada; Crabbe e Goyle adoram. Primeira vez que são os primeiros alunos em alguma coisa, imagino.

— Aquela desgraçada da Carrow fêmea ensina a matéria da minha mãe — Disse Vega e era nítido seu remorso em falar disso —, sim, Estudo dos Trouxas, que agora é obrigatório para todos. Temos de ouvi-la explicar que os trouxas são animais, idiotas e porcos, e que obrigaram os bruxos a entrar na clandestinidade porque os tratavam com violência, e que a ordem natural está sendo restaurada. Recebi isso aqui — e ela apontou para um dos cortes em seu rosto — porque perguntei qual é a percentagem de sangue trouxa que ela e o imbencil do irmão têm.

— Vega! — Reclamou Harry parecendo horrorizado

— Caramba, Vega — Exclamou Rony —, tem hora e lugar para se fazer gracinhas!

— Fala isso porque você não teve de ouvi-la. — Eu suspirei — Também não teria aguentado. Ninguém aguenta, às vezes é difícil conseguir ficar calado ouvindo todas as barbaridades e crueldades que eles falam.

— A Lav está certa. — Neville concordou — E tem uma coisa, faz bem quando alguém os enfrenta, dá esperança a todos. Eu observei isso quando você se rebelava, Harry.

— Mas eles transformaram vocês em afiadores de facas. — Comentou Rony, fazendo uma leve careta quando passamos por uma luz e os nossos ferimentos se sobressaíram mais

Neville sacudiu os ombros.

— Não faz mal. Eles não querem derramar muito sangue puro, por isso podem até nos torturar um pouco se formos atrevidos, mas não irão realmente nos matar.

Eu me virei para Harry assim que percebi o que ele pensava. Os três estavam decidindo o que era pior, se eram as coisas que estávamos contando ou o tom banal com que as contávamos.

— As únicas pessoas que correm perigo, de fato, são as que têm amigos e parentes criando problemas do lado de fora. Viram reféns. O velho Xeno Lovegood estava fazendo críticas fortes demais n'O Pasquim, então, eles arrancaram Luna do trem quando íamos passar o Natal em casa.

— Neville, ela está bem, nós a vimos.

— É, eu sei, ela conseguiu me mandar uma mensagem.

Ele tirou do bolso uma moeda dourada, um dos galeões falsos que os membros da Armada de Dumbledore usavam para trocar mensagens entre si.

— Elas têm sido realmente ótimas. — Contei, sorrindo para Hermione — Os Carrow nunca sacaram como nos comunicávamos, e ficaram enlouquecidos. Costumávamos sair escondidos à noite e rabiscar nas paredes: Armada de Dumbledore: o recrutamento continua, e outras coisas do gênero, o Snape odiava.

— Vocês costumavam? — Perguntou Harry, que reparara no pretérito

— Bem, com o tempo, foi ficando mais difícil. — Vega suspirou — Perdemos Luna no Natal, Ginny não voltou depois da Páscoa...

— Pera... — Harry a interrompeu percebendo de cara as entrelinhas do que ela tinha falado — Como assim a Ginny não voltou? Se ela não voltou e você estava com os Weasley, o que diabretes você está fazendo aqui!?

Vega deu de ombros.

— Eu voltei. Dei um jeito de voltar, não podia ficar lá na casa da "tia Muriel", eu... precisava vim à Hogwarts. — Contou suspirando e eu entendia bem a dor que ela sentia e entendia o seu senso protetor, ela está falando de Colin, um nascido trouxa no meio de tudo isso, mas que mesmo assim voltou a Hogwarts

— É, e com isso tudo, as reuniões acabaram ficando mais difíceis depois da Páscoa. — Continuei colocando uma mão no ombro de Vega — Os Carrow perceberam que estávamos por trás de muitas dessas coisas, então começaram a nos pressionar; depois Michael Corner foi pego soltando um aluno do primeiro ano que tinham acorrentado e foi barbaramente torturado. Isso apavorou as pessoas.

— Não é para menos. — Resmungou Rony, e nessa hora a passagem começou a subir

— É, bem, não podíamos pedir às pessoas para suportar o que o Michael suportou — Disse Neville —, então, paramos com esses lances. Mas continuamos a lutar, agindo às escondidas, até umas duas semanas atrás. Foi quando eles concluíram que só havia uma maneira de me fazer parar, suponho, e prenderam minha avó.

— Eles fizeram o quê?! — Exclamaram Harry, Rony e Hermione juntos

— É — Disse Neville, ofegando um pouco porque a passagem estava se tornando muito inclinada — Bem, dá para vocês entenderem o raciocínio deles, no que pensaram quando fizeram isso. O sequestro de crianças para forçar os parentes a se comportarem tinha dado bons resultados, e suponho que seria apenas uma questão de tempo pensarem em fazer o contrário. Agora — Neville ficou de frente para nós e vi os outros três se surpreenderem com o seu ar risonho —, com a vovó, eles deram uma dentada maior do que cabia na barriga. Uma bruxa velhota morando sozinha, provavelmente acharam que não era preciso mandar ninguém muito poderoso. Enfim — Neville deu uma gargalhada —, Dawlish ainda está no St. Mungus e, vovó, foragida. Ela me mandou uma carta — Neville bateu no bolso do peito das vestes — me dizendo que sentia orgulho de mim, que sou filho dos meus pais e que continue a resistir.

— Legal. — Disse Rony

— Também tentaram pegar os meus pais, e a vovó. — Contei rindo — Não preciso dizer que deu errado, não é?

— Uma coisa deu certo para eles. — Começou Vega, passando a mão pelos olhos e tentando se manter firme, logo tive certeza do que ela estava falando e o meu sorriso e o de Neville morreram na hora — Eles finalmente me contaram onde a minha mãe estava todo esse tempo.

— Vega... — Sussurrou Harry olhando com carinho pra irmã do coração que abriu um sorriso triste

— Ela tá com o papai agora. — Disse a garota com os olhos brilhando e eu a abracei de lado, foram sete dias consecutivos chorando depois que ela soube da notícia da mãe; eu, Colin e Demelza quase não conseguimos reanimá-la, é horrível vê-la assim, ela já havia perdido o pai, agora a mãe... — Mas tudo bem, isso só me motivou a não desistir, vou lutar por ela e pelo meu pai, não vou parar!

E com isso eu e Neville sorrimos orgulhosos ao ver que ela acabara de assumir um ar forte e determinado, um sorriso nos lábios de quem estava disposta a deixar os pais orgulhosos, a vingar suas mortes.

— É. — Concordou Neville, feliz — Isso mesmo, Vega. O único problema é que quando eles perceberam que não tinham como nos pressionar, resolveram que Hogwarts poderia muito bem passar sem nós. Não sei se estavam planejando nos matar ou nos mandar para Azkaban; qualquer que fosse o caso, achamos que era hora de desaparecer.

— Exatamente. — Concordou Vega — Além de nós, eles estavam mexendo demais com o Col e o Dênis, eles não deveriam ter voltado pra Hogwarts, não sendo nascidos trouxas, as pessoas estavam abusando demais deles, por isso precisávamos sair de vista.

— Mas — Perguntou Rony, inteiramente desconcertado — não estamos... não estamos voltando direto para Hogwarts?

— Claro que estamos. — Eu sorri — Você verá. Chegamos.

Viramos um canto e logo adiante a passagem terminava. Um pequeno lance de escada levava a uma porta igual a que havia atrás do retrato de Ariana. Neville abriu-a e galgou a escada. Quando o seguia, ouvi ele berrando para os outros:

— Vejam quem está aqui! Eu não disse a vocês?

Eu e Vega pulamos para dar vista as celebridades, que assim que emergiram da passagem para a sala além, ouviram-se gritos e aplausos...

— HARRY!

— É Potter, é POTTER!

Rony!

Hermione!

À primeira vista dava-se uma impressão confusa de coisas coloridas penduradas, de candeeiros e muitos rostos.

A sala em que nos encontrávamos era enorme e lembrava o interior de uma casa de árvore particularmente suntuosa, ou talvez uma gigantesca cabine de navio. Redes multicoloridas pendiam do teto e de uma galeria que rodeava o cômodo cujas paredes sem janelas eram revestidas de painéis de madeira escura, cobertas de tapeçarias de cores vibrantes. Havia o leão dourado da Gryffindor sobre o fundo vermelho, o texugo negro da Hufflepuff sobre o amarelo e a águia bronze da Ravenclaw sobre o azul. Só estava ausente o verde e prata da Slytherin. Havia estantes superlotadas, algumas vassouras encostadas nas paredes e, a um canto, um grande rádio com caixa de madeira. Era simplesmente nosso ponto de paz no meio do inferno.

Sorri enquanto observava Harry, Rony e Hermione serem engolfados, abraçados, receberem palmadas nas costas, terem os cabelos despenteados, as mãos apertadas, tudo com muito entusiasmo, parecia que tinham ganhado uma final de quadribol.

— O.k., o.k., vão com calma pessoal! — Gritou Vega e, quando o amontoado de gente recuou, os três puderam finalmente observar o ambiente

— Onde estamos? — Harry perguntou enquanto passava o olhar pelo local

— Na Sala Precisa, é claro! — Respondi sorrindo

— Desta vez ela foi demais, não? — Perguntou Neville — Os Carrow estavam me perseguindo, e eu sabia que só tinha um esconderijo possível: consegui passar pela porta e foi isso que encontrei! Bem, não estava exatamente assim quando cheguei, era bem menor, só tinha uma rede e tapeçarias da Gryffindor. Mas se expandiu à medida que mais gente da Armada de Dumbledore foi chegando.

— E os Carrow não podem entrar? — Perguntou Harry, olhando ao redor à procura da porta

— Não. — Respondeu Seamus Finnegan, que estava irreconhecível a não ser pela sua voz: o rosto do garoto estava inchado e roxo — É um esconderijo de verdade, desde que um de nós esteja sempre presente, eles não podem nos surpreender, a porta não se abrirá. É tudo obra do Neville. Ele realmente saca essa sala. Você tem que pedir exatamente o que precisa... tipo "Não quero que nenhum seguidor dos Carrow possa entrar", e a sala fará isso! Você só tem que garantir que não deixou nenhum furo! Neville é o cara!

— Na realidade, não tem mistério. — Disse Neville, modestamente — Eu já estava aqui fazia um dia e meio, a Lav e Vega chegaram logo depois, estávamos loucos de fome, desejei arranjar o que comer e a passagem para o Cabeça de Javali se abriu. Entrei por ela e deparei com Aberforth. Ele tem nos fornecido comida, porque, por alguma razão, essa é a única coisa que a sala não faz.

— É, bem, comida é uma das cinco exceções da Lei de Gamp sobre a Transfiguração Elementar. — Afirmou Rony, para surpresa geral

— E assim estamos nos escondendo aqui há quase duas semanas. — Informou Seamus —, e a sala acrescenta mais redes toda vez que precisamos, e até fez brotar um banheiro muito bom quando as garotas começaram a chegar...

— ... foi quando desejaram muito poder se lavar. — Acrescentou Demelza sentada em cima de uma caixa, vários cortes pelo rosto e as roupas igualmente gastas como todo o mundo — Ou vocês pretendiam ficar sujos? — E meio que revirou os olhos, mas sorria — Homens.

— Mas contem o que vocês andaram fazendo. — Pediu Ernesto Macmillan — São muitos os boatos que correm e temos procurado nos manter informados sobre vocês pelo Observatório Potter. — Ele apontou para o rádio. — Vocês não arrombaram o Gringotes?

— Arrombaram! — Confirmou Vega que jogara-se em uma poltrona ao lado de seu namorado. Colin Creevey sorria, indiferente a todas as suas cicatrizes e ao olho roxo — E o dragão também é verdade!

Ouviram-se breves aplausos e alguns gritos; Rony fez uma reverência.

— Que estavam procurando? — Perguntou Seamus, ansioso

Antes que alguém pudesse desviar a pergunta com outra, percebi quando Harry fez uma careta de desconforto e encostou levemente na cicatriz na sua testa, logo virando-se rapidamente de costas para os rostos curiosos e extasiados. Alguns não entendiam nada, mas eu sabia o que era àquilo, e sabia que não era bom sinal.

Harry estava suando, com Rony sustentando-o em pé quando finalmente tornou a abrir os olhos.

— Você está bem, Harry? — Neville perguntou — Quer se sentar? Imagino que esteja cansado, não...?

Mas Vega e eu nos entreolhavámos preparadas para perguntar o que ele tinha visto.

— Não. — Respondeu Harry. Ele olhou para Rony e Hermione, tentando transmitir uma comunicação mudamente, comunicação essa que eu percebi antes dos outros dois. O tempo estava se esgotando depressa. Voldemort.

— O que tá acontecendo, Harry? — Vega perguntou preocupada se levantando da poltrona

— Temos que ir andando. — O garoto falou, e as expressões dos nossos colegas revelaram compreensão

— Que vamos fazer, então, Harry? —Perguntou Seamus — Qual é o plano?

— Plano? — Repetiu Harry. E pelas caretas que ele fazia estava aparente que sua cicatriz ainda doía — Bem, tem uma coisa que nós, Rony, Hermione e eu, precisamos fazer, e depois temos que sair daqui.

Ninguém mais estava rindo nem aplaudindo. Vega pareceu aturdida.

— O que quer dizer!? Como assim "sair daqui"?

— Não viemos para ficar. — Respondeu Harry, esfregando a cicatriz, tentando suavizar a dor. E eu me vi fazendo algo que não costumava fazer, isso era hábito de Rox, e eu sei bem o quanto isso incomodava Harry, e com certeza incomodaria qualquer um, mas em alguns momentos é preciso — Tem uma coisa importante que precisamos fazer...

— Que é?

— Eu... eu não posso dizer.

Seguiram-se murmúrios de desagrado a essa notícia: as sobrancelhas de Neville se contraíram.

— Por que não pode nos dizer? É alguma coisa ligada à luta contra Você-Sabe-Quem, certo?

— Bem, é...

— Então nós o ajudaremos.

Os outros membros da Armada de Dumbledore assentiram, alguns entusiasticamente, outros solenemente. Uns dois se levantaram de suas cadeiras para demonstrar sua disposição de agir imediatamente.

— Você não está entendendo. — Disse Harry um pouco ranzinza — Nós... nós não podemos dizer. Temos que fazer isso... sozinhos.

— Por quê? — Perguntou Vega, mas eu já sabia a resposta pra isso, e eu podia os ajudar, eu sabia das Horcruxes

— Porque... — Harry parecia meio desesperado para começar a procurar a Horcrux restante, a que pelo que dizia suamente está aqui em Hogwarts. Pelo seu rosto estava nítido que sua cicatriz ainda devia queimar, e ele estava louco para ter uma conversa particular com Rony e Hermione para decidir por onde começariam a busca — Dumbledore nos encarregou de uma tarefa, que não devíamos comentar... quer dizer, ele queria que a fizéssemos, só nós três, e a...

— A Rox. — Completei — Mas ela não está aqui.

— E nós somos a Armada dele. — Insistiu Neville — A Armada de Dumbledore. Estivemos todos unidos nisso, temos continuado a resistir enquanto vocês três estiveram lá fora sozinhos...

— Não tem sido exatamente um piquenique, colega. — Disse Rony

— Eu sei bem. — Respondi com convicção encarando os três rostos e analisando-os bem

Você... — Mas Harry não completou a pergunta

— Não descobri mais do que eu já sabia desde a última vez que nos vimos. — Respondi com um suspiro cruzando os braços

— De qualquer forma, nunca dissemos que foi um piquenique pra vocês — Retrucou Vega —, mas não vejo por que não podem confiar na gente. Eu sou sua irmã, Harry Potter!

— E todos nesta Sala — Prosseguiu Neville — estiveram lutando e acabaram aqui porque estavam sendo caçados pelos Carrow. Todos aqui provaram sua lealdade a Dumbledore, lealdade a você.

— Escute. — Começou Harry, mas não teve tempo de continuar: a porta do túnel acabara de abrir às suas costas

— Recebemos sua mensagem, Neville! Olá, vocês três, achamos que deviam estar aqui!

Eram Luna e Dean. Seamus deu um urro de prazer e correu a abraçar o seu melhor amigo.

— Oi, pessoal! — Cumprimentou Luna, feliz enquanto eu sorria com a sua presença — Ah, que ótimo estar aqui de novo!

— Luna — Disse Harry, perturbado —, que está fazendo aqui? Como foi...?

— Pedi a ela para vir. — Respondeu Neville, mostrando o galeão falso — Prometi a ela e a Ginny que, se você voltasse, eu avisaria. Todos pensamos que a sua volta significaria realmente uma revolução. Que íamos derrubar Snape e os Carrow.

— Claro que é isso que significa. — Confirmou Luna, animada — Não é, Harry? Vamos expulsá-los de Hogwarts à força?

— Escutem. — Disse Harry, com uma crescente sensação de pânico — Sinto muito, mas não foi para isso que voltamos. Tem uma coisa que precisamos fazer e depois...

— Vocês vão nos deixar nessa confusão? — Quis saber Michael Corner

— Não! — Protestou Rony — O que estamos fazendo vai acabar beneficiando todo mundo, estamos tentando nos livrar de Você-Sabe-Quem...

— Então nos deixe ajudar vocês! — Exclamou Vega irritada, recebendo aprovação de Colin — Queremos participar!

— Vega! Você tem quinze anos! Não quero que você se meta em problemas! — Rosnou Harry como um bom irmão mais velho

— Ok, mas talvez você não tenha notado que metade das pessoas aqui presente já são bruxos maiores de idade que querem te ajudar, Harry Potter. — Suspirei enquanto cruzava os braços

Houve um novo ruído atrás de nós, e nos viramos. Dessa vez eu sorri para a cena, mais parecia coisa de livro, Harry simplesmente paralisou: Ginny Weasley vinha agora passando pelo buraco na parede, seguida de perto por Fred, George e Lee Jordan. Ginny deu a Harry um sorriso radiante, bemreencontro do casal em livros de romance clichê. Queria que a Rox tivesse aqui pra ver isso.

— Harry! — Ginny exclamou vendo o garoto mais paralisado ainda com sua presença

Rony ergueu um pouco a mão para acenar, mas a garota não lhe deu atenção.

— Há meses que ela não me ver, e parece que eu nem existo. — Resmungou cruzando os braços — E eu sou o irmão.

— Ela tem muitos irmãos — Disse Seamus —, mas só um Harry.

— Cala a boca, Seamus. — Mandou Rony

— Aberforth está ficando meio rabugento. —Comentou Fred, acenando em resposta aos vários gritos de saudação — Ele quer dormir, e aquilo virou uma estação de trem.

O queixo de Harry caiu. Logo atrás de Lee Jordan vinha sua antiga namorada, Cho Chang. Ela sorriu.

— Recebi a mensagem. — Disse ela, erguendo o seu galeão falso, e atravessou a sala para se sentar ao lado de Michael Corner

— Acho que perdi meu brinco... — Disse uma voz nada desconhecida que me fez virar com excitação e perceber que tinha outras duas pessoas paradas na entrada do túnel

— Fala sério, Pati. — Sua irmã riu ao descer do console

— PARVATI! — Exclamei eufórica notando a minha amiga ali ao lado da sua irmã gêmea que segurava o galeão falso nos dedos; rapidamente eu saltei para abraçá-la, a euforia presente no meu corpo

— Lav! Que saudade! — Exclamou a menina sorrindo. Ela estava tão linda como sempre e pelo jeito nunca sairia de moda, nem mesmo em uma guerra

— Isso é verdade, Parvati não parava de falar de você ou da Rox. — Suspirou Padma, mas sorria quando foi se reunir as suas amigas da Ravenclaw e abraçou Lisa Turpin

— Então, qual é o plano, Harry? — Escutei George perguntar

— Não há nenhum. — Respondeu Harry, que ainda parecia desorientado pela repentina aparição de tanta gente, incapaz de apreender tudo aquilo, enquanto sua cicatriz parecia continuar a queimar barbaramente

— Vai improvisar à medida que formos indo, é isso? É o que mais gosto. — Comentou Fred

— Você tem que fazer isso parar! — Disse Harry olhando para Neville, para Vega e para mim — Para que estão chamando todos de volta? Isto é uma insanidade...

— Vamos lutar, não é? — Perguntou Dean, tirando do bolso o galeão falso — A mensagem dizia que Harry tinha voltado e que íamos lutar! Mas vou precisar de uma varinha...

— Você não tem varinha...? — Começou Seamus

Rony virou-se subitamente para Harry que lhe perguntou algo em voz baixa, parecia que agora iam ficar cochichando na nossa frente. Eu sei porquê esse segredo todo, Dumbledore pediu que ele e Rox não compartilhassem isso com ninguém, além de Rony e Hermione, mas ele deixou que Rox me contasse, e se eu já sei, porque não confiam em mim?

— O.k. — Disse Harry finalmente dirigindo-se aos que estavam na sala, e todo o barulho cessou. Fred e George que contavam piadas para divertimento dos que estavam mais próximos se calaram, e todos olharam atentos, nervosos — Tem uma coisa que precisamos encontrar — Começou Harry — Uma coisa... uma coisa que nos ajudará a derrubar Você-Sabe-Quem e está aqui em Hogwarts.

— Certo — Disse Vega cruzando os braços —, e o que é?

— Não sabemos.

— E onde está? — Perguntou Colin

— Também não sabemos. — Harry suspirou fazendo-nos piscar — Sei que não temos muita pista.

— Não tem pista nenhuma. — Retrucou Seamus

— Talvez tenha pertencido a Ravenclaw. — Disse Harry sem se abalar — Alguém já ouviu falar de um objeto assim? Alguém já topou com algum objeto com uma águia gravada, por exemplo?

Ele olhou esperançoso para o pequeno grupo de alunos da Ravenclaw, para Padma, Lisa, Michael, Terry e Cho, mas foi Luna quem respondeu, empoleirada no braço da poltrona de Ginny.

— Bem, tem o diadema perdido. Falei dele para você, lembra, Harry? O diadema perdido de Ravenclaw? Papai está tentando duplicar.

— É, mas o diadema perdido — Comentou Michael Corner, virando os olhos para o teto — está perdido, Luna. Essa é justamente a questão.

— Quando foi perdido? — Perguntou Harry

— Dizem que há séculos. — Informou Cho, para o desanimado de todos — O professor Flitwick diz que o diadema desapareceu com a própria Ravenclaw. As pessoas têm procurado, mas — e ela apelou para os colegas da Casa — ninguém encontrou o menor vestígio, não foi?

Todos sacudiram a cabeça confirmando.

— Desculpem, mas o que é um diadema? — Perguntou Rony

— É uma espécie de coroa. — Explicou Padma — Acreditava-se que o da Ravenclaw tinha propriedades mágicas, ampliava a sabedoria de quem o usava.

— Isso, os sifões dos zonzóbulos do papai...

Mas Harry interrompeu Luna.

— E nenhum de vocês nunca viu nada parecido?

Todos tornaram a sacudir a cabeça. Harry olhou para Rony e Hermione, ambos tinham desapontamento espelhado no rosto deles. Um objeto que se perdera havia tanto tempo, e aparentemente sem deixar vestígio, não parecia um bom candidato a Horcrux escondida no castelo, porém, Cho retomou a palavra.

— Se você quiser ver que aparência acreditam ter o diadema, eu posso levá-lo à nossa sala comunal e lhe mostrar, Harry. Ravenclaw foi esculpida usando-o.

Harry fez uma careta temporária e falou algo para Rony e Hermione, mas logo tornou a olhar para Cho e tornou e os outros.

— Escutem, sei que não é uma grande pista, mas vou dar uma espiada na estátua, para saber ao menos que aparência tem o diadema.

Cho se erguera, mas Ginny disse meio agressiva.

— Não, Luna levará o Harry, fará isso, não, Luna?

Parvati olhou pra mim com uma risadinha e Demelza quase não segurou a gargalhada.

— Aaah, claro, com todo prazer. — Respondeu Luna, alegremente, enquanto Cho tornava a se sentar, desapontada, e Demelza olhava com apreciação para a melhor amiga

— Como saímos? — Perguntou Harry a Neville

— Por aqui.

Ele levou Harry e Luna para um canto, onde um pequeno armário se abria para uma escada íngreme.

— Surge a cada dia em um lugar diferente, por isso, nunca conseguiram encontrá-la. O único problema é que nós nunca sabemos exatamente onde vamos parar quando saímos. Cuidado, Harry, há sempre patrulhas nos corredores à noite.

— Vê se toma cuidado mesmo, cabeção. —Recomendou Vega suspirando

— Tudo bem. Vemos vocês daqui a pouco.

E ele e Luna subiram correndo a escada, nos deixando prendendo a respiração e suplicando que eles voltassem bem.

Hello bruxinhos!!!

Como estão? Estou sentindo falta de vocês e dos comentários agora na fase final do livro... ^^ tudo bem??

Bom, estão cientes que já estamos às vésperas da guerra? aiaiai, e o feitiço no colar da Rox, hein? O que acham que vem por aí?

Nos vemos na próxima segunda-feira para mais um capítulo.

– Bjosss da tia Nick.

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