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144 | The Prisoners


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144. Os Prisioneiros

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No meu caderninho, traidor do sangue vem logo abaixo de sangue ruim.

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  Harry olhou para os outros dois, agora meros contornos no escuro. Viu Hermione apontar a varinha, não para fora, mas para o rosto dele; ouviu-se um estampido, uma explosão de luz branca e ele se dobrou de dor, incapaz de enxergar. Com as mãos, sentiu seu rosto inchar rapidamente, enquanto passos pesados o cercavam.

— Levante-se, verme.

   Mãos desconhecidas ergueram Harry do chão com violência. Antes que pudesse impedir, alguém revistou os seus bolsos e tirou a varinha de ameixeira-brava. Harry segurou o rosto que doía cruciantemente, e seus dedos não o reconheceram, tenso, inflamado, balofo como se tivesse sofrido uma violenta reação alérgica. Seus olhos estavam reduzidos a fendas, pelas quais mal conseguia enxergar; seus óculos caíram quando ele foi carregado para fora da barraca; conseguia apenas divisar as formas de quatro ou cinco pessoas lutando com Rony e Hermione, também no exterior.

— Larga... ela! — Berrou Rony. Ouviu-se o som inconfundível de punhos socando carne: Rony grunhiu de dor, e Hermione gritou:

— Não! Deixe ele em paz, deixe ele em paz!

— O seu namorado vai receber tratamento pior que isso, se estiver na minha lista. — Disse a voz rascante, horrivelmente familiar — Garota deliciosa... um petisco... adoro pele macia...

   O estômago de Harry revirou. Sabia quem era aquele: Lobo Greyback, o lobisomem que tinha permissão de usar trajes de Comensal da Morte em troca de sua selvageria de aluguel.

— Revistem a barraca! — Ordenou outra voz

   Harry foi atirado no chão, de cara para baixo. Um baque lhe informou que Rony fora jogado ao seu lado. Eles ouviam passos e trancos; os homens empurravam poltronas, revistando a barraca.

— Agora, vejamos quem temos aqui — Disse Greyback, do alto, em tom de triunfo, e Harry foi virado sobre as costas. A luz da varinha incidiu sobre o seu rosto, e Greyback riu. — Vou precisar de uma cerveja amanteigada para engolir esse. Que aconteceu com você, feioso?

   Harry não respondeu imediatamente

— Eu perguntei — Repetiu Greyback, e Harry recebeu um soco no diafragma que o fez dobrar de dor — que aconteceu com você?

— Mordido. — Murmurou Harry — Fui mordido.

— É, parece que foi. — Dsse uma segunda voz

— Qual é o seu nome? — Rosnou Greyback

— Dudley.

— E o seu primeiro nome?

— Eu... Válter. Válter Dudley.

— Verifique na lista, Scabior. — Ordenou Greyback, e Harry o ouviu dar uns passos para o lado para olhar Rony — E você, Ruço?

— Lalau Shunpike. — Disse Rony

— Uma ova! — Exclamou o homem chamado Scabior — Conhecemos Lalau Shunpike, ele nos deu uma ajudinha.

   Ouviu-se outra pancada surda.

Fo Bardy — Respondeu Rony, e Harry percebeu que sua boca estava ensanguentada — Bardy Weadley.

— Um Weasley? — Perguntou Greyback, em tom áspero — Então, é parente daquela insolente... e de traidores do sangue, obviamente, mesmo que não seja um sangue ruim. E agora a sua amiguinha bonita... — O prazer em sua voz fez Harry se arrepiar

— Calma, Greyback. — Disse Scabior, abafando a caçoada dos outros

— Ah, ainda não vou morder. Mas se precisar vou sim, não aguento aquela princesinha insolente achando que pode ficar com toda a diversão. — E era nítido de que quem fosse que Greyback estava falando, ele não suportava essa pessoa — Veremos, então, se a garotinha aqui se lembra do nome mais depressa do que o Barny. Quem é você, garotinha?

— Penélope Clearwater — Respondeu Hermione. Parecia aterrorizada, mas convincente

— Qual é o seu Registro Sanguíneo?

— Mestiça. — Respondeu Hermione

— É fácil verificar — Disse Scabior — Mas todos eles parecem que ainda estão na idade de frequentar Hogwarts.

Faímu — Explicou Rony

— Saiu foi, Ruço? — Debochou Scabior — E resolveu acampar? E achou que, só para se divertir, ia usar o nome do Lorde das Trevas?

Nan dierrrão. Arrirdente.

— Acidente? — Ouviram-se mais gargalhadas

— Sabe quem gostava de usar o nome do Lorde das Trevas, Weasley? — Rosnou Greyback — A Ordem da Fênix. O nome lhe diz alguma coisa?

Doh.

— Bem, eles não demonstram o respeito devido ao Lorde das Trevas, por isso o nome foi declarado Tabu. Alguns membros da Ordem foram apanhados assim. Veremos. Amarre-os com os outros dois prisioneiros!

   Alguém puxou Harry pelos cabelos, arrastou-o por uma pequena distância, empurrou-o para obrigá-lo a sentar e começou a amarrá-lo de costas para outra pessoa. Harry continuava meio cego, incapaz de enxergar muita coisa entre as pálpebras inchadas. Quando, por fim, o homem que estivera amarrando-os se afastou, Harry cochichou para os outros prisioneiros.

— Alguém ainda tem uma varinha?

— Não — Responderam Rony e Hermione a seu lado

— Foi minha culpa. Eu disse o nome, me desculpem...

— Harry?

   Era uma nova voz, mas sua conhecida, e veio diretamente de suas costas, de alguém amarrado à esquerda de Hermione.

Dean?

— É você! Se eles descobrirem quem prenderam...! São sequestradores, só estão procurando gazeteiros para trocar por ouro...

— Nada mal para uma noite de arrastão. — Greyback ia dizendo, ao mesmo tempo que um par de botas ferradas se aproximava de Harry, e eles ouviam mais estrépito no interior da barraca — Uma sangue ruim, um duende fujão e três gazeteiros. Já verificou os nomes na lista, Scabior? — Rugiu ele.

— Já. Não tem nenhum Válter Dudley aqui, Greyback.

— Interessante. Que interessante.

  Ele se agachou ao lado de Harry, que viu, pela fenda infinitesimal entre as pálpebras inchadas, um rosto coberto de pelos grisalhos embaraçados, com dentes marrons pontiagudos e feridas nos cantos da boca. Greyback desprendia o mesmo fedor que ele sentira no alto da torre, quando Dumbledore morrera: sujeira, suor e sangue.

— Então, você não está sendo procurado, Válter? Ou está naquela lista com outro nome? Qual era a sua Casa em Hogwarts?

— Slytherin. — Respondeu Harry, automaticamente

— Engraçado, eles sempre pensam que queremos ouvir isso. — Caçoou Scabior, das sombras — Mas nenhum deles sabe dizer onde fica a Sala Comunal.

— Nas masmorras. — Disse Harry, com clareza — Entra-se pela parede. É cheia de crânios e outras coisas, e fica por baixo do lago, por isso as luzes são verdes.

   Fez-se um breve silêncio.

— Ora, vejam só, parece que realmente apanhamos um slytherzinho. — Disse Scabior — Que bom para você, Válter, porque não temos muitos sangues ruins em Slytherin. Quem é o seu pai?

— Trabalha no Ministério. — Mentiu Harry. Ele sabia que a história toda ruiria à menor investigação, mas, por outro lado, só teria tempo até o seu rosto retomar a aparência normal e, então, o jogo estaria mesmo encerrado — Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas.

— Sabe de uma coisa, Greyback? — Disse Scabior — Acho que tem um Dudley lá.

   Harry mal respirava: será que a sorte, a pura sorte poderia livrá-los dessa encrenca?

— Ora, ora. — Replicou Greyback, e Harry ouviu uma leve perturbação naquela voz insensível, e percebeu que Greyback estava avaliando se teria, de fato, acabado de atacar e amarrar o filho de um funcionário do Ministério. O coração de Harry batia contra as cordas que amarravam suas costelas; não teria se surpreendido se Greyback pudesse ver — Se você estiver dizendo a verdade, feioso, não precisará recear uma viagem ao Ministério. Espero que seu pai nos recompense por recolher você.

— Mas — Protestou Harry, a boca extremamente seca —, se você nos deixasse...

— Ei! — Veio um grito do interior da barraca — Olhe só isso, Greyback!

   Um vulto escuro veio correndo em sua direção, e Harry viu um brilho prateado. Tinham encontrado a espada de Gryffindor.

— Muito bonita. — Elogiou Greyback — Ah, realmente bonita. Parece coisa fabricada por duendes. Onde foi que você conseguiu uma arma dessas?

— É do meu pai. — Mentiu Harry, esperando, por tudo no mundo, que estivesse escuro demais para Greyback ver o nome gravado abaixo do punho — Pedimos emprestada para cortar lenha.

— 'Guenta aí um instante, Greyback! Veja o que saiu no Profeta!

   No momento em que Scabior disse isso, a cicatriz de Harry, que estava distendida sobre a testa inchada, queimou barbaramente. Com maior nitidez do que conseguia enxergar qualquer coisa ao seu redor, ele viu uma construção muito elevada e ameaçadora, uma fortaleza sinistra, preto-carvão; os pensamentos de Voldemort, de súbito, tinham se tornado extremamente nítidos; ele estava planando em direção ao edifício gigantesco, calma e euforicamente decidido.

   "Tão próxima... tão próxima..."

   Com enorme força de vontade, Harry fechou a mente aos pensamentos de Voldemort e retornou ao lugar em que estava amarrado, no escuro, a Rony, Hermione, Dean e Grampo, escutando Greyback e Scabior.

Ermione Granger — Leu Scabior —, a sangue ruim que se sabe estar viajando com Arry Potter.

   A cicatriz de Harry queimou no silêncio, mas ele fez um esforço supremo para continuar presente, e não entrar na mente de Voldemort. Ouviu, então, o rangido das botas de Greyback ao se ajoelhar diante de Hermione.

— Sabe de uma coisa, garotinha? Esta foto parece demais com você.

— Não sou eu! Não sou eu!

   O guincho aterrorizado de Hermione equivaleu a uma confissão.

— ... que se sabe estar viajando com Harry Potter — Repetiu Greyback, em voz baixa

   Uma calmaria se abatera sobre a cena. A cicatriz de Harry estava agudamente dolorosa, mas ele resistiu com firmeza à atração dos pensamentos de Voldemort: nunca fora tão importante manter a sanidade mental.

— Bem, isso muda tudo, não? — Sussurrou Greyback

    Ninguém falou: Harry percebeu que a gangue de sequestradores observava, paralisada, e sentiu o braço de Hermione tremer contra o dele. Greyback se levantou e deu alguns passos em direção a Harry, agachando-se, outra vez, para examinar atentamente suas feições deformadas.

— Que é isso na sua testa, Válter? — Perguntou suavemente, seu bafo fétido nas narinas do garoto quando comprimiu, com o dedo imundo, a cicatriz distendida

— Não toque aí! — Berrou Harry; não conseguiu se refrear; pensou que fosse vomitar de tanta dor

— Pensei que você usasse óculos, Potter, não? — Sussurrou Greyback

— Encontrei uns óculos! — Ganiu um dos sequestradores, rondando em segundo plano — Tinha uns óculos na barraca, Greyback, espere...

   E, segundos depois, os óculos de Harry foram repostos, com violência, em seu rosto. Os sequestradores foram se aproximando para espiá-lo.

— É ele! — Ouviu-se a voz rascante de Greyback — Capturamos Potter!

   Todos recuaram vários passos, estupefatos com o próprio feito. Harry, ainda lutando para manter a consciência, apesar da cabeça que rachava de dor, não conseguia pensar em nada para dizer: visões fragmentárias afloravam em sua mente...

   "... ele estava planando em torno das altas muralhas da fortaleza negra..."

   Não, ele era Harry, amarrado e desarmado, correndo grave perigo...

   "... olhando para cima, para a janela mais alta, na torre mais elevada..."

   Ele era Harry, e eles estavam discutindo o seu destino em voz baixa...

  "... hora de voar..."

— ... para o Ministério?

— Ao diabo com o Ministério. — Rosnou Greyback — Eles receberão o crédito e não nos deixarão nem entrar. Acho que devemos levar o garoto direto a Você-Sabe-Quem.

— Você vai chamar ele? Aqui? — Disse Scabior, em tom assombrado, aterrorizado

— Não — Rosnou Greyback —, não tenho a... dizem que ele está usando a casa dos Malfoy como base de operações. Vamos levar o garoto para lá.

   Harry achou que sabia por que Greyback não ia chamar Voldemort. O lobisomem podia ter permissão para se trajar como um Comensal da Morte quando queriam usá-lo, mas somente o círculo íntimo de Voldemort recebia a Marca Negra: Greyback não recebera essa elevada honra.

    A cicatriz de Harry tornou a queimar...

  "... e ele ganhou altitude na noite, voando diretamente para a janela no topo da torre..."

— ... certeza absoluta de que é ele? Que se não for, Greyback, estamos mortos.

— Quem é que manda aqui? — Rugiu Greyback, disfarçando a sua momentânea insuficiência — Digo que é Potter, e ele e mais sua varinha são duzentos mil galeões batidos! Mas, se vocês forem covardes demais para me acompanhar, qualquer um de vocês, o dinheiro será todo meu, e, com alguma sorte, ainda ganho a garota de lambuja!

  "... a janela era uma mera fenda na rocha negra, insuficiente para dar passagem a um homem... havia uma figura esquelética apenas visível, enrolada em um cobertor... morto ou adormecido...?"

— Está bem! — Exclamou Scabior — Está bem, estamos contigo! E o resto dos prisioneiros, Greyback, que faremos com eles?

— É melhor levarmos o bando todo. Temos dois sangues ruins, são mais dez galeões. Me dê a espada, também. Se forem rubis, tem mais uma pequena fortuna aí.

   Os prisioneiros foram postos de pé. Harry ouvia a respiração de Hermione, rápida e aterrorizada.

— Agarrem bem firme. Levarei Potter! — Disse Greyback, segurando Harry pelos cabelos; o garoto sentiu aquelas unhas compridas e amareladas arranhando-lhe o couro cabeludo — Quando eu contar três! Um... dois... três...

   Eles desaparataram, arrastando os prisioneiros com eles. Harry se debateu, tentando se livrar da mão de Greyback, mas inutilmente: Rony e Hermione o imprensavam, ele não poderia se separar do grupo, e, quando o aperto esvaziou o ar dos seus pulmões, sua cicatriz queimou ainda mais dolorosamente...

  "... ele se espremeu pela fenda-janela como uma cobra e aterrissou, leve como fumaça na cela..."

   Os prisioneiros se bateram uns contra os outros ao aparatar em uma estradinha rural. Os olhos de Harry, ainda inchados, levaram uns instantes para se ajustar, então, ele viu portões com grades de ferro forjado à frente do que lhe pareceu uma longa aleia. Sentiu um fiozinho de alívio. O pior ainda não acontecera: Voldemort não estava ali. Estava, e Harry sabia porque continuava a se esforçar para resistir à visão, numa estranha fortaleza, no alto de uma torre. Quanto tempo o lorde levaria para chegar, quando soubesse que Harry estava ali, era outra história...

   Um dos sequestradores andou até os portões e sacudiu-os.

— Como entramos? Estão trancados, Greyback, não consigo... caramba!

   Ele puxou depressa as mãos, assustado. O ferro estava se torcendo, desenrolando as curvas e caracóis e formando uma cara apavorante, que falou com uma voz metálica e sonora:

— Informe o seu objetivo!

— Prendemos Potter! — Rugiu Greyback, triunfante — Capturamos Harry Potter!

   Os portões se abriram.

— Vamos! — Disse Greyback aos homens, e os prisioneiros foram empurrados pelos portões e a aleia, entre altas sebes que abafavam seus passos. Harry viu uma forma branca e fantasmagórica no alto, e percebeu que era um pavão albino. Ele tropeçou e foi posto de pé, com violência, por Greyback; agora avançava, cambaleando de lado, amarrado, costas contra costas, com os outros quatro prisioneiros.

   Fechando os olhos inchados, ele deixou a dor da cicatriz dominá-lo por um momento, querendo ver o que Voldemort estava fazendo, se já sabia que Harry fora capturado...

"... a figura emaciada se mexeu sob o fino cobertor e se virou para ele, os olhos se abrindo no rosto esquelético... o frágil homem se sentou, grandes olhos fundos se fixaram em Voldemort, então, ele sorriu. Perdera a maior partes dos dentes.

Então você veio. Achei que viria... um dia. Mas a sua viagem foi inútil. Eu nunca a tive.

— Você mente!"

   Quando a fúria de Voldemort latejou dentro de Harry, a cicatriz ameaçou estourar de dor, e ele arrebatou sua mente de volta ao próprio corpo, lutando para se manter presente enquanto os prisioneiros eram empurrados pelo saibro.

   Uma luz forte iluminou-os.

— Que é isso? — Perguntou uma fria voz feminina

— Estamos aqui para ver Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! — Respondeu a voz áspera de Greyback

— Quem é você?

— Você me conhece! — Havia rancor na voz do lobisomem — Lobo Greyback! Capturamos Harry Potter!

   Greyback agarrou Harry e virou-o de frente para a luz, forçando os outros prisioneiros a se virarem também.

— Sei que ele está inchado, senhora, mas é ele! — Soou a voz aguda de Scabior — Se olhar mais de perto, verá a cicatriz. E essa aqui, está vendo a garota? É a sangue ruim que está viajando com ele. Não há dúvida que é ele, e trouxemos a varinha dele também! Aqui, senhora...

   Harry viu Narcissa Malfoy examinando seu rosto inchado. Scabior estendeu a varinha para ela. A mulher ergueu as sobrancelhas.

— Traga-os para dentro.

   Harry e os outros foram empurrados e chutados na subida dos largos degraus de pedra, e entraram em um hall com as paredes cobertas de retratos.

— Sigam-me — Disse Narcissa, atravessando o hall — Meu filho Draco, e Sol, a minha sobrinha, estão em casa. Se for o Harry Potter, eles saberão.

   A sala de visitas ofuscou-o depois da escuridão externa; mesmo com os olhos quase fechados, Harry percebeu as enormes dimensões do cômodo. Havia um lustre de cristal no teto, mais retratos nas escuras paredes roxas. Uma figura se ergueu das poltronas junto à ornamentada lareira de mármore, quando os prisioneiros foram empurrados, sala adentro, pelos sequestradores.

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— Que é isso? — Ouvi a voz de papai vindo da sala, e não entendi porque ele parecia tão incomodado com alguma coisa, mas não prestei atenção, continuei procurando na gaveta da cômoda do corredor pelo tal livro 

— Eles dizem que capturaram Potter. — Informou uma voz com frieza, a inconfundível voz da minha mãe, fazendo um arrepio percorrer minha espinha, e eu levantar a cabeça de súbito, tentando acreditar que meus ouvidos estavam me pregando uma peça — Onde está Draco ou Sol?

   Eu estava paralisado, de modo que mamãe só precisou colocar a cabeça no corredor pra me ver ali parado, com as mãos dentro da gaveta.

— Querido, venha aqui, depressa. — Chamou ela, seu tom extremamente sério

   Eu não olhei de imediato pra minha mãe, mas sim para as escadas que levava ao meu quarto, mentalmente eu supliquei, supliquei que ela não saísse de lá.

— Draco. — Mamãe chamou novamente

   Suspirando, eu fechei a gaveta e olhei para ela, a seguindo até o cômodo onde ela se encontrava. Captei todos os mínimos detalhes assim que entrei na sala de visitas, papai sentado em uma das poltronas ao lado da lareira, mamãe em pé muito próxima a mim agora, e então, bem abaixo do lustre de cristal, coisas que eu não estava interessado em ver. Captei o grupo de Comensais da Morte, entre eles Greyback que forçou o que parecia quatro prisioneiros a se virarem, para deixar outra figura diretamente sob o lustre, para que eu pudesse olhá-la.

— Então, moleque? — Perguntou a áspera voz do lobisomem

   Eu não olhei diretamente para ele, reconheci primeiro os outros prisioneiros... Thomas, Granger... e, claro, Weasley. Ótimo, o irmão gêmeo dela bem aqui. Eu tremia nervoso no meu interior, mas então olhei para a figura que todos queria que eu olhasse, fiz o que me pediam e olhei para quem eles alegavam ser Potter. Era um garoto baixo, mas seu rosto estava enorme, brilhante e avermelhado, todos os traços deformados. Seus cabelos pretos chegavam-lhe aos ombros e havia uma mancha escura em torno do seu queixo. Ele não falou nada, nem mesmo olhou em meus olhos, enquanto eu me aproximava para olhar melhor, eu não queria fazer isso, mas fiz mesmo assim.

— Então, Draco? — Perguntou papai. Seu tom era pressuroso — É ele? É o Harry Potter?

   Granger e Weasley estão aqui. Eles não estariam se Potter também não estivesse. Mas claro que não era isso que eu ia falar.

— Não tenho... não tenho muita certeza. — Respondi, minha voz saiu insegura mesmo contra a minha vontade. Eu manti distância de Greyback, e atemorizado demais fiz esforço para não olhar diretamente para aqueles que diziam ser Potter, se fosse, eu não queria reconhecê-lo

— Mas olhe-o com atenção, olhe! Chegue mais perto! — Meu pai estava excitadíssimo — Draco, se formos nós que entregarmos Potter ao Lorde das Trevas, tudo será perdo...

— Ora, não vamos esquecer quem, de fato, o capturou, espero, sr. Malfoy? — Disse Greyback, em tom de ameaça

— Claro que não, claro que não! — Replicou papai, impaciente. Ele próprio se aproximou de quem diziam ser Harry; chegou tão perto que tenho certeza que o garoto pôde ver em detalhe as feições normalmente lânguidas e pálidas de meu pai — Que foi que você fez com ele? — Perguntou a Greyback — Como foi que ele ficou nesse estado?

— Não fomos nós.

— Está me parecendo mais uma Azaração Ferreteante. — Disse papai. Seus olhos cinzentos esquadrinharam a testa da figura.

   Eu olhei para os prisioneiros, um suspiro meio aliviado, mas ainda aterrorizado. Muito esperto, Granger.

— Tem alguma coisa ali — Sussurrou meu pai, me fazendo ficar alerta —, poderia ser a cicatriz, distendida... Draco, venha aqui, olhe direito! Que acha?

   Dessa vez papai me puxou para me aproximar mais. Éramos extraordinariamente parecidos, em questões de aparência, mas enquanto agora meu pai não cabia em si de excitação, a minha expressão se resumia apenas a relutância e até medo. Não sabia do que em si estava com medo, mas implorava mentalmente que Sol fosse capaz de impedir que Rox saísse daquele quarto.

— Não sei. — Respondi simplesmente, depois de não fazer o mínimo esforço de observar com atenção algo que sim, poderia ser uma cicatriz em formato de raio; indiferente simplesmente voltei para junto da lareira onde mamãe me observava

— É melhor termos certeza, Lucius. — Disse ela para papai em sua voz clara e fria — Absoluta certeza de que é Potter, antes de chamarmos o Lorde das Trevas... Dizem que isto é dele — Comentou ela, olhando bem uma varinha de madeira muito curta, imediatamente eu soube que não era a varinha de Potter —, mas não parece a que Olivaras descreveu... Se nos enganarmos, se chamarmos o Lorde das Trevas inutilmente... lembra o que ele fez com Rowle e Travers?

— E essa? — Exclamou uma voz meio nervosa ou excitada de um dos sequestradores, não Greyback, era Scabior, com certeza; ele se adiantou para perto de mamãe para a entregar algo — Essa varinha também estava nas coisas deles. Pode ser a dele, parece... parece poderosa.

   Indiferente, eu também olhei para a varinha que ele entregara, meus olhos se arregalaram.  Aquela varinha eu conhecia bem. Madeira de Aspen com pedrinhas lilás na ponta e um belo ramo enroscado várias vezes. É a varinha de Rox, é claro que é a sua varinha.

— O que foi filho? — Papai, que não deixara passar minha expressão, perguntou com um pingo de excitação — Você a reconheceu? É a varinha do Potter?

   Se eu dissesse quem é o dono dessa varinha, estaria óbvio quem eles são. Potter, Granger e Weasley, ninguém mais estaria com a varinha dela.

— Não... — Respondi, e me surpreendi com a facilidade que a palavra saiu de minha boca — Potter não teria uma varinha com pedrinhas lilases.

— Certamente que não... — Suspirou meu pai, aborrecido

— E a sangue ruim aqui? — Rosnou Greyback. O feioso a qual diziam ser Potter quase foi arrancado do chão quando os sequestradores tornaram a forçar os prisioneiros a se virar, para que a luz recaísse sobre a garota de cabelos cheios que eu conhecia bem

— Esperem. — Disse mamãe, incisivamente, fazendo eu me sobressaltar, meu coração agitado — Sim... sim, ela esteve na Madame Malkin com Potter! Vi a foto dela no Profeta! Olhe, Draco, não é a garota Granger?

— Eu... talvez... é... não dá pra ter certeza.

— Então, esse é o garoto Weasley! — Gritou papai, dando a volta aos prisioneiros para encarar o irmão gêmeo de Rox — O irmão da feiticeira. São eles, os amigos de Potter... Draco, olhe para ele, não é o filho do Arthur Weasley, não é o irmão dela? Como é mesmo o nome dele...?

— É. — Tornei, virando as costas para os prisioneiros — Poderia ser.

— Como você não sabe? — Papai meio que bufou — Sol! Precisamos chamá-la, ou chamar a...

— Não. — Eu me virei imediatamente, nervoso demais — Quero dizer... não, pai, ela... está... ela não...

   Mas nesse exato momento a porta da sala de visitas se abriu, não a pela qual eu entrara, e sim a outra que dava caminho à escada do primeiro andar. Ouvi os cliques de passos certeiros, passos de salto alto que me fizeram suar. As vestes negras lhe caiam perfeitamente bem em contraste com os detalhes prateado. Eu ainda não tinha me acostumado com o cabelo platinado, mesmo que ela já o tenha adquirido há meses, ainda é difícil acreditar que ela tá há tanto tempo enfeitiçada e assassinando pessoas sem dó, a cada dia mais cruel. Suas madeixas loiras estão soltas e balançam contra o vento enquanto ela se aproxima, seu olhar esbanjava crueldade, cinismo, indiferença, os olhos verde como fendas de cobra captando tudo o que acontecia, com devida excitação.  Isso que era uma entrada triunfal.

— Ouvi vozes. — Disse sem cerimônia ainda parada na porta, passou brevemente um olhar ao redor e eu evitei ver a cara que seus amigos e seu irmão faziam ao vê-la aqui, bem e tão... diferente — Meus sogrinhos estão fazendo uma reuniãozinha e não me chamaram? — Seu olhar parecia ofendido, mas ao mesmo tempo cruel, então ela me olhou — Você me deixou esperando, docinho.

   Eu suspirei, estava tudo perdido. Se ela os visse e os reconhecesse, ela mesma iria matá-los, e nunca mais voltaria a ser ela mesma. Eu não sabia o que pensar agora, estava assustado demais quando apenas me aproximei dela.

— Amor, porque nós... — Mas eu não pude terminar a frase, pois o dia não estava disposto a melhorar as coisas e sim piorá-las

   A porta da sala de visitas foi aberta novamente. Dessa vez a terceira dela. Uma mulher falou, e o som de sua voz era mais cruel que o de qualquer um nessa casa.

— Que é isso? Que aconteceu, Ciça?

   Minha tia Bellatrix Lestrange se encaminhou lentamente para os prisioneiros, estudando Hermione através de suas pálpebras caídas. Sol estava paralisada na porta, olhava tudo sem reação, quando Rox resolveu se encaminhar até mim, cruzou os braços e encarou os demais.

— São trouxas? — Perguntou com um risinho sacana, quase sussurrando no meu ouvido, a crueldade visível nas feições da mulher que eu amo

   Mas tinha algo a mais que me chamou a atenção em sua frase. A pergunta que ela fez, como se... como se...

— Rox!? — Veio a exclamação de um dos prisioneiros, justamente de seu irmão gêmeo que pareceu horrorizado, incrédulo. Paralisado ele a observava

   A garota ao meu lado ergueu uma sobrancelha e deu uma risadinha de desdém.

— Mas, com certeza — Minha tia disse, de repente, a voz calma —, essa é a garota sangue ruim, não é? É a Granger? Sol, veja isso!

— É, sim, é a Granger! — Exclamou meu pai — E, ao lado dela, pensamos que seja o Potter! Potter e seus amigos, enfim, capturados!

— Harry Potter? — Rox sorrir para mim falando em voz baixa e devidamente excitada ao pronunciar o nome; é bem nesse momento que começo a juntar todas as peças do que vem acontecendo nos últimos meses, ela não os reconhece, o feitiço está afetando suas memórias

— Potter? — Guinchou minha tia, por sua vez, e recuou para ver aquele que diziam ser Potter melhor — Você tem certeza? Bem, então o Lorde das Trevas precisa ser imediatamente informado!

   Ela puxou para cima sua manga esquerda, lá estava a Marca Negra gravada a fogo em seu braço, percebi na hora que minha tia ia tocá-la para convocar seu amado senhor...

— Eu já ia chamá-lo! — Disse papai, e sua mão se fechou sobre o pulso de Bellatrix, para impedi-la de tocar a Marca — Eu o convocarei, Bela; Potter foi trazido à minha casa e, portanto, está sob a minha autoridade...

— Sua autoridade! — Desdenhou ela, tentando soltar a mão do seu aperto — Você perdeu a autoridade quando perdeu a varinha, Lucius! Como se atreve! Tire as mãos de mim!

   Rox tinha acabado de revirar os olhos e cruzar os braços enquanto assistia entediada a discussão do meu pai e da minha tia. Eu a olhava porque estava incapaz de observar seus amigos e o seu irmão que não deviam entender nada.

— Você não tem nada a ver com isso, não capturou o garoto...

— Me desculpe, sr. Malfoy — Interpôs Greyback —, mas fomos nós que pegamos Potter, e nós é que vamos cobrar o prêmio em ouro...

— Ouro! — Riu-se Bellatrix, ainda tentando desvencilhar-se de papai, a mão livre apalpando o bolso em busca da varinha — Fique com o seu ouro, seu abutre imundo, para que quero ouro? Pretendo apenas a honra de... de...

   Ela parou de lutar, seus olhos escuros fixos em alguma coisa que eu não conseguia ver. Exultante com a sua capitulação, papai afastou a mão dela com violência, e rasgou a própria manga...

— PARE! — Guinchou Bellatrix — Não toque nela, todos pereceremos se o Lorde das Trevas vier agora!

— Não a mim. — Desdenhou Rox

   Papai ficou imóvel, seu indicador pairando sobre a Marca. Tia Bellatrix se encaminhou até um ponto atrás dos prisioneiros, onde havia um outro sequestrador cujo nome eu não sei.

— Que é isso? — Perguntou ela

— Espada. — Grunhiu ele

— Entregue-a.

— Não é sua, senhorita, é minha, fui eu que a encontrei.

   Houve um estampido e, em seguida, um clarão vermelho: o sequestrador fora estuporado, e enquanto eu arregalei meus olhos e dei um passo pra trás, ao meu lado Rox sorriu. Ergueu-se um clamor de raiva dos companheiros do sequestrador estuporado: Scabior sacou a varinha.

— Com quem acha que está brincando, mulher?

Estupefaça! — Berrou ela — Estupefaça!

   Os sequestradores não eram páreo para ela, embora fossem quatro contra uma: eu sabia que ela era uma bruxa com prodigiosa habilidade e sem escrúpulos. Os homens tombaram onde estavam, todos exceto Greyback, que foi forçado a se ajoelhar, com os braços estendidos. Fiquei horrorizado quando vi minha tia Bellatrix curvar-se sobre o lobisomem, segurando a espada de Gryffindor firmemente na mão, o rosto lívido.

— Por que é sempre você quem tem a melhor diversão? — Veio a voz mimada e fria da garota ao meu lado, me assustando; só Merlim sabia o quanto eu queria urgentemente arrastar ela pra bem longe dessa sala o mais depressa possível

   Minha tia se virou pra olhá-la, mas não foi a única. Pelo canto do olho, "Potter" fez o mesmo, Weasley e Granger também e o que eu vi em seus olhares me causou pavor, era ódio, ressentimento, mágoa, um misto de emoções extremamente atirados sobre ela, mas ao mesmo tempo tinha confusão em seus olhos. Supliquei mentalmente que eles não fossem tão idiotas a ponto de não notar que ela está enfeitiçada.

— Ótimo. — Disse minha tia sorrindo — Faça o que você sabe, feiticeira, sem o matar, por favor.

   Ela deu um risinho e um pulinho animada quando se adiantou. Em questão de segundos Greyback estava sendo segurado no ar e sufocava. Minha tia deu um olhar de aprovação para Rox antes de assumir uma pose maioral e séria enquanto fixava suas íris no lobisomem.

— Onde foi que você obteve essa espada? —Sussurrou ela

— Como ousa? — Rosnou ele, meio que sufocando, sua boca a única coisa que se movia ao ser forçado a encarar a bruxa. Arreganhou os dentes pontiagudos — Solte-me, mulher! Manda essa... essa...

— Eu, se fosse você, teria cuidado com as palavras que uso antes de terminar — O tom de Rox era tão cruel que eu não aguentava ouvir, me magoava, me causava arrepios. Ela torceu os dedos sufocando mais o lobisomem —, muitos morreram por menos, Greyback. Agora seja um bom cachorrinho e responda à titia Bella.

   Minha tia suspirou, olhava muito séria para o lobo que pairava à um metro do chão.

— Diga-me. Onde foi que você obteve essa espada? — Repetiu ela, brandindo-a em seu rosto — Snape mandou-a para o meu cofre em Gringotes!

— Estava na barraca deles — Respondeu a voz áspera, e um tanto ofegante, de Greyback — Solte-me, estou dizendo!

   Minha tia olhou para Rox que bufou.

— Vamos, querida, tem outros brinquedinhos pra você, deixe o lobo.

   A garota bufou novamente, mas abaixou a mão fazendo Greyback cair, o lobisomem se pôs de pé, mas cauteloso demais para se aproximar dela ou da minha tia. Ficou à espreita, atrás de uma poltrona, suas unhas curvas e imundas agarradas ao encosto.

— Draco, você e Sol, tratem de levar esse lixo para fora — Disse minha tia, indicando os homens desacordados — Se não tiverem peito para acabar com eles, deixe-os no pátio para mim, ou talvez sua namorada prefira dar conta do trabalho sozinha.

   Rox a olhou, mas não sorria, tinha uma sobrancelha meio erguida. Sol, no entanto, olhou pra mim assustada.

— Não se atreva a falar com meu filho assim. — Disse mamãe furiosa, mas minha tia berrou:

— Cale-se! A situação é mais grave do que você seria capaz de imaginar, Ciça! Temos um problema muito sério!

— Que acho não ser justificável para você tratar o meu docinho e a mãe dele dessa forma, não acha? — Perguntou Rox enquanto cruzava os braços e olhava furtivamente para minha tia

  Ela não respondeu. Bellatrix parou, levemente ofegante, contemplando a espada, examinando seu punho. Virou-se, então, para  olhar os prisioneiros silenciosos.

— Se, de fato, for Potter, ele não deve ser ferido. — Murmurou, mais para si mesma do que para os demais — O Lorde das Trevas quer liquidar Potter pessoalmente... mas se ele descobrir... preciso... preciso saber...

   Ela tornou a se dirigir à minha mãe:

— Os prisioneiros devem ser levados para a masmorra, enquanto reflito sobre o que fazer!

— A casa é minha, Bela, você não dá ordens na minha...

— Obedeça! Você não faz ideia do perigo que estamos correndo! — Guinchou minha tia. Tinha um ar assustador, demente; um raio de fogo saiu de sua varinha e fez um furo no tapete

   Rox olhou furiosa para minha tia, o tom dela a incomodava. Minha tia suspirou, mas sabia bem quem era mais poderosa ali, impaciente virou-se novamente para minha mãe.

— Por favor. — Disse rilhando os dentes e sem muita verdade

    Mamãe hesitou um momento e, então, falou ao lobisomem:

— Leve os prisioneiros para a masmorra, Greyback.

— Espere. — Disse minha tia, rispidamente — Todos, menos a sangue ruim.

   Greyback soltou um rosnado de prazer.

— Não! — Gritou Weasley, e eu fiquei surpreso pela sua coragem — Pode ficar comigo no lugar dela!

   Minha tia deu-lhe uma bofetada no rosto; a pancada ecoou pela sala. Eu olhei imediatamente pra Rox, mas ela estava impassível, embora parecesse entediada.

— Se ela morrer durante o interrogatório, você será o próximo. No meu caderninho, traidor do sangue vem logo abaixo de sangue ruim. Leve-os para baixo, Greyback, e verifique se estão bem presos, mas não faça mais nada com eles... por enquanto.

   Eu, amedrontado, olhei para Sol que continuava parada na porta da sala, nossos olhares já dizia muita coisa. Lá estava o futuro do mundo bruxo, prestes a ser preso no porão da minha casa, e se Potter estivesse morto, do que adiantaria quebrar o feitiço de Rox? Estamos perdidos.

Hello bruxinhos!!

E chegou esse capítulo que imagino que tenha sido muito esperado por vocês, o reencontro do trio com a Rox, que agora é a Dark Rox. Eai, esperavam que isso fosse acontecer?

No próximo teremos narração do Rony, curiosos para saber o que ele está pensando da irmã dele? A cada dia mais e mais perto do fim hihihi. Bom... nos vemos semana que vem com mais um capítulo.

Amo vocês!
– Bjosss da tia Nick.

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