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142 | The Princess of Darkness

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142. A Princesa das
Trevas

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Elas falam que eu sou um monstro...
então talvez eu deva ser um monstro.

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ᴿᵒˣᵃⁿⁿᵉ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ

    Está tudo escuro. Na verdade não tão escuro, está mais pra algo nublado, embaçado, uma fumaça branca se espalha de modo que não consigo ver quase nada, só ouvir.

   Ouço vozes, as mesmas vozes repetidas vezes, simplesmente me chamando.

   Eu começo a tremer, parada entre a neblina tentando identificar os vultos que correm ao meu redor. Estou suando.

— Rox... Rox... Rox... — Eles chamavam, repetiam, vozes urgentes tentando se comunicar comigo, tentando fazer que eu os ouvisse

   Mas eu não os reconhecia, só rodava começando a me desesperar.

— Parem. — Pedi ficando tonta com os vultos que continuavam a me cercar — Quem são vocês? Parem!

   Eles só me chamavam. Fechei os olhos com força e caí de joelhos no chão, as mãos no ouvido tentando impedir que eu os ouvisse.

   Naquele instante eu despertei suando, em um pulo estava sentada na cama, olhei para o lado e vi o rosto de anjo de Draco que dormia no sofá-cama do lado direito do quarto. Havia sido apenas um sonho, o mesmo sonho...

   Todas as noites eu os escuto, as mesmas vozes, o mesmo sonho, a neblina que me impede de identificá-los. Fora só mais um pesadelo.

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— Foram quantos trouxas no total? — A pergunta vem de Bellatrix Lestrange bem no momento do café da manhã enquanto Draco me passa um copo de suco de framboesa; antes eu não ia tanto com a cara dela, mas pouco a pouco estou começando a achar ela maravilhosa, ela é cruel e isso é incrível

  Os assuntos dela sempre se voltam a quase a mesma coisa, assassinato de trouxas, minhas divertidas brincadeirinhas de assassinar sangues-ruins.

— Seis. — Respondo apanhando o copo, e então tomo um gole antes de tornar a falar — Na casa em si tinha o casal e os dois filhos, mas tiveram dois vizinhos bobinhos o suficiente para ir atrás do barulho e acabarem ceifados também.

   Draco não olha pra mim enquanto falo, percebo claramente o quanto ele parece desconfortável. Me pergunto o porquê disso, o porquê ele agir dessa forma, minha mente continua confusa e isso me deixa furiosa, são pesadelos, pressentimentos, e essas malditas vozes.

— E sobre o corpo de Michael Sticker? — A pergunta vem mais como uma alfinetada que me faz desviar o olhar da minha comida e olhar atentamente para ela

— Já contei inúmeras vezes o que aconteceu naquela noite, sobre a morte dos sangues-ruins e sobre a morte do Sticker, o que quer que eu faça mais? — Pergunto impaciente — Eu matei o Mike, ele mereceu, por quê? Vou ser condenada por isso por acaso?

— Não. — Bellatrix sorria de uma forma um tanto cruel — Mas imagino que não possa sair por aí assassinando Comensais da Morte, feiticeira.

   E é nesses momentos que todo meu conceito sobre Bellatrix desanda e fico desejando extremamente ter a cabeça dela decepada decorando o meu quarto.

— Roxanne. — Lhe dou um sorriso sem graça— É o meu nome. E não se preocupe, Bellatrix, eu já conversei com o Lorde das Trevas.

    Ao ouvir isso ela logo se abranda, mesmo parecendo um pouco irritada com o meu comentário.

   Os demais da mesa estão calados como quase todo dia no horário do café da manhã. Eu escuto tão pouco a voz de Rodolphus Lestrange que às vezes até imagino que ele seja mudo, se não for pelas raras ocasiões que o vejo interagindo com a filha e a esposa, ou com o Milorde nas reuniões. Lucius e Narcissa também não parecem ser de falar muito, não que eu vá muito com a cara do pai de Draco, mas sua mãe é tão adorável que acho impossível alguém não se agradar dela.

   Draco a cada dia parece mais distante. Eu queria saber o que ele tem, mas não posso descobrir o que ele tem se eu não souber primeiro o que acontece comigo, o que são as vozes que eu escuto, o que são esses pesadelos, o que é essa sede de sangue que sinto tão de repente, o que é isso tudo.

   Não sei onde encontrar as respostas, mas antes de conseguir evitar, me vejo pedindo ajuda de justamente a única pessoa que sinto que me ouvirá e poderá me entender no momento.

— Ah, claro. — Narcissa Malfoy sorrir assim que, depois do almoço, eu pergunto se ela tinha um tempinho

   Ela me acompanha até o quarto que ela disponibilizou pra mim e senta-se em uma das poltronas do quarto, bem ao meu lado, e simplesmente me olha esperando que eu comece a falar. Diferente de Bellatrix, ela não tem em si aquele ar extremamente cruel e indiferente, tem um olhar maternal, carinhoso, sinto o amor profundo que ela tem por Draco acima de tudo, e é o que me fez querer falar com ela, mesmo contra minha própria vontade e sentindo a queimação do colar no meu pescoço.

— O quarto parece adorável... — Ela comenta casualmente enquanto olha ao redor, e eu começo a entender a quê ela está se referindo

— Sim, é, muito agradável... — Respondo com um fraco sorriso — Realmente eu agradeço pelo quarto, é ótimo, eu só... só acho que nunca fui acostumada a dormir em um quarto sozinha.

— Imagino que não. — Ela deu um sorriso sincero enquanto afastava uma mecha de cabelo da frente do rosto — Parece muito mais satisfatório pra você dormir no quarto do meu filho, não é?

— Sra. Malfoy, eu realmente gosto do seu filho, acho que todo mundo já deve ter notado isso, eu amo o Draco, realmente o amo, muito. — Falo com a maior convicção do mundo — Tem muita coisa confusa na minha mente, estou perdida em relação a quase tudo, mas minha única certeza é de que eu realmente sou apaixonada por esse menino.

   Vejo um sorriso se formar em seu rosto, o quanto ela parece feliz de realmente acreditar em mim.

— Eu sei, querida, eu sei.

— Mas... — Dou um suspiro fundo — tem umas coisas que eu queria... queria mesmo entender, só que eu não quero perguntar ao Draco, não sei o que ele tem, e tenho medo dele me achar... louca.

   Seu rosto parece indecifrável, sua testa meio que se franze quando ela se ajeita no assento e olha para mim. Desde que a conheci tenho feito de tudo pra ela se agradar de mim, mostrar que estou a altura pra ser nora dela, e ela sempre foi muito atenciosa, embora em alguns momentos pareça intrigada ou receosa comigo, mas de alguma forma eu sinto como se pudesse confiar nela.

— O que houve, querida?

— Sra. Malfoy... — Começo enquanto suspiro fundo tentando manter minha voz estável — É... onde meus pais estão?

   O rosto de Narcissa fica imediatamente vermelho, e percebo ela se atrapalhar nas palavras, tamanha a sua surpresa com minha pergunta.

— Não, é que... eu, eu... ok, é loucura, mas eu sinto que posso confiar na senhora, então posso compartilhar essa coisas, é que... — Eu desvio um pouco o olhar, antes de tomar coragem e finalmente acrescentar —, eu não lembro deles, minha mente está uma bagunça e tudo o que eu lembro é vago e esquisito, é estressante!

   Ela me olha atentamente como se tentasse captar o que estou falando, mas permanece em silêncio, então continuo.

— Lembro de como eles não queriam que meus poderes despertassem... lembro, acho que eram meus amigos, ou meus irmãos... me chamavam de monstro. — Abaixo a cabeça levando minhas mãos a ela enquanto tento forçar minha mente a ir mais fundo — É estranho... por que eu esqueceria esses momentos da minha vida? Por que só lembro de momentos vagos e embaralhados? O Lorde das Trevas disse que tudo se aprumaria depois que eu focasse no que tenho que fazer, que só esqueci de coisas por causa dos demônios da minha infância causados pelos meus pais, mas... mas é muito estranho.

— De fato. — Ela concorda suspirando cansada, sem olhar nos meus olhos, mas convicta — Sabe, querida, o-o lorde das trevas ele... está certo, as coisas logo vão se ajeitar e você vai entender tudo que está acontecendo, lapsos de memória são normais com grandes traumas.

— Mas e o Draco?

— O que tem o meu filho?

— Se ele achar que eu tô ficando louca e não me quiser mais? Ele diz que me ama, parece verdade, mas... mas é estranho mesmo assim.

  Narcissa Malfoy dá um sorriso e coloca uma mão no meu ombro.

— Posso não entender ou não saber de muita coisa do que está acontecendo, mas tenho certeza que meu filho está feliz de te ter por perto.

   Sinto meu coração se agitar de felicidade com a informação e minhas emoções ficam mais balanceadas quando eu ignoro um pouco a fúria, e o desejo de morte e vingança por minha família que pairam ali.

— Não sei muita coisa, ou mesmo não sei nada dos seus pais, mas saiba que também estou feliz de tê-la aqui. — Seu simples comentário faz a gargantilha do meu pescoço arder, mas faz com que eu me sinta bem, feliz

— Obrigada. — Digo meiga

   Minha cabeça continua bagunçada, mas suas palavras me lembraram de que a Mansão Malfoy é meu lar agora, de que o Lorde das Trevas me salvou, que a minha família me abandonou, mas isso não importa, pois estou aqui e tenho Draco. E eu mataria qualquer um que ousasse passar no meu caminho e me impedir de ficar com o meu loirinho.

— É... sra. Malfoy — Chamo de repente, assim que uma idéia brilhante surge na minha mente — S-seu cabelo.... a senhora quem pinta?

   Vejo ela passar a mão direita pelas madeixas negras com mechas de um loiro platinado e sorrir.

— Sim, querida, sou eu, por quê?

— É que... eu gostaria... será que poderia...eu...

— Você... — Ela parece meio incerta — tem certeza? 

   Eu assinto confirmando.

— Sim, eu tenho. — Digo decidida — Peciso disso, tá na hora de deixar meu antigo eu para  trás definitivamente.

   São cinco horas da tarde quando ela termina, depois de uma tarde de conversas e reflexões, sinto que Roxanne Weasley não existe mais, nunca existiu. Eu suspiro fundo quando a minha sogra me manda olhar no espelho do quarto, eu não faço idéia do que me espera, até que eu o olho.

   Ali, bem na minha frente, a pessoa que eu vejo não parece em nada com quem eu era, mas parece perfeitamente a pessoa que eu devo ser. Ainda tenho o rosto cheio de sardas, não dá pra arrancar, mas isso não importa, estou olhando diretamente para o meu cabelo, a moldura perfeita para meu rosto, o novo corte é um pouco acima dos ombros, ainda assim fica meio ondulado nas pontas. Já a cor, brilhante e exuberante, um belo loiro platinado, a cor exata das madeixas da minha sogrinha e deveras exatamente semelhante às cores naturais dos cabelos de Draco e Lucius.

   Olhando-me no espelho e observando meus vibrantes olhos verdes em contraste com o loiro sinto-me renovada, não sou mais uma Weasley, não sou mais como nenhum deles, aqui e hoje só vejo a pessoa que eu me tornei, uma Comensal, uma princesa das trevas, como o próprio Lorde das Trevas se refere à mim. 

   Quem liga para memórias confusas? Lapsos de memória? Família que abandona?

   Vingança é o que eu quero.

— E então o que achou? — Veio a pergunta de Narcissa Malfoy enquanto tirava suas luvas

— Uma nova mulher. — Respondo com um sorriso


  À mesa do jantar chamei mais atenção do que normalmente chamaria, e escutei com muito agrado o comentário de Bellatrix de que agora eu parecia uma Malfoy. Àquela noite eu estava feliz e disposta a ignorar tudo o que me impedisse de me sentir satisfeita, e com sede de sangue e vingança.

   Só não posso negar que uma mínima coisa me incomodou.

— O que você fez? — Rosnou Draco assim que conseguiu falar comigo a sós no seu quarto, e eu simplesmente olhava os títulos de seus livros na estante

— Está tão claro quanto o dia é dia e que a noite é noite, meu amor. — Dei de ombros

— V-você pirou foi? Por que... o que... o que te levou a isso? Por que pintar o cabelo? — Ele lançava perguntas e mais perguntas me cercando e incomodado com o pouco caso que eu lhe dava

— Às vezes é preciso de grandes mudanças, docinho, já estava na hora da antiga Rox ficar pra trás, a fraquinha e insegura, o mundo precisava que eu... como é mesmo que se diz? Ah, sim, amadurecesse. — Eu sorri e finalmente me virei pra ele — Metamorfose, meu bem. Estava precisando de uma metamorfose.

   Ele está boquiaberto, não tem ideia do que falar, eu sei bem disso.

— Está tudo bem, meu amor. — Eu sorri convincente — Estou com a cabeça mais no lugar pra focar no que importa. Na guerra, nas mortes de sangues-ruins nojentos, aperfeiçoar meus poderes e... acabar com Harry Potter.

   Draco não fala nada, está paralisado observando minha frieza e o sorriso vitorioso. Ele só deve está surpreso comigo, é claro.

— Pelas barbas de Merlin. — Ele exclama com o rosto impassível

   Meu sorriso cruel não morre.

— Agora se me dá licença, docinho, eu estou muito cansada, melhor eu dormir. Boa noite, amorzinho.

   Com isso eu caminho até a cama, pronta pra me afundar naqueles cobertores macios e ter uma noite de princesa.

    Na manhã seguinte eu acordo suando, depois de mais uma vez ter uma noite perturbada por sonhos estranhos e as mesmas vozes, o anel em meu dedo anelar pisca, mas eu ignoro.

   A mensagem do Lorde das Trevas sobre meus poderes pareceu clara, eu tinha que focar na Necromancia, mas por alguma razão meu outros poderes me chamavam, me chamavam alto. Em alto e bom som.

    Foi em um determinado ponto daquela tarde que eu tive uma visão deveras interessante para não ser notada. Foi nela que eu vi algo importante demais para deixar passar, e eu sabia, no fundo tinha forte convicção que deveria fazer algo em relação a isso.

— Ottery St. Catchpole. — Repeti o nome em voz alta e clara, apenas para ver se realmente fazia sentido — Ottery St. Catchpole.

   Próximo a mim, sentado no banquinho e em frente ao piano, Draco parou de tocar, levantou a cabeça e se virou enquanto erguia uma sobrancelha me olhando um pouco perdido, ou talvez surpreso.

— Onde você ouviu esse nome?

  Eu não o respondo imediatamente, continuo sentada na poltrona do seu quarto refletindo no que acabei de ver e em todo o sentido que aquilo teria, até que algo brilha na minha mente terrivelmente confusa.

— Harry Potter! — E com isso eu dou um pulo me colocando de pé

— O quê? — O rosto de Draco era pura confusão

— Harry Potter! Ottery St. Catchpole! —Exclamei enquanto sorria vivamente e caminhava em direção à porta

— Onde você vai? Roxanne, volta aqui.

    Mas eu não o escutei, foi só minha mão alcançar a minha capa que eu rodei no ar me teletransportando para bem longe da Mansão Malfoy. Minha mente não compreendia a importância que um garoto de dezessete anos tinha para o Lorde das Trevas, mas sabia que a guerra acabaria assim que o menino, cujo atende pelo nome de Harry Potter, morresse. E foi por isso que dei devida atenção à confusa visão que tive, a que apenas recordo dois míseros nomes, mas sabia que precisava me teletransportar já, algo me dizia que se eu fosse rápida encontraria com o garoto do raio na testa aqui em Ottery St. Catchpole.

   Eu estava bem no alto da colina, apenas observando a aldeia e as casinhas que consistiam por ali, mas eu sabia onde deveria ir, ou pelo menos achava que sabia. Desci a colina impaciente com os meus sapatos altos, mas determinada, não andei tanto até acontecer algo que me deixou estritamente alerta, uma explosão bem no topo de um morro ao norte.

   Eu girei no ar na mesma hora e em segundos estava de frente para uma casa estranhíssima, toda preta, ou talvez sua estranheza fosse apenas o fato de seu teto ter desabado. O portão e o caminho em zigue-zague – cercado de um emaranhado de plantas estranhas – que levava até a porta estava intacto, muito diferente da casa. Observei três letreiros pintados à mão no portão, mas não me demorei a ler até notar gritos vindo de dentro da casa, a própria porta do térreo estava no chão, e então dois homens surgiram pela abertura exposta, amarrotados com vestes bruxas formais e capas, ambos pareciam desorientados e talvez machucados, estavam um pouco brancos de poeira e um deles tinha sangue escorrendo da bochecha.

— Anda, Selwyn... — Rosnou uma voz urgente do homem cujo sangue escorria; ele levou uma mão à testa e tentou olhar para o céu a procura de algo

— Eles foram embora! Eles a... — E o homem chamado Selwyn socou a parede da casa parecia irado

   Eu abri o portão fazendo questão de que o barulho fosse ouvido, e encarei furtivamente os dois Comensais da Morte parados na calçada daquela casa em ruínas.

— T-Travers... — Selwyn gaguejou enquanto cutucava o segundo homem para que olhasse para mim

   Eu baixei o capuz da capa preta que usava, meu cabelo loiro platinado voava com o vento da tarde, os dois homens estavam impassíveis, talvez assustados.

— Onde ele está? — Perguntei séria

   Nenhum dos dois responderam.

— Eu fiz uma pergunta. — Reforcei começando a ficar impaciente — Onde está Potter?!

— E-ele... ele... — Travers engoliu em seco, não parecia capaz de dizer uma só palavra

— Vou perguntar mais uma vez... — Sorri com crueldade, aqueles dois babacas pareciam querer testar minha paciência — Potter esteve ou não esteve aqui!?

   Travers e Selwyn se entreolharam, no fim Travers engoliu em seco e se virou pra mim.

— S-sim, mas... eles... eles...

— Foi uma armadilha! — Exclamou Selwyn com urgência — Eles fizeram uma emboscada e explodiram a sala de visitas bem em cima de nós, então aparataram, não pudemos fazer nada... ele estava com uma garota, o Potter... uma menina morena...

  Ergui uma sobrancelha de leve para a história tão bem elaborada de Selwyn.

— Crianças de dezessete anos. — Falei sem perder a pose — Apenas crianças de dezessete anos.... — Dei passos furtivos para perto dos dois homens — Vocês não são capazes de enfrentar e capturar um moleque de dezessete anos?

— Bom, até agora, nem o...

   Mas Selwyn se calou assim que seus pés saíram do chão e ele foi segurado no ar pelo pescoço, eu estava friamente séria enquanto via seu rosto ficar vermelho.

— Inútil! É o que vocês dois são! — Rosnei fora de mim, escutei a minha voz ficar grossa e a ira tomar conta do meu corpo — Como o Lorde das Trevas é capaz de só encontrar gente inútil!?

   Ele gritava com a voz abafada enquanto era sufocado, eu não fazia idéia do que Travers estava fazendo enquanto isso, eu acabaria com ele logo em seguida.

   Fiz o corpo de Selwyn cair no chão e ele acreditar que tinha sido só um susto, então caminhei devagar até ele, fiquei em pé ao lado do homem ofegante e lhe dei uma boa encarada, tão séria que nem parecia ser a garota com sede de sangue que bem sou.

— Espero que não tenha medo de fantasmas... — Disse à ele antes de meus olhos ficarem negros e espíritos pretros aparecerem ao meu lado. Selwyn gritou o mais alto que podia antes do seu corpo ser sugado pela terra por uma sombra negra

   Me virei com superioridade para Travers, que estava no canto da parede de olhos arregalados observando tudo. Eu estava disposta a fazer com ele algo diferente, talvez quebrar seus ossos em pedacinhos, apenas descontar toda a minha ira nesses imprestáveis que foram mesmo capazes de deixar Harry Potter fugir.

— Como quer Travers? — Perguntei casualmente, deixando-o acreditar que tinha escolha — Rápida e sem dor, ou lenta e muito... dolorosa?

   Já tinha erguido a mão em direção à ele quando um grito cansado chamando meu nome me parou. Eu me virei na hora encontrando Draco Malfoy ofegante, agora parado segurando a barra do portão como se tivesse acabado de correr para subir até o topo do morro.

— Você está maluca!? — Rosnou assim que conseguiu recuperar um pouco do fôlego, parecia incrédulo e furioso

   Eu apenas pisquei os olhos e continuei o observando, paralisada por sua presença
repentina.

— Você não pode sair matando todo mundo só porque te dá vontade! — Reforçou e ao mesmo tempo que parecia furioso, ele estava triste — Vai acabar com todos os Comensais dessa forma!? Acha que o — E lançou um olhar receoso à Travers antes de voltar a me encarar — ...que o Lorde das Trevas quer que você mate os seus aliados? Não eram apenas trouxas? O que deu em você?!

   Eu suspirei fundo ainda o encarando.

— Não vai falar nada? — Reforçou ele parecendo fora de si

— Elas dizem que eu sou um monstro, elas dizem o tempo todo. — Foi o que saiu da minha boca, a voz tão distante que mal parecia a minha

— Elas, quem? — Mas Draco continuava irritado

— As vozes. — Respondi impassível — Todas dizem.

   Eu o vi se boquiabrir, ia falar algo, mas pareceu se perder em seus próprios pensamentos. Eu olhei para o lugar onde Selwyn fora sugado por um espírito das trevas, e depois olhei para o aterrorizado Travers, já não via mais graça em matá-lo.

— Elas falam que eu sou um monstro... — Reforcei a fala sem olhar diretamente pra ninguém, minha cabeça rodava pensando em sangue e mais sangue. Eu abri um sorriso meigo, que ao mesmo tempo era carregado de crueldade, quando acrescentei — então talvez eu deva ser um monstro.

   Draco piscou, estava horrorizado e perplexo, não conseguia nem esconder isso. Eu sorri para o amor da minha vida antes de fugir dele mais uma vez, dessa vez para ir atrás de trouxas, ou quem sabe... bruxinhos sangues-ruins. Eu ri deliberadamente quando algo veio na minha mente...

   Que Deus tenha piedade de quem atravessar o meu caminho, porque eu sou a princesa das trevas, e não tô afim de ter piedade de ninguém.

Hello bruxinhos...

Um minuto de silêncio depois desse capítulo tenso... eai, como estamos??

  Deveria ter postado ontem, eu sei, tive um fim de semana cheio, e estava cansada ontem e acabei esquecendo de editar o capítulo, mas aqui está, antes tarde do que nunca.

   Amo vocês bruxinhos, ando sentindo um pouquinho de falta dos comentários tbem. 👀 humhum, mas ok kkkk vos amo.

– Bjooosss da tia Nick.

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