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112 | Tarot Cards

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112. Cartas de Tarot
       
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Seu brilho púrpura é encantador… seu poder revelador… no olho que tudo vê acharás… aquilo que procura finalmente encontrarás…

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ᴿᵒˣᵃⁿⁿᵉ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ

    Abro os olhos lentamente, piscando enquanto solto um bocejo de leve. Um cheiro suave vem até mim e eu sorrio me aconchegando no travesseiro mais macio e confortável do mundo, relembrar a noite anterior só me faz sorrir mais, não querendo me levantar daquela cama imensa nunca.

   Sinto uma mão fazer cafuné no meu cabelo, mexendo nas madeixas com leveza e levanto um pouco a cabeça para ver seu rosto, mas sem tirar minha cabeça de seu peito.

— Bom dia, amor da minha vida. — Draco sorri, a cara de sono, o cabelo loiro todo bagunçado e leves olheiras no rosto, mas definitivamente lindo como sempre

— Bom dia. — Respondo sorrindo de orelha a orelha me inclinando para beijá-lo e ficando quase por cima dele

— Ôu, eu nem escovei os dentes ainda. — Ele ri entre os beijos segurando minha cintura e trocando nossas posições de modo que eu fique deitada

— Não ligo. — E seguro na sua nuca pra poder beijá-lo de novo e de novo, só Merlim sabia como eu amava aquele garoto, como eu queria ele pertinho de mim

— Espera… — Draco segurou o meu pulso observando a pulseira que estava lá — Você dormiu com ela? Você nunca dormiu de acessório, e… eu nunca vi essa pulseira antes, é nova?

— Ah… — Falei ligeiramente nervosa enquanto ele voltava a deitar do meu lado — sim, é nova e … acho que esqueci de tirar, tudo bem.

   Eu não podia tirar ela, é claro, já foi um sacrifício tirar os dois colares para poder dormir, foi sorte que na emoção da noite anterior ele não tenha notado a pulseira… até agora.

— Hum. — Ele falou simplesmente enquanto soltava um bocejo e tirava o cobertor que cobria até sua cintura e se sentava na cama, me fazendo soltar um suspiro e quase babar

   Draco se levantou sem olhar pra mim e pegou um roupão preto em um cabideiro do quarto logo o vestindo.

   O quarto de Draco parecia ser quase três vezes maior que o meu. A cama era enorme, cheia de travesseiros e mais macia do que qualquer coisa que já experimentei na minha vida. Tem quadros com pinturas diferentes nas paredes cinzas com preto, também há quadros de fotos, a maioria de nós dois. Umas poltronas cinzas ao lado, prateleiras com livros, mais quadros. Uma estante cheia de livros separados por cor e tamanho, ou até autor, uma  escrivaninha e um aparelho trouxa que pelo visto se chama “televisão” e por onde se dá pra assistir coisas bem legais. Agora também sei o que é video-game, Draco tem dois dele. Há também uma janela enorme com uma vista maravilhosa, agora coberta por uma cortina e tem três portas no quarto, uma para o lado de fora, outra para um closet e a última para o banheiro.

   Aconchego minha cabeça no travesseiro e puxo o cobertor para cobrir meus seios e continuo deitada o observando se olhar no espelho.

— Você tá tarada hoje, hem. — Ele ri ao se virar e me ver o olhando

— Não posso mais observar o meu próprio namorado? — Pergunto rindo

   Ele dá uma risadinha e vai até o criado-mudo.

— Ainda temos uma hora pra se arrumar, mas vamos ter que passar na loja dos seus irmãos antes de ir pra aula, então é melhor cuidarmos. — Ele diz enquanto olha a hora

    Eu me remexo na cama com preguiça. Sei que temos que passar lá e sei bem o porquê, mesmo que ele me incomode um tantinho. Sol dormiu no apartamento de George que fica ao lado da loja e é vizinho ao próprio apartamento de Fred. Como o carro dela continua no conserto e meus irmãos precisam trabalhar logo cedo, sobrou para Draco ter que passar lá pra pegar a prima, eu até acho bom, assim vejo meus irmãos, mesmo não gostando nada daquela garota com meu irmão, ressentimentos da outra realidade obviamente.

   Draco se abaixa soltando um bocejo e apanha suas roupas que estão jogadas no tapete e apanha as minhas também, logo adentrando a porta que leva ao banheiro e me deixando com meus próprios pensamentos que não saiam da noite de ontem.

   Quinze minutos depois ele está de volta, o cabelo molhado comprova que ele já deve ter tomado banho e obviamente já está com os dentes escovados, ele segue direto para o closet, sem me apressar para que eu levante logo da cama.

— Amor, aquele seu vestido azul-marinho que você me perguntou quarta-feira está aqui mesmo. — Ele grita de lá de dentro — Acho que não procurei direito aquele dia. Você vai levar ele? Esquece, melhor vim pegar de tarde.

   Ele sai do closet e vem até mim com uma muda de roupas.

— Cuida. Precisamos de um café reforçado antes de sair, então ver se não demora, dona atraso. — Era pra ser sério, mas ele não consegue evitar sorrir ao falar comigo, seu cheiro agora é de hortelã e fico envergonhada por ainda não ter tomado banho, nem mesmo escovado os dentes

   Ele se inclina e me beija, as mãos escorregando até puxar o cobertor que me cobre e então tocar minha pele.

Hey. — Eu faço meio rindo pra cara de safado dele

— Cuida, antes que eu ceda à tentação e desista da aula pra ficar a manhã toda com você nessa cama. Sabemos que sua mãe me mataria.

   Solto uma risada olhando para a roupa que ele me trouxe, com certeza deve ser minha, mas é engraçado e estranho como tem roupas minhas aqui e como ele escolhe elas normalmente, até as roupas íntimas, confesso que isso me deixa só um bocadinho tímida, mas feliz.

    Depois de me lavar eu olho mais atentamente a roupa que ele escolheu para mim. Uma calça bege boca de sino, um cropped azul-escuro com estrelinhas douradas e uma jaqueta. É… ele me conhece.

  Quando saio do banheiro, Draco já está praticamente pronto, o perfume de bebê, o hálito de hortelã e o aroma de maçã verde do seu cabelo vêem até mim sem dificuldade alguma, me fazendo sorrir enquanto o observo arrumar o cabelo na frente do espelho.

— Gostou da roupa que eu escolhi? — Ele pergunta sorrindo ao se virar pra me olhar

   Eu o olho radiante e me sentindo idiota por não ter percebido que desde sempre eu fui apaixonada por Draco Malfoy, como fui tão tola de não notar? Como?

   Sorrindo eu avanço e lhe beijo, beijo o Draco dessa dimensão apaixonadamente, de maneira que me dói lembrar que não posso fazer com o meu Draco.

   Meia hora mais tarde estamos em uma avenida trouxa bem movimentada, com uma praça grande e linda e de frente para uma loja chamativa e inconfundível, a Gemialidades Weasley que é igualzinha a da minha dimensão, embora aqui tenha menos magia, ou zero magia, tudo que parece mágico, infelizmente é apenas tecnologia. Não demora muito depois que eu e Draco descemos do carro para ver Sol Lestrange sair de lá ajeitando a mochila nas costas e ao lado do meu irmão.

— Eai, Malfoy. — George o cumprimenta com um aperto de mão e um jeito caloroso, usando vestes trouxas e jaqueta de couro, obviamente não de dragão

— Eai, cunhado. — Draco sorrir

— Rox. — Meu irmão me olha com um sorriso, me puxando pra um abraço

— Oi. — Respondo retribuindo — E o Fred?

— Repondo umas caixas no andar de cima da loja. — Fala colocando umas mãos no bolso — Aliás tenho que correr, preciso trabalhar, né, não tenho vida mole como vocês.

— Engraçadinho. — Sol o olha de um jeito furtivo, mesmo que rindo

— Bom, vamos indo então, meninas? —Draco chama casualmente

   Sol se volta pra George e lhe dá um beijo antes de abrir a porta de trás do carro do loiro.

— Tchau, amor. Boa aula, meninos. —Meu irmão diz acenando

   Eu dou a volta no carro para poder entrar no assento ao lado do motorista, mas antes me despeço do meu irmão.

— Falou, George. — Draco acena entrando no carro e colocando as mãos no volante

   Vendo-os se despedir como amigos fico imaginando se um dia isso seria possível na minha realidade, Draco ser amigo dos meus irmãos, mas esqueço disso ao lembrar que ele, o garoto que eu amo, é um Comensal da Morte…
  
   Mas me nego a aceitar isso, que ele esteja certo, que não há mais salvação. Vou encontrar essa Ametista, eu e Harry vamos encontrá-la e quando pegarmos essa pedrinha vamos poder salvar o mundo bruxo, e então… tal como Draco me salvou diversas vezes, eu vou salvá-lo e vou dizer que o amo e que isso, o que aconteceu nessa realidade pode ser possível, de um jeito diferente, mas pode.

  Vi os minutos passarem junto com a paisagem na janela e mal escutei sobre o que Draco e Sol conversavam até que ele finalmente estacionou o carro e começamos a andar de mãos dadas para a entrada principal do colégio.

— Vejo vocês na aula. — Sol anunciou logo depois de entrarmos, já seguindo pelo corredor

— Capuccino? — Draco me olhou sorrindo

— Nós não já tomamos café?

— Um Capuccino nunca é demais, vamos, você tá magrinha, precisa se alimentar direito, meu docinho. — Ele insiste me puxando pela mão pelo corredor

   Eu sorri o seguindo e minutos depois estamos tomando cada um o nosso Capuccino matinal e seguindo pelo corredor. Eu nem faço ideia de que aula vamos ter hoje, apenas o acompanho na subida das escadas, me surpreendendo com algo que não vi na noite anterior. Meus olhos se arregalaram e eu me aproximo para ver melhor.

— Os vitrais dos clubes. — Draco comenta se aproximando para olhar de perto também

   Estamos no terceiro andar e há um corredor principal, mas bonito que os outros e formal, onde parece se encontrar a diretoria e outras salas de professores. Nesse mesmo corredor há uma parede diferenciada quase toda coberta por um quadro retangular enorme. O quadro de aspecto antigo é dividido em quatro partes, cada uma com uma cor principal. Vermelho, verde, azul e amarelo. No vitral vermelho há a figura geométrica da cabeça de um leão em tons dourados que fazem contraste com o vermelho predominante. No verde há um pouco de prateado e a figura da cabeça de uma serpente com a língua pra fora e olhos roxo vibrantes. No azul tem uma águia, também só a sua cabeça de boca aberta e o contraste se faz com um marrom forte. O vitral amarelo tem um pouco de preto que casa perfeitamente com a figura geométrica de uma abelha. Os quatro vitrais se complementam, o aspecto antigo e vibrante, chamativos demais.

— É, eu também gosto de observar eles às vezes. — Draco coloca as mãos nos bolsos chamando minha atenção —Mesmo que me der um pouco de raiva.

— Por quê? — Me viro para ele

— Olha só o que fizeram com o vitral que representa meu clube, amor. Olha a Serpente dos The Serpens. — Ele murmura esticando o braço para o vitral verde e prata — Queria tanto saber quem foi o engraçadinho que quebrou  um dos olhos dela, era tão linda. Pelo menos devia ser… sei lá, nem estava em Hogwarts quando roubaram.

   Então eu noto exatamente do que Draco está falando. A cabeça da serpente geométrica do vitral verde tem dois olhos roxos exuberantes e chamativos, vibrantes e pequenos, mas apenas um deles tem um defeito, olhando bem dá pra perceber que há um quebrado, faltando um bom pedaço. Observo os outros vitrais e vejo que eles estão intocáveis e perfeitos, pelo visto só mexeram na serpente.

— Bom, melhor irmos antes que a Profa. Black nos dê falta por atraso. — Draco fala quebrando o silêncio e parecendo menos incomodado com a serpente

— Professora Black? — Eu o olho intrigada

— Sim, amor, a Sienna, a professora de estudos sociais, você tá dormindo?

— Sienna Black. — Eu falei sorrindo pegando na mão dele e o deixando me guiar para sala de aula, sabendo que veria a mãe de Vega radiante tendo um marido ( que nunca foi acusado de traição ) e dois filhos, e não viúva como na minha dimensão

  Confesso que não entendi quase nada da aula de Sienna, mesmo que ela pareça ser uma professora excelente e sua aula foi milhares de vezes mais interessante do que a aula seguinte, uma imitação trouxa de poções, sim, química. E pra piorar tudo tinha o Snape pra sediar a aula, nos obrigando a usar jalecos brancos e luvas enquanto mexiamos em frasquinhos e não tínhamos um caldeira. Ele estava extremamente esquisito sem sua habitual capa negra, mas não perdia o ar esquisito e mal-humorado. Por sorte, até aqui Draco consegue ser bom nessa matéria e me ajuda a realizar a atividade, fazendo com que até o chato do Snape seja minimamente educado comigo.

    Eu e Harry só conversamos na hora do almoço, ele parece feliz e convicto, indiferente a aula do Snape a que foi obrigado a assistir; nós não falamos sobre o que temos de fazer mais tarde, apenas participando da conversa dos nossos amigos, enquanto estamos sentados em uma das mesas do restaurante do colégio, um que fica no último andar. Ele está sentado ao lado de Ginny. Rony e Hermione também estão presentes, e então Theodore e Pansy, e aí sim eu e Draco. Quatro casais, embora mesmo aqui meu irmão e Mione neguem isso.

   O almoço foi fermentado com uma conversa casual e calorosa, às vezes xingando um ou outro professor, mas simplesmente sendo adolescentes despreocupados.

   É meio dia quando eu e Harry encontramos uma desculpa e entramos em seu carro indo em direção a cidade vizinha. Nosso horário é às duas, não podíamos perder, por isso tratamos de ir o mais cedo possível.

— Eaí? — Harry pergunta de repente, os olhos fixos na estrada à frente — Teve uma boa noite?

   Eu sorri radiante. Claro que tive uma ótima noite, a melhor noite que eu poderia ter tido e é triste pensar que não é a minha realidade.

— Se você visse a Mansão Malfoy entenderia. — Respondi rindo — Ou mesmo o quarto do Draco.

— Hey, não quero detalhes. — Ele disse me fazendo rir

— Tá, e a sua noite?

— O jantar foi ótimo e acho que o Hadrian finalmente te esqueceu, hem? — Falou meio rindo — Mas, falando sério, eu tô confiante, sinto que a Trelawney vai nos mandar pro caminho certo, nós vamos achar essa pedra, Rox, vai ficar tudo bem.

   Eu sorri, estou sentindo essa mesma confiança, estou tão feliz que antes mesmo que Harry tenha proposto eu já liguei a música no carro. Nós nos entreolhamos e rimos, logo sentindo a música invadir nossa alma e quando começa a tocar O’children de Nick Cave nós cantamos juntos deixando a letra invadir nossa mente e nos trazer a convicção de que podemos salvar o mundo bruxo, o nosso mundo.

   Nossa chegada a Vila Gumercindo dessa vez foi pontuada de formas positivas. É verdade que mais uma vez fomos recebidos por aquele homem grande e mal-humorado, mas diria que hoje ele até foi simpático e nos acompanhou até os andares de cima após a mulher do Namastê receber o nosso papelzinho e confirmar que tínhamos realmente um horário.

— Essa é a sala da Taróloga Trelawney. — Diz o homem quando chegamos na última porta no fim do corredor do andar mais alto — Podem entrar, ela já está à espera de vocês. 

   Harry e eu suspiramos vendo o homem ir embora e então nos aproximamos da porta branca, respirando fundo eu a abri vendo nada mais que escuridão.

   O local era extremamente parecido com a própria sala da professora de adivinhação na torre norte de Hogwarts. Uma perfeita cruza de sótão com salão de chá antigo. A sala era iluminada por uma luz fraca avermelhada e quando demos alguns passos nos deparamos com uma cortina de pedras que não escondia nada do que vinha pela frente. As paredes recobertas por um lençol branco com vermelho e uma mesa bem à nossa frente, forrada com um pano vermelho e dourado com babadinhos, duas cadeiras vazias pareciam está a nossa espera enquanto uma do outro lado estava sendo ocupada. Em cima da mesa tinham cartas e o que parecia ser uma grande bola cristal, além de algumas pedrinhas esquisita. Haviam prateleiras nas paredes com penas empoleiradas, tocos de velas, baralhos de cartas, xícaras de chá e caixas estranhas. Também tinham quadros diferentões com imagens que lembravam astrologia.

   Da sala se desprendia um perfume denso, enjoativo e doce, além de ser quente, terrivelmente quente.

— Sentem-se. — Disse uma voz suave, quase etérea

   Lá estava a Profa. Trelawney, muito magra como sempre, mas curiosamente sem os habituais óculos imensos. Um vestido branco ombro a ombro lhe dava um aspecto um pouco mais jovem e formidável, usava brincos de argola enorme e no pescoço tinha inúmeras correntes e colares de conta, os braços e mãos cheios de anéis e colares. Na cabeça uma bandana vermelha com pedrinhas douradas caindo sobre a testa.

   Eu e Harry nos entreolhamos e nos sentamos lado a lado, observando a maluca, digo, a professora mexer no baralho de cartas sem nos olhar.

   O ar está denso e me faz ficar um pouco nervosa, escutando apenas ela embaralhando e desembaralhando as cartas, sem nos olhar, sem falar coisa alguma.

— Vejo preocupação — Diz de repente meio que me assustando; ela não nos olha, continua embaralhando as cartas — nos dois. Uma coisa terrível está à frente do vosso futuro.

    Me remexo no assento acolchoado. Era óbvio que tinha algo terrível, a guerra. Observei atentamente ela separar alguns bolinhos de cartas e espalhá-las na mesa com o seu conteúdo pra baixo. Então apontou um dedo pra mim, me mandando escolher uma delas. Olhei para Harry e ele me devolveu o olhar expressivo, suspirei e voltei a olhá-la apontando para o segundo conteúdo.

   Ela afastou os outros dois montinhos e pegou o que eu escolhi, espalhando seu conteúdo na mesa, virou primeiro apenas uma das cartas e sorriu.

— Os Enamorados. — Falou me mostrando a carta — Vejo que está apaixonada. — Virou a segunda carta — Ih… tem problemas no paraíso. — Virou mais uma e outra — Sim, ele também te ama, mas quer te afastar dele, tem uma sombra negra os rondando. A carta dele vem carregada de tragédias. — Ela virou mais duas me fazendo ficar nervosa, às vezes me entreolhando com Harry — Sim, parece que uma nuvem negra paira sobre o relacionamento de vocês, é impossível saber com certeza se podem ficar juntos, há trevas dos dois lados… não, não, isso não é nada bom…

— O que houve? — Perguntei me aproximando mais da mesa, minha voz trêmula

— Não deve estar certo. — Ela falou nervosa e juntou as cartas voltando a embaralhá-las — Deve ser um erro, vejamos… — E depois de embaralhá-las espalhou todas na mesa à minha frente novamente — Escolha uma, vamos confirmar agora.

   Eu ergui a sobrancelha sem entender, mas fiz o que ela pediu, indicando uma das cartas. Então vi o horror transparecer no rosto da Taróloga assim que ela virou a carta para si, em seguida me mostrou. Com certeza era uma carta esquisita, havia um esqueleto segurando algo que lembrava uma foice, tinham duas cabeças pequenas nos cantos de baixo da carta, uma mulher e um homem, e ainda no piso havia mãos e pés decepados, em cima da carta grotesca, separado da figura tinha quatro letras “XIII”, algarismos romanos no caso, o número 13.

   Harry se inclinou para o lado para ver também.

— A Morte. — Disse a bruxa fazendo eu e Harry levantarmos os olhos para ela, assustados

— Como assim? Como assim a morte? —Harry perguntou atordoado

   A mulher me olhou intensamente, seus olhos quase me engoliam.

— Não há como saber o que virá pela frente, se você ou esse garoto a quem você ama ficarão juntos, mas a morte… a morte é iminente, corpos vão rolar de uma forma ou outra. Sangue precisará ser derramado para um dos dois ser feliz.

— Sangue. — Repeti tremendo — Mas sangue de quem, Merlim!?

   Trelawney de repente perdeu o ar etéreo e se ajeitou na cadeira, um tanto intrigada.

— Não sei.

— Como assim você não sabe? — Me alterei suspirando — Você fala que eu e Draco não podemos ficar juntos sem que sangue seja derramado, mas simplesmente não me diz quem vai morrer!

— É o que as cartas dizem. A sombra da morte os perseguem, mas não apenas a vocês. — E nesse momento ela olhou para Harry com intensidade — Vejo que carrega um peso maior do que pode carregar, meu caro.

  Harry se remexeu no lugar com os olhos vidrados nela, o cheiro muito doce da sala não estava ajudando.

— Eu olho para vocês dois e vejo morte, guerra, um peso enorme nas costas de duas crianças. — Disse com a voz calma enquanto voltava a mexer nas cartas

   Eu engoli em seco, nervosa. Mais uma vez eu e Harry nos entreolhamos, o pensamento de que nosso futuro só estava marcado por morte e guerra.

— É… — Harry recomeçou se ajeitando na cadeira e parecendo tentar fazer o ar ficar mais leve —, mas não foi por isso que viemos. Quero dizer … — E olhou pra mim indicando com a cabeça o colar

— Ah… — Falei entendendo e levei minhas mãos ao pescoço para tirar o colar — Profe… digo, Taróloga Trelawney, você… pode nos ajudar a encontrar a outra metade dessa pedrinha?

  Entreguei a corrente com a Ametista em suas mãos e a observei a analisar como se fosse uma pedra preciosa curiosíssima, ela não disse nada por um bom tempo, até que exclamou:

— Por Oxum! — E se afastou um pouco da pedra púrpura, os olhos muito arregalados — Onde você conseguiu isso?

— Eu… eu… — E olhei para Harry pedindo ajuda

— Afinal, você sabe onde podemos encontrar a outra metade? — Ele perguntou se inclinando

— Eu consigo ver… — Ela disse de repente, a voz mais amena — Eu consigo ver…

   Harry e eu nos entreolhamos e voltamos a olhá-la. Trelawney fixou os olhos na Ametista, perdendo o ar assustado, mas sim assombrando a mim e Harry quando seus olhos ficaram brancos e ela começou a falar em uma voz etérea e distante:

Seu brilho púrpura é encantador… seu poder revelador… no olho que tudo vê acharás… aquilo que procura finalmente encontrarás…

   Me inclino para ela esperando que ela prossiga, que diga mais alguma coisa, mas me irrito ao perceber ela sair do transe e deixar a corrente cair sobre a mesa.

— Me desculpem… o que eu estava falando?

   Bato com a mão no meu rosto com raiva, mas ao mesmo tempo nervosa.

— Você estava nos dizendo onde está a Ametista. — Insistiu Harry suspirando com raiva

— Onde está o quê?

   Me encosto na cadeira e começo a passar minhas mãos pelo meu cabelo quase os puxando de tanta impaciência, quase arrancando os fios pra ver se assim meu cérebro funciona direito. Um enigma, estava aí novamente um enigma pra quebrar minha cabeça, eu sou péssima com enigmas, e só temos umas horas, apenas algumas horas, podemos ficar presos aqui, temos que achar essa pedra, temos que achar.

  Púrpura… poder… olho…
  Púrpura… poder… olho…

   Um brilho púrpura… poder revelador... olho que tudo vê…

  Olho que tudo vê…
  Olho que…

— É isso! — Bati o punho na mesa fazendo Harry e Trelawney se assustarem enquanto eu vibrava animada voltando a me ajeitar na cadeira

— Isso o quê, Rox? — Harry perguntou erguendo uma sobrancelha

   Eu o olhei, um sorriso indo de orelha a orelha.

— Eu sei onde está a outra parte da Ametista, eu sei onde está o olho que tudo vê. Achamos, Harry! Nós achamos!

  Helloooo bruxinhoooos!!

   Como estamos??

    Infelizmente a aventura está quase no fim, sexta-feira temos o último capítulo de Harry e Rox nessa dimensão. O que estão achando? Gostaram desse bônus??

   Nos vemos sexta-feira.

   Amo vocês!!

– Bjosss da tia Nick.

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