07 | Dreams That Happen
╔╦══• •✠•❀•✠ • •══╦╗
07. Sonhos Que
Acontecem
╚╩══• •✠•❀•✠ • •══╩╝
─━━━━━⊱✿⊰━━━━━─
Que é que Fred e eu somos, filhos do vizinho?
─━━━━━⊱✿⊰━━━━━─
Nos dias que se seguiram, eu tentava o máximo parecer bem, tentava mostrar aos meninos que eu estava normal, não era como se de repente eu estivesse tendo alucinações, vendo vultos e pessoas esquisitas que mais ninguém podia ver. Não posso negar que agradeci não ver nem Mia, nem o garoto de cabelos negros por um tempo, isso poderia indicar que minha saúde mental estava ficando melhor.
— Eu estou ansiosa pra voltar pra Hogwarts, vocês não!? — Comentei com o meu quarteto de ouro enquanto faxinavamos um armário mofado no terceiro andar, alguns dias mais tarde — Esse ano eu vou finalmente entrar no time, isso se não inventarem coisa de novo.
— Na verdade eu estou ansiosa, as coisas começam a ficar mais divertidas no quinto ano. — Comentou Hermione com um sorriso
— Bom, acho que vai ser bom voltar, né? — Disse Rony, franzindo a testa enquanto tentava retirar um pouco do mofo agarrado em seu dedo
— Não posso negar que tô feliz que vou voltar. — Harry riu enquanto torcia o pano de limpeza
Neste ponto da conversa, mamãe entrou no quarto por trás de nós.
— Rox, a Mynes voltou da Romênia com a carta do Charlie, e seu namorado, o Lee Jordan mandou uma carta por Errol... e vocês ainda não acabaram? — Acrescentou ela, metendo a cabeça no armário
— Obrigada, mamãe. — Comentei rindo
— Pensei que a senhora estivesse aqui para mandar a gente fazer uma pausa! — Disse Rony com amargura — Sabe quanto mofo nós limpamos desde que chegamos aqui?
— Vocês estavam tão dispostos a ajudar a Ordem. — Respondeu mamãe — Que tal fazerem a sua parte, deixando a sede decente para podermos viver nela?
— Estou me sentindo um elfo doméstico. — Resmungou Rony
— Bem, agora que você conhece a vida horrível que eles levam, quem sabe vai querer participar mais ativamente do FALE! — Disse Hermione esperançosa, quando mamãe saiu e nos deixou continuar — Sabe, talvez não fosse má ideia mostrar às pessoas o horror que é viver limpando as coisas, poderíamos promover o patrocínio de uma faxina da sala comunal da Gryffindor, em que toda a renda revertesse para o FALE; isso ampliaria a consciência e os fundos do movimento.
Franzi a testa com o comentário dela, se tinha uma coisa que eu não queria era fazer faxina em Hogwarts. Era por isso, que tinha meus elfos domésticos para fazer as coisas por mim.
— Vou patrocinar é o seu silêncio a respeito do FALE. — Resmungou Rony irritado, mas somente eu e Harry podemos ouvi-lo
Quando retornei ao quarto, vi as asas beges que brincavam com o preto de uma forma que parecia um quadro de tinta, e os olhos castanhos brilhantes de Mynes; ao me ver ela vôou até mim e bicou minha orelha carinhosamente.
— Oi, também senti sua falta, Mynes. — Falei para ela pegando a carta que ela trazia amarrada na perna — Calma, vou te dar lanche, deixa eu só ver o que a Errol me mandou também.
Errol voou até mim e deixou cair uma carta em minhas mãos, enquanto agora ela e Mynes sobrevoavam minha cabeça, me sentei na cama animada e fitei os dois envelopes, o de Charlie direto da Romênia, e o de Lee que estava passando as férias na Noruega, se não me engano ele havia mencionado na última carta que chegaria amanhã ou no sábado. Abri um sorriso, mas antes mesmo que eu conseguisse abrir os envelopes, senti algo estranho, vislumbrei as cartas brilharem e de repente só tinha uma nas minhas mãos, já estava aberta, era um grosso envelope que estranhamente lembrava a carta de Hogwarts, e por cima dela, tinha um distintivo vermelho, um grade M por cima de um leão.
— Nós somos monitores? — A voz de Rony soou fraca com ruídos como se viesse de um rádio
— O quê? — Perguntei arregalando os olhos
— Perguntei se você quer almoçar. Mamãe mandou eu vim saber se você está com fome.
Pisquei os olhos e vi Rony parado a porta, voltei meu olhar para as minhas mãos e as cartas voltavam a ser duas, a de Charlie e de Lee, balancei minha cabeça tentando raciocinar, eu devia ter cochilado, não é?
— Ah, daqui a pouco eu desço, só vou ler as cartas do Chay e do Lee, tá bom? Ah, Rony, alimenta Mynes e Errol pra mim, por favor.
— Ok, mas é bom descer logo, se não a comida acaba. — Respondeu com um sorriso maroto antes de correr em descer as escadas, as corujas voando atrás dele
— Ele é mesmo bonitão. — Uma voz suave veio do meu lado e quando me virei vi a garota de cabelos caramelos — Que foi? Estou sendo sincera, ruivos normalmente têm o meu coração, tá, ok, morenos também... Mas e você? Prefere loiros, morenos?
— Acho que ela preferiria que você parasse de atormentar ela, Mia. — O garoto de cabelos negros apareceu sentado na cama de Rony, antes que eu própria pudesse dizer algo — A propósito não quis te assustar nem nada aquele dia.
— Mas que diacho são vocês, e o que fazem aqui? Querem sair da minha cabeça por favor!? — Esbravejei levantando da cama e olhando de um a outro — Sei que não são fantasmas porque se fossem os outros veriam. Então podem me explicar que raio vocês são!?
— Bom... a gente... — Começou Mia
— É complicado. — Cortou-lhe o garoto com uma voz que estranhamente pareceu sedutora — Nem nós mesmo sabemos porquê você pode nos ver, muito menos por quê tem tido tantos pesadelos, só se... bom, não importa agora. Mas você viu algo quando olhou as cartas, não é? O que foi?
— E por que eu contaria? Nem conheço nenhum de vocês! — Cruzei os braços
— Mia Lourence, prazer. — A garota falou em um tom de voz animada — O garoto das trevas é o...
— Arc. — Se adiantou o menino em cortar a garota com uma feição um pouco séria — Pode me chamar de Arc, mesmo.
— Não liga pra ele, quem ver assim acha que parece amedrontador, mas é tão mole quanto manteiga derretida, não é Arcturos? — Riu-se a menina da cara séria do garoto. Eu olhava de um a outro incrédula
— Ok, eu literalmente enlouqueci. — Me sentei a cama voltando a olhar os envelopes
— Agora que somos amigos, você bem que podia nos contar o que você ver, né? Por isso que estamos aqui, para te ajudar, somos seus... seus fados madrinhos. — Explicou a garota rindo
— Meus o quê?
— Tipo a fada madrinha da Cinderela, sabe? Mas como somos dois, eu e o Re... Arc, isso, eu e o Arc... — Falou ela, no que o garoto bateu com a mão direita no rosto em sinal de reprovação — Quero dizer que como somos eu e ele, aí somos seus fados. Fados madrinhos.
— E o que raios seria Cinderela?
— Ahh, ela é sangue puro, né? — Ela voltou-se para Arc que a olhou como se fosse óbvio que sim
— Você é um terror, Mia. Não existe fados. A palavra fada é usada tanto pra homens quanto pra mulheres.
— Uhh, então você é uma fada. — Cantarolou a menina gargalhando
— Eu sou um bruxo, Lourence! — Rebateu impaciente e então suspirou, voltando a olhar pra mim — Desculpa, ela é insuportável, eu sei. Adoraria dizer que ela não é sempre assim, mas eu estaria mentindo.
— Mas você me adora que eu sei, Arcturus. — A menina riu e ele revirou os olhos, me fazendo arquear a sobrancelha para os dois já sem entender mais nada
— Rox — Disse Arc que se decidiu por ignorar a garota de cabelos caramelos — só queremos saber o que você viu quando olhou pras cartas.
— Um distintivo, ok? — Berrei, impaciente, para os dois — Agora vocês podem sumir da minha mente para eu ler as cartas por gentileza, tô meio ocupada aqui, ou vocês querem me enlouquecer mais um pouquinho!?
— Não estamos te enlouquecendo. — Disse Mia, e pela primeira vez não parecia risonha
— VOCÊS NÃO SÃO REAIS! — Exclamei, mas logo respirei fundo — Com certeza não são. Eu vou fechar os olhos e quando eu abrir, vocês não vão mais está aqui.
Fechei forte meus olhos e contei até dez em pensamento, respirando fundo, abri-os com relutância, mas logo vi que não havia ninguém no quarto, eu sabia que tinha sido coisa da minha mente. Apenas suspirei aliviada e voltei meu olhar para as cartas, finalmente as abrindo.
≪━─━─━─━─◈─━─━─━─━≫
Eu me vi devaneando cada vez mais sobre Hogwarts à medida que o fim das férias se aproximava; mal podia esperar para rever Lav e Parvati, ah e Lee Jordan também. Para jogar quadribol e até andar pelas hortas a caminho da estufa de Herbologia, até... ver Draco Malfoy também, ou não, não, eu não estou com saudades dele; já seria uma festa e tanto deixar essa casa poeirenta e mofada, onde metade dos armários continuava trancada e Monstro chiava desaforos, escondido nas sombras quando alguém passava.
O fato era que morar na sede do movimento anti-Voldemort não era nem de longe interessante ou excitante como eu teria esperado que fosse antes de experimentar. Embora os membros da Ordem entrassem e saíssem regularmente, por vezes ficassem para comer, e outras vezes gastassem apenas uns minutinhos conversando aos cochichos, mamãe e Sienna Misttigan tomava providências para que eu e os outros estivessemos bem longe para não ouvir (fosse com os ouvidos desarmados, fosse armados com as Orelhas Extensíveis) e ninguém, parecia achar que nós precisassemos saber nada além do que já ouvimos na noite que Harry chegou.
Agradecia que Mia e Arc tivessem sumido, talvez apenas fosse coisa da minha cabeça, com certeza era, e eu parei de ver vultos com frequência, logo não precisei mais da poção, pois parei de ter pesadelos, continuava a ter sonhos estranhos, mas nada muito assustador, três dias antes do fim das férias, por exemplo, sonhei que tínhamos uma professora na matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas esse ano, e ela, ao meu ver era igualzinha a um grande sapo claro. Era baixa e gorda, tinha uma cara larga e flácida, o pescoço era quase tão inexistente quanto o do tio de Harry e tinha a boca frouxa. Os olhos eram enormes, redondos e ligeiramente saltados. Até mesmo o lacinho de veludo rosa encarrapitado no alto de seus cabelos curtos e crespos me fez imaginar um moscão que ela estivesse prestes a apanhar com sua língua comprida e pegajosa. Ela usava vestes rosa claro, e tinha uma cara severa e maléfica, parecia ser do tipo de pessoa que fosse virar Hogwarts abaixo, embora eu só tenha vislumbrado sua tenebrosa aparência no sonho, nada além disso. Só que mais uma vez, pareceu tão real quanto o pesadelo e a visão do distintivo.
No último dia de férias, no entanto, eu estava sentada em minha cama lendo um livro sobre Animais fantásticos, com Méri, o leão de pelúcia, no meu colo. Harry também estava no quarto, no entanto ele estava retirando a titica de Edwiges do topo do armário quando Rony entrou no quarto trazendo uns envelopes.
— Chegaram as listas de material. — Anunciou, atirando um dos envelopes para mim e outro para Harry, que estava em cima de uma cadeira
— Já não era sem tempo, pensei que tivessem esquecido, em geral mandam as listas muito mais cedo... — Comentei pegando o envelope, mas apenas o coloquei de lado, voltando a minha leitura
Harry varreu a última titica para dentro de um saco de lixo e atirou-o, por cima da cabeça de Rony, na lixeira a um canto, que o engoliu e soltou um sonoro arroto. E então abriu sua carta.
— E aí? — Perguntei aos meninos. Harry se virou pra mim e viu que eu ainda lia, então entendendo a pergunta, logo respondeu
— Somente dois livros novos. — Comentou enquanto passava os olhos na lista — O livro padrão de feitiços, 5a. série, de Miranda Goshawk, e Teoria da defesa em magia, de Wilberto Slinkhard.
Craque.
Fred e George aparataram bem ao seu lado. Harry parecia que estava já está acostumado com esse hábito dos gêmeos que nem ao menos caiu da cadeira.
— Estávamos justamente imaginando quem teria escolhido o livro de Slinkhard. — Disse Fred em tom de conversa
— Porque isto significa que Dumbledore arranjou um novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. — Disse George
— E já não era sem tempo. — Comentou Fred
— Como assim? — Perguntou Harry, saltando da cadeira para o lado deles
— Bom, ouvimos, com as Orelhas, mamãe e papai conversando há umas semanas. — Explicou Fred — E, pelo que diziam, Dumbledore estava tendo muita dificuldade de encontrar alguém para o cargo este ano.
— O que não é nenhuma surpresa, quando a gente se lembra do que aconteceu com os últimos quatro. — Disse George
— Obviamente não. — Dei uma risada sem animação e fechei o livro colocando-o no meu colo e colocando a carta de Hogwarts em cima dele, e logo comecei a contar nos dedos — Um foi morto, um teve a memória apagada, um foi despedido e um passou nove meses trancado em um malão. É, dá para entender o que você quer dizer.
— Que é que há com você, Rony? — Indagou Fred
Rony não respondeu. Eu virei a cabeça, intrigada. Meu irmão estava muito quieto, com a boca meio aberta, olhando para a carta de Hogwarts.
— Qual é o problema, Ron? — Perguntei, enquanto Fred, já impaciente, deu a volta para espiar o pergaminho por cima do ombro de Ron
A boca de Fred escancarou-se também.
— Monitor?! — Exclamou, olhando incrédulo para a carta — Monitor?
Franzi a testa, ligeiramente mais intrigada que antes, George deu um pulo à frente, puxou a carta da mão de Rony e virou-a de cabeça para baixo. Então eu vi uma coisa vermelha e dourada cair na palma da mão de George.
— Nem pensar. — Disse George em voz baixa
— Deve ter acontecido um engano. — Disse Fred, arrebatando a carta da mão de Rony e segurando-a contra a luz, como se procurasse a marca-d’água — Ninguém com o juízo perfeito nomearia Rony monitor.
Minhas bochechas ficaram levemente vermelhas enquanto eu lembrei do dia em que vi Mia e Arc pela última vez, a visão das cartas, então fitei com apreensão minha carta de Hogwarts ainda fechada. As cabeças de Fred e George se viraram ao mesmo tempo, e juntos encararam Harry.
— Achamos que só poderia ser você! — Disse Fred num tom que sugeria que Harry os havia enganado
— Achamos que Dumbledore teria de escolher você! — Exclamou George indignado
— Depois de vencer o Tribruxo e tudo o mais. — Disse Fred
— Suponho que toda essa história de loucura deve ter contado pontos contra ele. — Comentou George para Fred
— É. — Concordou Fred lentamente — É, você criou muita confusão, cara. Bem, pelo menos um de vocês entendeu as prioridades deles corretamente.
E, aproximando-se de Harry, deu-lhe uma palmada nas costas, ao mesmo tempo que lançava a Rony um olhar fulminante. Mas logo pareceu se lembrar de mim.
— Mas e você, Rox?
— Eu o quê? — Me assustei quando ouvi meu nome e parei de encarar o brasão da escola
— Como assim você o quê? — Disse George — Você é bem mais inteligente que o Rony, se ele virou monitor, por que você também não virou?
Relutante e apreensiva com o olhar dos quatro em mim, levantei meu envelope ainda lacrado para eles.
— Ainda não abri a carta, estava lendo, achei que não tinha nada de... — Comecei a explicar, mas Fred foi logo arrancando o envelope da minha mão e o abrindo — ... interessante.
A boca de Fred se abriu mais uma vez, e George se aproximou depressa para ver. Então Fred virou a carta de cabeça para baixo e dela caiu na palma de sua mão o mesmo que caíra da carta de Ron, meus olhos se arregalaram.
— Nós somos monitores? — Rony boquiabriu-se olhando do distintivo para mim, e eu tive o rápido flash na mente dele ter me perguntado isso em visão
— Acho que dela já era esperado, não? — George olhou para Fred intrigado
— Da irritada, maluca por quadribol que pegou detenção por colocar vomitilhas no bolo de alguém, e ainda vive azarando geral? — Fred perguntou em um ar risonho
Os dois se viraram e começaram a fitar a mim e Ron com caras fulminantes.
— Monitores... Roniquinho, o Monitor e Roxannezinha, a monitora. — Disse Fred atirando-me de volta o distintivo como se fosse uma bomba prestes a explodir, e depois devolveu a minha carta — Os gêmeos monitores.
— Ah, mamãe vai dar náuseas. — Gemeu George, atirando o distintivo de volta a Rony como se quisesse evitar contaminação
Rony, que ainda não dissera uma palavra, além da que perguntou a mim, apanhou o distintivo e contemplou-o por um momento, então estendeu-o, calado, para Harry, como se pedisse uma confirmação de que era autêntico. Eu então decidi analisar o meu, havia um grande “M” sobreposto ao leão de Gryffindor, era exatamente igual ao que eu vira na minha visão, o que com certeza era bem estranho. Também lembro agora de um distintivo claramente igual, o de Percy. Que ele fazia questão de esfregar na cara de todos.
A porta se abriu com estrondo. Hermione adentrou correndo no quarto, as bochechas vermelhas e os cabelos esvoaçando. Trazia um envelope na mão.
— É no quinto ano que se escolhe os monitores, não é? — Perguntou desconcertada, mas então seus olhos pararam no distintivo em minhas mãos e depois no da mão de Harry — Você... vocês receberam...?
A olhei levemente intrigada sem saber o que dizer. Harry apressou-se a devolver o distintivo a Rony enquanto dizia:
— Não. Foi o Rony e a Rox, não eu.
— É... o quê?
— Eles são monitores e não eu. — Explicou Harry
— Rony? E Rox? — Admirou-se Hermione, de queixo caído e parecendo ainda mais desconcertada — Eles? Mas... você tem certeza? Quero dizer...
A garota ficou muito vermelha quando Rony se virou para ela com uma expressão de desafio no rosto. Eu no entanto, não falei nada.
— É o nosso nome que está nas cartas.
— Eu... — Começou Hermione totalmente perplexa e intrigada — Eu... bem... uau! Parabéns, Rony e Rox. É realmente...
— Inesperado. — Concluiu George, confirmando com a cabeça
— Não. — Disse Hermione, ficando mais vermelha que nunca — Não, não é que... Eles fizeram montes de... eles realmente...
A porta às nossas costas se abriu um pouco mais e mamãe entrou de marcha a ré no quarto, trazendo uma pilha de vestes recém-lavadas.
— Ginny me disse que as listas de material afinal chegaram. — Disse ela, vendo todos aqueles envelopes ao se dirigir à cama onde começou separar as vestes em três pilhas — Se vocês me entregarem as listas, irei até o Beco Diagonal hoje à tarde e comprarei tudo, enquanto vocês fazem as malas. Rony, terei de comprar mais pijamas para você, estes estão no mínimo quinze centímetros mais curtos do que deveriam. Não consigo acreditar como você está crescendo tão depressa... Rox continua do mesmo tamanho de sempre, mas, bom... que cor você gostaria?
— Compre vermelho e dourado para combinar com o distintivo. — Disse George, rindo
— Combinar com o quê? — Perguntou mamãe, distraída, enrolando um par de meias castanho-avermelhadas e depositando-as na pilha de Rony
— O distintivo dele. — Repetiu Fred, com ar de quem quer acabar depressa com a pior parte — O novo, belo e reluzente distintivo de monitor dos gêmeos Rony e Rox.
A preocupação com os pijamas impediu que mamãe entendesse imediatamente as palavras de Fred.
— Dele... mas... gêmeos... Rony, Rox vocês não são...?
Eu e Rony mostramos os distintivos ao mesmo tempo, ainda intrigados e mamãe soltou um grito agudo.
— Eu não acredito! Eu não acredito! Ah, meus bebês, que maravilha! Monitores! Como todos na família!
— Que é que Fred e eu somos, filhos do vizinho? — Perguntou George indignado, enquanto mamãe o empurrava para o lado e abria os braços para apertar Rony
— Rox, venha aqui. — Disse ela me arrastando até a cama de Rony e apertando a nós dois ao mesmo tempo — Espere só até o pai de vocês saber! Ah, meus bebês, estou tão orgulhosa de vocês, que notícia maravilhosa, vocês podem acabar virando monitor-chefes como Bill e Percy, esse é o primeiro passo. Ah, que coisa para acontecer no meio de toda essa preocupação, estou encantada, ah, meus lindinhos...
Pude ver que Fred e George estavam fingindo grandes ânsias de vômito às costas de mamãe, mas ela nem reparou: os braços apertados em torno dos nossos pescoços, e beijava a mim e Rony por todo o rosto, nós estávamos ficando quase tão vermelhos quanto o distintivo.
— Mamãe... não... mamãe, se controla... — Murmurava Rony, tentando afastá-la
— É mamãe... tá bom... — Falei sem jeito
Mamãe nos soltou, e disse ofegante:
— Bom, então o que vai ser? Demos a Percy uma coruja, mas naturalmente vocês já tem uma.
— Q-que é que você quer dizer? — Perguntou Rony com cara de quem não ousa acreditar no que está ouvindo e eu olhei mamãe com atenção e começando a ficar ansiosa
— Vocês tem de ganhar uma recompensa por isso! — Disse mamãe carinhosamente — Que tal um belo conjunto de vestes a rigor?
— Já compramos isso para ele. — Disse Fred com amargura, parecendo sinceramente arrependido de sua generosidade
— Ou um caldeirão novo, o velho caldeirão de Charlie está todo enferrujado, ou um rato novo, você sempre gostou do Perebas, Rony...
— Mamãe. — Pediu Rony esperançoso — Posso ganhar uma vassoura nova?
Mamãe pareceu ligeiramente desapontada; vassouras eram caras.
— Não precisa ser uma realmente boa! — Rony se apressou a acrescentar — Só... só nova para variar...
Mamãe hesitou, em seguida sorriu.
— Claro que pode... — E então virou pra mim — E você querida, o que vai ser, um lindo vestido novo?
— Credo. — Comentei em tom risonho. Pensei por alguns segundos, mas depois falei em um tom amênuo — Na verdade não quero nada não mamãe, pode usar o dinheiro que compraria algo para mim e acrescentar na vassoura pro Rony, ele merece mais do que eu.
Ron me lançou um olhar indecifrável, mas com um sorriso enorme.
— Tem certeza querida? Eu posso comprar algo pra vocês dois.
— Ah, tenho certeza sim. Já tenho uma vassoura boa, e meu maninho merece uma também. — O olhei com um piscar de olhos
— Ah, meus bebês. — Mamãe sorriu abertamente — Bem, então é melhor eu ir andando se tenho de comprar uma vassoura também. Vejo vocês mais tarde... meu Roniquinho e minha princesinha, monitores! E não se esqueçam de fazer suas malas... monitores...
Ela deu mais um beijo na minha bochecha e na de Rony, fungou alto e saiu apressada do quarto.
Hello bruxinhos!!!
Bom, no capitulo de sexta, o último capítulo do ano kkkkkk, e também no último dia do ano, vai ser o capítulo que eles vão está indo pra Hogwarts finalmenteee. Eu amo os capítulos de Ordem da Fênix, já mencionei isso??
Bom, esse daqui é um capítulo muito especial pra mim, pq acho que significou muito para os gêmeos serem monitores, o Rony, porque nunca tem reconhecimento em nada e a Rox porque não anda muito bem e estava precisando de um pouco de alegria.
Sobre a Mia e o Arc, só os fortes vão lembrar que eles apareceram no trailer de TW 2 kkkk.
– Bjos da tia Nick.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro