Bônus 80K: Ginny Weasley
Hello bruxinhoooos!!
Finalmente estou eu trazendo o bônus de 80K. O engraçado é que a história já fez 90K, muito e muito obrigado por isso, vocês são incríveis! Sério!! Assim que eu tiver uma idéia para o de 90 eu trago ele, e o de 100 prometo que vai ser bem especial.
Hoje estou trazendo o bônus da linda, maravilhosa, patroa: GINEVRA MOLLY WEASLEY!
O bônus vai falar um pouco da relação dela com a Rox, espero que gostem. Escrevi com muito carinho.
Obrigada por estarem acompanhando The Weasley, vocês são demais!!
Amo vocês!
Fiquem agora com a leitura!
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É, tem coisas que eu até entendo e outras que é meio difícil compreender.
O que eu poderia falar?
Irmãs normalmente são amigas, cúmplices, caixinha de segredos. Sempre achei bonito aquelas pessoas que dizem ter a irmã como Melhor Amiga, eu não sei ao certo o que de tão errado deu entre mim e Rox, nem quando, mas as coisas sempre foram mais difíceis quando se tratava da gente. Ou talvez eu saiba bem onde erramos...
Quando eu era mais nova costumava pensar que a vida era perfeita da forma que ela era. Não lembro de muita coisa, mas das coisas que lembro sei que sempre foi como se eu fosse a filha mais esperada para os meus pais.
Demorei um pouco para entender e consequentemente achar estranho. O caso é que eu já nasci cheia de irmãos mais velhos. Sete pra ser exata, dentre os quais seis eram meninos e apenas um deles era uma menina, então por que eu fui tão aguardada assim?
Até hoje eu não sei. Mas o ponto que eu queria chegar era esse. Sendo de uma família tão grande acho que já era esperado alguém ser meio deixado de lado, alguém ter que usar roupas dos outros, alguém ser mais mimado que o outro e tals, essas coisas que normalmente acontece em famílias grandes.
Tendo uma irmã mais velha, era provável que eu usasse roupas de Rox a medida que ela fosse crescendo e as vestes não dessem mais nela, porém, isso foi algo que nunca aconteceu. E não era só pelo fato dela ter demorado tanto pra crescer, ser tão baixa que eu não tive nenhuma dificuldade em passar dela, aliás nunca entendi como mesmo sendo um ano mais velha que eu, ela podia ser tão pequena, com certeza puxou a família de mamãe, é a única explicação. Mas o fio do problema não é a altura de Rox e sim o fato de não ser só por conta disso que eu e ela nunca compartilhamos roupas, o caso é que, em nossa infância, a minha irmã não tinha nenhuma roupa feminina, nem brinquedos de garota ou qualquer outra coisa que o sistema considere de mulher. ( Aliás, sistema de merda! ) Nada. Tudo que ela tinha era igual as coisas que Rony tinha, bom... pensaríamos que meus pais estavam sendo justos, não é? Se fôssemos pensar pelo lado que os dois são gêmeos. É... demorei a notar que não.
Por mais que eles fossem gêmeos, ela era uma garota e ele um garoto. Necessidades completamente diferentes. Quem me dera ter entendido na época o que minha irmã passava, quem me dera ter notado a razão real das birras e implicâncias dela.
Mas, como eu disse anteriormente, eu achava minha vida perfeita. Aliás, como não acharia? Meus sete irmãos foram esquecidos a partir do momento em que eu nasci, eu sempre tive tudo, o mimo dos meus pais, vestidos – embora de segunda mão – lindos, bonecas, entre outras coisas, e além do mais eu era a princesinha do papai. A preferida, sempre foi assim. Mas esse mimo todo me estragou na infância.
Tudo o que eu tinha era coisas que Rox também queria, e eu não entendia, mas isso me levava a me exibir, esfregar na cara dela que o papai e a mamãe me amavam mais e me davam tudo. Humilhar ela era algo que me alegrava, a irritar me satisfazia e foi assim por muito tempo embora nós duas fôssemos apenas crianças.
Rox nunca contou aos nossos pais o que eu fazia com ela, e em um tempo parou de pedir vestidos ou bonecas à eles. Isso foi pouco depois que ela e Rony completaram seis anos e ela ganhou aquele cabelo encaracolado permanente de presente, lembro bem daquele ano, na verdade de um dia específico...
Eu usava meu pijama vermelho e branco, meu cabelo era curto naquela época, batendo no ombro, além de ter uma franja reta, cobrindo a testa, ah, eu odiava essa franja. Lembro-me de estar agarrada à Maggie, minha boneca, já era noite e eu perambulava pela casa, até que parei de frente à porta de um quarto: “Quarto dos gêmeos. Ronald e Roxanne”, dizia uma pequena placa apregada na porta.
Abri a porta e entrei. Nenhum dos dois estavam lá, apenas uma bagunça enorme, um baú com brinquedos a um canto, alguns carrinhos, mini-vassouras voadoras, ursos e demais coisas espalhadas, bem sem graça. Até que meus olhos pararam em algo em cima da cama de Rox. Me aproximei rápido para ver melhor. Era um leão, um lindo leão de pelúcia, tão fofo e bonito. Deixei Maggie, a boneca, cair no chão e peguei o leão.
— O que você tá fazendo? — Nunca esquecerei daquela voz, inocente, infantil e ao mesmo tempo irritada, vindo da porta. Rox estava com seu habitual pijama azul-bebê com nuvens brancas e tinha feito uma espécie de coque em seu cabelo ruivo flamejante — Por que você tá no meu quarto?
Eu sorri enquanto virava-me para ela segurando o leão de pelúcia.
— Isso é meu! — Gritou ela
— Achado não é roubado. — Devolvi lhe mostrando a língua
— Mas você não achou, você invadiu meu quarto! — E se aproximou de mim começando a ficar vermelha de raiva. Eu costumava achar engraçado o tão irritada ela era, nunca conheci alguém com o pavio tão curto quanto, ah, só eu e a mamãe mesmo, talvez seja natural dos Weasley as mulheres serem temperamentais
— Você pode ficar com a Maggie e eu fico com o Aslam! — Indiquei a boneca de pano caída entre as camas de Rony e Rox
— Eu não quero essa sua boneca feia, e o nome do leão é Méri!
— O leão é meu, então eu escolho o nome!
— É MEU!
— MEU!
— MEU!
A esse ponto ela já tinha se atirado em cima de mim pra me fazer largar o brinquedo que eu fazia de tudo pra não soltar.
— Vocês tão brigando? — Perguntou inocentemente um Rony de seis anos ao entrar no quarto, usando um pijama igual ao de Rox e segurando uma mão cheia de biscoitos
— Não! — Gritei puxando o leão
— Rony, ela quer levar o leão que o Chay me deu! — Exclamou Rox puxando o leão com mais força, eu e ela caímos no chão, uma de cada lado. Ela, que estava com o leão nos braços, logo levantou-se em um salto indo pra longe de mim com o brinquedo
— Eu não queria mesmo esse leão feio. Eu tenho um monte de bonecas. — Levantei irritada pegando Maggie e me adiantando em sair do quarto, não sem antes trombar em Rony propositalmente no caminho e roubar uns dois biscoitos da mão dele
Àquele dia eu fui cruel, cruel demais para quem só tinha cinco anos de idade. Acontece que eu estava tão acostumada a ter tudo que ver ela com aquele leão me irritou, me incomodou, me causou inveja. Então descobri algo... algo que eu nunca havia notado até então. Rox queria tudo que eu tinha, mas eu queria tudo que ela tinha.
Ok, eu tinha tudo, mas eu não queria aquilo que eu tinha. Eu nunca pedi pra ser ‘a princesa’, pra ser ‘a preferida’, não pedi. Mas Rox tinha algo a mais, a liberdade. Rox sempre brincou com nossos irmãos e podia fazer tudo, desde brincar do que quisesse a jogar quadribol com eles, coisa que eu era proibida. Nunca permitiram que eu brincasse com eles de jogar quando era criança, eu ficava tão irritada com isso, com essas proibições. “Ah, Ginny, você é a princesinha do papai, princesas não jogam quadribol.” Quem disse que eu queria aquela bajulação? Aqueles vestidos? Aquelas bonecas? Eu só queria ser livre como eles. Queria voar.
Tantas coisas me levaram a me deixar daquela forma. Eu queria o que Rox tinha e ela queria o que eu tinha. A inveja. Isso fortaleceu uma espécie de ódio entre nós duas na infância e foi por causa disso que nunca fomos amigas.
Quando eu tinha seis anos, comecei o hábito de invadir o galpão de vassouras da minha família e tirar cada uma de suas vassouras por vez, eu gostava de quadribol e seria legal talvez ser jogadora profissional um dia. Nunca fui pega nesse meu hábito e se depender de mim, meus irmãos nunca descobrirão.
Entre idas, vindas e complicações minha infância passou. Quando eu amadureci o suficiente, ainda com meus nove pra dez anos, eu parei de tratar Rox tão mal, foi quando eu entendi o que passávamos, mas nunca tive coragem de me aproximar dela, ela me odeia, deve me odiar... eu me odiaria se fosse ela.
Fiquei satisfeita de apenas nos limitarmos a um “Oi”, “Bom dia” e “Tchau”. Acho que em Hogwarts o pessoal mal sabe que nós somos irmãs, e pensar que tem irmãs por aí que são melhores amigas... ah, como eu as invejo. Se Rox soubesse como eu a admiro, como eu a idolatro, ela com aquela garra e determinação, com notas sempre boas em feitiços e sendo tão boa em quadribol. Será que um dia seremos amigas?
A medida que eu fui crescendo e os anos passando, essa pergunta continuava a martelar minha mente, até que chegou meu terceiro ano e algo aconteceu. Eu estava indo para Torre de Astronomia certo dia, por quê? Eu não me lembro, mas estava.
Eu mal tinha dado um passo para dentro do local quando paralisei, congelei no ato de fazer meu pé tocar no piso e olhei fixamente para cena na minha frente. Tive que esfregar os olhos para ter certeza que não era coisa da minha cabeça, olhei para um lado e depois para outro. Não tinha ninguém por perto, apenas eu, paralisada, e a frente, a minha irmã mais velha beijando... Draco Malfoy.
Tipo era mesmo o Draco Malfoy ali. O garoto loiro que ela sempre disse odiar, o que só prova que eu realmente não a conheço.
Primeiro arregalei meus olhos, depois tentei recompor meus pensamentos, mas então eu sorri. Se fosse Rony ou qualquer um de nossos outros irmãos aqui no meu lugar, Rox estaria enrascada e provavelmente prestes a discutir com eles. Mas, pelo contrário, era eu, a pessoa com quem ela menos falava...
Ok, irmã, não sei o que você viu nele, mas a vida é sua e você parece estar feliz, ele parece beijar bem também... espero que não se decepcione com ele, se ele te magoar, eu azaro ele, ok?
Delicadamente sem que eles notassem minha presença, eu me afastei da porta e andei para ir embora. Ninguém saberia disso, pelo menos não por mim.
Parei no caminho que levava as escadas e olhei para trás, sussurrando para a entrada da Torre de Astronomia:
— Será que se um dia você descobrir que eu guardei seu segredo, você me perdoaria?
Abri um sorriso fraco e voltei a andar, era melhor eu ir embora logo.
VOLTEI BRASIL!
Primeiro me desculpem por não ter postado mais cedo, tô em semana de revisão pra prova e preciso me dedicar nas aulas também, vocês entendem, né?
Estou sempre fazendo o possível e o impossível por essa história que se tornou tão importante pra mim. Vocês são tudo, é sério, obrigada por estarem acompanhando.^^
Sim gente, a Ginny sabe o segredo da Rox, o que acharam disso??
Acham que elas ainda podem ser amigas???
Ah, não sei se todos viram, mas postei nos stories que estou pensando em mudar a estética dos capítulos de TW e modificar umas coisinhas no primeiro capítulo, mas isso só quando eu começar a postar a 2° temporada que vai ser em outro livro. O que acham? Vocês leriam ao menos o começo novamente?? É que quando eu comecei era mais algo aleatório, não imaginava que a história teria tanto alcance assim, fico até emocionada de ver que bateu 90K de leituras. Mal consigo acreditar, vocês são incríveis!!
Se todos acharem a idéia legal, acho que a partir de quarta já vou postar os capítulos que faltam pra acabar TW com uma nova estética e depois que eu postar o último capítulo de Cálice de Fogo modifico os outros, certo??
Se vai dar trabalho? Um pouco, mas vale a pena kkk.
Amo vocês bruxinhos!! Não esqueçam de votar e comentar.
Bye bye. Até quarta-feira!!
– Bjos da tia Nick.
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