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{63} Presentes de Natal

    Nem sei dizer ao certo o que eu senti quando Rony me contou toda a história, agora eu entendia suas expressões. Enquanto eu estava novamente na Dedosdemel, eles foram ao Três Vassouras e a Profa. McGonagall, o Prof. Flitwick, Hagrid e o Ministro apareceram por lá e começaram a conversar com a madame Rosmerta. Rony, Harry e Hermione se esconderam, e acabaram conseguindo ouvir tudo, tudinho que eles conversaram. E que história, hem? Acontece que Sirius Black não era só um criminoso extremamente perigoso que estava sendo procurado, ele, no passado havia sido melhor amigo de James e Lilian Potter e se, os pais de Harry hoje estavam mortos era graças a Sirius que os traiu, entregando ambos para Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, e ainda matou um bruxo e doze trouxas.

  Eu que ouvi tudo pela boca de Rony que com certeza havia cortado ou aumentado coisas, estava perplexa com tudo aquilo e mais assustada que nunca.

    Nós três observavamos Harry, muito nervosos, durante o jantar, sem sequer se atrever a conversar com ele sobre o que tinham ouvido, porque Percy estava sentado perto de nós. Quando subimos para a concorrida sala comunal, foi para descobrir que Fred e George tinham soltado meia dúzia de bombas de bosta num arroubo de animação de fim de trimestre. Harry, subiu sorrateira e silenciosamente para o dormitório vazio sem falar com ninguém.

  No dia seguinte, acordei e me deparei com o dormitório vazio, deserto, me vesti e desci para a sala comunal, também vazia exceto pela presença de Rony, que comia sapos de creme de menta e massageava a barriga, e Hermione que espalhara os deveres de casa em cima de três mesas.

— Bom dia, meus queridos. — Falei para eles com um sorrisinho leve

— Bom dia, Rox? — Resmungou Rony

— Onde foi todo mundo? — Perguntou Harry que veio descendo as escadas de seu dormitório segundos depois de mim

— Embora! Hoje é o primeiro dia das férias, está lembrado? — Respondeu Rony, observando ele atentamente —  É quase hora do almoço; eu ia subir para acordar você daqui a pouquinho e ia mandar a Mione acordar a maria-bonita aí também.

— Nossa, agora não se pode nem dormir. — Cruzei os braços me sentando em uma poltrona qualquer

   Harry afundou em uma poltrona junto à lareira. A neve continuava a cair lá fora. Bichento estava esparramado diante da lareira como um grande tapete amarelo-avermelhado.

— Realmente você não está com uma cara muito boa, sabe. — Disse Hermione, examinando ansiosa o rosto do garoto

— Estou ótimo — Retrucou ele

— Harry, escuta aqui — Diisse Hermione trocando um olhar com Rony — Você deve estar realmente perturbado com o que ouviu ontem. Mas o importante é não fazer nenhuma bobagem.

— Como o quê?

— Como tentar ir atrás de Black — Disse Rony depressa

   Na mesma hora, nossos olhares pararam na menina que vinha descendo a escadaria do dormitório, era Vega e ela pareceu bem incomodada ou interessada ao ouvir o nome de Black. Nos lançou um último olhar e saiu pelo buraco do retrato.

— Ela não vai pra casa? — Perguntei interessada

— Pelo jeito não. Você não soube? — Hermione se surpreendeu — Estão desconfiando que ela ou a mãe dela estão envolvidas na fuga de Black ou que o ajudaram a entrar no colégio.

— E por quê?

— Siena Misttigan, a professora de Estudo dos Trouxas, pelo que se sabe foi uma possível namorada de Sirius Black na época que esteve em Hogwarts.

— Como você sabe disso? — Perguntei indignada, eu segui Vega por meses e não havia descoberto nada relevante — A Vega é filha do Black?

— Ninguém sabe, mas eu acho que não, a Profa. Misttigan não parece ser alguém que se envolveria com alguém como Sirius Black por muito tempo. — Mione deu de ombros — Deve ter sido coisa de adolescente.

— Mas como eu não fiquei sabendo de nada disso?!

— Você nunca sabe de nada que acontece, Rox. Tá pra nascer alguém mais desatualizada que... — Resmungou Mione sendo logo cortada por Rony

— Isso não vem ao assunto, o ponto agora é o Harry. — Insistiu Rony — Você não vai, não é mesmo, Harry?

   Harry nos olhou profundamente antes de falar algo.
  
— Vocês sabem o que eu vejo e ouço cada vez que um dementador se aproxima de mim? — Perguntou ele e sacudimos a cabeça, apreensivos — Ouço minha mãe gritar e suplicar a Voldemort. E se alguém ouve a mãe gritar daquele jeito, pouco antes de morrer, não dá para esquecer depressa. E se descobre que alguém que ela acreditava ser amigo foi o traidor que pôs Voldemort na pista dela...

— Mas não tem nada que você possa fazer! — Disse Hermione impressionada — Os dementadores vão capturar Black e ele vai voltar a Azkaban e... e é muito bem feito para ele!

— Você ouviu o que Fudge disse. Black não é afetado por Azkaban como as pessoas normais. Não é um castigo para ele como é para os outros.

— Então o que é que você está dizendo? — Perguntou Rony muito tenso

— Harry, você quer... matar Black ou coisa parecida? — Perguntei apreensiva

— Não seja boba — Disse Hermione, cuja voz transparecia pânico — Harry não quer matar ninguém, não é mesmo?

   Mais uma vez Harry não respondeu, o que me deixou mais tensa ainda, ele não queria se meter com um criminoso, não é?

   Houve um silêncio em que Bichento se espreguiçou com desenvoltura, flexionando as garras. O bolso de Rony estremeceu.

— Escuta. — Disse o garoto, obviamente procurando mudar de assunto — Estamos de férias! Já é quase Natal! Vamos... vamos descer para ver o Hagrid. Não o visitamos há uma eternidade!

— É uma boa ideia. — Concordei dando um leve bocejo

— Não! — Disse Hermione depressa — Harry não pode sair do castelo, Rony...

— É, vamos — Disse Harry se endireitando na poltrona — Assim posso perguntar a ele por que nunca mencionou o Black quando me contou a história dos meus pais!

— Ou poderíamos jogar uma partida de xadrez... — Disse Rony depressa, obviamente não queria falar sobre Black — Ou de bexigas. Percy deixou um jogo...

— Não, vamos visitar Hagrid! — Disse Harry com firmeza.

   Pensei em escrever uma carta para Draco falando sobre o que eu descobri a respeito da Vega ou da Profa. Misttigan, considerando que ele tinha ido pra casa nas férias, mas pedido que eu escrevesse para ele. Por fim decidi primeiro ir na casa de Hagrid, quando eu chegasse escreveria a carta. Então apanhamos nossas capas nos dormitórios e saímos pelo buraco do retrato (Levantem-se para lutar, seus vira-latas covardes!), descemos pelo castelo vazio e cruzamos as portas de carvalho. Caminhamos sem pressa pelos jardins, deixando uma vala rasa na neve faiscante e solta, as meias e as bainhas das capas foram se molhando e congelando. A Floresta Proibida parecia que fora encantada, cada árvore se cobrira de salpicos prateados e a cabana de Hagrid lembrava um bolo com glacê.

   Rony bateu, mas não teve resposta.
  
— Será que ele saiu? — Perguntou Hermione, que tremia embaixo da capa

   Me aproximei e encostei o ouvido na porta.
  
— Tem um barulho esquisito. — Observei — Será o Canino? Escutem.

   Rony, Harry e Hermione encostaram os ouvidos na porta também. De dentro da cabana vinham uns gemidos baixos e soluçantes.
  
— Será que não é melhor a gente ir chamar alguém? — Perguntou Rony, nervoso

— Hagrid! — Chamou Harry, dando socos na porta — Hagrid, você está aí?

   Ouviu-se um som de passos pesados, depois a porta se abriu com um rangido. Hagrid estava ali parado, com os olhos vermelhos e inchados, as lágrimas caindo pelo seu colete de couro.

— Vocês souberam? — Berrou ele, e se atirou no pescoço de Harry

   Tendo Hagrid no mínimo duas vezes o tamanho de um homem normal, isso não foi brincadeira. O garoto, quase desabando sob o peso do gigante, foi salvo por mim, Rony e Hermione, que seguramos Hagrid, e o puxamos para dentro da cabana. O guarda-caça deixou-se conduzir até uma cadeira e se largou em cima da mesa, soluçando descontrolado, o rosto brilhante de lágrimas que escorriam por sua barba embaraçada.

— Hagrid, o que aconteceu? — Perguntou Hermione perplexa

   Passei meu olhar pela sala e reparei em uma carta de aparência oficial aberta em cima da mesa.

— Que é isso, Hagrid? — Perguntei interessada

  Os soluços de Hagrid redobraram, mas ele empurrou a carta para mim, que a apanhei e li em voz alta:

   Prezado Sr. Hagrid,
  
   Dando prosseguimento ao nosso inquérito sobre o ataque do hipogrifo a um aluno seu, aceitamos as ponderações do Prof. Dumbledore de que o senhor não é responsável pelo lamentável incidente.

— Bem, então está tudo certo, Hagrid! — Exclamou Rony, dando uma palmadinha no ombro do amigo. Mas Hagrid continuou a soluçar, e fez sinal com uma de suas gigantescas mãos, me convidando a continuar a leitura da carta

   No entanto, devemos registrar a nossa preocupação quanto ao hipogrifo em pauta. Decidimos acolher a reclamação oficial do Sr. Lucius Malfoy, e o caso será encaminhado à Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. A audiência terá lugar em 20 de abril, e solicitamos que o senhor se apresente com o seu hipogrifo nos escritórios da Comissão, em Londres, nessa data. Entrementes, o animal deverá ser mantido preso e isolado.

Atenciosamente...

Seguia-se uma lista com os nomes dos conselheiros da escola.

— Ah! — Exclamou Rony — Mas você disse que o Bicuço não é um hipogrifo bravo, Hagrid. Aposto como ele vai se safar...

— Você não conhece as gárgulas da Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas! — Respondeu Hagrid com a voz engasgada, enxugando os olhos na manga — Eles têm má vontade com as criaturas interessantes!

   Eu estava perplexa com a carta, com tudo, Draco não fez o que eu acho que ele fez né? Ele não teria a capacidade de fazer com que um animal fosse sacrificado por capricho dele, não eu não iria aceitar isso!
  
   Um som repentino vindo de um canto da cabana nos fez se virar depressa. Bicuço, o hipogrifo, estava deitado a um canto, mastigando alguma coisa que fazia escorrer sangue por todo o soalho.

— Eu não podia deixar ele amarrado lá fora na neve! — Explicou Hagrid, sufocado — Sozinho! No Natal.

   Nós quatro nos entreolhamos. Nunca tínhamos concordado com Hagrid sobre o que o guarda-caça chamava de “criaturas interessantes” e outras pessoas chamavam de “monstros aterrorizantes”. Por outro lado, não parecia haver nenhuma maldade específica em Bicuço. De fato, pelos padrões normais de Hagrid, o bicho era sem dúvida engraçadinho.

— Você terá que preparar uma boa defesa, Hagrid. — Falou Hermione, sentando-se e pondo a mão no braço maciço dele — Tenho certeza de que você pode provar que Bicuço é seguro.

— Não vai fazer nenhuma diferença! — Soluçou Hagrid — Aqueles demônios da Eliminação, eles são controlados por Lucius Malfoy! Têm medo dele! E se eu perder o caso, Bicuço...

   Hagrid passou o dedo rapidamente pela garganta, depois deixou escapar um lamento, e caiu para a frente, deitando a cabeça nos braços. Eu estava ficando tomada de raiva, como Draco poderia fazer isso? Como ele podia ser tão mal?

   A ida à cabana de Hagrid, embora não tivesse sido divertida, em todo o caso, produzira o efeito que Rony e Hermione esperavam. Ainda que Harry não tivesse de modo algum esquecido Black, não iria poder ficar pensando o tempo todo em vingança se quisesse ajudar Hagrid a vencer a causa contra a Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. Eu estava, no entanto intrigada demais com aquilo tudo, com raiva se Draco.

   Fomos, no dia seguinte, à biblioteca, e voltamos ao vazio Salão Comunal, carregados de livros que poderiam ajudar a preparar a defesa para o Bicuço. Nos sentamos diante do fogo forte que havia na lareira e folheamos lentamente as páginas de livros empoeirados sobre casos famosos de feras que saíram para roubar ou atacar gente, falando-se, ocasionalmente, quando nos deparavamos com alguma coisa que servisse.

— Aqui tem uma coisa... houve um caso em 1722... mas o hipogrifo foi condenado, eca, olhem só o que fizeram com ele, que coisa horrível...

— Esse aqui pode ajudar, olhem... um manticora atacou alguém ferozmente em 1296, e deixaram o bicho livre... ah... não, foi só porque todos estavam com medo de se aproximar dele...

   Nesse meio-tempo, tinham sido armadas no resto do castelo as magníficas decorações de Natal, apesar de poucos alunos terem permanecido na escola para apreciá-las. Grossas serpentinas de folhas e frutos de azevinho foram penduradas pelos corredores, luzes misteriosas brilhavam dentro de cada armadura, e o Salão Principal tinha as doze árvores de Natal de sempre, fulgurantes de estrelas douradas. Um cheiro forte e gostoso de comida invadia os corredores e, na altura da noite de Natal, estava tão forte que até Perebas, no bolso de Rony, botou o nariz de fora para cheirar, esperançoso, o ar.

   Na manhã de Natal, fui acordada por uma coruja negra que estava basicamente em cima de mim com uma carta no bico. Demorei um segundo pra reconhecer, mas logo notei de quem era.
  
— Feliz natal Hades. — Falei com um sorriso apanhando a carta e a abrindo

   Querida Rox,

   Eu deveria ter escrito antes, eu sei, acabou não dando. Quando eu retornar para Hogwarts, acho que temos que conversar sobre uma coisa, mais por ora, vamos falar de coisas boas, não é?

  Acredito que meu natal não vai ser tão legal quanto gostaria, se eu tivesse ficado na escola ao menos podia te ver e talvez comer um dos seus maravilhosos biscoitos de gengibre, sério, eles são muito bons. Você é particularmente boa em quase tudo né garota?

   Azarações, cozinha, cantar. É, eu também sei que você cantou pra passar pelo monstro no primeiro ano. Nossa, nunca imaginei que falaria isso, mas... Tô morrendo de saudades de você.
  
   Feliz Natal ruivinha.

– DM

   Arregalei meus olhos assim que terminei de ler e suspurei fundo tentando não me irritar, ao mesmo tempo que eu tinha achado a carta fofa, eu estava bem irritada em relação à Bicuço, mas resolvi que só falaria disso quando ele retornasse, então despachei Hades com uma carta para Malfoy apenas o desejando feliz natal, e alegando que também estou com saudades e que quando ele voltasse para o castelo eu faria biscoitos de gengibre pra ele.

   Me levantei ficando sentada na cama, só então eu vi, aos pés dela, onde aparecera um montinho de pacotes. Me levantei ansiosa para abrir os presentes, mamãe havia me mandado um suéter laranja e preto, quase uma dúzia de tortas de frutas secas e nozes, um bolo de Natal e uma caixa com crocantes de nozes, isso além de um par de meias. Charlie e Bill me mandaram doces. Logo vi o presente que Lavender havia mandado, duas barras de chocolate e uma pulseira de pérolas que mudam de cor com alguns pingentes de estrela, uma chave e um trevo de quatro folhas, com certeza era bem fofa, Parvati mais uma vez me mandou um utensílio de cabelo indiano, que eu com certeza não saberia usar, já Amélia me mandou o livro Qual vassoura, com qualquer um ela deve saber que sou apaixonada por quadribol, Seamus me mandou chocolate mais uma vez e uma pulseira de prata com um pingente do pomo de ouro, tá até que foi fofo, mesmo que até hoje eu não entenda por qual motivo ele me manda presentes, se nós nunca ao menos nos falamos. Quando empurrei todos os presentes para um lado, já comendo a barra de chocolate que Lav mandou, vi um pacote fino e longo por baixo que me chamou bastante atenção.

   Havia um bilhete, peguei e percebi que não tinha remetente, não acredito que é a mesma pessoa dos dois últimos anos, percebi que a letra era um pouco diferente. Suspirei fundo antes de começar a ler.

“Sei o quanto o quadribol é importante pra você e que anseias entrar no time, não tenho dúvidas que você deve ser perfeita jogando, já quero assistir, vou estar torcendo por você sempre. Você é incrível e merece voar ( literalmente :) ), por isso estou a te mandar esse presente e sei que por meio dele você vai se mostrar ainda mais incrível do que já é.

   Feliz Natal e boa sorte no teste.
  
  – Você é incrível raio de sol”

   Meus olhos se arregalaram com aquilo, mas que brincadeirinha é essa?
  
   Rasguei o pacote e prendi a respiração ao ver a magnífica e reluzente vassoura que rolara sobre minha cama. Não é possível, eu não conseguia acreditar que realmente me mandaram uma vassoura. Um cabo perfeitamente polido, novo em folha, e um conjunto de letras douradas, formando as palavras Nimbus 2001.

— Não acredito! Não acredito! — Comecei a gritar comigo mesma eufórica, eu finalmente tinha uma boa vassoura, eu finalmente conseguiria entrar no time

   Meus olhos brilharam enquanto eu estava abraçada com ela, eu poderia finalmente entrar para o time quando os testes abrissem no ano que vem, eu não podia estar mais feliz com essa notícia.

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RONALD WEASLEY

    Eu ainda estava perplexo com o presente que Harry ganhou, quando de repente, Hermione acabara de entrar no quarto, vestindo um robe e segurando aquele gato horrível dela, que estava com a cara de extremo mau humor e um fio de lantejoulas em volta do pescoço.

— Não entra aqui com ele! — Exclamei apanhando Perebas depressa das profundezas da minha cama e guardando-o no bolso do pijama. Mas Hermione não ouviu. Largou Bichento na cama vazia de Seamus e grudou os olhos, boquiaberta, na Firebolt que Harry tinha ganhado.

— Ah, Harry! Quem lhe mandou isso?

— Não tenho a menor ideia. Não tinha cartão nem nada.

— Cadê a minha irmã? — Perguntei percebendo que não havia sinal dela

— Dormindo. — Hermione deu de ombros, ainda com os olhos vidrados na vassoura

— Que é que você tem?

— Não sei — Respondeu Hermione  lentamente — Mas é meio esquisito, não é? Quero dizer, essa é uma vassoura muito boa, não é?

— É a melhor vassoura que existe no mundo, Hermione. — Suspirei

— Então deve ter sido realmente cara...

— Provavelmente custou mais do que todas as vassouras da Slytherin, juntas. — Respondi alegremente

— Bem... quem iria mandar a Harry uma coisa tão cara e nem ao menos dizer que mandou?

— Quem quer saber disso? — Retruquei já impaciente — Escuta aqui, Harry, posso dar uma voltinha? Posso?

— Acho que ninguém devia montar essa vassoura por enquanto! — Disse Hermione com a voz esganiçada, fazendo eu e Harry a escarar

— Que é que você acha que Harry vai fazer com ela... varrer o chão?

   Mas antes que Hermione pudesse responder, Bichento saltou da cama de Seamus direto para o meu peito.

—TIRE-O-DAQUI! — Berrei, ao mesmo tempo em que as garras de Bichento rasgaram meu pijama e Perebas tentou uma fuga desesperada por cima do meu ombro. Agarrei Perebas pelo rabo e mirei em Bichento um pontapé mal calculado que acabou acertando o malão aos pés da cama de Harry, derrubou-o, e me fez pular pelo quarto uivando de dor.

   O pelo de Bichento de repente ficou em pé. Um assobio alto e fino começou a invadir o quarto. O bisbilhoscópio de bolso saltara de dentro das meias velhas do tio de Harry e saíra rodopiando e cintilando pelo chão.

— Feliz Natal! — Rox tinha acabado de chegar no quarto, saltitante com um sorriso enorme, usava seu pijama de estrelas com um robe vermelho por cima, mas pareceu bem intrigada assim que percebeu a cena — Meu Merlim, que aconteceu?

— Ah, oi Rox. — Exclamou Harry, que se abaixou e recolheu o bisbilhoscópio — Eu tinha me esquecido dele. Nunca uso estas meias se posso evitar...

   O pequeno pião girava e assobiava na palma da mão do garoto. Bichento sibilava e bufava para ele.

— É melhor você levar esse gato daqui, Hermione. — Falei furioso, sentando-me na cama de Harry e massageando o dedão do meu pé que ainda doía — Será que dá para você guardar essa coisa? — Acrescentei para Harry quando Hermione ia se retirando do quarto. Os olhos amarelos de Bichento continuavam fixos em mim, cheios de malícia.

   Rox continuava parada na porta do dormitório parecendo que viu um fantasma.

— Por que ninguém me chamou Hermione acordou, veio ver vocês e nem sequer lembrou de mim, e o que aconteceu?

   Harry tornou a enfiar o bisbilhoscópio nas meias e atirou-o de volta ao malão. Tudo que se ouvia agora eram meus gemidos de dor e raiva abafados. Perebas estava aninhado nas minhas mãos. Rox se aproximou me olhando intrigada.

— Rony, você tá bem?

   Levantei meu olhar sério pra ela, mas não falei nada, já impaciente, então Harry explicou o que tinha acontecido.

— Mas eu não tenho culpa, não precisa gritar comigo. — Ela cruzou os braços — Eu estava apenas animada com o natal e queria contar uma coisa pra vocês, mas está todo mundo estressado comigo.

— Deixa de ser manhosa. — Revirei os olhos para ela — Olha só pro Perebas, tudo por culpa daquela bola idiota de pelos.

— É um gato Ronald, o que queria que ele fizesse?

   Eu estava prestes a responder alguma coisa, mas Harry tratou de mudar de assunto.

— O que queria nos contar?

— Ah sim, sim, vocês não tem nem ideia, eu ainda nem acredito... — Ela começou a falar parecendo bem empolgada, mas parou quando notou a vassoura de Harry — Pera, aquilo é uma Firebolt?

— Sim. — Harry respondeu extasiado

— A melhor vassoura do mundo, Rox. — Acrescentei até esquecendo porque eu estava estressado

— Quem te mandou? — Ela perguntou parecendo intrigada

— O que foi? Vai dar uma de chata que nem a Hermione? Ficou dizendo coisa só porquê o presente não tinha cartão. — Revirei os olhos para ela

— Não é isso. É que eu também ganhei uma vassoura.

— VOCÊ O QUÊ? — Exclamei me levantando, uma coisa era Harry ganhar a melhor vassoura do mundo, outra coisa completamente diferente era a minha irmã gêmea ganhar uma vassoura

— Eu er... — Ela pareceu perdida enquanto eu me aproximava dela sério

— Não acredito nisso. — Parei e voltei para onde eu estava, me sentando e desviando o olhar

— Rony, eu não ganhei uma Firebolt e tinha um bilhete lá, é estranho, mas foi a mesma pessoa que me mandou esse colar no ano passado e os chocolates no primeiro ano. — Respondeu acanhada mostrando o colar no pescoço — Rony, desculpa... realmente era importante pra mim entrar no time e...

  Abri um sorriso vago e então entendi a situação, já a interrompendo.

— Estou feliz por você irmã, desde o primeiro ano você está eufórica pra entrar no time, até mais do que eu, sei que você vai ser maravilhosa, eu posso esperar mais um pouquinho.

— Sério? — Ela perguntou e eu assinti, então ela correu pra me abraçar, não era justo eu me irritar com ela, sendo que sempre foi o sonho dela entrar pro time, eu deveria é está feliz por minha irmãzinha

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ROXANNE WEASLEY

   De fato a situação de Harry foi um pouco estranha, ganhar uma Firebolt sem remetente? Bom, mas a minha Nimbus também não tinha nenhum remetente, então quem era eu pra opinar. Mesmo assim, o espírito de Natal estava decididamente em baixa no salão comunal da Gryffindor àquela manhã. Hermione prendera Bichento no nosso dormitório, mas estava furiosa com Rony por ter tentado chutá-lo; Rony continuava fumegando de raiva com a nova tentativa que o gato fizera de comer seu rato. Harry, assim como eu, desistiu de tentar fazer os dois se falarem e se ocupou em examinar a Firebolt, que trouxera com ele para a sala. Por alguma razão isto pareceu aborrecer Hermione também; ela não fez comentário algum, mas não parava de lançar olhares carrancudos à vassoura, como se esta também tivesse criticado Bichento. Ela não falou nada da minha vassoura, já que como eu disse que tinha um bilhete, ela não achou que fosse algo das trevas, ou sei lá o que ela estava pensando.

   À hora do almoço descemos para o Salão Principal e descobrimos que as mesas das casas tinham sido encostadas nas paredes outra vez e que uma única mesa fora posta para doze pessoas no meio do salão. Os professores Dumbledore, McGonagall, Snape, Sprout e Flitwick estavam sentados à mesa, bem como Filch, o zelador, que tirara o avental marrom de uso diário e estava enfatiotado com uma casaca muito velha de aspecto mofado. Havia apenas mais dois alunos, Vega Misttigan e outro novato extremamente nervoso.

— Feliz Natal! — Desejou Dumbledore quando nos aproximamos da mesa — Como éramos tão poucos, me pareceu uma tolice usar as mesas das casas... Sentem-se, sentem-se!

   Nos sentamos lado a lado na ponta da mesa.
  
— Balas de estalo! — Disse Dumbledore entusiasmado, oferecendo a ponta de um tubo prateado a Snape, que o pegou com relutância e puxou. Com um estampido, a bala se rompeu e surgiu um grande chapéu cônico de bruxo encimado por um urubu empalhado.

   Eu logo me lembrando do bicho-papão, procurei os olhos de Rony e nós dois sorrimos; a boca de Snape se comprimiu e ele empurrou o chapéu para Dumbledore, que o trocou pelo próprio chapéu de bruxo na mesma hora.

— Podem avançar! — Convidou ele aos presentes, sorrindo para todos.

   Quando eu já estava se servindo de batatas assadas, as portas do salão se abriram. Era a Professora Sibila Trelawney, deslizando em direção à mesa como se andasse sobre rodas. Tinha posto um vestido verde de paetês em homenagem à ocasião, o que a fazia parecer mais que nunca uma libélula enorme e cintilante.

— Sibila, mas que surpresa agradável! — Saudou-a Dumbledore, levantando-se

— Estive consultando a minha bola de cristal, diretor. — Disse a professora com a voz mais etérea e distante do mundo — E para meu espanto, me vi abandonando o meu almoço solitário para vir me reunir a vocês. Quem sou eu para recusar uma inspiração do destino? Na mesma hora me apressei a deixar minha torre e peço que me perdoem o atraso...

— É claro. — Disse Dumbledore com os olhos cintilantes — Deixe-me apanhar uma cadeira para você...

   E, dizendo isso, usou a varinha para trazer, pelo ar, uma cadeira que girou alguns segundos e pousou com um baque entre os professores Snape e Minerva. A Profa Sibila, porém, não se sentou; seus enormes olhos começaram a passear pela mesa e ela subitamente deixou escapar um gritinho.

— Não me atrevo, diretor! Se eu me sentar, seremos treze! Nada poderia ser mais azarado! Não vamos esquecer que quando treze comem juntos, o primeiro a se levantar será o primeiro a morrer!

— Vamos correr o risco, Sibila. — Disse a Profa. Minerva, impaciente — Por favor, sente, o peru está esfriando.

  Sibila hesitou, depois se acomodou na cadeira vazia, os olhos fechados e a boca contraída, como se estivesse à espera de um raio atingir a mesa. Tive que me segurar pra não revirar os olhos, embora eu gostasse da professora, as crenças dela, às vezes irritava. A Profa. Minerva enfiou uma grande colher na terrina mais próxima.

— Tripas, Sibila?

   A professora fingiu não ouvir. Reabriu os olhos, correu-os ao redor da mesa, mais uma vez, e perguntou:

— Mas onde está o nosso caro Prof. Lupin? E a Profa. Misttigan?

— Receio que o coitado esteja doente outra vez. Pouca sorte que isso fosse acontecer no dia de Natal. — Disse Dumbledore, fazendo um gesto para que todos começassem a se servir. — E quanto à Prof. Misttigan, imagino que a pequena Vega possa te responder.

   Virei meu olhar para Vega que quase se engasgou com a comida ao ouvir seu nome, mas então levantou o olhar e respondeu com uma voz meio arrastada e quase nervosa, sem deixar de ter um toque infantil.

— Minha mãe não está no castelo, ela teve um assunto muito urgente pra resolver. — E então rapidamente abaixou a cabeça e começou a mexer na comida

   Essa garota com certeza é muito intrigante.

— Mas com certeza você já sabia disso, não, Sibila? — Disse a Profa. Minerva com as sobrancelhas erguidas

— Claro que sabia, Minerva — Disse com a voz controlada lançando um olhar gelado à Professora — Mas a pessoa não deve fazer alarde de tudo que sabe. Muitas vezes finjo que não possuo Visão Interior para não deixar os outros nervosos.

— Isto explica muita coisa. — Disse a outra com azedume

  A voz da Professora Sibila subitamente se tornou bem menos etérea.
 
— Se você quer saber, Minerva, vi que o coitado do Prof. Lupin não vai estar conosco por muito tempo. E ele próprio parece saber que seu tempo é curto. Decididamente fugiu quando eu me ofereci para consultar a bola de cristal para ele...

— Imagine só. — Comentou Minerva secamente

  Eu e Ron nos entreolhamos mediante a discussão sem cabimento da professora.
 
— Tenho minhas dúvidas. — Disse Dumbledore, com a voz alegre, mas ligeiramente mais alta, o que felizmente pôs um ponto final na conversa das duas — De que o Prof. Lupin corra algum perigo iminente. Severo, você preparou a poção para ele outra vez?

— Preparei, diretor. — Respondeu Snape

— Ótimo. Então logo ele deverá estar de pé... Derek, você já se serviu dessas salsichas apimentadas? Estão excelentes.

   O garoto do primeiro ano ficou vermelhíssimo quando Dumbledore se dirigiu a ele, e apanhou a travessa de salsichas com as mãos trêmulas e depois o passou para Vega, que parecia mais estranha que o normal.

   A Professora Sibila se comportou quase normalmente até o finzinho do almoço de Natal, dua horas depois. Empapuçados com a comida e ainda usando os chapéus da festa, eu e Harry nos levantamos primeiro da mesa e ela deu um grito agudo.

— Meus queridos! Qual dos dois se levantou da cadeira primeiro? Qual?

— Não sei. — Respondi olhando intrigada para Harry

— Duvido que vá fazer muita diferença. — Disse a Profa Minerva com frieza  — A não ser que o louco da machadinha esteja esperando aí fora para matar o primeiro que sair para o saguão.

   Até Rony que era fascinado nisso de adivinhação riu enquanto se levantava, Sibila pareceu muitíssimo ofendida.
  
— Vem com a gente? — Perguntou Harry a Hermione

— Não. — Respondeu a garota — Quero falar uma coisa com a Professora McGonagall.

— Provavelmente vai tentar ver se pode assistir a mais aulas. — Bocejou Rony quando nos encaminhavamos para o saguão de entrada, onde não encontramos nenhum louco da machadinha

— Louco da machadinha. — Ironizei botando pra rir e eles fizeram o mesmo

   Quando chegamos ao buraco do retrato, encontramos Sir Cadogan desfrutando um almoço de Natal com dois frades, vários ex-diretores de Hogwarts e seu gordo pônei. O cavaleiro levantou a viseira e brindou com uma jarra de quentão.

— Feliz... hic... Natal! Senha!

— Cão desprezível. — Disse Rony.

— E o mesmo para o senhor, meu senhor! — Berrou Sir Cadogan quando o quadro se afastou

   Harry foi diretamente ao dormitório para pegar sua Firebolt e o Estojo para Manutenção de Vassouras que Hermione lhe dera de presente de aniversário e levou-os para baixo, eu fiz o mesmo que ele, corri para pegar minha nova vassoura e também desci para o Salão Comunal. Harry  tentava encontrar o que fazer com a vassoura; mas não havia lascas levantadas para aparar e o cabo de ambas ainda estava tão reluzente que não tinha sentido lhe dar polimento. Ficamos ali admirando as nossas belas vassouras de todos os ângulos até que o buraco do retrato se abriu e Hermione entrou, acompanhada da Professora Minerva.

   Embora Minerva McGonagall fosse diretora da Gryffindor, lembro-me de só ter a visto na sala comunal uma vez, e para dar um aviso muito sério. Nós a olhamos, Harry e Rony segurando a Firebolt, e eu com a minha Nimbus na mão. Hermione contornou o lugar em que estávamos e se sentou, apanhou o livro mais próximo e escondeu o rosto nele.

— Então é isso? — Perguntou a professora com o seu olhar penetrante, aproximando-se da lareira para examinar a Firebolt — A Srta. Granger acabou de me informar que alguém lhe mandou uma vassoura, Potter.

   Harry e Rony se viraram para olhar Hermione, assim como eu. Notei sua testa corando por cima do livro, que ela segurava de cabeça para baixo.

— Posso? — Perguntou McGonagall, mas não esperou resposta para tirar a vassoura das mãos dos garotos. Examinou-a atentamente, do cabo às lascas — Hum. E não havia nenhum bilhete, nenhum cartão, Potter? Nenhuma mensagem de nenhum tipo?

— Não — Disse Harry sem compreender

— Entendo... Srta. Weasley, vejo que também ganhou uma vassoura. — Ela também olhou para mim

— Mas tinha um bilhete! — Falei depressa — Não estava assinado, mas tinha, todo ano ganho presentes assim, no primeiro ano foi chocolates, ano passado foi esse colar. — Acrescentei nervosa pegando o pingente do meu colar e a mostrando — E esse ano foi a vassoura, não tem nada de errado, talvez seja um admirador, não sei.

— Hum... — Ela então voltou a olhar para Harry — Bem, receio que tenha de levar a vassoura, Potter.

— Q... quê?! — Exclamou Harry, ficando em pé — Por quê?

— Teremos que verificar se não está enfeitiçada. Naturalmente eu não sou especialista nesse assunto, mas imagino que Madame Hooch e o Prof. Flitwick possam desmontá-la...

— Desmontá-la? — Repetimos eu e Rony juntos, como se a professora fosse maluca

— Não deve levar mais do que umas semanas. Você a receberá de volta se tivermos certeza de que está limpa.

— A vassoura não tem nada errado! — Exclamou Harry, a voz ligeiramente trêmula — Francamente, professora...

— Você não tem como saber, Potter. — Disse a professora com bondade — Pelo menos até ter voado nela, e receio que isto esteja fora de questão até nos certificarmos de que ninguém a alterou. Eu o manterei informado.

   A Professora McGonagall deu meia-volta levando a Firebolt, e atravessou o buraco do retrato, que se fechou em seguida. Harry ficou observando a professora partir, com a latinha de cera de polimento ainda na mão. Rony, porém, se voltou contra Hermione.

— Para que você foi correndo contar à Professora Minerva?

   Eu não me aguentei e fiz a mesma coisa já impaciente.

— Você bebeu Hermione? Qual o sentido de fazer isso?!

   Hermione largou o livro de lado. Seu rosto continuava vermelho, mas ela se levantou e nos enfrentou, meio que nos desafiando.

— Porque achei, e a Professora McGonagall concorda comigo, que provavelmente a vassoura foi mandada a Harry por Sirius Black!

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