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{50} Terceiro ano

    E assim eu abri a porta, logo saindo de lá e vi o movimento na cabine onde antes eu estava, corri para lá, me deparando com Harry meio perdido, Ginny tremendo, Neville meio assustado, Mione e Ron ajoelhados ao lado de Harry que aparentemente tinha escorregado do assento para o chão.
  
— O que aconteceu?

   Notei que Harry estava desacordado, Ron batia em seu rosto tentando o acordar enquanto falava seu nome. Pelo visto desmaiou quando viu o dementador.

   Harry abriu os olhos lentamente, Neville e o professor o observavam. Rony e Hermione puxaram-no para cima do assento.

— Você está bem? — Perguntou Rony, nervoso

— Estou. — Disse Harry olhando para a porta

   Me aproximei deles depressa.
  
— Que aconteceu? Onde está aquela... aquela coisa? Quem gritou? — Harry perguntou

— Ninguém gritou. — Disse Rony, ainda mais nervoso.

   Harry olhou para todos os lados da cabine iluminada. Ginny e Neville retribuíram seu olhar, ambos muito pálidos.

— Mas eu ouvi gritos...

   Um forte estalo nos assustou. O Professor Lupin partia em pedaços uma enorme barra de chocolate.

— Tome. — Disse a Harry, oferecendo-lhe um pedaço particularmente avantajado — Coma. Vai fazer você se sentir melhor.

   Harry apanhou o chocolate mas não o comeu.

— Que era aquela coisa? — Perguntou a Lupin

— Um dementador. — Respondeu Lupin, que agora distribuía o chocolate para todos — Um dos dementadores de Azkaban.

   Todos o olhamos espantados, eu já sabia que era um dementador, mas ainda não tinha me recuperado, apanhei o chocolate logo o levando a boca, precisava de algo doce. O professor amassou a embalagem vazia de chocolate e meteu-a no bolso.

— Coma. — Insistiu — Vai lhe fazer bem. Preciso falar com o maquinista, me deem licença...

   Ele passou por Harry e desapareceu no corredor.

— Tem certeza de que está bem? — Perguntei observando-o com ansiedade — Aliás, alguém pode me explicar o que aconteceu?

— Se você dizer onde estava. — Ron murmurou me olhando de relance

— E.. eu... er...

— Não entendo... — Harry falou enxugando o suor do rosto — O que foi que aconteceu, afinal?

— Bem... aquela coisa... o dementador... ficou parado ali olhando, quero dizer, acho que foi, não pude ver o rosto dele... E você... você... — Começou Ginny nervosa

— Pensei que você estava tendo um acesso ou coisa parecida. — Disse Rony, que conservava no rosto uma expressão de pavor — Você ficou todo duro, escorregou do assento e começou a
se contorcer...

— E o Professor Lupin saltou por cima de você, foi ao encontro do dementador, puxou a varinha — Contou Hermione — E disse: “Nenhum de nós está escondendo Sirius Black dentro da capa.
Vá.” — Mas o dementador não se mexeu, então Lupin murmurou alguma coisa e da varinha saiu um raio prateado contra a coisa, e ela deu as costas e se afastou como se deslizasse...

— Foi horrível. — Disse Neville numa voz mais alta do que de costume — Vocês sentiram como ficou frio quando ele entrou?

— Eu me senti esquisito. — Disse Rony, sacudindo os ombros, desconfortável — Como se eu nunca mais fosse sentir alegria na vida...

   Ginny que se encolhera a um canto parecendo quase tão mal quanto Harry, deu um solucinho, eu me aproximei e passei um braço pelas costas da minha irmãzinha para consolá-la.
  
— Mas nenhum de vocês caiu do assento? — Perguntou Harry sem graça

— Não. — Disse Rony, olhando para Harry, ansioso, outra vez — Mas Ginny tremia feito louca... já a Rox... ainda quero saber onde ela se meteu!

— Ficou tudo escuro, eu saí pra ver o que tinha acontecido, aí trombei em alguém bem na hora que os dementadores estavam vindo e corri pra uma cabine qualquer, fiquei com medo. — Contei depressa omitindo totalmente Draco da história

— Em quem você trombou?

   No mesmo instante o Professor Lupin voltou. Parou ao entrar, olhando para todos e disse, com um leve sorriso:
  
— Eu não envenenei o chocolate, sabem...

  Logo me recordei do doce e dei outra dentada e os outros fizeram o mesmo.

— Vamos chegar a Hogwarts dentro de dez minutos. — Disse o Prof. Lupin — Você está bem, Harry?

— Muito bem. — Murmurou ele, constrangido.

  Ninguém falou muito durante o resto da viagem. Por fim, o trem parou na estação de Hogsmeade e houve uma grande correria para desembarcar; corujas piavam, gatos miavam e o sapo de estimação de Neville coaxou alto debaixo do chapéu do seu dono. Estava frio demais na minúscula plataforma; a chuva descia em cortinas geladas.

— Alunos do primeiro ano por aqui! — Chamou uma voz conhecida

  Logo nos viramos e nos depararamos com o vulto gigantesco de Hagrid, no outro extremo da plataforma, fazendo sinal para os novos alunos, aterrorizados, se aproximarem para a tradicional travessia do lago.

— Tudo bem, vocês quatro? — Gritou Hagrid sobre as cabeças dos alunos aglomerados

   Acenamos para o guarda-caça, mas não tivemos chance de lhe falar porque a massa de alunos em volta da gente nos empurrava na direção oposta. Acompanhamos o resto da escola pela plataforma e descemos para uma trilha enlameada, cheia de altos e baixos, onde no mínimo uns cem coches nos aguardava, cada qual puxado por um animal invisível, porque quando embarcamos em um, fechamos a porta e o veículo saiu andando, aos trancos e balanços, formando um cortejo.

    O coche cheirava levemente a mofo e palha. Harry ainda parecia mal, eu, Rony e Hermione não paravamos de lhe lançar olhares de esguelha, como se temessemos que ele pudesse desmaiar outra vez. Quando o coche foi se aproximando de um magnífico portão de ferro forjado, ladeado por colunas de pedra com javalis alados no alto, vi mais dois dementadores encapuzados montando guarda dos lados do portão, pelo visto eles queriam mesmo capturar Black. O coche ganhou velocidade no caminho longo e inclinado até o castelo; Hermione se debruçou pela janelinha, espiando as muitas torrinhas e torres que se aproximavam, eu fiz o mesmo sem muita empolgação. Por fim, o coche parou balançando. Eu, Hermione e Rony desembarcamos.

   Quando Harry ia descendo, uma voz arrastada e satisfeita chegou aos seus ouvidos.
  
— Você desmaiou, Potter? Longbottom está falando a verdade? Desmaiou mesmo, é?

   Draco passou por Hermione acotovelando-a, para impedir Harry de subir as escadas de pedra do castelo, o rosto jubilante e os olhos claros brilhando de malícia.

— Se manda, Malfoy. — Disse Rony, cujos maxilares estavam cerrados

— Você também desmaiou, Weasley? — Perguntou Draco em voz alta — O velho dementador apavorante também o assustou, Weasley?

   Eu me preparava pra falar algo quando uma voz suave se aproximou.
  
— Algum problema? — Perguntou o Professor Lupin que acabara de desembarcar do coche seguinte

    Malfoy lançou ao Professor um olhar insolente, que registrou os remendos em suas vestes e a mala surrada. Com uma sugestão de sarcasmo na voz, ele respondeu:

— Ah, não... hum... Professor. — Depois fez cara de riso para Crabbe e Goyle, e subiu com os dois as escadas do castelo

   Não entendo como ele pode ser tão idiota às vezes. Hermione bateu nas costas de Rony para apressá-lo, e nós quatro nos reunimos aos muitos alunos que enchiam as escadas, cruzavam a soleira das enormes portas de carvalho e penetravam no saguão cavernoso iluminado com tochas ardentes, onde havia uma magnífica escadaria de mármore para os andares superiores.

    A porta que levava ao Salão Principal, à direita, estava aberta, segui o grande número de alunos que se deslocava naquela direção, mas apenas vislumbrara o teto encantado, que àquela noite se mostrava escuro e anuviado, quando uma voz se ouviu.

— Potter! Granger! Quero falar com os dois!

   Nos viramos surpresos para a Profa. McGonagall, que os chamava por cima das cabeças dos demais. Harry abriu caminho até ela com esforço e a cara assustada.
  
— Não precisa ficar tão preocupado, só quero dar uma palavrinha com vocês na minha sala. — Disse ela — Podem continuar o seu caminho, Weasley’s.

   Eu e Ron ficamos olhando a professora se afastar, com Harry e Hermione, da aglomeração de alunos que falavam sem parar.

— O que acha que aconteceu?

— Não sei. Melhor irmos.

  E assim eu e Ron andamos rapidamente até a mesa da Gryffindor, sentando perto de Fred, George e Ginny. Havia um mar de chapéus cônicos e pretos; cada uma das compridas mesas das casas não demoraram a ficar lotadas de estudantes, os rostos iluminados por milhares de velas que flutuavam no ar, acima das mesas. O Prof. Flitwick carregava um chapéu antigo e um banquinho de três pernas, logo depois que o chapéu cantou sua música da vez, começou a cerimônia da seleção. Vários alunos primeiranistas começaram a ser chamados e escolhidos para sua casa, até que uma pessoa em específico me chamou atenção.

— Vega Misttigan.

   Assim que Flitwick falou, observei uma garotinha de cabelos escuros, um pouco ondulados e compridos subir acanhada, a fiquei observando atentamente, pois eu tinha certeza que seu sobrenome não me era estranho.

— GRYFFINDOR! — Gritou o chapéu e nós nos despusemos a bater palmas enquanto a menina andava confiante até nossa mesa, até parecia que já sabia que viria para cá
          
   Ela se sentou próximo a Dean e Seamus que estavam no início da mesa, tinha uma feição um pouco séria e não falou com ninguém. Passou-se uns bons minutos e só quando o último primeiranista foi selecionado e o Prof. Flitwick já estava levando o chapéu seletor e o banquinho para fora da sala, foi que Harry e Hermione adentraram o salão.

   Observei também a Profa. McGonagall se dirigir ao seu lugar, que estava vazio à mesa dos professores e funcionários, enquanto Harry e Hermione seguiram na direção oposta, o mais silenciosamente possível para se sentarem à mesa da Gryffindor. As pessoas viraram a cabeça para olhá-los passar pelo fundo do salão, e alguns apontaram para Harry, com certeza a história do desmaio já tinha se espalhado. Eles se sentaram um do lado de Rony e outro do meu lado.

— Que história foi essa? — Murmurou Rony para Harry

   Ele então começou a nos explicar aos cochichos que Minerva o chamou pra perguntar como ele tava por causa do desmaio, mas, naquele momento, o diretor se ergueu para falar e ele se calou.

— Sejam bem-vindos! — Começou Dumbledore, a luz das velas tremeluzindo em suas barbas — Sejam bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a dizer a todos, e uma delas é muito séria. Acho que é melhor tirá-la do caminho antes que vocês fiquem tontos com esse excelente banquete... — O diretor pigarreou e prosseguiu — Como vocês todos perceberam, depois da busca que houve no Expresso de Hogwarts, a nossa escola passou a hospedar alguns dementadores de Azkaban, que vieram cumprir ordens do Ministério da Magia. Eles estão postados em cada entrada da propriedade e, enquanto estiverem conosco, é preciso deixar muito claro que ninguém deve sair da escola sem permissão. Os dementadores não se deixam enganar por truques nem disfarces, nem mesmo por capas de invisibilidade. — Acrescentou ele brandamente, e eu, Harry e Rony nos entreolhamos — Não faz parte da natureza deles entender súplicas nem desculpas. Portanto, aviso a todos e a cada um em particular, para não darem a esses guardas razão para lhes fazerem mal. Apelo aos monitores, e ao nosso monitor e monitora-chefes, para que se certifiquem de que nenhum aluno entre em conflito com os dementadores.

   Percy, que estava sentado a algumas cadeiras de distância estufou o peito outra vez e olhou à volta cheio de importância. Dumbledore fez nova pausa; percorreu o salão com um olhar muito sério mas ninguém se mexeu nem emitiu som algum.

— Agora, falando de coisas mais agradáveis. — Continuou ele — Tenho o prazer de dar as boas-vindas a dois novos professores este ano. Primeiro, o Professor Lupin, que teve a bondade de aceitar ocupar a vaga de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

   Ouviram-se algumas palmas dispersas e pouco entusiásticas. Somente os que tinham estado na cabine de trem com o novo professor bateram palmas animados, nós, é claro. Lupin parecia particularmente malvestido ao lado dos outros professores que trajavam suas melhores vestes.

— Olha a cara do Snape! — Sibilou Rony em sussurrro

   O olhar do Prof. Snape passou pelos professores que ocupavam a mesa e se deteve em Lupin. Era fato sabido que Snape queria o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, me surpreendi com a expressão que deformou o seu rosto macilento. Era mais do que raiva: era desprezo. Eu conhecia bem aquela expressão, era a que Snape usava sempre que avistava Harry. Então pelo visto Snape deve conhecer Lupin há um bom tempo, ou só não gostou do fato dele roubar sua posição.

— Quanto ao nosso segundo contratado. —Continuou Dumbledore quando cessavam as palmas mornas para o Prof. Lupin — Bem, lamento informar que o Professor Kettleburn, que ensinava Trato das Criaturas Mágicas se aposentou no fim do ano passado para poder aproveitar melhor os membros que ainda lhe restam. Contudo, tenho o prazer de informar que o seu cargo será preenchido por ninguém menos que Rúbeo Hagrid, que concordou em acrescentar essa responsabilidade docente às suas tarefas de guarda-caça.

   Eu, Ron, Harry e Hermione nos entreolhamos, estupefatos. Em seguida acompanhamos os aplausos, que foram tumultuosos principalmente à mesa da Gryffindor. Eu me estiquei para a frente para ver Hagrid, que tinha o rosto vermelho-rubi, os olhos postos nas mãos enormes, e o sorriso largo escondido no emaranhado de sua barba escura.

— Nós devíamos ter adivinhado! — Berrou Rony, dando socos na mesa — Quem mais teria nos mandado comprar um livro que morde?

  Nós quatro fomos os últimos a parar de aplaudir e quando o Prof. Dumbledore recomeçou a falar, vimos que Hagrid estava enxugando os olhos na toalha da mesa.

— Bem, acho que, de importante, é só o que tenho a dizer. Vamos à festa!

   As travessas e taças de ouro diante de nós se encheram inesperadamente de comida e bebida. Como eu estava faminta, me servi de tudo que consegui alcançar e comecei a comer. Foi um banquete delicioso; o salão ecoava as conversas, os risos e o tilintar de talheres. Nós, porém, estávamos ansiosos para a festa terminar para podermos conversar com Hagrid. Sabíamos o quanto significava para ele ser nomeado professor.

    Finalmente, quando os últimos pedaços deliciosos de torta de abóbora tinham desaparecido das travessas de ouro, Dumbledore anunciou que era hora de todos se recolherem e logo felizmente tivemos a oportunidade que aguardavamos.

— Hagrid! — Exclamou Hermione quando nos aproximamos da mesa dos professores

— Graças a vocês... — Disse Hagrid, enxugando o rosto brilhante de lágrimas no guardanapo e erguendo os olhos para nós — Nem consigo acreditar... grande homem, o Dumbledore... veio direto à minha cabana quando o Professor Kettleburn disse que para ele já chegava... é o que eu sempre quis...

   Dominado pela emoção, ele escondeu o rosto no guardanapo e a Professora McGonagall nos tocou para fora. Eu estava muito feliz por Hagrid. Logo, eu, meu irmão, Harry e Hermione nos reunimos aos nossos outros colegas da Gryffindor que ocupavam toda a escadaria de mármore e agora, muito cansados, caminhamos por mais corredores e mais escadas até a entrada secreta para a Torre da Gryffindor. Uma grande pintura a óleo de uma mulher gorda vestida de rosa perguntou:

— A senha?

— Já estou indo, já estou indo! — Gritou Percy lá do fim do ajuntamento — A nova senha? Fortuna Major!

— Ah, não! — Exclamou Neville com tristeza. Ele sempre tinha dificuldade para se lembrar das senhas

   Depois de atravessarmos o buraco do retrato e a sala comunal, as garotas e garotos tomaram escadas separadas. Me despedi de Ron e Harry, assim eu e Mione subimos a escada circular sem pensar em nada exceto na felicidade por estar de volta. Quando chegamos ao dormitório redondo com as camas de colunas que já conheciamos bem, me senti que estava finalmente em casa.

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