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{119} Declínio

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     119. Declínio     

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  Não se preocupem comigo, só dói quando eu respiro.
 
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    Rox sentiu um forte frio, seu corpo inteiro tremia, e sua cabeça rodava. Não sabia onde estava, nem como chegara ali, só tinha certeza que cada centímetro do seu corpo doía. A menina não queria abrir os olhos, estava tão confortável ali, embora a dor fosse forte, ela não queria se mexer, não, só queria ficar ali para sempre. Se ficasse parada quietinha talvez a dor passasse...

   Então devagarinho, pouco a pouco, a sua mente voltou a funcionar... Torneio Tribuxo... Harry... Moody... Polissuco... Cruciatus...

   E então a ruiva sentiu uma pontada forte no coração, como se uma estaca a tivesse acertado bem no peito, e a sua respiração ficou ofegante, foi como se seus pulmões tivessem parado de funcionar. E então lhe veio a mente o que aquele homem falara, Rox só queria gritar, mas não conseguia, seus pensamentos iam ficando mais lúcidos e assustadores. Ele vai matar ele. Ele vai matá-lo. A voz martelava em sua mente. Eu não posso deixar ele o matar... é o meu amigo. não... não... Harry... Harry...

— HARRY!

   Seus olhos se abriram de chofre, ao mesmo tempo em que ela se sentou. Por causa do esforço e do grito, a sua cabeça começou a rodar mais, só então ela percebeu onde estava. Em uma cama da enfermaria. A Sra. Weasley estava lá com ela, Bill, Rony, Ginny, Fred, George, Hermione e Vega também.

— Querida... — Sua mãe correu até ela logo depois do seu grito. Seu rosto demonstrava medo e preocupação — Está tudo bem... está tudo bem, mamãe está aqui...

   A senhora se aproximou mais e passou seus braços pela garota, a abraçando forte, como se não fosse deixar nada no mundo a machucar.

— Harry? Harry? — Era a única coisa que Rox conseguia falar. Ela precisava saber onde ele estava, ele tinha que estar bem

— Ele está bem, Rox. Calma. Ele está com Dumbledore. — Rony respondeu meio acanhado se aproximando da irmã gêmea, seus olhos pareciam vermelhos

   A menina passou seu olhar pelo local, estava amedrontada. Então ela viu... seus olhos presenciaram algo, deitado imóvel em uma cama no fundo da enfermaria. Era Moody. Sua perna de pau e o olho mágico estavam pousados na mesa de cabeceira.

— Moody... — Ela apontou para ele com o olhar assustado, seu coração batendo forte — Não... não. Moody. Moody.

   Sua mãe, Hermione e seus irmãos se entreolharam, nenhum deles pareciam entender o surto.

— Não... não... Mamãe. — Gritou Rox e a mulher a abraçou com mais força tentando a tranquilizar e dizer que ia ficar tudo bem, mas a ruiva mais nova só tremia mais — Ele... matar... Harry... Voldemort...

— Mamãe do que ela tá falando? — Ginny perguntou parecendo claramente assustada — O que ela tem? Por que ela está falando assim? Mamãe, ela vai ficar bem, né?

— Rox, calma por favor. Tá tudo bem, irmã. Tá tudo bem. — As lágrimas de Rony começaram a escorrer, ele não sabia o que pensar, por que sua irmã estaria surtando? Por que?

   Madame Pomfrey passou pela porta da enfermaria, talvez tivesse ouvido os gritos, talvez fosse outra coisa, mas ela se aproximou rapidamente dos ruivos.

— Papoula. — A Sra. Weasley fungou quando a bruxa se aproximou — Ela está... eu...

   A bruxa se posicionou na frente da menina e a Sra. Weasley se afastou ao mesmo tempo em que agora, madame Pomfrey se sentava na cama que a ruiva estava. Rox a olhou sem entender, mas ainda assustada, seus olhos não demonstravam nada se não medo.

— Srta. Weasley, você consegue me dizer o que está sentindo? — A bruxa perguntou levando sua mão até o pulso da menina que se contorceu

— Moody... polissuco... comensal... — Foram as palavras que saíram engasgadas da boca da menina, ela parecia está fazendo nítido esforço pra falar àquelas palavras, seus olhos azuis que eram tão brilhantes pareciam um cinza fosco e apagado, sem vida

— Ah, sim. Aquele não é o homem que você viu com o Polissuco, aquele é o verdadeiro Alastor Moody, o impostor já está pra ser julgado. — Explicou a bruxa médica e a menina se encolheu tremendo

— Madame Pomfrey, o que ela tem? — Bill perguntou sem jeito olhando da bruxa para a irmã que agora se balançava um pouco, para frente e para trás, com os braços envoltos no corpo

— Acho que já entendi perfeitamente o que aconteceu a menina. — Respondeu Madame Pomfrey se levantando e voltando seu olhar para os presentes — Creio que foi Maldição Cruciatus, a maldição não mexe só com o corpo e sim com a mente, podendo afetar o psicológico e causar traumas dependendo do tempo que a varinha estiver apontada ou das vezes que for lançada na mesma pessoa. Deve ter sido muito para a deixar dessa forma, posso lhe dar uma poção para a acalmar, mas não sei dizer se o trauma vai ser permanente ou não. Mas talvez, se tivermos sorte ela só precise da poção e de uma boa noite de sono, sem ninguém lhe perguntando o que aconteceu.

   Ao ouvir aquilo o mundo dos Weasley caiu, assim como Hermione e Vega que pareceram perdidas olhando da amiga para a enfermeira. Rox se balançava pra frente e pra trás sem dar atenção ao que a bruxa falasse como se aquilo não fosse nada importante, sua cabeça parecia longe, ela ainda tremia.

— Cruciatus? — Rony exclamou e agora as lágrimas caiam livremente. Era sua irmã gêmea ali — Não... não. Ela vai ficar bem, por favor, me diz que ela vai ficar bem.

— Não tem como saber ainda. Vou pegar a poção, isso pode ajudá-la. — Respondeu a bruxa se levantando

    Hermione pôs a mão no ombro de Rony como se lhe transmitisse conforto, seus olhos marejaram de leve. Ginny se agarrou a mãe também chorando e Bill olhava para a irmãzinha lá deitada com os olhos pesados. Fred e George se entreolharam, olhos arregalados e assustados. Vega se retraiu, dividida entre a perplexidade e o susto pelo que acontecera, àquilo não entrava na sua cabeça.

   Madame Pomfrey retornou com um copo, sentou-se mais uma vez na beirada da cama hospitalar em que a ruiva a estava e mergulhou a bebida que desceu ardendo pela garganta da garota, depois a ajudou a se deitar. Rox sentiu-se sonolenta na mesma hora. Tudo ao seu redor ficou enevoado; as luzes na enfermaria pareceram piscar para ela de um jeito simpático através do biombo que circundava sua cama; ela teve a sensação de que seu corpo afundava cada vez mais no frio do edredom de penas. Antes que pudesse terminar a poção, antes que pudesse dizer mais alguma coisa, sua exaustão a adormeceu.

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    Rox acordou, tão quentinha, tão sonolenta, que nem abriu os olhos, sentindo vontade de adormecer outra vez. Sua mente estava clara e lúcida como nunca, embora um aperto no peito continuasse a lembrar-lhe de Harry. A enfermaria continuava fracamente iluminada; acreditava que ainda era noite e tinha a impressão de que não poderia ter dormido muito tempo. Mal se lembrava do que aconteceu antes de Madame Pomfrey lhe empurrar a poção pela garganta.

   Então ouviu cochichos à sua volta.
  
— Vão acordá-los se não calarem a boca!

— Por que é que estão gritando? Não pode ter acontecido mais nada ou pode?

   Rox abriu os olhos borrados. Sua vista demorou a ficar clara. Então ela viu os contornos difusos da sua mãe e de Bill ali perto. A bruxa estava em pé. Logo tudo ficou mais claro e nítido a sua volta.
  
— É a voz de Fudge. — Sussurrou a mãe — E a outra é da Minerva McGonagall, não é? Mas por que estão discutindo?

   Agora Rox os ouvia, também; gente gritando e correndo em direção à ala hospitalar.
  
— Lamentável, mas mesmo assim, Minerva... — Dizia o ministro em voz alta

— O senhor nunca deveria tê-lo trazido para o interior do castelo! — Berrou a professora — Quando Dumbledore descobrir...

   Rox ouviu as portas da enfermaria se escancararem. Ninguém notou que a ruiva estava acordada, pois todos tinham seu olhar fixo na porta.
  
   Fudge entrou em grandes passadas pela enfermaria. Os Profs. McGonagall e Snape vinham em seus calcanhares.

— Onde está Dumbledore? — Fudge interpelou a Sra. Weasley

— Não está aqui. — Disse a senhora zangada — Isto é uma enfermaria, ministro, o senhor não acha que faria melhor...

   Mas a porta se abriu e Dumbledore entrou decidido.
  
— Que aconteceu? — Perguntou energicamente, olhando de Fudge para McGonagall — Por que estão incomodando estas pessoas? Minerva, você me surpreende, eu lhe pedi para ficar vigiando Bartô Crouch...

— Não há necessidade de vigiá-lo mais, Dumbledore! — Gritou ela — O ministro já providenciou isso!

   Rox nunca vira a professora se descontrolar daquele jeito. Havia manchas vermelhas de raiva em seu rosto, as mãos estavam fechadas em punhos; ela tremia de fúria.

— Quando informei ao Sr. Fudge que tínhamos apanhado o Comensal da Morte responsável pelos acontecimentos desta noite. — Disse Snape, em voz baixa — Parece que ele achou que sua segurança pessoal estava ameaçada. Insistiu em chamar um dementador para acompanhá-lo até o castelo. Levou-o para a sala em que Bartô Crouch...

   As coisas começaram a martelar na mente de Rox, como se fossem milhões de funcionários a trabalhar rapidamente para terminar uma obra, fazer as engrenagens de uma máquina funcionarem, e as várias informações inundaram sua cabeça rapidamente. Aquele homem que a havia machucado, que usara Poção Polissuco para se transformar em Moody, disse que assim como Você-Sabe-Quem, herdara o mesmo nome do pai. E se Snape falava de Bartô Crouch, só poderia estar se referindo ao filho dele, ao que foi preso em Azkaban. Pera... mas ele não tinha morrido?

   Não... ele estava vivo. Seu pai Bartô Crouch o salvou a pedido de sua esposa que estava prestes a morrer, e o escondeu em casa por anos, o corpo que Sirius pensara ser do Bartô Jr. e viu os dementadores enterrarem era na verdade da Sra. Crouch usando Polissuco. Uau, era uma história maluca, pensou Rox, mas como eu sei disso? A ruiva piscou os olhos para Profa. Minerva, essas coisas estavam explodindo na mente dela, e com tanta facilidade a garota as conseguiu adquirir. Isso era estranho...
  
— Avisei a ele que você não concordaria, Dumbledore! — Vociferou a Profa. Minerva — Avisei a ele que você não permitiria que dementadores entrassem no castelo, mas...

— Minha cara senhora! — Rugiu Fudge, que parecia igualmente mais zangado do que Rox jamais o vira — Como ministro da Magia, sou eu quem decide se quero trazer uma proteção pessoal quando vou entrevistar alguém possivelmente perigoso...

   Mas a voz da Profa. McGonagall abafou a de Fudge.
  
— No momento em que aquela... aquela coisa entrou na sala. — Berrou ela, apontando para Fudge, o corpo todo tremendo — O dementador avançou para Crouch e... e...

   Rox sentiu um frio no estômago, enquanto a professora procurava encontrar palavras para descrever o que acontecera. Rox não precisou que ela terminasse a frase. Sabia o que o dementador devia ter feito. Aplicara o beijo fatal em Bartô Crouch Jr. Sugara a alma do rapaz pela boca. Ele estava pior do que morto. Pena... não, Rox não tinha pena dele, não depois da confusão mental que ele causara nela, mas a ruiva não desejava um beijo do dementador nem ao seu pior inimigo, talvez nem o falso Moody merecesse àquilo.

   Ele te mataria sem pensar duas vezes, alguém na sua mente falou. Mas eu não sou ele, devolveu a ruiva sentindo-se idiota de responder a si mesma.

— Pelo que todos dizem, não se perdeu nada! — Vociferou Fudge — Ele parece ter sido responsável por várias mortes! Além de ter torturado a filha de Arthur!

— Mas ele agora não pode prestar depoimento, Cornélio. — Disse Dumbledore, encarando Fudge com insistência, como se o visse direito pela primeira vez — Ele não pode testemunhar por que matou essas pessoas ou mesmo por que torturou a menina.

— Por que ele as matou? Ora, isso não é mistério, é? — Esbravejou o ministro — Ele é doido de pedra! Pelo que Severo e Minerva me disseram, ele parecia pensar que tinha feito tudo isso seguindo instruções de Você-Sabe-Quem!

— E ele estava seguindo instruções de Lorde Voldemort, Cornélio. — Respondeu Dumbledore — A morte dessas pessoas foi apenas um produto secundário do plano para restaurar as forças de Voldemort. O plano foi bem sucedido. Voldemort recuperou seu corpo.

   Fudge parecia ter levado uma pancada violenta no rosto. Atordoado e piscando, ele olhou para Dumbledore como se não conseguisse acreditar no que acabara de ouvir. Começou a balbuciar, ainda de olhos arregalados para o diretor.

— Você-Sabe-Quem... retornou? Absurdo. Ora, vamos, Dumbledore...

— Conforme Minerva e Severo sem dúvida lhe contaram, ouvimos Bartô Crouch Jr. confessar. Sob a influência do Veritaserum, ele nos disse como foi contrabandeado para fora de Azkaban e como Voldemort, tendo sabido por Berta Jorkins que ele continuava vivo, foi libertá-lo da guarda do pai, e usou-o para capturar Harry. O plano funcionou, posso lhe garantir. Crouch ajudou Voldemort a retornar.

— Olhe aqui, Dumbledore. — Disse Fudge, e Rox ficou espantada de ver o sorrisinho que apareceu no rosto do ministro — Você... você não acredita seriamente nisso. Você-Sabe-Quem voltou? Ora, vamos, ora, vamos... com certeza Crouch deve ter acreditado que estava agindo sob as ordens de Você-Sabe-Quem, mas aceitar a palavra de um doido daqueles, Dumbledore...

— Quando Harry tocou na Taça Tribruxo esta noite, ele foi transportado diretamente até Voldemort. — Disse Dumbledore com firmeza — Ele presenciou o renascimento de Lorde Voldemort. Explicarei tudo a você se quiser vir ao meu escritório.

   Dumbledore olhou para a enfermaria, Rox não chegou a ver para o que em específico, mas ele sacudiu a cabeça e disse:
  
— Receio que não possa permitir que você interrogue Harry hoje.

   O curioso sorriso de Fudge perdurou. Ele também olhou, depois se voltou para Dumbledore:

— Você está... hum... disposto a aceitar a palavra de Harry neste caso, Dumbledore?

   Houve um momento de silêncio, interrompido por um rosnado. Só quando Rox olhou para o lado foi que viu um enorme cão negro ao lado de uma cama, uma garota de cabelos lisos e negros próximo a ele, mas a ruiva não se interessou em continuar a observar, sua cabeça doía.

— Certamente que acredito em Harry. — Disse Dumbledore. Seus olhos brilharam de fúria — Ouvi a confissão de Crouch e ouvi o relato de Harry sobre o que aconteceu quando ele tocou a Taça Tribruxo; as duas histórias fazem sentido, explicam tudo que tem acontecido desde que Berta Jorkins desapareceu no verão passado.

   Fudge ainda conservava aquele sorriso estranho no rosto.
  
— Você está disposto a acreditar que Lorde Voldemort voltou, porque assim dizem um assassino louco e um garoto que... bem...

   Fudge lançou mais um olhar para a cama ao lado de Rox. A que o cachorrão estava ao lado, e o garoto que estava nela, sentou-se.
  
— O senhor tem andado lendo Rita Skeeter, Sr. Fudge. — Disse ele calmamente

   Rox reconheceu a voz, então apertou seus olhos de forma a deixar-los mais nítidos e olhou para o garoto, era Harry. Claro que era Harry.  Também notou quando seus irmãos, sua mãe e Hermione se assustaram. Nenhum deles percebera que Harry estava acordado.

   Fudge corou ligeiramente, mas surgiu em seu rosto uma expressão de desafio e obstinação.
  
— E se tiver? — Perguntou, fitando Dumbledore — E se descobri que você me tem ocultado certos fatos sobre o garoto? Ofidioglota, é? E tem desmaios esquisitos a toda hora?...

— Presumo que você esteja se referindo às dores que Harry tem sentido na cicatriz? — Perguntou Dumbledore friamente

— Então você admite que ele tem tido dores de cabeça? — Perguntou Fudge depressa — Pesadelos? Possivelmente... alucinações?

— Escute aqui, Cornélio. — Disse Dumbledore dando um passo para perto de Fudge, e mais uma vez parecendo irradiar uma indefinível aura de poder — Harry é tão mentalmente são quanto eu ou você. Aquela cicatriz na testa não afetou o cérebro dele. Acredito que doa quando Lorde Voldemort está por perto ou experimente sentimentos assassinos.

   Fudge se afastara meio passo de Dumbledore, mas não parecia menos obstinado.
  
— Você vai me perdoar, Dumbledore, mas nunca ouvi falar em uma cicatriz deixada por um feitiço funcionar como uma campainha de alarme antes...

— Olhe, eu vi Voldemort ressurgir! — Gritou Harry. Ele tentou novamente se levantar da cama, mas a Sra. Weasley forçou-o a deitar. — Eu vi os Comensais da Morte! Posso dar os nomes! Lucius Malfoy... Mcnair... Avery... Nott... Burke... Yaxley... Pucey... Crabbe... Goyle.

   Snape fez um movimento repentino, mas quando Harry se virou, o olhar do professor retornara a Fudge.

— Você está apenas repetindo os nomes dos que foram absolvidos da acusação de serem Comensais da Morte há treze anos! — Disse Fudge zangado — Poderia ter achado esses nomes em relatórios antigos sobre os julgamentos! Pelo amor de Deus, Dumbledore, o garoto esteve com a cabeça cheia de histórias malucas no fim do ano passado, também, as invencionices dele estão cada vez mais mirabolantes, e você continua a engoli-las, o garoto é capaz de falar com cobras, Dumbledore, e você ainda acha que ele merece confiança?

— Seu tolo! — Exclamou a Profa. McGonagall — Cedric Diggory! O Sr. Crouch! Estas mortes não foram o trabalho aleatório de um doido!

   Rox tremeu. Até ali ela não sabia sobre nada que se referisse a Diggory. Como ele poderia estar morto? Como?
  
— Não vejo nenhuma evidência em contrário! — Gritou Fudge, agora equiparando sua raiva à da professora, o rosto roxo — Parece-me que vocês estão decididos a começar uma onda de pânico que irá desestabilizar tudo pelo que trabalhamos nesses últimos treze anos!

   Rox não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Sempre pensara em Fudge como uma pessoa bondosa, um pouco espalhafatosa, um pouco pomposa, mas de índole essencialmente boa. Mas agora via à sua frente um bruxo baixo e furioso, que se recusava terminantemente a aceitar a perspectiva de um esfacelamento do seu mundo confortável e ordeiro – a acreditar que Voldemort pudesse ter ressurgido.

   A discussão não parou por aí, Dumbledore ainda tentava de todas as maneiras fazer Fudge enxergar que o Lorde das Trevas tinha retornado. Lhe deu dicas do que fazer... Ele precisava primeiramente tirar os dementadores de Azkaban, pois o diretor bem sabia que quando chegasse a hora, eles se juntariam a Voldemort, são naturais das sombras, e não demorarão a se rebelar, quando o Lorde lhes estender a mão eles aceitarão brevemente. A segunda seria escrever aos gigantes, lhes oferecer a mão amiga e liberdade, antes que seja tarde e o Lorde os dessem o que querem e os faça ir para o lado dele.

   Eram conselhos fantásticos, isso se Fudge não estivesse cego, cego de amor por seu cargo como Ministro. A preocupação com o que os outros pensariam dele, e o medo de perder a posição que o tem, o fez não enxergar com clareza nada do que acontecia, e dizer que Dumbledore estava louco.

   Todos estavam calados. Madame Pomfrey estava postada, imóvel aos pés da cama de Harry, as mãos cobrindo a boca, Vega era a garota de cabelos negros ao lado do grande cachorro, ela observava tudo calada. A Sra. Weasley continuava curvada para Harry, a mão no ombro do garoto para impedi-lo de se levantar. Bill, Rony, os gêmeos e Hermione tinham os olhos arregalados para Fudge, e estavam perto de Rox que apenas observava tudo, sem ninguém ao menos ter notado que a menina estava acordado. Ginny no entanto não estava mais lá.

— Se a sua determinação de fechar os olhos levou você a esse ponto, Cornélio. — Disse Dumbledore — Chegou o momento em que os nossos caminhos se separam. Você fará o que acha que deve. E eu agirei como acho que devo.

   A voz de Dumbledore não continha sequer uma sugestão de ameaça; parecia fazer uma simples constatação, mas Fudge se encrespou como se Dumbledore estivesse avançando para ele com a varinha em punho.
  
— Agora, escute aqui Dumbledore. — Disse sacudindo o dedo na cara do diretor — Eu sempre o deixei agir livremente. Tenho muito respeito por você. Posso não ter concordado com algumas de suas decisões, mas fiquei calado. Não existe muita gente que deixaria você contratar lobisomens ou manter Hagrid ou decidir o que ensinar aos seus alunos, sem consultar o Ministério. Mas se você vai trabalhar contra mim...

— A única pessoa contra quem pretendo trabalhar é Lorde Voldemort. Se você é contra ele, então continuamos, Cornélio, do mesmo lado.

   Aparentemente Fudge não conseguiu pensar que resposta dar a Dumbledore. Balançou-se para a frente e para trás sobre os pés diminutos por um momento, girando o chapéu-coco nas mãos. Finalmente, disse, com um quê de súplica na voz:
  
— Ele não pode estar de volta, Dumbledore, simplesmente não pode...

  Snape se adiantou, passou por Dumbledore, ao mesmo tempo em que levantava a manga esquerda de suas vestes. Esticou o braço e mostrou-o a Fudge, que se retraiu.

— Olhe. — Disse Snape asperamente — Olhe. A Marca Negra. Não está tão nítida quanto estava há pouco mais de uma hora, quando ficou realmente negra, mas o senhor ainda pode vê-la. O Lorde das Trevas marcou com este sinal todos os Comensais da Morte. Era uma maneira de nos reconhecermos e um meio de nos convocar à presença dele. Quando ele tocava a Marca de qualquer comensal, devíamos desaparatar e aparatar instantaneamente ao seu lado. A Marca se tornou mais nítida durante esse ano. A de Karkaroff também. Por que o senhor acha que o professor fugiu esta noite? Nós dois sentimos a Marca queimar. Nós dois sabíamos que ele havia voltado. Karkaroff teme a vingança do Lorde das Trevas. Ele traiu muitos companheiros comensais para ter ilusões de ser bem recebido no seio do rebanho.

   Fudge recuou para longe de Snape, também. Sacudiu a cabeça. Não parecia ter absorvido uma única palavra do que Snape dissera. Olhava, aparentemente repugnado, para a feia Marca no braço de Snape, depois ergueu os olhos para Dumbledore e murmurou:

— Não sei do que você e seus professores estão brincando, Dumbledore, mas já ouvi o bastante. Não tenho nada a acrescentar. Entro em contato com você amanhã para discutirmos a administração da escola. Preciso voltar ao Ministério.

   Já chegara quase à porta quando parou. Virou-se, voltou para a enfermaria e se deteve junto à cama de Harry.

— Seu prêmio. — Disse brevemente, tirando uma grande bolsa de ouro do bolso e largando-a na mesa de cabeceira do garoto — Mil galeões. Deveria ter havido uma cerimônia de premiação, mas nas circunstâncias...

   E enfiando seu chapéu-coco na cabeça, ele saiu da enfermaria, batendo a porta ao passar. No instante em que desapareceu, Dumbledore se voltou para o grupo ao redor da cama de Harry.
  
— Temos trabalho a fazer. — Disse — Molly... estou certo em pensar que posso contar com você e Arthur?

— Claro que pode. — Disse a Sra. Weasley. Estava pálida até nos lábios, mas parecia decidida — Ele sabe quem Fudge é. É a afeição de Arthur por trouxas que o tem mantido no Ministério todos esses anos. O ministro acha que falta a ele o orgulho que espera de um bruxo.

— Então preciso mandar uma mensagem a ele. — Disse Dumbledore — Todos os que pudermos persuadir da verdade devem ser avisados imediatamente, e Arthur está bem colocado para entrar em contato com as pessoas no Ministério que não sejam tão míopes quanto o Cornélio.

— Vou procurar papai. — Disse Bill, levantando-se — Vou agora.

   Mas então seu olhar parou na sua irmãzinha, lá deitada com os olhos abertos, observando tudo em silêncio.

— Rox? Mamãe, ela acordou. — O menino indicou a menina e olhou em seus olhos

— Srta. Weasley. — Exclamou Dumbedore — Como está se sentindo?

— Com dor de cabeça e com fome. — Respondeu simplesmente arrancando uma leve risada dos presentes

— Está bem mesmo? — Rony se sentou na beirada da cama da irmã pegando em sua mão, enquanto Madame Pomfrey ia até a menina levando uma barra de chocolate

— Bom... então. Bill. — Disse Dumbledore voltando seu olhar para o mais velho dos Weasley — Diga ao seu pai o que aconteceu. Diga-lhe que entrarei em contato com ele em breve. Mas que ele precisa ser discreto. Se Fudge achar que estou interferindo no Ministério...

— Pode deixar comigo. — Disse Bill

   O rapaz deu uma palmadinha no ombro de Harry, beijou a mãe no rosto, e depois fez o mesmo com a irmã, vestiu a capa e saiu rapidamente da enfermaria.
  
— Minerva. — Disse Dumbledore virando-se para a Profa. McGonagall — Quero ver Hagrid no meu escritório o mais depressa possível. E também, se ela concordar em vir, Madame Maxime.

   A professora aquiesceu com um aceno de cabeça e saiu sem dizer nada.
  
— Papoula. — Disse Dumbledore a Madame Pomfrey — Será que você me faria a gentileza de ir à sala do Prof. Moody, onde acho que encontrará lá um elfo doméstico chamado Winky em grande sofrimento? Faça o que puder por ela e leve-a de volta à cozinha. Acho que Dobby cuidará dela para nós.

— Claro... claro que sim. — Respondeu a enfermeira parecendo espantada, e ela também saiu, depois de deixar mais chocolate para Rox

    Dumbledore certificou-se de que a porta estava trancada e que o ruído dos passos de Madame Pomfrey tinha morrido na distância, antes de tornar a falar.
   
— E agora. — Disse ele — Está na hora de duas pessoas deste grupo se reconhecerem pelo que são. Sirius... se puder retomar sua forma habitual.

   O cachorrão preto ergueu a cabeça para o diretor, depois, num segundo, voltou a ser homem. Vega sorriu para o pai.
  
   A Sra. Weasley gritou e se afastou da cama.
  
— Sirius Black! — Tornou a gritar ela com voz aguda, apontando para o bruxo

— Mamãe, cala a boca! — Berrou Rony — Está tudo bem!

   Snape não gritara nem saltara para trás, mas a expressão do seu rosto era uma mescla de fúria e horror.

— Ele! — Rosnou o professor, arregalando os olhos para Sirius, cujo rosto exprimia igual desagrado — Que é que ele está fazendo aqui?

— Está aqui a meu convite. — Disse Dumbledore, olhando para ambos — Como você, Severo. Confio nos dois. Está na hora de porem de lado as velhas diferenças e confiarem um no outro.

   Rox achou que Dumbledore estava pedindo quase um milagre. Sirius e Snape se entreolhavam com a maior repugnância.

— Aceitarei, a curto prazo. — Disse Dumbledore, com uma certa impaciência na voz — Que suspendam as hostilidades ostensivas. Os dois apertem as mãos. Estão do mesmo lado agora. O tempo é curto e, a não ser que os poucos de nós que conhecem a verdade se mantenham unidos, não haverá esperança para ninguém.

   Muito devagar – mas ainda se olhando feio como se não desejassem um ao outro se não o mal – Sirius e Snape se aproximaram e apertaram as mãos. Mas as soltaram bem rápido.

— Já é o bastante para começar. — Disse o diretor se interpondo aos dois homens mais uma vez — Agora tenho trabalho para cada um de vocês. A atitude de Fudge, embora não seja inesperada, muda tudo, Sirius. Preciso que você comece imediatamente, você e Sienna, como nos velhos tempos. Alertem Remo Lupin, Arabella Figg, Mundungo Fletcher, a turma antiga. Fique escondido com Lupin por enquanto, entrarei em contato com você lá.

— Mas... — Começou Vega

   A garota queria que Sirius ficasse. Não queria dizer adeus novamente tão depressa, e pelo visto Harry também.
  
— Vocês voltarão a me ver em breve. —  Disse Sirius, virando-se para a filha e o afilhado —  Prometo. Mas preciso fazer o que posso, vocês compreende, não?

— A mamãe vai com você? — A garota perguntou, seus olhos estavam ficando pesados

— Sim, mas eu e a Sienna voltamos a te ver logo. Tudo bem, estrelinha? — O pai perguntou a pequena

— Claro. Claro... que sim. — Vega se atirou na cintura dele o abraçando fortemente como se nunca mais fosse o ver, seus olhos quase lacrimejaram

   Sirius sorriu com a atitude da menina, e foi até Harry, apertou a mão dele brevemente, se despediu de Dumbledore com um aceno da cabeça, voltou a se transformar em cachorro preto e correu para a porta, cuja maçaneta abriu com a pata.

   Então desapareceu.
  
— Severo. — Disse Dumbledore, voltando-se para Snape — Você sabe o que preciso lhe pedir para fazer. Se estiver disposto... se estiver preparado...

— Estou. — Disse Snape

   O professor parecia um pouco mais pálido do que o habitual, e seus olhos frios e negros brilharam estranhamente.
  
— Então, boa sorte. — E o diretor acompanhou, com uma certa apreensão no rosto, Snape partir em seguida a Sirius sem dizer palavra.

   Passaram-se vários minutos até Dumbledore tornar a falar.
  
— Preciso ir lá embaixo. — Disse finalmente — Preciso ver os Diggory. Harry, tome o resto da sua poção, e você também, Rox, vou falar para lhe trazerem mais chocolate. Verei todos vocês mais tarde.

   Harry se deixou cair nos travesseiros enquanto Dumbledore desaparecia. Rox, apenas se acomodou mais. Hermione, Rony, os gêmeos e a Sra. Weasley ficaram olhando para os dois. Nenhum deles falou durante muito tempo.

   Harry então virou-se para observar a ruiva na cama ao seu lado, que tinha o olhar vidrado no teto.

— Você está bem?

   Rox olhou para ele, e abriu um sorriso.

— Eu quem deveria te perguntar, não é? Salvador da Pátria. — Ao falar e tentar gargalhar, sentiu uma dor no corpo, mas não era tão doloroso quanto antes

— Rox, tá doendo? — Rony perguntou ainda segurando a mão dela

— Não se preocupem comigo. — A menina respirou fundo — Só dói quando eu respiro.

— Sempre tão engraçada. — Vega forçou um sorriso enquanto sentava a beirada da cama de Harry, seus olhos molhados

— Onde está o Lee e a Lav? — Perguntou Rox, finalmente notando a ausência do namorado e da melhor amiga

— Madame Pomfrey não deixou o Lee entrar. — Comunicou Fred — Ele estava desesperado, sabe... quando descobriu que você tinha sido atacada por um louco e estava desacordada.

— Pois é. — Completou George — Nunca tínhamos visto ele daquela forma. Desesperado é pouco pro que ele tava... acho que ele gosta mesmo de você.

— A Lav também não estava muito bem. — Disse Rony — Tá se sentindo culpada. Madame Pomfrey também não deixou ela entrar, disse que o desespero dos dois estragaria a calmaria do ambiente. Então a loira voltou pra Comunal, ela tava chorando.

— Vamos ver se os dois já se acalmaram e dizer que você está melhor. — Alertou George e sem esperar que alguém o respondesse, o ruivo puxou Fred e juntos se encaminharam para a porta da enfermaria, logo saindo

— Quando ele diz isso, é porque vai ver a Amélia, outra que está inconsolável, sabe. Mas isso ela já tá há tempos. — Suspirou Rony e Rox abriu um sorriso fraco

— Mas, você está mesmo bem, meu amor? Antes de tomar a poção, você estava... — A Sra. Weasley falou, mas não conseguiu continuar

— Sim. Acho que meus pensamentos se formaram na cabeça, por quê? Eu falei algo que não devia?

   Rony, Hermione e Vega se entreolharem.

— Claro que não meu amor. — A Sra. Weasley beijou o topo da cabeça da filha — Toma o resto da poção, você precisa dormir, tenho certeza que vai estar melhor amanhã. E você também, viu Harry?

   Rox observou o líquido do copo sem animação. Harry então visualizou o saco de ouro à mesa da cabeceira e respirou fundo.

— Não quero esse ouro. — Falou o garoto com a voz sem emoção — Pode ficar com ele. Qualquer um pode ficar com ele. Eu não deveria ter ganhado. Deveria ter sido de Cedric.

   A coisa contra a qual ele estivera lutando intermitentemente, desde que saíra do labirinto, ameaçava engolfá-lo. Sentiu uma ardência, um formigamento nos cantos internos dos olhos. Ele piscou e ficou encarando o teto. Rox desviou o olhar da poção e olhou o menino.

— Não foi sua culpa, Harry. — Sussurrou a Sra. Weasley.

— Eu disse a ele que apanhasse a Taça comigo.

   Agora a sensação de ardência passara à garganta, também. Ele desejou que Rony e Rox olhassem para outro lado.

   A Sra. Weasley deixou a poção de Rox em cima da mesinha ao lado dela. Lançou um olhar a Rony que se aproximou mais de Rox, enquanto ela se levantava e ia até Harry, abaixou-se e passou os braços em volta do menino. O garoto não tinha lembrança de jamais ter sido abraçado assim, como faria uma mãe.
  
   Todo o peso do que vira aquela noite pareceu desabar sobre ele quando a Sra. Weasley o apertou contra o peito. O rosto de sua mãe, a voz de seu pai, a visão de Cedric morto no chão, tudo começou a girar em sua cabeça até ele não conseguir mais aguentar, até seu rosto se contrair todo para conter o uivo de infelicidade que lutava para escapar de dentro dele.

  Ouviu-se uma pancada e a Sra. Weasley e Harry se separaram. Rox e Rony se assustaram e olharam. Hermione estava parada junto à janela. Apertava alguma coisa com força na mão.

— Desculpem. — Sussurrou

— Sua poção, Harry. — Disse a Sra. Weasley depressa, enxugando os olhos com as costas da mão

   Harry bebeu a poção de um só gole. O efeito foi instantâneo e o menino de repente adormeceu. A Sra. Weasley lhe lançou um olhar acolhedor, antes de se voltar mais uma vez pra Rox.

— Sua vez mocinha. — Disse a mãe com voz calorosa pegando a poção da menina

— Mamãe... — Rox olhou mimosa para a mãe, ainda segurando a mão de seu irmão gêmeo — Promete que quando eu acordar a senhora vai estar aqui?

— Oww... querida.

   A Sra. Weasley envolveu a menina em um abraço forte e caloroso como se não fosse a soltar mais. Pequenas lágrimas caíram do rosto de Molly.

— Sempre vou estar aqui pra você, tá bom, meu amor? — Disse a mãe e levou a poção a boca da menina

  Rox respirou fundo antes de engolir. Ondas pesadas e irresistíveis de sono sem sonhos a envolveram, ela tombou sobre os travesseiros e não pensou mais em nada do que houve.


  Hello bruxinhos!!

  Como estamos??? Faltam apenas dois capítulos e dois bônus pra primeira temporada de TW acabar. Vocês estão ansiosos??

  Eu tô surtandoooooo.

  Aliás, sentiram minha falta? Kkk, uma semana sem postar, mas sempre eu falava algo nos avisos, um spoiler ou outro. Aliás, pra quem não me segue ainda, aconselho seguir pra ver quando eu postar algo sobre a história.

   Bom, gente, depois das provas, estou bem animada com a escrita da história e estou amando o andamento. Dedicação total kkk. Além de ter criado uma árvore genealógica, criei até uma espécie de criatura mágica pra história, a cada dia que passa fico mais surpresa comigo kkk.

  Eu tô me dedicando tanto, por isso os comentários e votos me deixam MUITO feliz. Aliás, obrigada pelos 100K, eu quase chorei quando vi. VOCÊS SÃO INCRÍVEIS!!

  É isso, amo vocês.

  – Bjos da tia Nick.

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