{115} Mais uma Manchete
Quando eu e Rony nos encontramos com Hermione, e mais tarde com Harry foi para escutarmos tudo que tinha acontecido. A história em si era bem louca, como eu e Ron imaginávamos, Harry havia tido um sonho bastante lúcido com Você-Sabe-Quem, mas ele contou que o viu torturar Rabicho por conta de algo que ele fez de errado, e tinha uma cobra que o Lorde disse que daria Harry para ela comer. Não posso negar o arrepio que senti só ao ouvir isso.
Quando Harry saiu da Sala da Profa. Trelawney foi para ir, não para enfermaria, e sim para a Sala do Prof. Dumbledore conforme Sirius recomendara, primeiro encontrou o diretor tendo uma quase discussão com o Ministro da Magia e Moody, mas os três acabaram tendo que sair e deixaram Harry sozinho na sala do diretor. Foi quando ele encontrou uma Penseira, pelo que ele explicou era uma bacia de pedra rasa, com entalhes estranhos na borda; runas e símbolos que Harry não reconheceu. Uma luz prateada vinha do conteúdo da bacia, ele não sabia dizer se a substância era líquida ou gasosa. Era brilhante, branco-prateada e se movia sem cessar; sua superfície se encapelava como água sob a ação do vento e, então, como uma nuvem, se dividia e girava lentamente. Parecia luz liquefeita – ou vento solidificado. Pelo que Dumbedore disse a Harry era usada para guardar pensamentos. Mesmo sem saber como usar, Harry acabou a ativando e sendo transportada para um lugar que parecia masmorras, e presenciou três julgamentos. O primeiro do atual diretor da Durmstrang, Karkaroff, ele falou alguma nomes de Comensais conseguido assim sua liberdade. O segundo me surpreendeu de uma forma, pois era Ludo Bagman, mas pelo que entendi ele não chegou a ser preso, por sorte foi inocentado. O último foi de quatro comensais, ambos foram condenados à prisão perpétua, eram acusados de torturar um auror, um deles por acaso era o filho de Bartô Crouch e ficou gritando tentando apelar pelo dó do pai que sem piedade exclamou para todos que não tinha filho e o mandou direto para os dementadores.
Quando Dumbedore chegou a sala, depois de se desculpar, Harry o encheu de perguntas sobre o que vira e por qual razão o diretor havia testemunhado a favor de Snape, se Karkaroff tinha alegado que ele era um Comensal.
Era normal Harry nos contar histórias que nos deixavam em choque, mas essa em particular nos surpreendeu.
— Dumbledore também acha que Você-Sabe-Quem está se fortalecendo outra vez? — Sussurrou Rony. O caso era que Harry havia visto isso no sonho, e perguntou ao diretor que disse que tem uma forte intuição em relação a isso
Harry também já havia contado tudo a Sirius, lhe enviou uma coruja assim que saíra do escritório do diretor. Mais uma vez nós quatro ficamos acordados até tarde na sala comunal, discutindo os acontecimentos até que a minha cabeça começou a rodar com tanta informação. E mesmo sem entender bem, acho que compreendo por que Dumbledore tinha uma Penseira e o que ele quisera dizer quando falara em uma cabeça ficar tão cheia de pensamentos que era um alívio esvaziá-la com um sifão.
Rony ficou olhando fixamente para as chamas na lareira. Achei que o vi estremecer levemente, embora a noite não estivesse fria.
— E ele confia em Snape? — Tornou a perguntar Rony — Confia realmente em Snape, mesmo que o cara tenha sido um Comensal da Morte?
— Sim. — Disse Harry que também parecia está com a cabeça rodando, até mais que a minha
Hermione não falava havia dez minutos. Estava sentada com a testa apoiada nas mãos, fitando os joelhos. Pensei que ela também faria bom uso de uma Penseira.
— Rita Skeeter. — Murmurou ela finalmente
Só então eu lembrei das pessoas que Harry mencionou ver no julgamento, além do Sr. Crouch e Dumbledore obviamente, à plateia se encontravam o Prof. Moody e Rita Skeeter.
— Como é que você pode estar preocupada com ela agora? — Indagou Rony, incrédulo
— Não estou preocupada com ela. — Respondeu Hermione para os próprios joelhos — Só estou pensando... lembra o que ela me disse no Três Vassouras? “Sei coisas sobre Ludo Bagman que a deixariam de cabelo em pé.” Era a isso que ela estava se referindo, não é? Ela fez a cobertura do julgamento, sabia que ele tinha passado informações para os Comensais da Morte. E Winky, também, lembra...“O Sr. Bagman é um bruxo malvado.” O Sr. Crouch provavelmente ficou furioso quando Bagman se livrou da prisão, e provavelmente comentou isso em casa.
— É, mas Bagman não passou informações de propósito, passou? — Comentei. Estava óbvio pela história de Harry que Bagman não sabia que estava falando com um Comensal, Rookwood era amigo do pai de Ludo e trabalhava no Departamento de Mistério, além de ter dito que o ajudaria a arrumar um emprego no Ministério se ele o passasse algumas informações, obviamente não tinha como Ludo saber se estava ou não ajudando
Hermione deu de ombro.
— E Fudge acha que Madame Maxime atacou Crouch? — Perguntou Rony se virando para Harry outra vez
— É. — Respondeu Harry — Mas só está dizendo isso porque o Sr. Crouch desapareceu perto da carruagem da Beauxbatons.
— Nunca pensamos nela, não é mesmo? — Disse Rony, lentamente — E olhem que ela positivamente tem sangue de gigante, e não quer nem admitir...
— Claro que não. Pirou, Ronald? — Exclamei — Olha só o que aconteceu com o Hagrid quando a Rita descobriu quem era a mãe dele. Olha só o Fudge tirando conclusões apressadas sobre ela, só porque a mãe é meio giganta. Quem precisa desse tipo de preconceito? Eu provavelmente diria que tinha ossos grandes se soubesse o que me esperava por dizer a verdade.
Hermione me olhou em sinal de concordância, mas Rony riu, o que eu não entendi bem.
— O que foi? — Rosnei para ele
— Você dizendo que tem ossos grandes quando não tem nem um metro de altura direito. Cara, olha só o seu tamanho. Fala sério, Rox. — Exclamou o garoto as gargalhadas e eu senti como se saísse fumaça dos meus ouvidos enquanto minhas bochechas coraram tanto quanto meu cabelo
— Eu tenho um metro e cinquenta e três, seu idiota! — Vociferei me segurando pra não o bater. Harry ria de leve, meio tentando disfarçar — Cala a boca, gigante! Idiota! Escroto! Burro! Babaca! Para de rir, Ronald! — Olhei para Mione que apenas revirou os olhos — Mione, manda ele parar de rir, or! Eu ainda vou crescer. Mione, olha pra eles!! Eu só tenho quinze anos, eu vou crescer ainda.
— Ok. — Disse Harry rindo — Acreditamos em você.
Eu estava prestes a mandar ele calar a boca e jogar na cara dele que era o menor dos garotos do quarto ano, quando Hermione suspirou e consultou seu relógio de pulso.
— Não praticamos nada! — Exclamou ela, chocada. — Íamos fazer a Azaração de Impedimento! Amanhã temos que meter as caras nela pra valer. Vamos Harry, você precisa descansar. E ora, Rony, a graça já acabou, não é? Rox nem é tão baixa assim.
Cruzei os braços e dei língua para o idiota do meu irmão gêmeo. Então Mione e eu subimos para nosso dormitório enquanto os meninos se dirigiam para o deles, os quatro agora pensando em tudo que ouvimos e no que viria a acontecer na terceira e última tarefa. Mas não posso negar que eu ainda estava irritada com o comentário de Rony, como eu podia ser a mais baixa da família!? Até mais baixa que Ginny, que é um ano mais nova. Mereço, mereço!
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Eu, Rony e Hermione precisávamos na verdade era estar revisando as matérias para os exames, que terminariam no dia da terceira tarefa, em lugar disso, estávamos devotando todas as energias a ajudar Harry a se preparar.
— Não se preocupe. — Disse Hermione brevemente, quando Harry comentou isso conosco, e disse que não se importava de continuar a praticar sozinho — Pelo menos vamos tirar notas máximas em Defesa Contra as Artes das Trevas, nunca teríamos descoberto tantas azarações em aula.
— Um bom treinamento para quando formos aurores. — Comentou Rony excitado, experimentando uma Azaração de Impedimento em uma vespa que entrara zumbindo na sala, e fazendo-a estacar no ar
— Não que eu queira me tornar auror. — Revirei os olhos também treinando a Azaração — Pense por esse lado, Harry. Sua saúde é mais importante do que a gente passar de ano. — Acrescentei fazendo Rony e Mione me lançarem olhares sérios e eu rir
Quando entrou o mês de junho, a atmosfera do castelo se tornou mais uma vez elétrica e tensa. Todos aguardavam com ansiedade a terceira tarefa, que se realizaria uma semana antes do fim do trimestre. Harry praticava azarações em todos os momentos de folga. Ele parecia realmente se sentir mais confiante com relação a esta tarefa do que a qualquer das anteriores. Mas, apesar de difícil e perigosa, como certamente seria, Moody tinha razão: Harry conseguira passar por criaturas monstruosas e atravessar barreiras mágicas antes, e desta vez, recebera aviso, tivera a chance de se preparar para aquilo que o aguardava.
Cansada de nos surpreender por toda a escola, a Profa. Minerva dera a Harry permissão para usar a sala de Transfiguração vazia à hora do almoço. Ele não tardou a dominar a Azaração de Impedimento, um feitiço para retardar e obstruir atacantes, o Feitiço Redutor lhe permitiria explodir objetos sólidos em seu caminho e o Feitiço dos Quatro Pontos, uma descoberta útil minha, que faria sua varinha apontar para o norte, permitindo-lhe, assim, verificar se estava se deslocando na direção certa dentro do labirinto. Mas ele ainda estava tendo problemas com o Feitiço Escudo. Este lançava uma parede temporária e invisível em torno dele e o protegia de pequenos feitiços; Hermione conseguiu desfazê-la com uma bem colocada Azaração das Pernas Bambas. Harry bambeou pela sala uns bons dez minutos, até a garota ter tido tempo para achar a contra-azaração.
— Mas você continua se saindo realmente bem. — Elogiei encorajando Harry enquanto observava Hermione que estava consultando a lista que fizera para riscar o que ele já aprendera — Alguns desses devem ser uma mão na roda.
— Venham só dar uma espiada nisso. — Disse Rony que estava parado junto à janela. Contemplava os jardins — Que será que o Malfoy está aprontando?
Respirei fundo ao ouvir esse sobrenome, mas logo assim como Harry e Hermione fui até lá para ver. Draco, Crabbe e Goyle estavam parados à sombra de uma árvore lá embaixo. Crabbe e Goyle pareciam estar vigiando alguma coisa; os dois abafavam risinhos. Malfoy tampava a boca com a mão e falava para dentro dela.
— Parece até que ele está usando um walkie-talkie. — Disse Harry curioso
— Um ual-quê? — Arqueei uma sobrancelha
— Não pode estar. — Lembrou Hermione ignorando minha pergunta — Já disse a vocês três que esse tipo de coisa não funciona em Hogwarts. Vamos, Harry. — Acrescentou ela energicamente, dando as costas à janela e voltando ao meio da sala — Vamos experimentar outra vez o Feitiço Escudo. Rox, sua vez de tentar quebrar.
Suspirei fundo e lancei um último olhar para os jardins, uma pontada no meu coração ao ver aquele maldito loiro e uma vasta saudade de conversar com ele. Por que eu sentia essas coisas? Por que?
— Rox!? — Insistiu Mione; eu me virei logo a seguindo, e forçando um sorriso convencido enquanto andava até eles
— Não esqueça que se tem uma coisa que eu sou boa é em Azarações. — Brinquei levantando a varinha e apontando para Harry que riu
— Manda ver então. — Disse ele
Sirius agora mandava corujas diariamente. Do mesmo modo que eu e Hermione, ele parecia querer se concentrar em fazer Harry concluir a última tarefa, antes de se preocupar com outra coisa. Em cada carta ele lembrava ao afilhado que fosse o que fosse que acontecesse fora dos muros de Hogwarts não era responsabilidade do garoto, nem estava em seu poder influenciar nada.
Se Voldemort está realmente voltando a se fortalecer (escreveu ele), minha prioridade é garantir a sua segurança e a de Vega. Ele não pode sequer alimentar esperanças de pegá-lo enquanto você estiver sob a proteção de Dumbledore, mas mesmo assim, não corra riscos: concentre-se em atravessar esse tal labirinto em segurança, depois poderemos voltar nossa atenção para outros assuntos. Espero que você e Vega estejam bem.
Não pude deixar de notar que Harry parecia cada vez mais nervoso à medida que o dia vinte e quatro de junho se aproximava, mas nem tanto quanto nas tarefas anteriores. Por um lado, ele se sentia confiante de que, desta vez, fizera tudo que pudera para se preparar para a tarefa. Por outro, esse era o último esforço e, independentemente de se dar bem ou mal, o torneio enfim terminaria, o que seria um enorme alívio. Vega também parecia nervosa a cada dia, preocupada e torcendo para estar errada sobre a intuição que teve no início do ano letivo.
Agradeci no entanto que Lee Jordan estivesse ocupado com os exames, e não se importasse que eu estivesse a ajudar Harry com as azarações, pelo que parecia, meu namorado era mesmo atencioso e nem um pouco ciumento, ou talvez só não tinha ciúmes de Harry, já que eu considerava um irmão. De qualquer forma, eu não podia dizer que ele era um namorado ruim, pois isso era claro que ele não era.
O café foi uma reunião barulhenta à mesa da Gryffindor, na manhã da terceira tarefa. O correio-coruja apareceu, trazendo para Harry um cartão de boa sorte de Sirius. Era apenas um pedaço de pergaminho, dobrado com a impressão de uma pata enlameada, mas Harry pareceu gostar assim mesmo. Uma coruja-das-torres chegou trazendo para Hermione seu exemplar do Profeta Diário, como habitualmente. Ela abriu o jornal, deu uma olhada na primeira página e cuspiu a boca cheia de suco de abóbora, sujando todo o jornal.
— Que foi? — Exclamamos eu, Rony e Harry juntos, olhando para a garota.
— Nada. — Disse Hermione depressa, tentando esconder o jornal, mas Rony agarrou-o.
Eu que estava ao lado do meu irmão, me inclinei para o lado para poder ler, nós dois arregalamos os olhos enquanto nosso olhar percorria a enorme manchete, que era encimada por uma grande foto de Harry.
HARRY POTTER “PERTURBADO E PERIGOSO”
O garoto que derrotou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado encontra-se instável e possivelmente perigoso, escreve nossa repórter especial Rita Skeeter. Há poucos dias vieram à luz provas assustadoras do estranho comportamento de Harry Potter, que lançam dúvidas sobre suas qualificações para competir em um torneio rigoroso como o Tribruxo, ou até mesmo para frequentar a Escola de Hogwarts.
O Profeta Diário está em condições de afirmar, com exclusividade, que Potter regularmente desmaia na escola, e com frequência se queixa de dor na cicatriz que tem na testa (relíquia de um feitiço com que Você-Sabe-Quem tentou matá-lo). Na última segunda-feira, no meio de uma aula de Adivinhação, a repórter do Profeta Diário presenciou a saída intempestiva de Potter da sala de aula, dizendo que sua cicatriz o incomodava em demasia para que pudesse continuar em classe.
É possível, dizem os maiores especialistas do Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, que o cérebro de Potter tenha sido afetado pelo ataque que sofreu de Você-Sabe-Quem, e que sua insistência em dizer que a cicatriz continua a doer seja uma expressão de sua arraigada confusão.
“Talvez até esteja fingindo”, opinou um especialista, “o que poderia ser um mecanismo para receber atenção.”
O Profeta Diário, no entanto, descobriu fatos preocupantes sobre Harry Potter, que Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, tem cuidadosamente ocultado do público bruxo.
“Potter é ofidioglota”, revela Draco Malfoy, um quartanista de Hogwarts. “Há uns dois anos, houve uma série de ataques a estudantes, e quase todos pensaram que Potter era o responsável depois que o viram perder a cabeça em um Clube de Duelos e açular uma cobra contra um colega. O episódio foi abafado. Mas ele também faz amizade com lobisomens e gigantes. Achamos que ele é capaz de qualquer coisa para ter algum poder.”
Ofidioglossia, ou a capacidade de conversar com as cobras, é tradicionalmente considerada uma Arte das Trevas. Com efeito, o ofidioglota mais famoso dos nossos tempos não é outro senão Você-Sabe-Quem. Um membro da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas, que prefere se manter anônimo, declarou que consideraria qualquer bruxo ofidioglota “merecedor de investigação. Pessoalmente, eu encararia com muita suspeita qualquer pessoa que conversasse com cobras, pois esses animais em geral são usados nos piores tipos de magia negra e, historicamente, são associados com bruxos malignos”. Da mesma forma “qualquer um que procure a companhia de criaturas selvagens como lobisomens e gigantes me parece ter inclinação para a violência”.
Alvo Dumbledore deveria, sem dúvida, refletir se um garoto desses pode realmente competir no Torneio Tribruxo. Há quem receie que Potter possa apelar para as Artes das Trevas em seu desespero de vencer o torneio, cuja terceira tarefa será realizada hoje à noite.
— Mas que droga... — Comecei indignada quando finalizei a leitura — Que droga!
— Nem pensar. Hoje não. Essa vaca velha. — Rosnou Rony
— Que foi? — Perguntou Harry — Rita Skeeter de novo?
— Não. — Respondemos eu e Rony, e do mesmo modo que Hermione, tentamos esconder o jornal
— Fala de mim, não é? — Perguntou Harry
— Óbvio que não, Harry. — Menti em um tom que obviamente não engana ninguém
Mas antes que Harry pudesse pedir para ver o jornal, para minha insatisfação, Draco que estava do outro lado do salão, na mesa da Slytherin, gritou:
— Ei, Potter! Potter! Como é que está a sua cabeça? Você está se sentindo legal? Tem certeza de que não vai endoidar para cima da gente?
Malfoy segurava um exemplar do Profeta Diário, também. Os alunos ao redor da mesa da Slythetin deram risadinhas e se viraram nas cadeiras para ver a reação de Harry. Eu fitei Draco com o olhar sério e querendo socar a cara dele.
— E se eu por acaso endoidar e te bater até você sangrar, o que você faz, Malfoy!? — Rosnei e só então ele olhou pra mim, com seus olhos acizentados meio desconcertados ao se encontrar com os meus azuis, mas logo recuperou a pose
— Não sei. — Ele forçou um sorriso cheio de si — Mas eu adorei seu colar, Rorô.
— Qual seu problema com essa merda de colar, hem idiota!? — Senti minhas bochechas corarem e minha vontade de o socar foi grande
— Eu odeio o fato de você ser tão lerda, sabia?! — Agora ele parecia irritado, mas desviou seu olhar de mim e se voltou para Harry — Com certeza aprendeu com o Potter. Só cuidado pra não pegar a loucura dele também, Rox.
Eu bufei enquanto colocava a mão no bolso da minha capa, a procura da minha varinha, mas senti uma mão segurar meu pulso.
— Não faça nada com o que vá se arrepender depois. — Sibilou Hermione
Harry no entanto, também bufando, se virou para mim e meu irmão.
— Me deixem ver esse jornal. — Pediu ele — Vamos, me dá isso aqui.
Com muita relutância, Rony entregou o jornal. Harry virou-o e começou a passar seu olhar pela manchete.
— Acho que ela está deixando de gostar de mim, não? — Comentou Harry despreocupado, dobrando o jornal ao terminar a leitura
Na mesa da Slythetin, Malfoy, Crabbe e Goyle ainda riam-se dele, davam pancadinhas na cabeça, faziam caretas grotescas imitando loucos e agitavam as línguas como cobras.
— Babacas. — Revirei os olhos irritadas tentando voltar a atenção à minha comida
— Como foi que ela soube que a sua cicatriz doeu na aula de Adivinhação? — Perguntou Rony — Não havia como ela ter estado presente, não havia como poder ter ouvido...
— A janela estava aberta. — Revelei com receio — Eu meio que a abri para respirar.
— Mas vocês estavam no alto da Torre Norte. — Lembrou Hermione — A voz de Harry não podia ter sido ouvida lá embaixo nos jardins!
— Bem, você é quem anda pesquisando métodos mágicos de grampear! — Disse Harry — Me diga você como foi que ela conseguiu!
— Estou tentando. — Defendeu-se Hermione — Mas eu... mas...
Uma expressão estranha e sonhadora subitamente apareceu no rosto de Hermione. Ela ergueu uma das mãos e correu os dedos pelos cabelos.
— Você está legal? — Perguntou Rony, erguendo as sobrancelhas para a amiga
— Estou. — Respondeu Hermione sem fôlego
Ela tornou a correr os dedos pelos cabelos e levou a mão à boca, como se estivesse falando para um objeto de comunicação trouxa invisível. Eu, Rony e Harry nos entreolhamos.
— Tive uma ideia. — Informou Hermione, olhando para o espaço — Acho que sei... porque desse jeito ninguém poderia ver... nem Moody... e ela poderia ter chegado até o peitoril da janela... mas isso é proibido... decididamente é proibido... acho que a pegamos! Me deem dois segundinhos na biblioteca, só para ter certeza!
Dizendo isso, Hermione agarrou a mochila e saiu correndo do Salão Principal.
— Não vai terminar o café? — Ainda tentei gritar para ela
— Oi! — Gritou Rony para a menina — Temos exame de História da Magia dentro de dez minutos! Caracas. — Disse o garoto tornando a se virar para mim e Harry — Ela deve realmente odiar aquela Skeeter para se arriscar a perder o início do exame. Que é que você vai fazer na sala do Binns, reler livros, Harry?
Dispensado dos testes de fim de trimestre por ser campeão no torneio, até ali Harry se sentara no fundo das salas de exame, pesquisando novas azarações para a terceira tarefa.
— Acho que sim. — Respondeu Harry para Rony; mas nesse instante a Profa. Minerva vinha contornando a mesa da Gryffindor em direção a ele
— Potter, os campeões vão se reunir na câmara vizinha ao salão depois do café. — Anunciou ela
— Mas a tarefa só vai ser à noite! — Exclamou Harry, derramando, sem querer, ovos mexidos na roupa, receoso de que tivesse se enganado na hora. Eu própria me engasguei com o suco de abóbora e comecei a tossir. Rony, rindo, bateu em minhas costas me ajudando a desengasgar; a Profa. Minerva apenas nos olhou brevemente, depois se voltou para Harry o respondendo
— Eu sei disso, Potter. As famílias dos campeões foram convidadas para assistir à última tarefa, entende. É apenas uma oportunidade para você cumprimentá-los.
Ela se afastou. Harry acompanhou-a com o olhar, boquiaberto.
— Ela não está esperando que os Dursley apareçam, está? — Perguntou a mim e Ron sem entender
— Será? — Perguntei arqueando a sobrancelha, mas voltando a atenção para minha comida
— Sei lá. — Disse Rony levando uma colherada de bacon a boca — Rox, é melhor nos apressarmos ou vamos chegar tarde na sala de Binns. A gente se vê depois, Harry.
Rony tomou apressadamente o seu copo de suco e se levantou me puxando.
— Calma, eu tô indo, Ronald. — Reclamei também ao me levantar, mas antes peguei mais umas duas torradas da bandeja e mordisquei elas — Tchau, Harry, nos vemos mais tarde.
— Boa sorte no exame. — Harry gritou para a gente enquanto saíamos do salão
Hello bruxinhoooos!!
Gente, será que um dia a Rox descobre qual o problema do Draco com aquele colar? Kkkkkk. Ahhh, sim, o próximo capítulo será o da Terceira tarefa, eu a dividi em três partes, e me desculpem pelo trauma que essas partes trarão... e não é só pra vocês hem...
Quarta-feira próxima que seria o dia de postar o novo capítulo também é o Niver do lindo, maravilhoso e gostoso Tom Felton, vulgo meu marido. Pena que ele me rejeitou, disse que eu sou muito nova pra ele, affer tóxico, só porque eu sou menor de idade e ele tem idade do meu pai! ( -_- ) Idade é só um número, 190 também kkkkkk, parei, parei.
Enton. Como é Niver do gato que interpretou meu marido Draco Malfoy, estou pensando em trazer um bônus do pov da doninha, já que muitos de vocês dizem que gostam de quando ele narra. O que acham??
Ah, e como a história fez 80K quero trazer um bônus da Ginny sobre a relação dela com a Rox. Então o que acham, tipo eu postei capítulo normal hoje, quarta será possivelmente o bônus do Draco, e na sexta vocês preferem capítulo normal ou bônus??
Deixem aí a opinião de vocês.
E comenteeeeemmmm pelo amor de Deus, se não vou mandar um dementador visitar vocês de noite, ou a Nagini puxar seus pés. Kkkkkkk, é brincadeira, mas por favor comentem pra me deixar feliz.
Olhem debaixo da cama antes de dormir, Aragogue pode estar por perto. Ha ha ha.
( Eu incorporando a psicopata -_- SOCORROOOO )
acho que eu tô doida... Kkkk, parei.
– Bjos da tia Nick.
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