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{104} O Baile de Inverno

    No mesmo instante, Rony, Harry, Dean, Seamus e Neville desceram as escadas dos dormitórios deles, Pati esperava Harry ao pé da escada e Lavender pelo visto já tinha saído para encontrar com o Hansen.

— Você convidou a nossa irmã para o baile? — George finalmente perguntou com uma cara nada agradável

— Com centenas de meninas em Hogwarts, você foi e convidou a nossa irmã!? — Dessa vez foi Fred quem falou, ainda boquiaberto

— Vocês sabem que são meus melhores amigos e eu adoro vocês, né? — Lee riu meio nervoso

   Apenas ri deles e me virei para comprimentar Ron e Harry.

— Oi meninos, tão gatos, hem.

— Oi, Rox. — Disse Harry com um sorriso — Você tá linda.

— Rox? — Rony se surpreendeu. Logo percebi que as barras das suas vestes pareciam lastimavelmente esfiapadas, ele deveria ter arrancado as rendas — Caramba, é você?

— Não, o Papai Noel. — Revirei os olhos com um sorrisinho — Vamos descer gente.

— O Lee Jordan é o seu par? — Ele arregalou os olhos mais uma vez e eu ri

   Fred e Angelina andaram a frente, George e Lia indo logo atrás, e eu e Lee nos adiantamos.

— Cadê a Hermione, hem? — Rony perguntou abobado olhando para os lados

  O saguão de entrada também estava apinhado de estudantes, todos andando por ali à espera de que dessem oito horas, quando as portas para o Salão Principal seriam abertas. As pessoas que iam encontrar pares de outras Casas procuravam atravessar a aglomeração, tentando localizar uns aos outros. Parvati encontrou a irmã Padma e levou-a até Harry e Rony. Eu ao lado deles com Lee.

— Oi. — Cumprimentou Padma, que estava tão bonita quanto Parvati, de vestes turquesa-forte. Mas não parecia muito entusiasmada com a ideia de ter Rony como par; seus olhos escuros se demoraram nas mangas e no decote esfiapados das vestes do garoto quando o examinou de alto a baixo. Juro que não gostei nada de a ver o analisando dessa forma

— Oi. — Disse Rony sem olhar para ela, mas espiando os convidados — Ah, não...

   Ele dobrou ligeiramente os joelhos para se esconder atrás de Harry, porque Fleur Delacour ia passando, absolutamente fantástica com suas vestes de cetim cinza-prateado, acompanhada pelo capitão do time de quadribol da Ravenclaw, Rogério Davies. Quando os dois desapareceram, Rony se endireitou e ficou examinando as cabeças das pessoas que estavam de costas.

— Cadê a Hermione? — Indagou outra vez

— Quando eu saí, ela ficou se arrumando ainda, vai saber. — Cruzei os braços

   Comecei a olhar a volta vendo o pessoal se amontoando, mas então eu vi. Um grupo de alunos da Slytherin vinham subindo as escadas do seu salão comunal na masmorra.

   Meus olhos azuis então se encontraram com os acizentados dele, já que Malfoy vinha à frente do batalhão, usava vestes de veludo negro com a gola alta, mas a camisa por dentro do terno era branca, assim como a gravata, uma perfeita combinação que fez meu coração saltar, enquanto eu o observava vibrada. Mas logo percebi quem estava com ele e meu mundo caiu. Pansy Parkinson, agarrada ao braço de Malfoy, com vestes rosa-claro cheias de babadinhos. Crabbe e Goyle vinham de verde; pareciam pedregulhos cobertos de limo e nenhum dos dois, pelo visto, conseguira encontrar um par. Blaise Zabini vinha logo atrás, um terno azul escuro, com colete, e usava uma gravata vermelha, ele parecia entediado, com Daphne Greengrass ao seu lado, de vestes amarelas rendadas e conversando animadamente com ele.

   Mas eu continuava encarando freneticamente embora eu quisesse desviar o olhar, eu só lembrava de tantas vezes que Draco me dizia que não tinha nada com a Parkinson, e ele simplesmente veio ao baile com ela. Senti uma raiva inundar meu corpo, vontade de arrancar aquele braço dela dali, vontade de a afastar pra bem longe dele.

— Você está bem? — Jordan sussurrou no meu ouvido me fazendo voltar pra
terra

   Abri um sorriso olhando para ele que retribuiu. Preciso me concentrar no baile, me divertir, não posso pensar em Draco.

   As portas de carvalho da entrada se abriram e todos nos viramos para olhar os alunos de Durmstrang entrarem com o Prof. Karkaroff. Krum vinha à frente da delegação, acompanhado por uma garota bonita, de vestes azuis, que eu não conhecia. Lavender vinha atrás deles segurada no braço de Aaron Hansen que era um bonito garoto alto de olhos azuis. Por cima das cabeças do grupo, eu vi que a área do gramado logo à entrada do castelo fora transformada em uma espécie de gruta cheia de luzes encantadas – ou seja, centenas de fadinhas vivas encontravam-se sentadas nas roseiras que tinham sido conjuradas ali e esvoaçavam sobre as estátuas que pareciam representar Papai Noel e suas renas.

   Então a voz da Profa.Minerva McGonagall chamou:
  
— Campeões aqui, por favor!

   Parvati ajeitou as franjas, sorridente; ela e Harry disseram “Vemos vocês daqui a pouco”, para mim e Lee, Rony e Padma, e se adiantaram, a aglomeração de pessoas que conversavam se abriu para deixá-los passar. A professora, que trajava vestes a rigor de tartan vermelho, e enfeitara a aba do chapéu com uma guirlanda bem feiosa de cardos – a flor nacional da Escócia –, mandou-os esperar a um lado das portas, enquanto os demais entravam; eles deviam entrar no Salão Principal em cortejo, quando os outros estudantes se sentassem.

   Fleur Delacour e Rogério Davies pararam mais próximos às portas; Davies parecia tão aturdido com a sua sorte de ter Fleur como par que mal conseguia desgrudar os olhos dela. Cedric e Cho ficaram ao lado de Harry; o garoto desviou o olhar para não precisar conversar com eles. Em lugar disso, meu olhar então recaiu sobre a garota ao lado de Krum. Meu queixo caiu.

   Era Hermione.

    Mas ela não parecia nadinha com a Hermione. Fizera alguma coisa com os cabelos; não estavam mais lanzudos, mas lisos e brilhantes e enrolados num elegante nó na nuca. Estava usando vestes feitas de um tecido etéreo azul-pervinca, e tinha uma postura um tanto diferente – ou talvez fosse meramente a ausência dos vinte e tantos livros que ela normalmente carregava às costas. E sorria – um sorriso um pouco nervoso, era verdade –, mas a redução no tamanho dos dentes da frente era mais visível que nunca. Eu não conseguia compreender como não a vira antes.

   Parvati ao lado de Harry mirava Hermione com depreciativa incredulidade. E não era a única, tampouco; quando as portas do Salão Principal se abriram, o fã-clube de Krum que fazia ponto na biblioteca passou, lançando a Hermione olhares de profundo desprezo. Não pode deixar de notar que Parkinson boquiabriu-se ao passar com Malfoy, e mesmo ele não pareceu capaz de encontrar uma ofensa para atirar a Hermione. Rony, porém, passou direto por ela sem sequer olhar. Eu lancei um sorriso pra ela e Sussurrei que ela estava maravilhosa quando eu e Jordan finalmente entramos e nos sentamos em uma mesa com Fred, George, Lia e Angelina. Pouco tempo depois Padma e Rony também se aproximaram de nós.

   Depois que estávamos todos sentados no salão, a Profa. Minerva mandou os campeões e seus pares formarem um cortejo, de dois em dois, e a seguiram. Os garotos obedeceram e todos no salão aplaudimos, quando eles entraram e se dirigiram a uma grande mesa redonda no fundo do salão, onde estavam sentados os juízes.

   As paredes do salão estavam cobertas de gelo prateado e cintilante, com centenas de guirlandas de visco e azevinho cruzando o teto escuro salpicado de estrelas. As mesas das Casas haviam desaparecido; em lugar delas havia umas cem mesinhas iluminadas com lanternas, que acomodavam, cada uma, doze pessoas.

   Observei que Harry parecia se concentrar em não tropeçar nos próprios pés. Parvati, por outro lado parecia estar se divertindo; sorria radiante para todos, conduzindo Harry com tanta firmeza que parecia que ele era um cachorrinho de concurso que ela estava ensinando a desfilar. Percebi que ele olhava para Rony, me virei e vi que meu irmão observava Hermione passar com os olhos apertados. Já Padma parecia chateada.

   Dumbledore sorriu feliz quando os campeões se aproximaram da mesa principal, mas Karkaroff tinha uma expressão parecidíssima com a de Rony ao ver Krum e Hermione se aproximarem. Ludo Bagman, esta noite de vestes roxo-berrante, com grandes estrelas amarelas, batia palmas com tanto entusiasmo quanto qualquer estudante; e Madame Maxime, que trocara o uniforme costumeiro de cetim negro por um vestido rodado de seda lilás, os aplaudia educadamente. Mas o Sr. Crouch, percebi de súbito, não estava presente. A quinta cadeira à mesa estava ocupada por ninguém mais, ninguém menos que Percy.

   Quando os campeões e seus pares chegaram à mesa, Percy puxou uma cadeira vazia ao seu lado, olhando significativamente para Harry. Harry entendeu a deixa e se sentou ao lado do garoto, que trajava vestes a rigor azul-marinho, novíssimas, e exibia uma expressão de grande presunção.

— Alguém sabe me explicar quê que o Percy está fazendo aqui? — Sussurrei à mesa aos meninos

— Sentiu saudades da comida da escola. — Respondeu Fred brincalhão

— Idiota, tô falando sério!

— O Sr. Crouch não está, perceberam? — Jordan observou

— Sim, mas o que tem haver com o chato do Percy está aqui? — Perguntei

— Pensa maninha, não é tão difícil. — George riu — Percy deve está representando o tão amado chefe dele.

   Então percebi que de fato fazia sentido, fiz uma nota mental de perguntar a Percy, mais tarde, quem ele matou para ser promovido.

— Acham que o Sr. Crouch já parou de chamar o Percy de Weatherby? — Perguntei fazendo todos da mesa rirem

— Cadê a comida!? — Murmurou Rony que tinha a cara completamente amarada

   E o fato era que ainda não havia comida nas travessas de ouro, apenas pequenos menus diante de cada conviva. Eu apanhei o meu hesitante e espiei para os lados – não havia garçons. Mas por outro lado, meus olhos se bateram em outra coisa. Foi quando eu avistei duas mini criaturinhas se aproximarem de nós e se sentarem nas duas cadeiras desocupadas.

— Buenas noches meus caros senhores. — Brincou a garota imitando um sotaque francês misturado com espanhol

— Oi, gente. — O menino sorriu

— Vega, Colin!? Que raios vocês estão fazendo aqui? — Arqueei uma sobrancelha para os dois perguntando o que todos a mesa queriam saber

— O baile não era só para pessoas do quarto ano acima? — Perguntou Angelina intrigada

— E para pessoas inteligentes. — Disse Vega sorrindo. Ela usava uma maquiagem clara, embora tivesse uma sombra escura e com brilho, seu cabelo estava semipreso e as madeixas bastante onduladas, usava um vestido preto com estrelas brancas e babadinhos na saia, além de mangas rendadas, e pelo visto estava de salto alto

— Usamos a tática que você falou, Rox. — Colin falou com um risinho, seu cabelo castanho perfeitamente arrumado e um terno preto que o deixou mais fofo que o costume, com uma bela gravata borboleta

— Convidar um Huflepuff, sério, obrigada pela dica. — Vega riu — Estão vendo o Justino? — Perguntou ela. Eu então passei meu olhar ao redor e vi Justino Finch-Fletchley conversando alegremente com Susana Bones em uma mesa com o pessoal da Huflepuff — Então, o pobrezinho queria muita convidar a Susana, mas estava nervoso, com medo sabe, então como eu sou uma pessoa muito maravilhosa.

— É mesmo. — Colin a interompeu com um sorriso bobo a observando

— Obrigada. Então, como eu dizia... já que eu sou uma pessoa tão incrível, resolvi ajudar ele, né, é claro. Me ofereci pra conversar com a Susana, para ela ir ao baile com ele, se em troca ele fingisse que iria comigo só para eu poder entrar no baile, mas quando tivesse aqui ele poderia ficar com ela. — Explicou Misttigan com a cara mais cínica do mundo — Então quando eu conversei com a Bones descobri que ela é caidinha no Justino, cês acreditam? Então o resto foi ela fingir que viria com o Colinzinho, pra ele também conseguir entrar no baile... e foi isso, eu e Colin estamos aqui. Fim de história.

   Todos na mesa olhavam boquiabertos para os dois que riam. Vega pegou o menu que estava na mesa e começou a o analisar.

— Não vão comer? — Perguntou sem olhar para ninguém e então ordenou claramente o seu prato para o papel: — Costeletas de porco.

   E as costeletas de porco simplesmente apareceram.

— Como você sabia? — Lia perguntou se surpreendendo

— E importa? Ela sabe de tudo. — Colin a olhou admirado enquanto se preparava para pedir um bolo de chocolate

   Entendendo a ideia, os demais ocupantes da mesa também fizeram os pedidos aos seus pratos.

   Observei que Rony às vezes olhava para a mesa onde Harry e Hermione estavam, ele tinha uma feição fechada, e Padma parecia irritada com isso, Angelina e Fred pareciam estar se divertindo conversando, assim como Amélia e George.

— Você quem deu a ideia para eles convidaram alguém da Huflepuff? — George perguntou rindo enquanto levava à boca uma taça de suco de abóbora

— Digamos que sim, sabemos que os Huflepuff's são bastante solidários, né? — Expliquei e ele riu concordando

  Quando toda a comida fora consumida, Dumbledore se levantou e pediu aos estudantes que fizessem o mesmo. Então, a um aceno de sua varinha, as mesas se encostaram às paredes, deixando o salão vazio, em seguida ele conjurou uma plataforma ao longo da parede direita. Sobre ela foram colocados uma bateria, alguns violões, um alaúde, um violoncelo e algumas gaitas de foles.

   As Esquisitonas subiram, então, no palco sob aplausos delirantemente
entusiásticos; eram todas extremamente cabeludas, trajavam vestes negras que haviam sido artisticamente rasgadas. Apanharam seus instrumentos e eu, que estive tão interessada em observá-las quase me esqueci o que viria a seguir, de repente percebi que as lanternas de todas as outras mesas tinham se apagado e que os campeões e seus pares estavam em pé.
 
   As Esquisitonas tocaram uma música lenta e triste; Observei quando Harry entrou na pista de dança bem iluminada, evitando cuidadosamente o olhar dos colegas ( Seamus e Dean acenarem para ele entre risinhos), e no momento seguinte, Parvati agarrara suas mãos, colocara uma em torno da própria cintura e segurava a outra na dela.

    Não pude deixar de notar que Harry se divertia, com Parvati o conduzindo na dança, mas mantinha os olhos fixos sobre as cabeças das pessoas que assistiam, mas dali a pouco muitas delas também vieram para a pista de dança, de modo que os campeões deixaram de ser o centro das atenções.

— Vem. — Jordan me puxou com um sorriso para o meio do salão

   Mesmo tímida o deixei conduzir a dança e não posso negar que eu estava me divertindo. Observei Neville e Ginny que dançavam ao meu lado, pareciam estar se divertindo. Dumbledore valsava com Madame Maxime. Ficava tão pequeno junto a ela que a ponta do seu chapéu cônico mal roçava o queixo da bruxa; no entanto, Madame Maxime se movia graciosamente para uma mulher daquele tamanho. Olho-Tonto Moody estava seguindo um compasso de dois tempos extremamente desajeitado com a Profa. Sinistra, que nervosamente evitava a perna de madeira do seu par, Sr. Bagman parecia estar se divertindo dançando com a Profa. Misttigan, que decididamente apareceu.

   Eu ouvi a última nota trêmula da gaita de foles com alívio. As Esquisitonas pararam de tocar, os aplausos encheram mais uma vez o Salão Principal e eu soltei Lee.

— Puxa, eu adoro essa música. — Falei quando as esquisitonas começaram a tocar uma nova música bem mais movimentada

— Não brinca. — Lee riu — Eu também.

   Começamos a dançar na mesma hora, até que eu estava me divertindo. Minha sorte era que Lee não era como meus irmãos, já que Fred e Angelina, George e Amélia dançavam com tanta exuberância que as pessoas à volta deles se afastavam com medo de se machucar.

  Por outro lado, Rony estava sentado à mesa de cara emburrada com Padma de seu lado com os braços e pernas cruzados, às vezes ela o lançava um olhar irritado, mas ele ignorava completamente. Seus olhos pareciam fixos em Hermione.

— O Ron não tá se divertindo. — Obsevei parando de dançar

— Eu já disse que você é um anjo. — Lee riu

— Am?

— Você sempre pensa nos outros antes de você. Quer se sentar um pouco? Vou pegar uma cerveja amanteigada pra gente.

— Lee, você é um amor. — Ri concordando e corri para a mesa enquanto o menino ia atrás da bebida

— Oiê. — Comprimetei. Padma revirou os olhos e Rony não respondeu

   No mesmo momento, Harry e Parvati saíram da pista e vieram se juntar a nós.
  
— Como é que vocês estão indo? — Perguntou Harry a Rony, se sentando e abrindo uma garrafa de cerveja amanteigada. Depois lançou um olhar para mim

   Rony não respondeu. Olhava feio para Hermione e Krum, que dançavam ali perto. Padma continuava emburrada, Parvati se sentou do outro lado de Harry, cruzou os braços e as pernas também.
 
— Vocês pareciam está se divertindo. — Sorri para Harry e Pati

— Ah, sim. Harry é um ótimo dançarino. — Ela riu. Harry de repente ficou com as orelhas vermelhas — E você amiga?

— Ah, Lee foi pegar uma bebida pra gente. — Respondi rindo

— Legal, que bom. Acho que vou pegar algo para comer, vocês me dão licença, Harry quer alguma coisa? — Pati perguntou se levantando

— Quê? — Disse Harry, que estava observando Cho e Cedrico

— Ah, nada. — Retrucou Parvati e saiu da mesa

   Dei uma cotovelada de leve no ombro de Harry, ele murmurou um "ai", depois virou-se para mim sem entender.

— Ela gosta de você babaca, para de olhar a Cho Chang, Harry Potter. — Esbravejei em um sussurrro

   Antes que Harry pudesse responder, Hermione apareceu e se sentou na cadeira vazia de Parvati. Estava com o rosto um pouco afogueado de dançar.

— Oi. — Dissemos eu e Harry. Rony não disse nada.

— Está quente, não acham? — Disse ela se abanando com a mão — Vítor foi apanhar alguma coisa para a gente beber.

   Rony lhe lançou um olhar irritado.

— Vítor? — Disse ele — Ele ainda não lhe pediu para chamá-lo de Vitinho?

   Hermione olhou para o garoto surpresa.
  
— Que é que há com você? Puxa, pra quê esse mal humor todo?

— Se você não sabe. — Disse ele sarcasticamente — Não sou eu que vou lhe dizer.

   Hermione encarou-o demoradamente, depois Harry, mas este sacudiu os ombros. Assim como eu.

— Rony, que é...

— Ele é da Durmstrang. — Vociferou Rony — Está competindo contra o Harry! Contra Hogwarts! Você... você está... — Rony obviamente estava procurando palavras suficientemente fortes para descrever o crime de Hermione — Confraternizando com o inimigo, é isso que você está fazendo!

   Hermione ficou boquiaberta.

— Inimigo?! — Respondeu ela após um momento — Francamente, quem é que ficou todo excitado quando viu o Krum chegar? Quem é que queria pedir um autógrafo a ele? Quem é que tem um modelinho dele no dormitório?

   Rony preferiu ignorar as perguntas.

— Suponho que ele a tenha convidado para vir com ele quando os dois estavam na biblioteca?

— Isso mesmo. — Disse Hermione, as manchas rosadas em seu rosto se intensificando — E daí?

— Que aconteceu, estava tentando convencê-lo a participar do fale, é?

— Não, não estava, não! Se você quer realmente saber, ele... ele disse que estava indo todos os dias à biblioteca para tentar falar comigo, mas não conseguia reunir coragem.

   Hermione disse isso muito depressa e corou tanto que ficou quase da mesma cor do vestido de Parvati.

— É, é... isto é o que ele conta. — Disse Rony em tom desagradável

— E o que é que você quer dizer com isso?

— É óbvio, não é? Ele é aluno do Karkaroff não é? E sabe que você anda em companhia do... ele só está tentando se aproximar do Harry, tirar informações sobre ele ou até chegar perto bastante para azarar ele...

   Hermione pareceu ter sido esbofeteada por Rony. Quando falou, tinha a voz trêmula.
  
— Para sua informação, ele não me fez uma única pergunta sobre o Harry, nem umazinha...

— Hum. — Ron revirou os olhos

— Por Merlim, Rony! — Vociferou Hermione — O objetivo principal do Torneio é Cooperação Internacional em magia. Fazer amigos.

— Acho que ele quer ser bem mais do que um amigo. — Desdenhou Rony

   Hermione ficou boquiaberta, se levantou rapidamente, andou uns passos e virou tentando falar, mas decidiu que era melhor não e saiu decidida pela pista de dança, desaparecendo na multidão.

  Rony acompanhou-a com uma expressão no rosto que misturava raiva e satisfação.

— Você não vai me convidar para dançar? — Perguntou Padma a ele

— Não. — Disse Rony, ainda olhando feio para as costas de Hermione

— Ótimo. — Retrucou Padma se levantando e indo se juntar a um garoto da Beauxbatons, que estava a fitando de longe

— Onde está Hermi-o-nini? — Perguntou uma voz

   Krum acabara de chegar à mesa segurando duas cervejas amanteigadas.

— Não faço ideia. — Disse Rony emburrado, erguendo os olhos — Perdeu ela, foi?

   Krum ficou mais uma vez carrancudo.
  
— Pom, se focê a virr, diga que apanhei as bebidas. — Disse ele se afastando curvado

— Fez amizade com Vítor Krum, Harry?

   Eu apenas os olhava de relance, mas graças a Deus, Lee apareceu com as bebidas, Parvati vinha junto com ele carregando alguns cookies.

— Tudo certo? — Jordan perguntou me entregando a garrafinha de cerveja amanteigada

— Então. — Respondi dando um gole

— Harry, podemos dançar de novo? — Parvati perguntou animada lhe oferecendo um dos petiscos

— Não sei se seria uma boa ideia sabe... — Disse Harry apanhando um dos petiscos e com a cabeça indicando Rony

— Rony, você é um idiota, você sabe, né? — Resmunguei para meu irmão revirando os olhos

   Observei que a mesa principal agora estava vazia; o Prof. Dumbledore dançava com a Profa. Sprout; Ludo Bagman com a Profa. McGonagall; Maxime com Hagrid abriam uma estrada pela pista de dança ao valsar entre os estudantes, e Karkaroff não estava à vista. Colin e Vega pareciam bastante animados enquanto dançavam e sorriam, vi que Lavender ria como nunca dançando com o Hansen. Mas meus olhos não viam alguém. Draco e Pansy não estavam no Salão. Quando a música seguinte terminou, todos aplaudiram mais uma vez e vi Ludo Bagman beijar a mão da Profa. McGonagall e refazer seu caminho entre os dançarinos, momento em que Fred e George o assediaram.

— Que é que eles querem com ele? — Arqueei uma sobrancelha para meus irmãos

— Ah. — Lee riu olhando para o mesmo ponto que eu — Acho que consigo imaginar o que é.

— Vamos dar uma volta. — Rony bateu com o punho na mesa olhando de mim a Harry

— Não temos culpa que você é um idiota e dispensou seu par, eu e Harry temos os nossos ainda. — Exclamei para ele. Pati e Jordan apenas se entreolharem

— Ah, vai pra Azkaban, Beatriz! — Vociferou Rony se levantando e colocando as mãos no bolso

— Ronald! Não me chama de Beatriz! Eu vou dizer a mamãe, seu idiota! Volta aqui, Bilius! — Falei irritada indo atrás dele. Logo lembrei de Lee e me virei dizendo: — Daqui a pouco eu volto Jordan. Parvati, amo você amiga, mas Harry anda!

   Harry se levantou da mesa deu um último olhar a menina com um sorriso e correu para acompanhar a mim e Rony.

   Contornamos a pista de dança e então seguimos para o saguão de entrada, ambos sem falar nada. As portas estavam abertas de par em par e as fadinhas luminosas no roseiral piscavam e cintilavam quando nós descemos os degraus da entrada e nos vimos cercados de plantas que formavam caminhos serpeantes e de grandes estátuas de pedra. Ouvi um rumorejo de água caindo, que me pareceu uma fonte. Aqui e ali as pessoas estavam sentadas em bancos entalhados. Nós três tomamos um dos caminhos que passava pelo roseiral, mas tínhamos dado apenas alguns passos quando ouvimos uma voz desagradável e conhecida.

— ... não vejo com o que tem de se preocupar, Igor.

— Severo, você não pode fingir que isto não está acontecendo! — A voz de Karkaroff era baixa e ansiosa como se cuidasse para ninguém os ouvir — Tem se tornado cada vez mais nítida nos últimos meses. Estou começando a me preocupar seriamente, não posso negar...

— Então, fuja. — Disse a voz de Snape secamente — Fuja, eu apresentarei suas desculpas. Eu, no entanto, vou permanecer em Hogwarts.

   Os dois professores contornaram um canto. Snape levava a varinha na mão e ia estourando roseiras, com a expressão mal-humoradíssima. Ouviam-se gritinhos em muitos arbustos e vultos escuros saíam correndo para fora deles.
  
— Dez pontos a menos para Huflepuff, Fawcett! —Rosnou Snape, quando uma garota passou correndo por ele — E dez para Ravenclaw, também, Stebbins! — Quando um garoto passou no encalço dela — E que é que vocês três estão fazendo? — Acrescentou ele, avistando eu, Rony e Harry mais adiante no caminho. Karkaroff pareceu ligeiramente desconfortável ao nos ver parados ali. Levou a mão nervosamente à barbicha e começou a enrolá-la com o dedo.

— Estamos passeando. — Respondeu Rony secamente — Não é contra a lei, é?

— Então continuem passeando! — Rosnou Snape, e passou roçando por nós, sua longa capa negra se abrindo como uma vela enfunada às suas costas. Karkaroff apressou-se em alcançar o colega. Nós três continuamos a descer pelo caminho.

— Que será que deixou o Karkaroff tão preocupado? — Murmurou Rony

— E desde quando ele e Snape estão se chamando pelo nome de batismo? — Indagou Harry lentamente

— Vai saber. — Dei de ombros

   Tínhamos chegado a uma enorme rena de pedra agora, por cima da qual avistamos o jorro cintilante de um alto chafariz. Avistamos também, sentadas em um banco de pedra, as silhuetas escuras de duas pessoas, que contemplavam a água ao luar.

   Harry virou-se para olhar o caminho, eu continuei encarando o lago, só então senti quando os meninos me cutucaram como se quisessem me mostrar algo.
  
— Não acredito. — Rony riu assim como Harry

   Eu então me virei para ver pra onde eles olhavam, foi quando meus olhos pararam na cena mais brutal que eles já tinham visto, meu corpo inteiro tremeu e meu coração saltou. Escondidos por uma roseira próxima se distinguiam perfeitamente os dois Slytherins, Draco e Parkinson, e para o meu maior choque, eles estavam se beijando. Continuei paralisada com os olhos arregalados, e senti meus olhos arderem e começarem a lacrimejar.

— Eles o Snape não tira pontos, não é? — Harry brincou se virando para a gente — Vamos voltar para o Salão?

— Rox, você tá bem? — Rony perguntou olhando para mim

   Foi só quando Malfoy e Parkinson perceberam o movimento e olharam para nós, Draco ficou mais branco do que já era ao me ver, mas Pansy exalava um sorriso satisfeito. Funguei e passei rápido as mãos nos olhos correndo para entrar no castelo.

— Rox, espera. — Rony chamou correndo atrás de mim. Harry o acompanhou
  
   Adentrei novamente no castelo, minhas mãos tremiam e as lágrimas insistiam em começar a cair.

— Rox, Rox, você está bem? — Lee que estivera a porta do Salão Principal correu até mim

— Eu... eu... — Tentei falar, mas não consegui. Ele então me abraçou forte, eu ainda tentando lutar contra o choro

   Harry e Rony finalmente nos alcançaram. Lee me apertou com força mexendo no meu cabelo suavemente como se dissesse que estava ali.

— Eu ... vou falar com a Parvati, vem Rony. — Harry o puxou para o Salão

— Quer voltar para lá? — Lee me perguntou acanhado

   Apenas assenti com a cabeça e retornamos ao Salão, nos sentamos a mesa e ele me trouxe algo quente para beber.
  
   Quando as Esquisitonas terminaram de tocar à meia-noite, receberam mais uma rodada de aplausos estrepitosos e começaram a sair em direção ao saguão de entrada. Muitas pessoas expressaram o desejo de que o baile pudesse continuar por mais tempo, mas eu estava
absolutamente satisfeita de ir me deitar, e, se alguém quisesse saber, a noite não fora lá essas coisas.

   Quando me aproximei das escadas para subir para a Torre da Gryffindor, com Lee ao meu lado, percebi Rony e Hermione passarem por nós, ambos irritadissimos. Mantiam uma distância de três metros, e vociferavam um com o outro, as caras vermelhas como pimentões.

— Ah, ele está usando você.

— Como se atreve? Além do mais, eu sei me cuidar muito bem!

— Duvido... ele é velho demais!

   Eu e Lee nos entreolhamos pensando se deveríamos intervir.

— Ah, é? É isso que você acha dele, é?

— É, é o que eu acho.

— Sabe qual é a solução então, não sabe?

— Diga.

   Hermione então se põe na frente do meu irmão o impedindo de continuar a andar. Eu e Lee nos aproximamos.

— No próximo baile, crie coragem e me convide antes que outra pessoa me chame, e não com uma última opção!

— Ahn... bom... isso não tem absolutamente nada  a ver com o assunto. — Ron se esquiva — Rox? Lee? Harry?

    Hermione então se vira para mim, olha pra Lee e depois para Harry que apareceu ao nosso lado. Nós apenas recuamos assustados.

— Onde vocês estavam? — Vociferou pra mim e Harry — Não importa. Os três pra cama. — Acrescentou apontando para mim, Harry e depois pra Rony

   Harry deu um pulo para a escada acompanhando Rony, eu fico paralisada, mas logo sinto a mão de Jordan me puxando para a escada.

— Elas são assustadoras quando... — Rony começou a falar

— RONY, VOCÊ ESTRAGOU TUDO!

   Harry e Rony correram em subir as escadas assustados com o grito de Hermione.

— Do que é que vocês estão falando? — Sibilou Harry

   Percebi Mione se sentar ao chão e começar a chorar, queria a ajudar, mas por dentro eu estava devastada, que não conseguiria lhe falar coisa alguma. Subi as escadas com as mãos dadas com Lee, ele parecia perceber que eu estava meio mal.

   A Mulher Gorda e sua amiga Vi estavam tirando um cochilo no quadro que cobria a entrada da Casa. Lee teve que berrar Luzes Encantadas! para que elas acordassem, e ao fazer isso, as duas ficaram muitíssimo irritadas.

— Não se preocupa, eles vão se resolver. — Lee falou como se tentasse me confortar, se referindo ao idiota do Rony e Mione — Acho que seu irmão não notou que gosta dela, né?

— Ele é meio lerdo. — Ri sem jeito — Vou me deitar, eu acho.

— Ah, tudo bem. Eu me diverti muito sabia, Rô? Obrigada por ter ido ao baile comigo. — Ele riu e depositou um beijo na minha bochecha — Boa noite.

— Boa noite, Jordan. — Sorri e subi para o dormitório das meninas

   Abri a porta, logo notando que não havia ninguém presente, as meninas deviam está no Salão Comunal ou por aí se divertindo. Fechei a porta e comecei a sentir um aperto no meu coração, enquanto mentalmente se passavam pequenos flashbacks na minha mente.

  FLASH!

  De repente eu me via no segundo ano, naquele natal em que eu usei a poção polissuco, o ano em que Malfoy me beijou pela primeira vez.
 
  FLASH!

  E então me via me lançando nele quando Bicuço o atacou, aparentemente preocupada. Depois...

   FLASH!

  Meus olhos contemplavam a terrível lembrança do meu bicho papão, vendo Draco ser torturado, e mais uma vez...

   FLASH!

   Todas as vezes que nos encontramos, o início da nossa amizade, a forma que ele me tratava, sempre tão carinhoso, ele... me dizendo que não tinha nada com Parkison... mas então...

   FLASH!

  Uma última lembrança. Draco e Pansy se beijando nas roseiras.

   Foi quase incontrolável, uma dor inundou em mim e quando reparei já estava chorando como criança, corri mais que depressa para o banheiro do dormitório, abri a porta e sentei no cantinho da parede, deixei que as lágrimas caíssem livremente, e eu quase soluçava enquanto lembrava de tudo... tudo que havíamos vivido, eu e ele, e tão de repente tudo se foi.

   Minha culpa. Era tudo minha culpa.


  Hello bruxinhos!!

  Eu ia postar mais um capítulo hoje? Não, eu não ia, agradeçam a Xjuju_bella, ela comentou no capítulo 103 dizendo que é aniversário dela, e a pedido da mesma eu trouxe o capítulo do baile de inverno como presente. Aliás, feliz aniversário de novo flor.

   Quero muitos comentários porque esse capítulo deu BASTANTE trabalho, e também por quê como eu disse antes, se esse capítulo tiver mais de cem comentários, segunda-feira eu trarei o bônus do baile pela versão do Draco. Querem descobrir a desculpa dele pro beijo com a Pansy?? Kkkk

  E quem disse que a Vega e o Colin não iriam para o baile? Kkkk. Eles são eles, ué.

  Ah, me desculpem pelo final... Será que a Rox vai perceber que ama ele quando??

  Vontade de colocar o Draco cantando “Que amizade é essa” pra Rox. Quem sabe assim ela entende kkkkkk.

   Não me matem. Nos vemos Segunda-feira.

– Bjos da tia Nick.

  Obs: Só eu tenho ciúmes desde gif!? Gente olha o Draco sorrindo e dançando com a Pansy, que ódio!

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