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{102} Convites

    Hello bruxinhos!

   Vou dar um aviso antes que vocês leiam esse capítulo, pra já estarem avisados do que vem pela frente.

   Bom, nesse capítulo a Rox vai brigar com duas pessoas muito importantes pra ela, com uma ela só vai fazer as pazes depois do baile, e com a outra ela vai passar um bom período sem se falar. Me desculpem por isso kkk.

   Ok, estão avisados.

   Bjos e até as notas finais.

   A cada dia que o natal se aproximava mais encabulada eu ficava, era como se eu estivesse enlouquecendo, não aguentava ver a animação de todo mundo, por quê raios estavam animados afinal? O que tem de bom em um baile?
  
   Meu irmão e Harry pareciam em um estado de decadência pior do que eu, já que Harry precisava de uma garota para levar ao baile por causa da tal valsa dos campeões.

— Por que é que elas andam em bandos? — Perguntou Harry a Rony certo dia, quando uma dúzia de garotas passou por nós rindo e olhando para Harry — Como é que se vai encontrar uma sozinha para convidar?

   Arqueei uma sobrancelha pensando se os dois sabiam que eu estava lá com eles ou de repente esqueceram da minha existência.

— Que tal laçar uma. — Sugeriu Rony — Mas, e aí já tem ideia de quem é que você vai tentar convidar?

   Harry não respondeu. Mas tive impressão de que ele estivesse pensando em Cho.

— Hello, cês estão me vendo? Podem não falar de garotas na minha frente? — Chamei a atenção de ambos balançando as duas mãos na frente deles

— Por quê? — Ron pareceu não entender

— Fala sério! — Bati a mão direita no rosto em sinal de indignação pela fala do meu irmão, mas logo notei que Harry continuou pensativo — Harry, você é campeão! Derrotou um dragão, se você não arranjar um par, ninguém mais arranja.

— Ela tem razão. — Em homenagem à amizade recém-remendada entre os dois, Rony procurou deixar um mínimo absoluto de amargura transparecer em sua voz, mas eu sabia bem o quão ele se sentia inferior com aquilo

— Acho que prefiro enfrentar um dragão. — Resmungou Harry parecendo não pensar como a gente, mas logo notou que realmente estávamos cheios de razão

   Uma terceiranista da Huflepuff, de cabelos crespos, com quem Harry, eu e Rony jamais falara na vida, convidou-o para ir ao baile com ela, logo no dia seguinte. Ele pareceu tão surpreso que respondeu “não” antes mesmo de parar para refletir sobre o convite. A garota se afastou parecendo bem magoada, e Harry teve que aturar as piadas minhas, de Dean, Seamus e Rony sobre ela durante toda a aula de História da Magia. Eu também fui convidada por um garoto do terceiro ano, que por incrível que pareça era mais alto que eu, porém eu o rejeitei com facilidade, também teve um menino da Ravenclaw que nunca vi na vida, parecia que de repente algumas pessoas começaram a brotar na escola, pois não era possível que já estudassem aqui em Hogwarts antes se eu nunca havia os visto. No dia seguinte, mais duas garotas convidaram Harry, uma do segundo ano e (para seu horror) uma do quinto ano, que parecia ser capaz de nocauteá-lo se ele recusasse.

— Ela era bem jeitosa. — Disse Rony querendo ser justo, depois que parou de dar risadas

— De fato, ela era bonitinha, Harry. — Também comentei quase me acabando de rir

— Ela era bem uns trinta centímetros mais alta que eu. — Disse Harry, ainda nervoso — Imagina com que cara eu ia ficar tentando dançar com ela.

   De fato ele tinha razão, tá aí um problema que eu nunca teria já que definitivamente nenhum menino de Hogwarts era mais baixo que eu, a não ser os garotos do primeiro e segundo ano, mesmo assim eu não estava nenhum pouco animada com o baile.

   Imaginei também que o motivo de Harry rejeitar tanto as garotas que o convidavam, fosse o fato das palavras de Hermione a respeito de Krum que deviam lhe martelar na lembrança: “Elas só gostam dele porque ele é famoso!”. E eu também achava que fosse mesmo esse o motivo, o fato dele ser o campeão da escola.

   Uma coisa um tanto estranha que aconteceu naquela tarde, foi eu ter visto Lavender conversando com Blaise depois do almoço, algo que eu nunca tinha visto antes. Fiquei parada no corredor, enquanto a esperava para irmos juntas para a aula de Transfiguração, demorou alguns segundos, até que a loira se aproximou rindo, e o moreno foi para o outro lado.

— Vamos? — Chamou Lav

— Estava conversando com o Zabini? — Perguntei

— Sim. — Ela riu — Por quê?

— E desde quando vocês são amigos?

— Desde o primeiro ano. — Ela respondeu dando de ombros — Por quê?

— E como eu não sabia disso?

  Lavender riu novamente.

— Quando foi que você virou repórter do Profeta Diário que eu não tô sabendo, hem? Até parece que está me entrevistando.

— Ué, só fiquei curiosa. — Cruzei os braços me justificando

— Vamos pra aula, vai. — Disse ela passando o braço dela pelo meu e me puxando para as escadas
  
   Embora tudo estivesse uma loucura, de modo geral, tive que admitir que, mesmo com a perspectiva constrangedora de ter um baile dali a uns dias, a vida decididamente melhorara desde que Harry cumpriu a primeira tarefa. Ele não atraía mais tantos comentários desagradáveis no corredor, no que segundo ele mencionou, devia ter dedo de Cedric – tinha a impressão de que o campeão talvez tivesse dito ao pessoal da Huflepuff para deixar Harry em paz, em gratidão pela dica que receberá sobre os dragões. Então tudo estava na paz já que havia menos Apoie CEDRIC DIGGORY na escola também. – e só para melhorar a minha sensação de bem-estar, não aparecera história alguma sobre Hagrid no Profeta Diário.

— Ela não parecia muito interessada em criaturas mágicas, para lhe dizer a verdade. — Contou Hagrid, quando eu, Rony, Harry e Hermione lhe perguntamos como correra sua entrevista com a jornalista na última aula de Trato das Criaturas Mágicas do trimestre

   Para nosso grande alívio, Hagrid desistira do contato direto com os explosivins, e nós tínhamos simplesmente se abrigado nos fundos da cabana, sentados a uma mesa de cavalete, para preparar uma seleção fresca de alimentos com os quais tentar os bichos.

— Ela só queria que eu falasse sobre você, Harry. — Continuou Hagrid em voz baixa — Bem, eu contei que somos amigos desde que fui buscá-lo na casa dos Dursley. ‘Nunca teve que ralhar com ele em quatro anos?’, ela perguntou. ‘Nunca fez bagunça na sua aula?’ Eu disse que não e parece que ela não gostou nem um pouco da resposta. Acho que queria que eu dissesse que você era uma dor de cabeça, Harry.

— Claro que queria. — Disse Harry, atirando pedaços de fígado de dragão numa grande tigela de metal e apanhando a faca para continuar a cortar — Ela não pode continuar a escrever que sou um heroizinho trágico, vai acabar ficando chato.

— Ela quer um novo ângulo. — Comentei sensatamente enquanto descascava ovos de salamandra acompanhada de Rony — Queria que você dissesse que Harry era um delinquente doidão!

— Mas ele não é! — Exclamou Hagrid parecendo sinceramente chocado

— A Rita devia ter entrevistado Snape. — Disse Harry sério — Ele teria dado o serviço completo sobre mim sem pestanejar. Potter tem transgredido limites desde que chegou a esta escola...

— Ele disse isso, foi? — Perguntou Hagrid enquanto eu, Rony e Hermione dávamos risadas — Você pode ter atropelado algumas regras, Harry, mas sinceramente você é um bom menino, não é?

— Obrigado, Hagrid. — Disse Harry rindo

— Você vai a esse tal baile no dia de Natal, Hagrid? — Perguntou Rony

— Pensei em dar uma passada lá. — Respondeu ele com impaciência — Vai ser legal, acho. Você vai abrir o baile, não é, Harry? Quem é que você vai levar?

— Por enquanto ninguém. — Respondeu o garoto, sentindo que estava corando. Hagrid não insistiu no assunto.

   A última semana do trimestre foi ficando cada vez mais animada à medida que os dias passavam. Corriam boatos sobre o Baile de Inverno por todo lado, embora eu não acreditasse nem na metade – por exemplo, que Dumbledore comprara oitocentos barris de quentão de Madame Rosmerta. Mas parecia ser verdade que ele contratara as Esquisitonas. No caso ninguém mais ninguém menos que o famoso grupo musical da RRB (Rede Radiofônica dos Bruxos), o que gerou uma certa excitação em todo mundo. Eu diria, que até eu estava começando a me animar.

— Rox. Rox. — Colin me chamou saltitante em determinada manhã

— Não. — Falei simplesmente, sem desviar o olhar do livro que eu lia, para ele

— Não o quê? — O menino arqueou a sobrancelha

   Fechei o livro e virei meu olhar para o garoto.

— O que ia dizer?

— Ah, eu ia dizer que o... — E então abaixou a voz de modo que somente eu pudesse ouvir. Mas de qualquer forma ninguém mais ouviria já que não tinha ninguém por perto — Malfoy está procurando por você, ele mandou eu te disse que ia te esperar na Torre de Astronomia daqui à quinze minutos. Ele também tem um elfo doméstico agora, sabia? Tadeu Coleman, o primeiranista da Slytherin, mas como ele me viu, mandou eu vim te dizer mesmo.

— Ah, isso. Certo então. — Respondi voltando a olhar para o livro

— O que pensou que eu ia dizer, Rox? — Ele perguntou divertido enquanto esticava-se para ver o que eu lia

— Sei lá, achei que você ia dar a ideia de ir ao baile de inverno comigo só pra poder ir, já que você é do terceiro ano sabe. — Falei dando de ombros

— Sobre isso... — Ele começou parecendo entusiasmado

— Non. — Respondi divertida me levantando e começando a andar, com o livro agora debaixo do meu braço

— Mas, Rox... — Colin insistiu correndo em me acompanhar

— Huflepuff. — Respondi

— O quê?

— Convida alguma garotinha do quarto ano da Huflepuff, eles são todos bestinhas, certeza que alguém vai aceitar, me avisa se conseguir ir no baile. — Aconselhei e o menino se admirou e abriu um sorriso como se tivesse ouvido a melhor idéia do mundo

   Já que eu estava no segundo andar do castelo resolvi começar a subir as escadas pra Torre de Astronomia logo; o ranço que eu tenho quando elas mudam e a pessoa acaba parando onde não queria, a vida seria bem mais fácil se fosse possível aparatar em Hogwarts, com certeza seria.

   Diria que levei exatos quinze minutos, talvez bem mais, talvez bem menos, até finalmente chegar na Torre de Astronomia no sétimo andar do castelo, e nossa, eu estava morta. Quando adentrei o local, o vento fez meus cabelos voarem e andei até a sacada onde fiquei vendo o movimento lá embaixo nos terrenos de Hogwarts.

— Oi...

   Assim que escutei a voz dele, me virei e corri para o abraçar, é tão desgastante não poder falar com ele sempre que quero.

— Puxa, calma, eu também estava com saudades de você. — Ele riu quase cambaleando por conta da rapidez em que saltei para o abraçar

— Deixa de ser chato. — Comecei a rir quando nos separamos do abraço — Vem. — Acrescentei o puxando para sacada

— Que foi, vai me matar? — Ele brincou

— Não seja idiota, só quero que você veja a vista, essa hora está ainda mais linda. — Mostrei para ele rindo e então abri os braços para poder sentir o vento

— Só tem uma coisa linda aqui... — Disse ele desviando o olhar da vista para mim

— Ah, é? — Perguntei rindo virando-me para ele — E o que é?

— Você.

   E então ele se aproxima mais de mim em um reflexo rápido, fazendo com que eu possa sentir sua respiração pesada no meu rosto. O loiro passa suas mãos pelos meus cabelos entrelaçando seus dedos nos fios, ele me puxa mais para perto dele com a sua outra mão nas minhas costas, me fazendo sentir um arrepio.

   E então ele tocou nossos lábios, daquele jeito mágico que ele sempre fazia, e apertando meu corpo contra o seu. Estico meus braços e agarro seu pescoço aceitando o beijo de bom grado. Quando ele pede passagem com a língua e começa a passear com ela na minha boca sinto borboletas no estômago, é como se fosse a primeira vez, talvez eu nunca deixe de me sentir nervosa quando ele me toca.

   Sinto como se meus pés deixassem o chão e como se pudesse tocar o céu, tudo tão mágico e tão perfeito, como se eu estivesse no melhor lugar do mundo. Só nos separamos por falta de ar, e olhamos um para o outro, ambos sorrindo abobalhados.

— Preciso... — Ele começa a falar meio tímido — Te dizer uma coisa.

— Fala, ué. — Cruzo os braços o olhando ainda rindo

— Bom... — Ele então desvia o olhar parecendo nervoso — Er... eu... melhor dizer de uma vez se não eu me arrependo. — Então ele respirou fundo como se juntasse forças para falar — Rox, você quer ir ao baile comigo?

— Am? — Arregalei meus olhos como se tentasse saber se eu tinha ouvido direito ou estava sonhando, mas então comecei a rir — Dray, você não pode estar falando sério né? Meus irmãos vão está lá, toda Hogwarts na verdade.

   Ele arqueou uma sobrancelha, e seu sorriso decididamente morreu.

— Isso é um problema?

— Ué, achei que você também não queria que as pessoas nos vissem juntos, né? Eu sou da Gryffindor, lembra? E uma Weasley. O que seu pai pensaria? O que meus irmãos pensariam? Meu Merlim quero nem pensar.

— Hum... é... meu pai. — Falou sério

— O que foi?

— Nada né, Roxanne. Você tem total razão, imagina né se as pessoas nos vissem juntos, seria uma trajédia. — Resmungou com o que me pareceu um toque leve de ironia e começou a andar para a porta

— O que deu em você? É ver que eu falei a maior idiotisse do mundo.

— Idiota, você? — Ele riu com ironia — Ah, não, o único idiota aqui sou eu mesmo, idiota de estar apaixonado por alguém que não quer que sejamos vistos juntos só porque eu sou da Slytherin. A casa dos maus, não é Rox?

— Você está apaixonado por mim? — Perguntei perplexa

   Ele parou e voltou seu olhar para mim uma última vez. Seu rosto era puro rancor e ele parecia magoado.

— Não. — E saiu

— Draco, hey. — Tentei o chamar e corri até a porta, mas ele já não estava lá

   Parei sem entender por que ele tinha ficado tão irritado. Seria tão estranho se eu fosse ao baile com ele, eu definitivamente não entendi por que ele sequer sugeriu aquilo, Rony me mataria, isso sem falar no que meus pais pensariam.

   Resolvi descer as escadas já que eu não fazia ideia de que horas eram e não queria perder o almoço, ainda pensando no que raios deixou Draco daquele jeito.

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   Naquela mesma tarde resolvi ir a biblioteca, esperava encontrar com Vítor Krum, mas ele não estava por lá, então aproveitei para ler um livro tranquilamente em uma das mesas.

— Rox.

   Fui interditada dos meus pensamentos quando um voz que exalava animação entrou na biblioteca, que naquele momento estava vazia.

— Que aconteceu, Lavender? — Arqueei uma sobrancelha para a loira, logo fechando o livro. Ela se sentou na cadeira ao meu lado com um sorriso

— Você não vai acreditar em quem me convidou pro baile. — Disse ela
 
— Conta logo antes que eu morra de curiosidade. — Falei também começando a me animar

— Um gatinho da Durmstrang.

— Mentira. — Abri um sorriso de imediato

— NÃO. — Exclamou empolgada e nós duas gritamos vibrando juntas

— Qual o nome dele?

— Aaron Hansen, se não me engano, ele é norueguês, um gatinho dos olhos azuis e cabelo castanho comprido, mas imagino que você não tenha prestado atenção em ninguém da Durmstrang além do Vitor Krum, não é? — Ela riu

— Pior que sim.

— Mas e aí... — Ela colocou o cotovelo na mesa e logo o rosto na palma da mão — E você, vai com quem?

— Ah, sim. Acabei de lembrar. — Comecei a rir — É sério Lav, você não iria acreditar em quem me convidou.

— Conta!

— O Draco.

— Mentira que cê vai pro baile com o Malfoy. — Exclamou parecendo animada

— Não, né.

— Como não? Você acabou de dizer que ele te convidou. — Disse Lav arqueando uma sobrancelha

— Lav, ver se tem sentido eu ir ao baile com o Draco, por mais que eu goste e tudo do rolo que a gente tem, não dá pra eu simplesmente ir com alguém da Slytherin pro baile, e ainda mais, é o Malfoy né.

— Pera, você disse mesmo o que eu acho que você disse?

— Como assim?

— Não, eu não tô acreditando. — Ela de repente pareceu séria — Meu Deus, o que você tem na cabeça?

— Como assim o que eu tenho na cabeça? Que raios meus irmãos pensariam se eu fosse ao baile com ele!? Não tô entendendo por que você está tão séria.

— Não está? Meu Merlim! — Ela então bateu com a mão direita no rosto — Esse seu preconceito com o pessoal da Slytherin, acha que é normal?

— Eu não tenho preconceito com ninguém!

— Ah, não. Olha, você e seu irmão, sim o Rony, e daí que eu esteja apaixonada por ele, isso não faz dele um santo! — Ela praticamente gritou e eu fiquei feliz de não ter ninguém por perto — Por mais que falem de tudo que o Draco já fez de errado e do tão preconceituoso e babaca ele é às vezes. Nem você, nem o Rony jamais olharam para o próprio umbigo e notaram o jeito que são orgulhosos e menosprezam o pessoal das outras casas, como se a Gryffindor fosse a supremacia!

— Lavender, que... — Tentei falar, mas ela me cortou continuando a gritar

— Todas as casas tem a sua essência e nenhuma é melhor que a outra! — Vociferou ela — Por que esse preconceito com a Slytherin, me diz!?

— Isso tudo é porquê eu não aceitei o convite do Malfoy? — Perguntei em um tom sério arqueando a sobrancelha para a menina

— Não, Rox. Não é só por isso, é por tudo. TUDO!

— Tudo o quê? Me diz. Você está apaixonada pelo meu irmão, mas mesmo assim aceitou o pedido de outro garoto, então me diz qual direito você tem de vim aqui e falar essas merdas pra mim, me fala!?

   Ela bufou e revirou os olhos, parecia totalmente impaciente.

— Não está óbvio? — Rosnou — O Rony não sente por mim o mesmo que eu sinto por ele. Mas o seu caso é tão diferente, você gosta dele, e ele te ama! O que precisa para você notar isso?

— Claro que ele não me ama! — Resmunguei suspirando fundo

— Sabe o que mais me dói!? — Suspirou ela e eu apenas a olhei já irritada — Me dói saber que desde o começo eu tentei, tentei ser sua amiga, você que não quis!

— Mas Lavender, você é minha melhor amiga. Você sabe disso. — Falei já impaciente batendo com o punho na mesa

— Não. Me nego a ser amiga de uma pessoa tão preconceituosa quanto você.

— Eu não sou preconceituosa! Você já tá fugindo dos limites! Tudo isso só por que eu não quis ir ao baile com ele. Essa baboseira, pelo amor de Deus, né Lavender.

— Você sabe bem que não é só por isso.

— E por que é? — Perguntei irritada

— Olha, Rox. — Ela suspirou voltando a olhar para mim — Quando você for ao baile com alguém que não gosta e ver a pessoa que você ama beijando outra, você vai me entender. — Vociferou por fim saindo e me deixando lá aturdida

   E era isso, eu simplesmente consegui fazer com que tanto Draco quanto Lavender ficassem irritados comigo, e o pior de tudo é que eu nem sequer entendia o motivo.

  Fiquei alguns minutos apenas encarando a porta pela qual Lavender tinha saído, então abaixei meu olhar novamente para o livro, mas em vão, pois eu não conseguia entender nada do que estava escrito ali, minha cabeça estava bem longe.

— Rox?

   Levantei meu olhar para o dono da voz, era Jordan.

— Ah, oi Lee.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou ele — Você está com uma cara...

— Er... bom... não, nada. Não aconteceu nada, não se preocupa. — Respondi forçando um sorriso enquanto fechava o livro logo o deixando de lado — Dor de cabeça por conta do trabalho da aula de Snape, apenas isso.

   Ele se sentou na cadeira ao meu lado, ficou meio que olhando para frente, respirou fundo e em seguida virou seu olhar para mim, me fuzilando com seus profundos olhos castanhos.

— Eu queria... er... — Ele começou parecendo nervoso. Apenas franzi a testa esperando ele falar — Bom, Rox... tipo assim, sei que é capaz de Fred e George me matarem, o que seria terrível já que eles são meus melhores amigos, mas também acredito que eu preciso fazer isso. Que tipo de Gryffindor eu seria se não tomasse coragem e tivesse atitude, né? — E então abriu um sorriso nervoso

— Lee, respira. Que aconteceu? — Perguntei risonha

   Ele respirou fundo e então soltou de uma vez:

— Rox, você quer ir ao baile comigo?

   Meus olhos se arregalaram naquele exato momento, Lee era a última pessoa do mundo com a qual eu imaginaria indo ao baile, eu era super afim dele desde o primeiro ano, por isso eu diria que foi bem difícil captar que realmente o melhor amigo dos meus irmãos queria ir ao baile comigo.

— Bom, se você não quiser...

— Eu quero. — Respondi apressadamente com um sorriso

— Sério? — Perguntou com um sorriso que quase ia de orelha a orelha

— Claro. Se você não se importar de eu pisar no seu pé na hora da dança. — Brinquei o fazendo rir

— Só de ir com você, pra mim já é bom o suficiente.

   E era isso, eu ia ao baile com Lee pelo visto, ele sempre pareceu tão simpático e hilário, então não tinha dúvidas que eu ia me divertir. Porém, minha mente ia de encontro a Draco e eu não tinha idéia do porquê. O fato era que Malfoy, de uma forma ou outra, havia se tornado importante pra mim e ver ele daquele jeito, magoado, eu acho, me deixou mal, mas ele era o Draco Malfoy, filho de Lucius Malfoy, e da Slytherin, ninguém podia me ver com ele, o que pensariam? Pelo contrário, eu sempre tive uma quedinha por Jordan, e ele é da Gryffindor, comentarista de quadribol, e apenas vamos ao baile juntos, não é nada demais.

   Mas eu diria que estou começando a me animar com o tal baile.

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      Os dias continuaram a passar lentamente, e alguns professores, como o nanico Prof. Flitwick, desistiram de tentar nos ensinar alguma coisa quando nossas cabecinhas estavam tão visivelmente longe dali; ele nos deixou fazer jogos durante a aula de quarta-feira, e passou a maior parte do tempo conversando com Harry sobre maneiras dele aperfeiçoar o Feitiço Convocatório que ele usara durante a primeira tarefa do Torneio Tribruxo. Outros professores não foram tão generosos. Nada poderia jamais desviar o Prof. Binns, por exemplo; continuou a dar as revoltas dos duendes – como Binns não permitira sequer que a própria morte o impedisse de continuar ensinando, nós supumos que uma bobaginha feito o Natal não fosse perturbá-lo. Era espantoso como o professor conseguia fazer até as revoltas mais sangrentas e encarniçadas parecerem tão tediosas quanto o relatório de Percy sobre os fundos dos caldeirões. Os professores McGonagall e Moody também nos fizeram trabalhar até o último segundo de aula, e quanto a Snape, seria mais fácil ele de repente adotar Harry do que nos deixar fazer jogos durante a aula. Contemplando a turma com um ar malvado, nos informou de que aplicaria um teste sobre antídotos a venenos na última aula do trimestre. A aula dele, que antes já era horrível, para mim parecia decididamente pior agora que Draco me evitava completamente e Lavender não parecia estar nenhum pouco afim de falar comigo.

— Perverso é o que ele é. — Disse Rony, com amargura, àquela noite na sala comunal da Gryffindor, se referindo ao Prof. Snape — Dar um teste no último dia. Estragar o finalzinho do trimestre com um monte de revisões.

— Hum... mas não se pode dizer que você esteja se matando de estudar, não é? — Comentou Hermione, olhando para meu irmão por cima dos seus apontamentos sobre Poções. Rony estava entretido construindo um castelo de cartas com o baralho de Snap Explosivo, um passatempo muito interessante dada a possibilidade da coisa toda explodir a qualquer instante

— É Natal, Hermione. — Disse Harry cheio de preguiça; o garoto estava relendo Voando com os Cannons, pela décima vez, numa poltrona ao lado da lareira.

   Hermione lhe lançou, também, um olhar severo.
  
— Pensei que você estaria fazendo alguma coisa construtiva, Harry, mesmo que não queira aprender os antídotos!

— Como o quê? — Perguntou Harry de olho vidrado no livro

— Aquele ovo! — Sibilou Hermione

— Ah, vai, Hermione, tenho até o dia vinte e quatro de fevereiro. — Respondeu o garoto

— Hermione, pelo amor de Godric Gryffindor, dá um desconto, e para de pressionar todo mundo a fazer algo relevante, hoje é o dia da preguiça. — Resmunguei com uma voz manhosa enquanto jogava xadrez com Vega

   Pelo que eu sabia, Harry guardara o ovo de ouro em seu malão no dormitório e não o abrira desde a festa de comemoração da primeira tarefa. Afinal, ele ainda tinha dois meses até que lhe exigissem o significado daquele grito de agouro.
  
— Mas pode levar semanas para o Harry chegar a uma conclusão, ele vai parecer um perfeito idiota se os outros campeões souberem a resposta para a próxima tarefa e ele não.

— Deixa ele em paz, Mione, ele conquistou o direito de tirar uma folga. — Disse Rony enquanto colocava as duas últimas cartas no topo do castelo e a coisa toda explodia chamuscando suas sobrancelhas

— Ficou ótimo, hem Roniquinho. — Brincou Vega enquanto mexia sua última peça e me dava um xeque-mate — Realçou seus olhos.

— Mas que droga, como você fez isso!? — Me surpreendi olhando o tabuleiro

— Um mago nunca revela seus truques. — Ela falou se levantando e rindo, logo saiu pelo buraco do retrato depois de mandar beijinhos pro ar

— Pra quem nunca perdeu uma partida, hem, Beatriz. — Riu Rony me dando língua

— Cala a boca, Bilius! — Falei de volta cruzando os braços, mas logo uma voz da porta interrompeu nossa discussão

— Ficou legal, Rony... vai combinar bem com as suas vestes a rigor, ah, isso vai.

   Eram Fred e George. Sentaram-se à mesa com os três, enquanto Rony apalpava o rosto para avaliar o estrago.

— Hey, Rox, podemos pedir Mynes emprestado — Perguntou George no instante em que eu me levantei para sentar com eles

— Não, ela está fora entregando uma carta. Por quê?

— Porque George quer convidar sua coruja para ir ao baile. — Disse Fred sarcasticamente

— Porque nós gostaríamos de mandar uma carta, inteligência! — Disse George — Rony, podemos pedir o Pichitinho ou ele também está fora?

— Não. Podem pegar. Mas, para quem é que vocês tanto escrevem, hein? — Perguntou Rony

— Não mete o nariz, Rony, ou vou queimar ele para você, também. — Disse Fred, acenando a varinha num gesto de ameaça — Então... vocês já arranjaram par para o baile?

— Não. — Respondeu Rony

— Tô de boa. — Falei sem querer admitir que já tinha um par

— Então é melhor andarem depressa, companheiros, ou todas as garotas legais vão estar ocupadas. — Disse Fred

— E eu vou com uma garota é idiota?! — Retruquei sarcasticamente — Se fosse fácil assim eu convidaria a Lav ou a Mione. Você iria comigo, né Mione? — Acrescentei de brincadeira para a menina que me lançou um olhar sério enquanto os outros riam

— Às vezes esquecemos que você é uma garota, Rox. Foi mal aí, maninha. — George riu e eu apenas cruzei os braços e revirei os olhos

— Com quem é que vocês vão, então?

— Angelina. — Disse Fred prontamente, sem o menor constrangimento

— Quê? — Disse Rony espantado — Você já a convidou?

— Bem lembrado. — Disse Fred. E virando a cabeça gritou para o outro extremo da sala comunal: — Oi! Angelina!

   Angelina, que estava conversando com Katie Bell perto da lareira, olhou para o garoto.
  
— Que foi? — Perguntou em resposta

— Quer ir ao baile comigo?

  Angelina lançou um olhar a Fred como se o avaliasse.
 
— Tudo bem. — Disse ela e tornou a se virar para Katie para retomar a conversa, com um sorrisinho no rosto

— Pronto. — Disse Fred a Harry e Rony que ficaram quase boquiabertos — Moleza.

   Levantou-se, então, se espreguiçou e disse:
  
— Melhor irmos enviar a carta logo, George...

   Os dois saíram. Rony parou de apalpar as sobrancelhas e olhou para Harry por cima dos restos fumegantes do seu castelo de cartas.

— A gente devia começar a se mexer, sabe... convidar alguém. Ele tem razão. Não queremos acabar com um par de trasgos.

   Hermione deixou escapar uma exclamação de indignação enquanto eu ria.
  
— Com licença... um par do quê?

— Bom... sabe. — Respondeu Rony, encolhendo os ombros — Eu prefiro ir sozinho do que com... com Heloísa Midgeon, digamos.

— A acne dela melhorou à beça ultimamente, e ela é bem legal!

— Tem o nariz fora de esquadro.

— O seu também se eu te der um soco. — Brinquei e ele apenas deu língua

— Ah, entendo. — Disse Hermione, encrespando — Então Rony, basicamente, você vai levar a garota mais bonita que aceitar você, mesmo que ela seja completamente intragável?

— Hum... é, é por aí. — Disse Rony

— E você, Mione, por acaso iria com alguém como... deixa me ver... como o Jepson Daehler do quinto ano? — Perguntei

— Quê? — Ela pareceu não entender

— Você iria com o Jepson?

— Não, mas não é por que ele não seja bonito e sim porque ele é um idiota. — Se justificou dando de ombros

— Aham, sei. — Eu e Rony rimos

— Eu vou dormir. — Retorquiu Hermione e saiu num repelão em direção à escada para o nosso dormitório, sem dizer mais nada

   Os funcionários de Hogwarts, demonstrando um constante interesse em impressionar os visitantes de Beauxbatons e Durmstrang, pareciam decididos a mostrar o castelo em sua melhor forma neste Natal. Quando armaram as decorações, reparei que eram as mais fantásticas que eu já vira no interior da escola. Pingentes de gelo perene tinham sido presos nos balaústres da escadaria de mármore; as doze árvores de Natal que sempre eram montadas no Salão Principal estavam enfeitadas com tudo, desde frutinhas vermelhas luminosas até corujas douradas vivas que piavam, e as armaduras tinham sido enfeitiçadas para cantar canções tradicionais de Natal quando alguém passasse por elas. Era impressionante ouvir “O’ vinde adoremos” cantado por um elmo vazio que só sabia metade da letra. Várias vezes, Filch, o zelador, teve que retirar Pirraça de dentro da armadura, onde ele pegara a mania de se esconder, preenchendo as lacunas das canções com palavras de sua própria invenção, todas muito grosseiras.

   Harry e Rony continuavam reclamando que não tinha pares, e eu já estava começando a me cansar dos dois.

— Imagino que sempre tem a Myrtle Que Geme. — Disse Harry desanimado

— Harry, a gente só tem que cerrar os dentes e mandar ver. — Disse Rony na sexta-feira pela manhã, num tom que sugeria que os dois estavam planejando tomar de assalto uma fortaleza inexpugnável — Quando voltarmos ao salão comunal hoje à noite, teremos arranjado dois pares, topa?

— Hum... OK. — Disse Harry

— Hey, onde vocês vão? — Perguntei quando casa um rumou para um lado do corredor me deixando sozinha — Meninos. — Resmunguei batendo com a mão no rosto

   Diria que mesmo eu não sendo tão boa em Poções, o teste de Snape sobre antídotos em si não estava tão difícil, então se não for o fato dele não gostar nenhum pouco de mim, talvez eu tire uma nota boa.

— Encontro vocês na hora do jantar. — Disse Harry ao fim da aula para mim, Rony e Hermione, e saiu correndo escada acima

— Então tá. — Falei intrigada para o menino que já não estava mais lá

— Hey, Rox. — Amélia me puxou antes que eu pudesse reagir. Passou seu braço pelo meu começando a andar para o Salão Principal e para a acompanhar eu fui obrigada a fazer o mesmo, enquanto a menina tagarelava eufórica sobre George a ter convidado para o baile

   Nem cheguei a jantar aquela noite pois acabou que meu irmão teve a santa burrice de tentar convidar Fleur Delacour para o baile, e resolvi subir para o Salão Comunal com ele para tentar o consolar.
  
  Nos sentamos em um canto distante no Salão. Rony, de rosto branco. Fiquei do seu lado tentando o consolar em voz baixa para que ninguém que entrasse ouvisse o que aconteceu, embora eu imaginasse que todo mundo tenha visto.
 
— Que aconteceu, Rony? — Perguntou uma voz vindo da porta. Quando me virei percebi que era Harry

   Rony ergueu os olhos para Harry, uma expressão de horror no rosto.
  
— Por que fiz aquilo? — Perguntou ele enlouquecido — Não sei o que me obrigou a fazer aquilo!

— O quê?

— Ele... hum... como posso dizer? — Comecei a falar enquanto fazia força para não rir, mas continuei a dar palmadinhas no braço de Rony, demonstrando minha solidariedade — O Rony convidou Fleur Delacour para ir ao baile.

— Você o quê?

— Não sei o que me obrigou a fazer aquilo! —Exclamou Rony outra vez — Quem é que eu estava fingindo que era? Havia gente, a toda volta, fiquei maluco, todo mundo olhando! Eu estava passando por ela no saguão de entrada, Fleur estava parada conversando com Diggory, e uma coisa parece que se apoderou de mim, e convidei!

   Rony gemeu e enterrou o rosto nas mãos. Ele não parava de falar embora fosse difícil distinguir o que dizia.

— A garota olhou para mim como se eu fosse um verme ou coisa parecida. Nem me respondeu. E então... não sei... parece que recuperei o juízo e me mandei dali.

— Eu me ofereci pra bater nela, mas ele não deixou. — Brinquei

— Ela é parte veela. — Disse Harry — Você tinha razão, a avó dela era veela. Não foi sua culpa, aposto como você passou na hora em que ela estava jogando charme para Diggory e você foi atingido, mas ela está perdendo tempo. Ele vai levar Cho.

   Rony levantou a cabeça.

— Eu acabei de convidá-la para ir comigo. — Disse Harry sem emoção — E ela me contou.

— Pobrezinho de vocês. — Brinquei ainda rindo os fazendo revirar os olhos

— Isso é uma piração. — Disse Rony — Somos os únicos que não têm ninguém, bem, tirando o Neville. Ei, adivinha quem ele convidou? Mione!

— Quê! —Exclamou Harry, completamente distraído pela surpreendente notícia

— Sério? Eu não sabia disso. — Me surpreendi

— É, eu sei! — Disse Rony, um pouco de cor voltando ao seu rosto quando ele começou a rir — Neville me contou depois da aula de Poções, disse que ela sempre foi muito legal, que o ajudava nos estudos, mas Mione falou que já estava indo com alguém. Ha! Como se fosse! Ela só não queria ir com o Neville... quero dizer, quem iria querer?

— Ôu. Não exagera, Rony. — Falei aborrecida — Não tem graça.

   Naquele instante Hermione e Ginny vinham passando pelo buraco do retrato.

— Por que vocês não foram jantar? — Perguntou Mione, vindo se reunir a nós

— Porque... ah, parem de rir, vocês dois... porque as garotas que eles convidaram acabaram de recusar o convite! — Falei

   Isso fez os dois calarem a boca.
  
— Obrigado, Rox, você é um amor. — Disse Rony azedo

— Todas as garotas bonitas já estão ocupadas, Rony? — Perguntou Hermione com um ar superior — A Heloísa Midgen está começando a parecer bem bonita, agora, não está não? Bem, tenho certeza de que vocês vão encontrar em algum lugar alguém que queira vocês.

   Mas Rony estava encarando Hermione como se, de repente, a visse sob uma luz totalmente nova.
  
— Hermione, Neville tem razão, você é uma garota...

— Não, Rony, ela é uma Firebolt. — Vociferei revirando os olhos

— Bem observado. — Respondeu Mione com azedume

— Então... você poderia ir só baile com um de nós dois! Ou você comigo e a Rox com o Harry.

— Eu? — Arregalei os olhos

— Não, não poderia. — Retorquiu Hermione

— Ah, vai. — Disse ele impaciente — Precisamos de pares, vamos fazer um papel realmente idiota se não tivermos nenhum, todos os outros têm...

— Não posso ir com vocês. — Disse Hermione, agora corando — Porque já estou indo com uma pessoa.

— Não, não está! — Disse Rony — Você só disse isso para se livrar de Neville!

— Ah, foi? — Os olhos de Hermione faiscaram perigosamente — Só porque você levou três anos para reparar, Rony, não significa que mais ninguém tenha percebido que eu sou uma garota!

   Rony arregalou os olhos para ela. Depois tornou a sorrir.

— Não se preocupe amiga, nem eu ele notou ainda, e olha que nos conhecemos desde o útero. — Revirei os olhos

— OK, OK, sabemos que vocês são garotas. Satisfeitas? Você vão com a gente agora? Uma coisa é um menino ir sozinho, mas uma menina... é deprimente.

— Eu já falei! — Disse Hermione muito zangada — Eu não vou sozinha! Porque acreditem ou não alguém me convidou! E eu aceitei!

   E saiu decidida em direção à escada para o nosso dormitório.
  
— Ela está mentindo, não está? — Sentenciou Rony, acompanhando-a com o olhar

— Se você diz. — Harry deu de ombros

— Não está, não. — Disse Ginny baixinho se sentando

— Quem é a pessoa, então?

— Não vou dizer, não é da sua conta.

— Ué, nem eu estava sabendo. — Falei me sentindo ofendida por Ginny saber e eu não

— Certo. — Disse Rony, que parecia ofendidíssimo — Essa história está ficando idiota. Ginny você pode ir com o Harry e eu vou com a Rox, feito. Se bem que é estranho ir com a irmã, não é?

— E quem disse que eu quero ir com você? — Brinquei mexendo no cabelo dele

— E eu não posso. — Respondeu Ginny, e ela ficou vermelha também — Estou indo com... com Neville. Ele me convidou quando Hermione disse não e eu achei... bem... de outro jeito eu não poderia ir, não estou no quarto ano. — Ela parecia infelicíssima — Acho que vou descer para jantar — E dizendo isso, se levantou e saiu pelo buraco do retrato, de cabeça baixa

   Rony ficou olhando abobado para Harry.
  
— Que será que deu nelas? — Perguntou — Tá, Rox, você vai com o Harry. — Acrescentou se virando para mim — E eu vou com...

— Hey, notaram que ainda não me perguntaram se já tenho par! — Chamei a atenção de ambos

— Quê, quem te convidou!? — Rony pareceu ligeiramente irritado

— Não é da sua conta. — Falei dando língua para ele

   Mas Harry acabara de ver Parvati e Lavender entrando pelo buraco do retrato. Consegui ler claramente seus pensamentos, “Chegara a hora de tomar atitudes drásticas.”

— Espera aqui. — Disse ele a Rony, se levantou, saiu numa linha reta até Parvati, eu não querendo perder a cena, fui logo atrás — Parvati? Quer ir ao baile comigo?

   Pati teve um acesso de risinhos, e eu também não evitei achar fofo, só eu e as meninas sabíamos que ela era um tanto afim de Harry. Percebi que Harry esperou que ela terminasse, os dedos cruzados dentro do bolso das vestes.

— Tudo bem. — Disse por fim a garota, corando furiosamente

— Obrigado. — Disse Harry, aliviado — Lavender, você quer ir com o Rony?

— Oh My God. — Exclamei levando a mão a boca, mas logo lembrei que Lav já tinha par e que nós duas não estávamos nos falando

— Ah, eu já tenho par... — Lav falou parecendo de repente infeliz — Aaron Hansen, da Durmstrang, sabe?

   Harry suspirou.
  
— Sabem de alguém que pudesse ir com o Rony? — Disse ele, baixando a voz de modo que o meu irmão não o ouvisse

— Que tal a Hermione Granger? — Sugeriu Parvati olhando para Lav como se a perguntasse se tudo bem — Você já tem par, né Rox?

— Tenho, e a Mione já está indo com outra pessoa, também. — Expliquei

   A garota fez cara de espanto.
  
— Aaaah... com quem Granger vai? — Perguntou interessada

   Harry encolheu os ombros.
  
— Não fazemos ideia. — Respondeu — Então, e o Rony?

— Bem... — Disse Pati lentamente — Imagino que minha irmã talvez... Padma, sabe... da Ravenclaw. Eu pergunto a ela se você quiser.

— Quero, seria ótimo. Me avisa, está bem?

   E assim eu e Harry voltamos para onde Rony estava, com a sensação de que esse tal baile dava muito mais trabalho do que merecia, e desejando, que o nariz de Padma Patil fosse bem centrado no rosto.

  Olá, olá bruxinhos.

   Voltei, não me matem. kkkk

  Bom, agora vocês já sabem com quem nossos personagens favoritos vão, e sim, eu tinha feito a pergunta a um tempo, de quem vocês acham que seria mais orgulhoso a ponto de rejeitar o outro, a Rox ou o Draco, e sim... infelizmente é a Rox.

   Perdoem-me por isso. Mas juro que uma hora ela amaduresse kkkkk.

   Gente, votem e comentem por favorzinho. O capítulo do baile já está quase aí, e eu prometo que se esse e o próximo capítulo ( ou o bônus da Lav que vou estar postando amanhã ou na quarta-feira ) tiverem 100 ou mais de 100 comentários, eu vou postar um bônus do baile todinho pelo ponto de vista do Draco. O que acham? Kkkk

  Amo vocês bruxinhos da minha vida!

– Bjos da tia Nick.

  Ah, e quem quiser entrar no grupo de The Weasley no Whatsapp é só me mandar uma mensagem no PV.

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