{06} O Caso Gringotes
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06. O Caso
Gringotes
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Harry querido, você vai nos dizer o que está incomodando tanto sua cabeça?
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No dia seguinte eu não estava com humor muito bom como nos outros dias, mas também não estava muito ruim. Desci para o Salão Principal pra tomar café e encontrei Ron e Harry que já devoravam a comida.
— Bom dia maninho, bom dia Harry.
Me sentei a mesa logo colocando açúcar no meu mingau de aveia.
— Bom dia, Rox. — Harry respondeu enquanto levava a boca uma colher cheia de seu mingau
— Tá de bom humor maninha, nem parece que quase morremos ontem. — Ironizou Ron rindo
Antes mesmo que pudesse o responder, naquele instante o correio chegou. Várias corujas invadiram o salão deixando pacotinhos ou cartas com seus donos, Mynes não me levou nada aquela manhã, mas notei quando Edwiges - a coruja de Harry - entrou rapidamente no salão e esvoaçou entre a geleia e o açucareiro deixando cair um bilhete no prato de Harry.
Ele a abriu rapidamente, estiquei um pouco meu pescoço tentando ver, mas a letra era pequena e cheia de garranchos, mas o Harry, felizmente fez questão de ler pra mim e Ron.
Prezado Harry,
Sei que as tardes de sexta-feira são livres, então será que não gostaria de vir tomar uma xícara de café comigo por volta das três horas? Quero saber como foi sua primeira semana. Mande-nos uma resposta pela Edwiges.
Hagrid.
Harry pediu a pena de Rony emprestada e escreveu que encontraria Hagrid no fim da tarde.
— Posso ir com você? — Eu e Ron falamos ao mesmo tempo
Harry nos olhou assustado e riu pela rapidez que tínhamos falado, mas logo confirmou que sim, podíamos ir com ele.
Às cinco para as três da tarde, saímos os três do castelo e atravessamos a propriedade. Hagrid morava numa casinha de madeira na orla da Floresta Proibida. Uma besta e um par de galochas estavam à porta da casa.
Quando Harry bateu a porta, pudemos ouvir uma correria frenética e latidos ferozes. Logo depois a voz de Hagrid.
— Para trás, Canino. Atrás. — Dizia
A cara barbuda dele logo apareceu a porta, nos pediu pra entrar, enquanto lutava para segurar com firmeza a coleira de um enorme cão de caçar javalis.
— Não gosto de cachorros. — Sussurrei enquanto o olhava, meio amedrontada
Observei que havia apenas um aposento na casa. Presuntos e faisões pendiam no teto, uma chaleira de cobre fervia ao fogão e ao canto havia uma cama maciça coberta a uma colcha de retalhos.
— Fiquem a vontade. — Falou Hagrid soltando o cão
O cachorro correu rapidamente e pulou em cima de mim, me fazendo cair sentada no chão e começou a lamber meu rosto, eu estava um pouco assustada, mas logo percebi que ele era inofensivo.
— Este é o Rony e ela é a Rox. — Apresentou Harry
Observei que Hagrid tinha ido despejar água fervendo em um grande bule de chá e arrumar biscoitos num prato.
— Outros gêmeos Weasley, hein? — Gargalhou ele ao olhar para mim e Ron — Passei metade da vida expulsando os irmãos de vocês da floresta.
Eu e Ron apenas rimos. Os biscoitos quase quebravam nossos dentes de tão duros que estavam, mas fingimos que estavam ótimos enquanto falamos os três sobre as primeiras aulas. Confesso que agradeci quando Canino esqueceu de mim e foi até Harry, descansando sua cabeça no colo dele e enchendo suas vestes de baba.
Ficamos contentes de ouvir Hagrid chamar Filch de “guitarra velha”.
— Quanto àquela gata, Madame Nora, às vezes eu tenho vontade de apresentar o Canino a ela. Sabe que todas as vezes que vou até a escola ela me segue por toda parte? Não consigo me livrar da gata. É Filch que manda ela fazer isso.
Harry começou a falar a Hagrid sobre a aula de Snape, mas assim como Ron já o tinha dito, Hagrid mandou Harry não se preocupar, pois era bem notório que o professor Snape não gostava de nenhum aluno.
— Mas ele parecia que realmente me odiava... — Harry dizia
— Bobagem! Por que ele te odiaria?
Não pude deixar de notar e imagino que Harry também, que ao falar isso Hagrid nem o olhava nos olhos e logo quis mudar de assunto.
— Como vai o irmão de vocês, Charlie? — Hagrid perguntou a mim e Ron — Eu gostava muito dele, tinha jeito com os animais.
— Continua tendo. — Tratei de dizer com um sorriso
Ron começou a falar sobre o trabalho de Charlie, com os dragões, meu irmão com certeza era maravilhoso no que fazia. Eu também acrescentava um comentário, ora ou outra, até ver que Harry acabara de apanhar um papel que estava na mesa sob o abafador de chá. Logo percebi que era uma notícia recortada do Profeta Diário. Como Harry estava bem ao meu lado, pude ler claramente o que dizia no papel.
O CASO GRINGOTES
Prosseguem as investigações sobre o arrombamento de Gringotes, ocorrido em 31 de julho, que se acredita ter sido trabalho de bruxos e bruxas das Trevas desconhecidos.
Os duendes de Gringotes insistiam hoje que nada foi roubado. O cofre aberto na realidade fora esvaziado mais cedo naquele dia.
"Mas não vamos dizer o que havia dentro, para que ninguém se meta, se tiver juízo", disse um porta-voz esta tarde.
— Rúbeo! — Harry exclamou de repente — Aquele arrombamento de Gringotes aconteceu no dia do meu aniversário! Talvez estivesse acontecendo enquanto a gente estava lá!
Não havia a menor dúvida, desta vez Hagrid decididamente evitara encarar Harry. Resmungou alguma coisa e lhe ofereceu mais um biscoito. Observei Harry reler a notícia e fiz o mesmo sem entender o tanto que ele tinha achado aquilo interessante.
Quando eu, Harry e Rony voltamos ao castelo para jantar, tinhamos os bolsos pesados com os biscoitos que a educação nos impediu de recusar. Harry parecia pensativo, sua cabeça deveria está martelando, só não entendia o motivo que o levava a pensar tanto naquele recorte de jornal.
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Logo depois do jantar, estávamos no salão comunal, apenas jogando conversa fora. Mas Harry continuava com a cabeça nas nuvens, aquilo já estava me irritando.
— Tá! Já deu!
Ele me olhou assustado, assim como Ron que parecia não entender.
— Harry querido, você vai nos dizer o que está incomodando tanto sua cabeça?
Ele apenas murmurou revirando os olhos, olhei ao redor e notei que não havia ninguém além de nós três no salão, então voltei a olhar diretamente para o garoto.
— Desde que voltamos da casa de Rúbeos, você está assim, porque não nos diz, o que te incomoda tanto?
— É, Harry, a Rox tem razão, não confia na gente?
— Esse roubo no Gringotes, sabem... — Começou passando seu olhar pela sala — Disseram que o cofre aberto foi esvaziado mais cedo aquele dia, na verdade esse foi o dia que Hagrid me levou ao banco para pegar o dinheiro que meus pais haviam deixado pra mim.
— Hm... Prossiga. — Apoiei meu cotovelo no braço da poltrona logo encostando meu rosto na palma da mão e o olhando
— Hagrid esvaziou o cofre setecentos e treze aquele dia, na verdade, não sei se dava pra chamar aquilo de esvaziar, pois ele apenas pegou um pacotinho encalombado...
— Ele o roubou? — Ron perguntou
— Não, ele repetia que era negócios de Hogwarts, ele até levou uma carta de Dumbledore.
Me levantei começando a pensar no que Harry tinha falado e comecei a andar pela sala enquanto raciocinava.
— Então, será que o que os ladrões estavam procurando, fosse isso que Hagrid já havia pegado?
— É o que eu tô pensando... — Explicou Harry — Hagrid me disse algo interessante aquele dia, ele falou que Gringotes era o lugar mais seguro do mundo quando se queria esconder alguma coisa, com exceção talvez de Hogwarts.
— BINGO! — Gritei
— Por Merlim, Roxanne! — Ron me olhou assustado enquanto colocava a mão no coração, não me aguentei e soltei uma gargalhada, logo tornando a falar
— Granger mencionou que o Cérbero estava em cima de um alçapão, guardando alguma coisa, e se...
— ELE ESTÁ GUARDANDO O PACOTE QUE RÚBEOS PEGOU... — Harry e eu falamos ao mesmo tempo
Parecia que tínhamos um raciocínio lógico, Ron nos olhou perdido.
— Eu achava que ela era gêmea minha e só nós dois falávamos ao mesmo tempo. — Disse ele
— Não seja bobo, eu e Harry apenas 'pensamos' maninho.
Ele pareceu não entender, então tornamos a pensar o que seria tão importante a ponto de precisar de tanta proteção.
— Ou é uma coisa realmente muito valiosa, ou muito perigosa. — Analisou Ron
— Ou as duas coisas. — Acrescentou Harry
Mas como tudo que sabíamos era que o misterioso objeto deveria medir uns cinco centímetros de comprimento, não tinha possibilidade de adivinharmos seu conteúdo, sem outras pistas.
Hermione, por outro lado, demonstrava o mínimo interesse pelo conteúdo embaixo do alçapão, ela se recusava a falar com a gente desde o ocorrido, mas como ela era uma menina tão mandona e metida, víamos isso como um prêmio.
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