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2.𝐎𝐍𝐄

Times have changed

Dois meses haviam se passado desde que Katrina havia assumido a liderança da pequena cidade de West Ham.

Conforme os meses iam passando as coisas ficavam mais intensas, a maioria dos adolescentes queria que uma votação acontecesse.

Enquanto a Grayson liderava toda a cidade, Campbell montava um plano para que a votação acontecesse e ele e Harry assumiriam o poder.

Os tempos haviam mudado,mas acima de tudo era o tempo da ação de graças e o grande banquete renderia muitas histórias.

— Katrina! Como se sente, sentindo seu reinado chegando ao fim?— A voz sarcástica de Campbell chegava ao seis ouvidos.

— Campbell...— A Grayson murmura.— Sabe que vai cair do cavalo quando Harry te passar a perna não sabe?

— Não se preocupe, do futuro prefeito cuido eu, já você devia se preocupar com seus amiguinhos tentando de enganar. Sério, a guarda como líder?

— Do quê exatamente você tá falando?

— Ah, você não sabe!— Ele ri. — Aliás o que vai fazer quando descobrir quem foi o doido que matou a Cassandra?

— Oh, você não sabe...—Ela ri ácida. —O que geralmente se faz com assassinos.

— Mal posso esperar para descobrir.— O garoto se dirige até a saída do escritório.

[...]

Enquanto Campbell e Katrina tinham uma discussão acalorada, Harry tentava ligar para a Grayson nervosamente depois da conversa estranha envolvendo um garoto desconhecido por ele na cafeteria.

— Kat?— Uma batida foi ouvida na porta.

— Entra! — A garota gritou de dentro do quarto.

— Hey — Helena adentra o quarto da amiga.

— Oi! Bom ver você.— Katrina sorri enquanto se levanta do chão. — Aconteceu alguma coisa?

— A Ally ia vir te avisar mas achei melhor eu mesma te dizer.

— O que foi?— A Grayson pergunta preocupada.

— É o Harry, olha ele precisa de ajuda, ele não tá só furando o sistema dos trabalhos da semana, ele está se afundando.

O desabafo da amiga a faz balançar a cabeça em negação.

— Acha que ele vai me ouvir?

— Se ele não te ouvir como amiga, vai ter que te ouvir como líder dessa cidade.

— Você tá certa, eu tenho que tomar as rédeas. Pode pedir para o Luke e a guarda passarem lá mais tarde?

— Pode deixar.

[...]

Katrina andava silenciosamente até a casa do Bingham, onde agora várias pessoas moravam com ele.

— Aí! Onde o Harry tá?— A morena pergunta a um garoto que passava escovando os dentes por ali.

— Lá em cima, no último quarto do corredor, não é como se ele saísse de lá.— O garoto dá de ombros.

— Agora você vai me ouvir Harry.— Katrina sussurra para si mesma, pisando de forma dura no chão.

A porta do quarto de Harry foi aberta aos trancos de forma totalmente rude assustando o garoto que dormia debaixo das cobertas.

— Que porra é essa?— Harry murmura descobrindo a cabeça.

— Pelo amor de Deus Bingham! Como você está vivendo nesse chiqueiro?— Kat anda até as janelas abrindo as cortinas.

— Você não parecia estar diferente de mim há algumas semanas atrás.— O garoto rebate saindo de debaixo das cobertas.

— Diferente de você, pelo menos eu tô aqui, tentando te ajudar!

— Eu não preciso de ajuda Katrina!

— Olha a sua volta Harry...— Katrina anda pelo quarto do Bingham. — Não é assim que tudo tem que acabar.

—Por que? Por que veio me ajudar?

— Porque você ainda é o meu Harry...De alguma forma.

O silêncio pairou sob os dois adolescentes, enquanto lentamente Harry e Katrina começavam a limpar o quarto,deixando para trás toda a sujeira e escuridão do ambiente.

— Sabe que não precisa fazer isso né?

— Harry, estou fazendo isso porque me importo com você e eu espero que como um obrigado você pelo menos não acerte uma faca nas minhas costas.

— O quê? Eu não...

— Campbell. Estou falando do Campbell... Nós sabemos do que ele é capaz.

— Eu sei.

[...]

— Obrigada por hoje. — Harry diz enquanto ele e a morena caminhavam pelo lado de fora da casa.

— Não foi nada, você ainda é um dos meus amigos.

— E é por isso que...que eu tenho algo para te contar Katrina.

— Pode dizer.

— Não vai gostar nada do que eu tenho a dizer...

Era possível ver uma tensão pairando no ar enquanto Harry contava tudo a Katrina, toda a paz e harmonia que haviam construído durante esses meses havia sumido e os tempos de justiça estavam prestes a começar.

— Eu sei quem matou a Cassandra.

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