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𝟐𝟐. 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐄 pt. 1

i. 50ml de lágrimas
ii. 3/4 de família
iii. duas pitadas de futuro

❛❛VINTE E DOIS


DOIS ANOS DEPOIS...

Dois anos haviam se passado desde o fatídico dia que marcou a alma de Alina tão profundamente que nem que ela voltasse no tempo conseguiria reverter a essa altura. O tempo havia corrido com uma rapidez tão eloquente que às vezes a loira não sabia nem explicar como. De repente Hogwarts não era mais seu lar, de repente ela não era mais uma garotinha assustada com a própria sombra e de repente ela amava viver.

Era viciante aquele sentimento, ela quase podia entender o marido por perseguir a vida eterna.

Marido...ainda parecia estranho chamar Riddle assim, principalmente quando embora casados por sangue, no papel bruxo ainda eram tão solitários quanto o dia do nascimento. Mas parecia certo de certa forma, Alina amava ser uma Rosa Negra, e duvidava que Riddle realmente quisesse que ela fosse uma Riddle. Então sem perceber, eles haviam chegado em um impasse estranho, casados entre quatro paredes, mas fora delas completos estranhos.

Seus amigos achavam aquela teimosia de ambos uma idiotice, principalmente quando Abraxas e Morgan haviam realmente se casados apenas um mês após o fim de Hogwarts, em uma cerimônia tão grande e esplendorosa que durou dois dias inteiros. Mas na opinião de Alina parecia tão cansativa quanto realmente fora, e não tão dramática quando realmente morrer para aquilo. Não demorou muito para a primeira herdeira surgir, Ella Malfoy havia nascido a tão pouco tempo que ainda parecia uma pequena ameixa loira enrugada. Palavras de Les, não dela, é claro.

Até mesmo Lestrange e Aisha haviam se casado, embora mais recente, apenas um ano atrás Les finalmente havia convencido a ex lufana a viajar o mundo com ele antes de assumir o Madame Malkin, em uma cerimônia bem mais informal, eles finalmente se casaram para alívio de Lestrange.

Bella havia se casado com seu grifinório também não muito tempo após hogwarts acabar, até onde Alina sabia, a morena havia conseguido um estágio no ministério e até já tinha um filho, Amos Diggory era uma gracinha. Alina estava tão feliz pela amiga, mas de certa forma elas viviam em mundo diferente agora e cada vez menos se viam.

Nina definitivamente tinha sido um caso à parte, uma caixinha de surpresas, conseguindo evitar fielmente outro noivado após o último traumatizante, a morena pulava de país em país gastando seu dote em roupas e curtindo a nova liberdade adquirida. Alina recebia pelo menos um cartão postal por mês da amiga.

E Alina estava estranhamente feliz, ela e Riddle haviam finalmente alugado uma casa e diferente dos amigos em belas mansões, eles se contentavam com o "conforto" que a Travessa do Tranco podia oferecer. Alina achava realmente a vizinhança horrenda, mas era divertido ser reconhecida a cada passo ali dentro. Além disso, com o salário de vendedor da Borgin and Burkes de Tom e com o de aprendiz da Flamel Potions, ambos realmente não eram os mais ricos.

Claro, Alina havia questionado o marido um milhão de vezes do que diabos ele estava fazendo, mas o moreno sempre parecia mais e mais esperançoso quando voltava do trabalho, artefatos das trevas, sim, quem diria que ele era tão bom em achar?

Mas Alina sabia que era temporário, claro que sabia, as reuniões ainda iam e vinham a todo vapor, mais e mais bruxos pareciam se esconder sob máscaras prateadas e seguir aquele "jovem mestre". Ele era encantador e perigoso. E a cada reunião, Alian sentia que ele chegava mais perto de seu próximo objetivo.

Não que ele fosse contar, claro que não. Tom Riddle amava joguinhos de surpresa, e parecia economizar cada centavo com um pensamento obscuro, ele tinha patrocinadores o suficiente para sair daquele buraco, amigos indescritíveis, mas ainda sim ali estava ele.

Alina ainda seguia com seus pequenos favores como Rosa Negra, morando ali parecia uma verdadeira mina de ouro, uma mina de ouro que seu chefe parecia cada dia mais desaprovar.

O senhor Flamel não era exatamente uma pessoa paciente, dono do boticário que uma vez já foi de seu pai, ele fazia parecer que toda glória de Nicolau Flamel era dele também. A loira sabia bem o quão irreal era aquela realidade. Depois de dois anos incessantes trabalhando para o homem, ele parecia ficar mais pegajoso dia após dia. E achava decadente que uma mulher tão delicada quanto ela morasse em um lugar tão insalubre quanto, sendo solteira.

A loira não podia exatamente negar, mas era exaustivo escapar de cada investida. O homem não era realmente ruim, apenas um pouco fora da realidade se Alina pudesse falar, levando crédito por cada invenção nova da loira e insistindo em um casamento para que ela pudesse ter seus bebês inteligentes em um chalé bem afastado dali onde nunca mais precisaria trabalhar.

A loira preferia a morte a viver aquela vida tediosa onde não pudesse aprender mais e mais, criar e amaldiçoar quem passasse na sua frente. Então ela sempre sorria e negava, afinal ela tinha namorado. Namorado esse que o homem sempre fazia careta quando buscava Alina.

Tom Riddle achava engraçado, engraçado que o homem pudesse realmente pensar que poderia roubar sua mulher. Mas ele concordava com Alina, afinal ele era um Flamel e podia ser muito util no fututo, então deixava a loira tortura-lo sozinha.

Alina não chamava seus expereiemntos de tortura, claro que não. Tom Riddle era exagerado demais para seu próprio bem, e a loira achava bem merecido que o chefe fosse a primeira cobaia para seus experimentos, afinal, ele levaria todo o mérito e fingiria ser um bom chefe lhe dando uma porcentagem boa demais até por ser mulher.

Era ultrajante.

Então quando Tom entrou no boticario já fechado e encontrou a mulher fazendo anotações em frente um Flamel paralisado com olhos totalmente negros, ele apenas se contentou a revirar os olhos.

— É uma surpresa, sabe — ele murmurou se aproximando curiosamente da loira que sorriu para o marido dando-lhe um pequeno selinho antes de voltar a se virar — que ele não tenha percebido que esconde a pior cobra entre esses vidrinhos de poções.

A loira apenas se contentou sem bufar antes de fechar o pequeno diário azul.

— Não me chame assim, além disso, isso na verdade vai ser muito útil para nós.

— Para nós? — ele ergueu a sobrancelha para a loira — posso supor então que não perderá mais um experimento para isso?

— Não acredito que ele realmente apoiaria isso — a loira fala com uma risadinha — é quase que um império sem feitiço.

— Uma poção que faz ele te obedecer? Isso não me parece muito prático.

— Não julgue antes de ver — ela sorri — ainda preciso arranjar uma forma de conter os efeitos colaterais, sem que olhos fiquem negros assim, mas ele não apenas fará o que for ordenado...não, ele se tornará uma especie de zombie com apenas uma palavra chave, diferente de um feitiço é indetectável, e pode agir como as tres maldiçoes imperdoaveis juntas.

— Agora me parece que está apenas sendo presunçosa, querida.

— É uma poção manipuladora, está ligada diretamente ao lóbulo frontal, é quase como se a pessoa que bebe tivesse todas suas defesas desligadas, sem força de vontade própria, sem mentiras e o melhor de tudo, sem imaginação.

— Então você conseguiria implantar uma simulação em sua mente? — ele se aproximou curioso.

— Talvez...? — ela lançou para ele um sorrisinho desdenhoso mas logo suspirou — está longe de estar completo, mas...se funcionar.

— Isso seria muito útil — ele concordou com um sorrisinho — Esqueça os outros projetos, isso faria de nós invencível.

— Não seja tão convencido, talvez isso nunca fique realmente pronto, talvez eu nem compartilhe.

Ele bufou mas sorriu maliciosamente pegando a carta do paletó de segunda mão.

— Nem por isso...?

— E isso seria...?

— Lestrange mandou essa manhã, parece urgente na verdade — ele provocou como o bastardo que era.

— Oh Merlin Riddle, já são sete da noite — ela bateu em seu braço arrancando a carta com um puxão só — Merda...o bebe.

Ela olhou assustada para o bebe que parecia não entender.

Hiazatos — ela sussurrou fazendo o chefe voltar aos poucos ao normal, enquanto agarrava o marido — Até amanhã senhor Flamel.

E então, em dois pops eles estavam na frente da mansão Lestrange.

— O que aconteceu? — O moreno perguntou sem entender para que tanto alarido.

— Eu não sei exatamente, aqui Lestrange disse que está tentando com os melhores Medibruxos desde ontem, mas Aisha está perdendo muito sangue. Isso não é normal...isso me lembra...

— A doença dela — ele acenou com um suspiro — mas isso devia ser impossível, ela ainda está com o colar, certo?

Mal dando tempo de responder, ambos entraram às pressas no lugar e Alina ainda não sabia por que quase havia vomitado ao pisar ali.

[ THE POISON ]

Alina olhou para o envelope com o brasão da família Lestrange e sentiu um frio na espinha antes mesmo de romper o selo. As notícias foram avassaladoras: Aisha, uma das poucas pessoas que compartilhava o passado sombrio deles, estava em perigo, e o filho que carregava ainda mais.

Chegando lá, a visão era quase surreal. Aisha, pálida e com uma mão firmemente pressionada sobre o ventre, gemia de dor no sofá, enquanto Les, andava de um lado para o outro, a expressão transfigurada pelo desespero. Os olhos dele, quase febris, se cravaram em Tom com uma mistura de súplica e rancor.

– Você! – ele rugiu, apontando um dedo trêmulo para Tom. – Isso tudo... é culpa sua! A vida dela... do nosso filho... você disse que essa maldita pedra a protegeria!

Alina sentiu uma faísca de pânico, mas se manteve firme. Sabia que Lestrange estava desesperado, tinha medo que o amigo fizesse alguma loucura.

– Les, acalme-se, – disse Alina, colocando-se entre ele e Tom. – Vamos dar um jeito nisso...tem que haver uma solução.

Aisha gemeu mais alto, interrompendo a confusão que se desenrolava. Seus olhos estavam molhados, cheios de lágrimas e medo. Ela segurou a mão de Alina com força, os dedos tremendo de dor.

– Alina... Eu... Não posso... Se meu bebê não sobreviver..., – sussurrou Aisha, com a voz quebrada.

Tom observava a cena em silêncio, o rosto quase impassível, mas com uma intensidade nos olhos que poucos notariam. Ele se aproximou e se agachou ao lado de Aisha, encarando-a diretamente.

– Aisha, – ele disse com uma frieza cortante, mas estranhamente calma, – a vida exige sacrifícios. Sempre exigiu. Você sabia o que essa pedra representava.

Alina queria dar um tapa no marido...se a situação não exigisse calma, céus ele estava maluco.

Lestrange, que parecia concordar com a loira, explodiu novamente, seu rosto torcido de ódio e impotência.

– Sacrifícios? Você nos envolveu nisso, Tom! Fomos fieis a você, a todos os seus ideais, e agora nos resta ver nossa família desmoronar por causa de uma maldita pedra?

A tensão era palpável. Alina viu a determinação inquebrável nos olhos de Tom; ele não cederia. Mas ela também percebeu a ferida profunda em Lestrange e Aisha, e o vínculo de lealdade que havia sido construído ao longo dos anos. Se eles não encontrassem uma solução rápida, a situação se tornaria ainda mais caótica.

Tom finalmente se levantou, cruzando os braços enquanto analisava a situação, como um xadrezista estudando suas peças. Então, pronunciou-se, com uma voz sombria e quase cruel.

– Podemos salvar um de vocês. Mas apenas um. Ou a criança... ou Aisha.

As palavras pairaram na sala como um veneno, mortíferas e irrefutáveis. Alina sentiu o mundo rodar por um instante, vendo o horror no rosto de Aisha e o desespero absoluto de seu melhor amigo. O dilema se espalhava como uma praga: escolher a vida de uma de suas melhores amigas, ou uma vida inocente que mal tivera tempo para viver.

Alina se ajoelhou ao lado de Aisha, sussurrando palavras de conforto enquanto o desespero da amiga aumentava. Aisha segurava a barriga, soluçando baixinho, cada lágrima uma expressão de dor e de amor pelo bebê que mal havia sentindo crescer dentro de si.

– Eu... não posso decidir isso... – Aisha murmurou entre lágrimas. – Não posso condenar meu filho... mas eu... eu também não quero morrer.

Les, em desespero, apertou os punhos, a frustração em seu rosto dando lugar a uma determinação sombria.

– Vamos encontrar uma saída, – murmurou Alina, mais para si mesma do que para os outros. – Há sempre uma saída...

Enquanto tentava acalmar a si mesma, lembrou-se de antigos feitiços de troca de vida e rituais que estudara em livros proibidos. A ideia era perigosa, quase absurda, mas se fosse possível...

Alina ergueu o rosto e, encarando Tom, sussurrou com um brilho de esperança desesperada nos olhos.

– E se... transferirmos a maldição para outro objeto? Precisamos de algo poderoso o suficiente para segurá-la e neutralizar seu efeito. Talvez... uma poção... uma ligação alquímica entre mãe e filho.

Tom franziu a testa, mas seus olhos cintilavam por um breve momento.

– Isso poderia ser feito, mas demandaria sacrifícios. Raros são os objetos que poderiam conter uma maldição tão antiga e virulenta.

Lestrange se aproximou da amiga, segurando suas mãos como se ela fosse sua última esperança.

– Por favor... se existe alguma chance... faça o que for preciso.

[THE POISON]

Alina passava as madrugadas em claro atrás de uma solução para o bebe de Aisha, mal dormia enquanto pensava em formas e formas de resolver aquilo. A loira se sentia culpada de certa forma...o colar, o roubo no gringotes...tudo parecia a mil anos atrás, aquela bolha de felicidade que a invadia nos últimos anos fazia tudo parecer irreal.

Era uma manhã fria quando ela despertou devagar, o céu ainda levemente tingido de cinza. Ao abrir os olhos, sentiu um leve torpor, a cabeça rodando. Mal percebeu Tom ainda ao seu lado, até que ele a puxou gentilmente para perto, seus dedos frios envolvendo a cintura dela. Ele a beijou suavemente na testa, num raro momento de ternura matinal.

A garota achava fofo o quão diferente ele parecia de manhã, seus cabelos nunca fora do lugar aparentavam um ar rebelde, e sua expressão o mais suave que seus traços aliados deixavam aparecer.

Alina era uma lunática apaixonada, e sabia bem disso.

– Bom dia, – ele murmurou, seu tom suave e baixo, a voz rouca do sono.

Alina abriu um sorriso, mas sentiu uma onda de enjoo subir súbita e incontrolável.

– Bom dia, – sussurrou ela, mal conseguindo disfarçar a sensação de náusea. Tom, já vestido e arrumado para o trabalho, não pareceu notar, dando-lhe um último beijo antes de sair.

Quando finalmente, ele fechou a porta, Alina soltou um suspiro de alívio, mas não teve tempo de pensar muito. Sentiu o estômago revirar novamente, e, antes de se dar conta, estava no banheiro, debruçada sobre a pia, a náusea tomando conta de si. As ondas vinham e passavam, e ela se apoiava no mármore frio, a mente um tanto confusa e o coração disparado.

– Mas o que...? – murmurou para si mesma,sentada no banheiro tentando imaginar o que havia comido que lhe fizera tão mal, a respiração ofegante enquanto tentava se recompor.

Foi então que a ideia surgiu, sutil, mas inevitável. Um pensamento intruso que tomou conta dela aos poucos, como uma chama que de repente se alastra. Poderia? Ela estava... grávida? A ideia a deixou atordoada, um misto de surpresa e pânico. Fechou os olhos e tentou reunir coragem para o que precisava fazer.

Alina correu até o armário de poções, as mãos tremendo levemente enquanto procurava um pequeno frasco com uma substância azulada. Por que ela mantinha aquilo tão perto...? Mal ela sabia responder .Esta era uma poção antiga, uma que as mulheres utilizavam para verificar se uma nova vida estava crescendo nelas. Se a poção mudasse de cor para um rosa vivo, não haveria mais dúvidas.

Ela se sentou na beirada da cama, segurando o frasco, o coração batendo rápido demais enquanto ela respirava fundo, tentando conter a ansiedade que agora a dominava. Seus pensamentos estavam em completo caos: a imagem de Tom, a lembrança da doença de Aisha, os riscos que agora ela corria. Apoiou o frasco com cuidado e preparou a dose necessária, tentando conter o tremor das mãos.

Alina fechou os olhos por um instante, respirando fundo, e então adicionou uma gota de sangue à poção, sentindo um arrepio. O líquido inicialmente borbulhou incolor, um pequeno silvo de vapor escapando dele. Ela observou, ansiosa, prendendo a respiração. E então, a mudança começou. Lentamente, uma cor delicada e intensa ao mesmo tempo começou a se formar, tingindo o líquido de um rosa profundo e brilhante. Era uma cor vibrante, quase irreal.

Alina levou as mãos à boca, os olhos se enchendo de lágrimas. Não podia ser real — ela estava grávida.

As lágrimas começaram a rolar silenciosamente, um misto de medo e uma alegria tão profunda que quase a assustava. Tocou a própria barriga, o coração palpitando com a enormidade daquele segredo. As memórias dos últimos meses vieram à tona: ela e Tom, o segredo de ambos, o casamento escondido e agora... um filho. Um filho deles.

Ela sabia o que isso significava. Ser a esposa de Tom Riddle já era perigoso o suficiente; carregar o filho dele parecia uma sentença de vida e morte. Pensou em Aisha, em tudo pelo que a amiga havia passado, e em como sua própria situação poderia se tornar igualmente perigosa. Ela tremia ao pensar nas implicações, nos riscos que agora eram inevitáveis.

Mas, em meio ao medo, havia uma felicidade suave, uma esperança frágil e desconhecida que ela ainda não compreendia. Segurou o frasco vazio, observando a poção rosa com olhos brilhantes e úmidos, sussurrando baixinho para si mesma, quase em reverência: "Estou grávida... eu realmente vou ter uma família"

Alina soluçou levemente, abraçando a si mesma enquanto as lágrimas continuavam a escorrer pelo rosto. Ela não sabia como Tom reagiria, nem mesmo se ele aceitaria aquele futuro. Tudo o que sabia era que uma nova vida se formava dentro dela, e que, pela primeira vez em muito tempo, sentia-se viva de uma maneira que jamais havia sentido antes.

[ THE POISON ]

Alina entrou na loja de poções tentando esconder o mal-estar que a tomava. Cada frasco de vidro brilhante nas prateleiras parecia amplificar o cheiro das poções, fazendo seu estômago se contorcer ainda mais. Ela sabia que precisaria sair mais cedo naquele dia e, para isso, só tinha uma solução: lidar com o Senhor Flamel.

Ele parecia ter um interesse especial por Alina, algo que ela sabia que podia usar a seu favor, mas que a fazia ela se arrepiar toda só de pensar. No entanto, naquela manhã, estava disposta a suportar o quanto fosse necessário para conseguir o que queria.

– Alina! – ele exclamou ao vê-la entrar. Seu sorriso era largo, e seus olhos a percorreram de cima a baixo, atentos a cada detalhe. – Você parece um pouco pálida hoje. Tem certeza de que está bem, minha querida?"

Ela suspirou levemente, deixando um sorriso suave aparecer em seus lábios.

– Oh, Senhor Flamel... Eu me sinto um pouco indisposta. Não dormi muito bem, e acho que o cheiro das poções não está me ajudando. – Ela levou uma das mãos à testa, ela se sentia tonta de uma forma enquanto olhava para ele com um ar de leve vulnerabilidade.

O homem mais velho se aproximou rapidamente, tocando de leve seu braço com uma das mãos e levando a outra à sua cintura, segurando-a com um pouco mais de firmeza do que ela gostaria. O toque a fez estremecer, mas ela manteve o sorriso, controlando qualquer traço de desconforto.

– Alina, não quero que trabalhe se não estiver bem. Uma flor como você não deveria se desgastar assim...– Ele a olhou nos olhos, sua voz baixa e quase sussurrante. – Por que não descansa hoje? Eu posso muito bem cuidar da loja sozinho. Não quero que nada aconteça com você, minha querida.

Alina permitiu que o sorriso se alargasse, mantendo o olhar fixo nos olhos dele, mesmo com o desconforto que sentia com a mão ainda firme em sua cintura.

– Você sempre é tão gentil, Sr. Flamel. Eu me sinto muito melhor só de saber que alguém se preocupa tanto assim comigo. – Ela inclinou a cabeça levemente, mostrando uma gratidão quase doce, mas sua mente já se concentrava em sair dali o quanto antes.

Ele deslizou a mão do braço dela até o ombro, apertando suavemente, como se quisesse transmitir conforto, mas prolongando o toque mais do que o necessário.

– Você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, Alina. Aliás, nem precisa pedir. Sinto-me responsável por você, sabe?"

Ela assentiu, forçando-se a rir levemente.

– É tão bom saber disso, Sr. Flamel. Na verdade, eu estava preocupada em pedir um favor desses, mas com você aqui, me sinto segura. – Ela fez uma pausa, deixando que ele interpretasse o sorriso como quisesse, sabendo exatamente o que precisava transmitir. – Acho que um pouco de descanso hoje realmente me faria bem.

O homem finalmente soltou o braço dela, mas não sem antes deslizar a mão uma última vez pelo ombro, em um toque que ela só aguentou por saber que estava funcionando.

– Então vá, minha querida. Descanse e se recupere. Não suportaria vê-la adoecendo.

Ela agradeceu com uma expressão de gratidão, deixando que ele acreditasse que seu gesto era de pura admiração. Quando saiu da loja, o alívio foi imediato, mal sabia ele que o que a adoecia era ele naquele momento.

Com uma careta, a loira aparatou.

[ THE POISON ]

Alina passava as noites em claro, com o coração pesado e a mente cheia de dúvidas Alina finalmente decidiu procurar Morgan, agora uma Malfoy. Morgan tinha Ella agora, ela saberia lhe ajudar, era sua esperança.

Quando Alina chegou à mansão Malfoy, foi recebida pela morena, que equilibrava a pequena platinada no colo, com os olhos cansados mas atentos. Havia algo poderoso e calmo em sua presença, algo que Alina esperava encontrar para si mesma.

Ella mal tinha poucos meses, e olhando para aquele pequeno broto ela se pegou pensando em seu futuro filho e a garotinha, em hogwarts

Depois de trocarem algumas palavras sobre a saúde de Aisha e as mudanças na vida de ambas, Alina finalmente confessou, com voz hesitante:

– Morgan... eu descobri que estou grávida. E não sei o que fazer... Não sei se devo contar para ele – a loira sussurrou a ultima parte.

A morena ficou em silêncio por um instante, os olhos fixos nos de Alina, como se pudesse entender exatamente a profundidade daquela revelação. Ela ajeitou a filha no colo e suspirou, como se as palavras pesassem mais do que ela gostaria.

– Alina, – começou ela, cuidadosamente, – você sabe o quanto eu acredito no poder de uma família. Ter uma filha e agora um bebê a caminho... isso muda tudo. Dá um sentido diferente à vida, mas também um risco que nunca existia antes.

Morgan, ao notar seu olhar perdido, entregou Ella para Alina segurá-la. A criança olhou para Alina com seus olhos grandes e curiosos, estendendo as mãozinhas, inocente e confiante. No instante em que sentiu o peso suave e o calor do corpo de Ella em seus braços, Alina foi invadida por uma onda de emoções que a desarmou completamente. Ela se pegou imaginando como seria segurar seu próprio filho assim, um ser que precisasse dela para tudo, que dependesse do seu amor e cuidado. O coração dela se encheu de uma ternura que ela jamais havia sentido.

Alina assentiu, as palavras de Morgan ecoando seus próprios medos.

– Sei o quanto você quer compartilhar isso com ele, – Morgan continuou, olhando para a bebê em seus braços, com uma expressão mistura de ternura e cautela. – Mas o Tom... ele nunca verá essa criança da mesma forma que você. Para ele, ter um filho é mais do que uma fraqueza, é um fardo, algo que ele não pode se dar ao luxo de ter. O universo que ele está construindo é impiedoso, Alina.

Ela fez uma pausa, como se as próximas palavras fossem ainda mais difíceis de dizer.

– Por mais que eu quisesse dizer o contrário, a verdade é que você terá que tomar uma decisão. Ou você escolhe o bebê... ou escolhe o Tom. Porque se decidir ficar com essa criança, viver às sombras dele, será como uma caçada. Você estará pondo em risco não só a si mesma, mas a quem você mais ama.

Alina sentiu um arrepio ao ouvir isso. Viver escondendo-se com a criança ou deixá-la exposta aos perigos de um futuro sombrio a assustava mais do que qualquer outra coisa. Morgan notou seu olhar aflito e tocou-lhe o ombro, em um raro gesto de afeto.

– Alina, eu entendo o que é querer essa vida ao lado de alguém que amamos. Mas a decisão que você precisa tomar é maior do que qualquer amor, é a sobrevivência de uma nova vida que depende totalmente de você. E, acima de tudo, esse bebê precisa de alguém disposto a protegê-lo, a qualquer custo. Se isso significa deixar Tom de lado... talvez seja esse o sacrifício necessário.

As palavras de Morgan ecoaram na mente de Alina, pesadas como um feitiço irrompendo no ar. Ela sabia que, embora doloroso, o conselho era claro: não havia um meio-termo. Ou ela deixava Tom, ou a vida de seu filho estaria em risco.

Alina saiu da mansão Malfoy com a mente ainda mais confusa, mas com uma clareza dolorosa sobre o que precisava enfrentar.

Morgan, ao notar seu olhar perdido, entregou Ella para Alina segurá-la. A criança olhou para Alina com seus olhos grandes e curiosos, estendendo as mãozinhas, inocente e confiante. No instante em que sentiu o peso suave e o calor do corpo de Ella em seus braços, Alina foi invadida por uma onda de emoções que a desarmou completamente. Ela se pegou imaginando como seria segurar seu próprio filho assim, um ser que precisasse dela para tudo, que dependesse do seu amor e cuidado. O coração dela se encheu de uma ternura que ela jamais havia sentido.

Morgan observava Alina em silêncio, quase como se pudesse ler seus pensamentos. Finalmente, Alina ergueu o olhar, e Morgan percebeu o brilho de aflição e esperança nos olhos dela.

– Eu nunca pensei que teria isso, Morgan, – Alina confessou, a voz entrecortada. – Nunca imaginei que teria uma chance de formar uma família. E agora que está aqui, que está realmente acontecendo... eu não sei o que fazer.

Morgan suspirou, como se soubesse exatamente a batalha interna pela qual Alina estava passando.

– É assim que começa, Alina. A gente se vê diante de algo que nunca imaginou, e de repente tudo pelo qual lutamos, tudo que achávamos que sabíamos... parece insuficiente.

Alina apertou Ella contra o peito, sentindo o calor dela, como se tentasse ancorar-se em alguma certeza. Por mais que amasse Tom, a ideia de ele jamais aceitar aquela criança pesava em seu coração como uma lâmina fria. Era uma verdade que Morgan a forçava a encarar: Tom jamais veria o filho deles como ela via. Para ele, seria uma fraqueza, uma vulnerabilidade em um mundo que não admitia fraquezas.

– Morgan, – Alina disse com a voz embargada, – eu não quero ser a sombra de alguém. Eu não quero que meu filho... ou minha filha... cresça com medo, na incerteza.

A voz de Morgan ficou mais suave, porém firme, quase como uma ordem cheia de compaixão.

– Então faça a escolha certa, Alina. Essa criança precisa de uma mãe disposta a protegê-la, e você precisa de uma vida em que não precise esconder o que ama. Essa decisão é sua, e apenas sua. Mas saiba que, uma vez tomada, você precisará ter coragem para lidar com as consequências.

Alina olhou novamente para Ella, imaginando seu próprio futuro, sua própria liberdade. Ela sentiu uma sensação de poder e responsabilidade que nunca havia experimentado antes, algo que a encorajava a tomar uma decisão, mesmo que fosse dolorosa. A visão do que poderia ser sua vida a empurrava em direção à liberdade, ao amor de uma família verdadeira.

A noite caiu sobre a mansão Malfoy, e quando Alina saiu, com o coração ainda aflito, ela sabia que já tinha a resposta que buscava.

[ THE POISON]

Alina caminhava sem pressa pelo Beco Diagonal, o frio noturno envolvendo suas roupas e tornando as luzes das vitrines ainda mais aconchegantes. Embora estivesse morando com Tom em um pequeno apartamento próximo à Travessa do Tranco, ela frequentemente tomava outro caminho para evitar o peso das ruas mais sombrias. Naquele momento, seu coração ainda ecoava as palavras de Morgan. Era uma decisão definitiva, irreversível, e tudo que sentia se refletia em seus passos lentos, o olhar perdido.

Ao passar por uma pequena loja iluminada, seus olhos pararam em um par de sapatinhos de bebê na vitrine, minúsculos e delicados. O coração apertou com uma ternura que a pegou desprevenida. Ela observou, por um instante, uma mãe e um pai que saíam da loja, segurando as mãos de uma garotinha que gargalhava e segurava um urso de pelúcia. A imagem deixou a garota de certa forma emocionada, e a fazia questionar cada escolha.

Inspirando profundamente, Aina abriu a porta da loja, sentindo o calor e o cheiro doce que emanava do lugar. Foi direto aos sapatinhos, como se fosse guiada por uma força incontrolável. Ao pegar o pequeno par, suas mãos tremiam levemente, e ela sorriu com a mesma hesitação de quem segura algo muito precioso pela primeira vez. A escolha era clara, embora dolorosa: ou era o bebê, ou era o bebê. Não havia mais espaço para dúvidas.

Com a decisão tomada, pagou pelos sapatinhos e saiu da loja. A cada passo, seu coração se firmava mais na decisão de que sua vida não podia mais ser definida apenas pelo amor que sentia por Tom; era algo maior, algo que agora dependia exclusivamente dela.

Ao chegar ao apartamento, o aroma de algo sendo preparado no fogão a surpreendeu. Tom estava na cozinha, com o avental escuro amarrado sobre a camisa. Ele parecia tranquilo, como se tudo estivesse no lugar, como se suas ambições e seus planos não pudessem alcançar aquele espaço. Quando ele a viu, sorriu e se aproximou, seu coração partiu em mil pedacinhos.

– Você demorou, – disse ele, com um leve tom de curiosidade. – Está tudo bem?

A loira forçou um sorriso, tentando ocultar a mistura de emoções que fervilhavam dentro dela. Ele a conhecia bem demais e parecia notar algo estranho em seu olhar. Seus olhos se estreitaram levemente, como se buscasse alguma pista do que ela carregava.

– O que foi? – ele perguntou, a voz carregada com uma leve desconfiança, enquanto observava atentamente cada detalhe de sua expressão.

Ela hesitou por um instante, ainda segurando a pequena sacola com o sapatinho. Sabia que não era o momento de falar, que a decisão precisava ser cuidadosamente pensada, mas agora seu olhar não podia disfarçar mais o peso da escolha. Ela apenas sorriu de volta, acariciando levemente o embrulho em suas mãos, como se fosse um segredo que ela ainda guardaria para si mesma – pelo menos por enquanto.

Ele se aproximou dela devagar, os olhos estreitos e o tom baixo, mas firme.

– Você está estranha, – ele comentou, estudando-a. – Algo aconteceu. O que você está escondendo de mim, Lina?

Ela respirou fundo, forçando um sorriso.

– Não é nada, Tom. Só... estou cansada, foi um dia longo.

Mas ele não se contentou. Aproximou-se mais, insistindo com uma voz cortante e controlada.

– Alina, você acha que eu não percebo? Não minta para mim. Se não me disser agora o que está acontecendo, eu vou descobrir, de um jeito ou de outro. – Seus olhos brilharam com uma determinação perigosa, e sua voz soou como uma ameaça, tão romantico.

Ela engoliu em seco, sentindo a intensidade do olhar dele como uma faca.

– Tom, já disse que está tudo bem. Confie em mim.

Mas ele apenas riu, um riso seco e ameaçador.

– Confiança, Alina? Se fosse assim tão simples. Vou vasculhar sua mente agora mesmo se você não me disser.

O pânico cresceu dentro dela. Em um ato de puro desespero, ela gritou, batendo com a mão na mesa e derrubando os pratos que estavam ali. O som de porcelana quebrando ecoou pelo pequeno espaço.

– Quer saber, Tom? – ela gritou, com a voz trêmula e cheia de raiva e tristeza. – Estou grávida! Pronto! Era isso que você queria saber?

Ela jogou o par de sapatinhos na mesa com força, como se despejasse todo o peso daquela revelação ali.

Por um instante, o rosto de Tom congelou, seus olhos se arregalaram, surpresos e incrédulos. Ele olhou para os sapatinhos e depois para ela, ainda assimilando o que acabara de ouvir.

– Isso é impossível, – ele murmurou, quase para si mesmo, enquanto sua mente buscava alguma explicação. – Estávamos tomando todas as precauções... Isso... não pode ser meu.

Ele ficou em silêncio por um segundo, como se fosse acusado por seu próprio pensamento. Mas então, racionalizando, ele entendeu que era inevitável. Claro que era dele. Não havia outro.

Mas, quando voltou a olhá-la, seus olhos se tornaram frios como gelo. Sem uma sombra de compaixão.

– Ótimo. Vamos resolver isso agora. – E, em um movimento brusco, ergueu a varinha, determinado.

O coração de Alina quase parou. Em um reflexo desesperado, ela gritou se afastando, medo real brilhando em seus olhos

– Não! Você não vai fazer isso! Esse filho é meu! – Ela deu um passo para trás, sentindo-se acuada, mas ao mesmo tempo mais decidida do que nunca. – Você não tem o direito de decidir sobre ele.

Tom a observava, perplexo com sua resistência, mas sua voz era ainda mais implacável quando respondeu.

– Querida, você sabe quem eu sou. Sabe que eu jamais toleraria algo assim. Então, vou lhe dar uma escolha: ou fica comigo e acaba com essa... essa distração, ou escolhe esse bebê, mas estará escolhendo viver sem mim.

Ela respirou fundo, encarando-o com uma mistura de tristeza e raiva.

– Se essa é a escolha, então escolho o bebê. Sempre vai ser ele, Riddle. Porque, por mais que eu te ame, ele precisa de alguém que o proteja, e você não é capaz disso.

Alina se manteve firme onde estava, mas seus olhos traíam o medo e o desespero. O silêncio cortante no pequeno apartamento foi quebrado quando Tom começou a rir, um riso ácido que parecia se transformar em veneno com cada palavra.

– Você acha mesmo que vamos ter esse bebê? – ele disse, com a voz fria e firme. – Você está louca, Alina. Eu sou seu marido, e sou eu quem decide o que é melhor para nós dois.

Ela engoliu em seco, um choque percorrendo seu corpo. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele se aproximou, segurando-a pelos ombros com firmeza, mas o toque, que já fora um porto seguro para ela, agora parecia uma corrente que a prendia.

– Querida – ele disse, baixando a voz como se estivesse tentando convencer uma criança teimosa. – Nós mal estamos prontos para isso. Somos jovens demais para criar uma criança, você sabe disso. E pense em como é perigoso! Não temos uma vida estável ainda. Quando eu tiver o poder que estou buscando, quando estivermos seguros e eu for quem eu nasci para ser... aí, sim, poderemos ter um filho, um herdeiro digno.

Ela tentou desviar o olhar, mas ele segurou seu rosto, obrigando-a a encará-lo, como se pudesse moldar sua mente com a força de sua vontade.

– Escute, Alina, – ele continuou, com um tom controlado e cruel. – Você e eu temos um futuro grandioso pela frente. Esse bebê só vai atrasar tudo, nos enfraquecer. Eu... nós não precisamos de um fardo agora. Precisamos de força, de foco. Você entende, não entende?

Por um segundo, ela quase quis acreditar, quase quis deixar que as palavras dele lhe dessem a segurança de que tanto precisava. Ele tinha razão sobre o perigo, sobre a vida que levavam, e Alina sentiu uma faísca de esperança ao pensar que, talvez, no futuro, ele quisesse essa família. Ela o amava; ele era a única pessoa que fizera seu coração bater de verdade. E, se ele acreditava que era o melhor para eles...

Mas, ao mesmo tempo, ao olhar nos olhos frios e calculistas dele, ela percebeu a verdade cruel por trás das palavras dele. Tom não a queria forte, nem queria uma família de verdade. Ele só queria poder, controle... até sobre ela e a vida que crescia dentro dela.

Um nó se formou em sua garganta, enquanto sua visão se turvava. Seus lábios tremiam quando ela finalmente murmurou, como se estivesse tentando entender se ele ainda era o homem que ela amava.

–Tom... eu... eu pensei que nós queríamos isso, uma vida juntos, uma família. Pensei que você me amasse o suficiente para aceitar que... que esse bebê é uma parte de nós dois. Você não sente nada, idiota?

Ele suspirou, seu rosto impassível.

–Você está sendo ingênua, Alina. Claro que eu quero uma família... mas uma que me fortaleça, não que me atrapalhe. E não agora. Esse bebê não serve para nada além de nos enfraquecer.

Alina sentiu o coração se partir. Ele era o amor da sua vida, o homem por quem havia arriscado tudo, mas ali, vendo-o exigir que sacrificasse algo tão precioso, tão inocente, ela percebeu que esse amor nunca seria o bastante para preenchê-lo.

— eu planejei um futuro esplêndido para nós, e agora você me diz que esse "nós" não é mais nada?

— Nós nunca fomos nada Riddle, isso nunca passou de um plano seu para chegarmos naquilo que você sempre quis

— Se nós nunca fomos nada, por que você está chorando Alina?

A expressão dele escureceu de uma forma que ela jamais havia visto antes, mas ela já não se importava. Com as mãos trêmulas, começou a recolher suas coisas, ignorando os protestos furiosos que ele murmurava ao fundo. Ela sabia que, se não saísse dali agora, poderia não ter forças para ir embora.

Quando tudo estava pronto, ela olhou uma última vez para ele, o homem que havia sido o centro de sua vida. E, ao ver a frieza no olhar dele, percebeu que esse homem já não era o que ela sonhara. Com lágrimas escorrendo, ela aparatou, sentindo o peso da perda e da esperança em igual medida.

Ela levantou o olhar e encarou Tom pela última vez, seu rosto molhado pelas lágrimas que ela tentou em vão conter. Seus olhos brilhavam com uma mistura de tristeza e um amor devastado, mas também havia algo novo ali: uma força que ela nem sabia que possuía.

Tom, porém, permaneceu impassível, os lábios finos curvados em uma expressão fria. Ele a encarou com uma intensidade ameaçadora, e depois murmurou, a voz cortante como uma lâmina:

– Você é minha, Alina. Não tem como escapar disso.

Aquelas palavras fizeram seu coração apertar ainda mais, mas ela sabia que, dessa vez, não cederia. Segurando o choro, respirou fundo, ajeitou a bolsa no ombro e, sem dizer mais uma palavra, aparou para a mansão Lestrange, deixando para trás tudo o que um dia havia sido o centro de sua vida. Ela não sabia o que o futuro reservava, mas, ao menos, escolheria lutar pela vida dentro dela.

[ THE POISON ]

Embora eu tenha dito que seria o ultimo capitulo, por motivos de ficou muito grande, dividi em dois, mas não se preocupem amores, a outra parte já está escrita e vamos finalmente finalizar THE POISON, meu coração foi em dizer isso e embora tenha demorado séculos, estou bem orgulhosa dessa fato. O próximo e oficial ultimo capitulo sai entre quarta e quinta, fiquem de olho e me digam qual horário e dia vocês preferem finalizar essa serie.

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