𝟐𝟎.𝐁𝐈𝐑𝐓𝐇𝐃𝐀𝐘 𝐒𝐔𝐑𝐏𝐑𝐈𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍
i. duas pitadas de surpresa
ii. 2/4 de romance
iii. 1/2 xícara de hot
🥀 Alerta de gatilho
obs: recomendo a leitura desse cap após uma releitura do cap XXII (22) da temporada 1, vocês vão se surpreender com a evolução da nossa fav :)
❛❛VINTE❞
Pela primeira vez em muitos anos, Alina estava feliz em acordar em uma bela manhã de abril.
Mais especificamente, seu aniversário.
Talvez fosse uma nova maturidade, ou ela realmente tinha crescido. A garota não sabia ao certo como descrever.
Mas era trinta de abril e não, ela não queria simplesmente desaparecer.
Era estranho.
Mas acordar naquela manhã parecia quase outra dimensão, aquele peso esmagador ainda estava ali, mas não estava realmente lhe esmagando.
A loira ainda sentia profundamente falta de sua mãe e de seu irmãozinho, céus, ela não tinha certeza se pararia de sentir falta ainda nessa vida.
Mas tudo parecia tão mais fácil.
É mais fácil levantar.
É mais fácil sorrir.
É mais fácil parar de se culpar.
Era mais um dia normal, aquilo havia acontecido a anos, ela era uma pessoa diferente, ela se sentia diferente. Ela era a Rosa Negra e estava cansada de sofrer.
Talvez a morte do seu pai estivesse aliviando sua culpa?
A loira não sabia ao certo, mas quando abriu os olhos naquela manhã e ouviu os sussurros baixinhos das melhores amigas, Alina só queria lhes abraçar.
Ela não queria mais se isolar.
Sentir era algo, mas sofrer daquele jeito? Não era mais uma opção.
Então surpreendendo a todos e a ela mesma, Alina levantou naquela manhã e sorriu.
— Bom dia, flores do dia. — Alina falou com um sorrisinho se levantando.
Nino soltou um gritinho assustado enquanto Bella arregalou os olhos.
— Alina está realmente acordada antes das nove ? — Bella perguntou sem acreditar.
— O dia está radiante demais para dormir — Alina brincou com o olhar incrédulo das amigas bocejando — Parem de me olhar assim, vamos hoje é apenas sexta-feira e o dia que essa grande rainha nasceu, por que vocês ainda não estão se curvando?
Nina riu desacreditada.
— Oh vossa majestade, pedimos perdão por essa lástima, gostaria de seu café com ou sem chocolate?
Alina colou a mão no peito em uma atuação perfeita.
— Como ousa plebeia? Sem chocolate é definitivamente um crime de estado.
Por dois segundos elas se olharam e logo desataram a rir.
Nina se jogou do lado da loira a derrubando em um abraço.
— Feliz aniversario, Ally — a morena falou com um sorrisinho — você merece o mundo, garota.
— Ownt, se eu soubesse que tudo que eu precisava era de um aniversário para despertar seu lado fofo Nina — Bella brincou e se jogou do lado das amigas abraçando elas enquanto riam — Feliz aniversário, loira.
Alina suspirou e percebeu por alguns instantes, se ela pudesse nunca sairia dali.
A loira sabia que o tempo vinha lhes afastando, ou melhor, suas mentiras e se arrependia tanto disso.
Nina e Bella foram à sua casa quando ela não tinha nada além de telhados podres lhe esperando, elas foram seu refúgio e seu lugar feliz.
Alina não se arrependia nenhum pouco de tudo que fez para protegê-las, ela faria tudo outras mil vezes, mas sentia que manter aquilo puro como uma vez foi ficava cada vez mais difícil.
— Urgh...vocês duas são grudentas — Alina brincou quando elas se afastaram — Preparem meus presentes, eu já volto.
Então a garota se afastou até o banheiro compartilhado e ela queria chorar mais uma vez.
Não de tristeza.
Não dessa vez.
Mas a imagem no espelho era linda.
Não pela sua autoestima elevada, isso era um ponto é claro, mas Alina sentia orgulho de a cada dia se parecer mais com sua mãe.
Ela sentia orgulho de ter seu sangue escorrendo em suas veias.
Claro, nem sempre ela tomava as melhores decisões, mas Alina acha que de quer que sua mãe estivesse ela também estava orgulhosa.
A loira era sentimental. Isso era óbvio, as emoções sempre moviam cada pedacinho de seu ser, ela se sentia triste e feliz ao mesmo tempo, com saudades mas orgulhosa por ainda estar ali, por finalmente estar vivendo e não apenas sobrevivendo a um redemoinho de confusões. Um dia ela gostou de colecionar marcas que nunca a fizessem se esquecer, um dia ela gostou de se punir por erros bobos, esses dias eram recentes demais para serem totalmente superados, mas aquele sentimento de vitória de alguma forma lhe pertencia.
Ela havia conquistado tantas coisas.
Tantas amizades, tantos momentos alegres, havia se mostrado uma bruxa talentosíssima, Alina gostava daquela sua versão.
Então sem lágrimas dessa vez ela logo tomou seu banho e se arrumou, cacheou seus curtos fios loiros, se maquiou como a moda condizia e colocou seu melhor uniforme. Ela não sabia se estava tentando se convencer mas ela sabia que aquela sim era ela.
[ 🧪THE POISON ]
— O que é isso? — Alina perguntou arregalando os olhos no momento em que pisaram no salão comunal.
— Surpresa — Nina e Bela falaram em conjunto quando eles entraram na soleira.
— Bom, eu preferia ter feito tudo isso na mesa da corvinal mas...
— Tom que teve a ideia, não é brilhante? — Nina completou sorrindo para a amiga.
Alina ainda olhava sem entender muito a cena a frente, não apenas uma faixa flutuante brilhava em cima da parte principal da mesa da sonserina, mas quitutes e seus amigos mais próximos pareciam literalmente em uma festa.
A loira engasgou quando ouviu Nina.
— Riddle...? — a loira falou incrédula — Tom Riddle?
— E você conhece outro? Não seja boba Alina — a morena falou puxando a amiga até a mesa das cobras.
— Alina, nós tínhamos que comemorar — Morgan falou se jogando nos braços da loira — Feliz aniversário, querida.
— Ahn...obrigada?
— Vamos, nós pedimos para os elfos prepararem tantas coisas.
Sem entender completamente como aquilo havia virado isso, Alina seguiu as amigas corvinas e a sonserina. Como diabos os sonserinos haviam aceitado fazer aquilo era uma completa incógnita.
— Loira — Lestrange falou puxando a menina quando estavam sussurrando no ouvido da menina — você não me parece tão sorridente.
— Isso é estranho — a menina admitiu, embora não odiasse a ideia.
— É melhor sorrir antes que você acabe com tudo — ele sussurrou de novo lançando um olhar em volta.
— Tudo?
Mas antes que ela pudesse questionar o melhor amigo novamente eles foram interrompidos por um Tom muito feliz.
— Não monopolize ela tanto, Lestrange — Riddle repreendeu com um sorrisinho fazendo o cacheado sorrir maliciosamente e depositar um beijo na bochecha da garota e sair.
— Aproveite sua festa, loira.
— Tom...? — Alina perguntou ainda olhando em volta como se tudo aquilo não passasse de uma grande pegadinha.
— Não pude deixar de usar meus benefícios como monitor chefe, amor. É seu grande dia. — o moreno falou se aproximando muito da loira e depositando suas pequenas madeixas atrás da orelha — Espero que tenha gostado.
— Tom...— a garota sussurrou de volta perdida por alguns segundos naqueles malditos olhos tempestuosos na qual ela era tão apaixonada, pelos olhos apenas, é claro.
— Você gostou? — ele perguntou se aproximando um pouco mais sem ao menos se importar do local onde estavam e de todos em volta.
— Claro, eu adorei. — a menina admitiu francamente.
Ele apenas sorriu satisfeito e segurou seu pescoço lhe beijando finalmente. Um beijo delicado quase como se ele tivesse todo o tempo do mundo para prova-la e se deliciar, quase romântico demais.
Quando aquelas palmas e assobios finalmente foram ouvidas pela loira, ela corou furiosamente.
Alina simplesmente não ficava corada sem motivos, mas ela se sentia sem fôlego então apenas acenou quando Riddle lhe levou para sua própria mesa cheia de doces e presentes de pessoas que ela sabia todos os segredos, mas que mal lhe conhecia.
— Isso é só o começo — Riddle sussurrou em seu ouvido sem largar sua mão, sorrindo para todos — nós vamos ser os reis daqui. Se acostume, Alina.
E com o coração batendo a mil batidas ela apenas acenou, ser rainha de alguma coisa nunca foi exatamente sua maior ambição, mas ela podia começar a gostar daquela ideia. Principalmente se ele estivesse ali.
— Esperamos que você goste, gemea — Abraxas falou se sentando na frente do mestre e da garota usando aquele apelido ridículo que quase parecia um século atrás.
Crescer era difícil, e Alina sabia que Abraxas era alguém que estava amadurecendo demais para se encaixar nos padrões. Parecia uma eternidade desde a última vez que vira o loiro sorrir e se juntar às brincadeiras dela e de Lestrange.
— O que é isso? — Alina perguntou curiosa olhando o pacote nas mãos do loiro que compartilhava um olhar com a noiva.
— Bom, minha família gosta de acumular pequenas bugigangas há alguns anos — Morgan começou com um sorrisinho — E como filha única a maior parte dessas heranças são nossas.
Abraxas sorriu e entregou a caixa prateada para Alina.
— Estivemos visitando nosso cofre na última visita de Hogsmead, é praticamente seu.
Alina lançou um olhar questionador para Riddle que apenas sorriu como se soubesse de tudo encorajando a loira a abrir.
— Abra, Alina.
E foi isso que ela fez, com todo cuidado ela abriu a pequena caixinha e seu coração parou por alguns segundos novamente.
— Merlin...isso é lindo — a loira sussurrou embasbacada para os amigos — Eu definitivamente não posso aceitar isso.
Um colar definitivamente valioso demais para estar nas mãos da garota reluzia em pedras de safira azul, era delicado e de prata pura, definitivamente gritava Alina.
— Claro que pode — Morgan falou com orgulho — Dizem as lendas que pertenceu a família de Rowena Ravenclaw, eu não ficaria surpresa se fosse verdade.
— É muito caro, não, definitivamente não deveria estar comigo.
Abraxas sorriu para a amiga como se não compreendesse exatamente aquelas palavras.
— Nada que eu não possa comprar, lhe garanto.
— Pegue, Alina — Riddle incentivou — lhe pertence agora.
A loira mordeu o lábio inferior olhando para os amigos mais uma vez.
— Isso é ridículo — a menina fechou a caixinha — eu não sei nem como retribuir, mas obrigada?
— É seu aniversário, Alina, não tem nada para retribuir. Você merece.
Quando os amigos voltaram a comer e todos que pareciam tão empolgados em conhecer finalmente a noiva de Riddle se acalmaram, a loira olhou novamente para Tom.
— Isso é insano — a menina murmurou para o noivo.
Ele apenas sorriu maliciosamente para a garota, beijou o dorso da palma dela quase afirmando algo e murmurou um "eu sei".
Alina se sentia nas nuvens.
[ 🧪 THE POISON ]
A aula de poções era a única que Alina podia ganhar dele.
Não que fosse realmente uma competição, claro que não.
Mas o professor Slughorn parecia se deliciar toda vez que a loira ganhava por alguns milésimos do noivo e amava fazer daquilo a maior das competições.
O professor de poções parecia achar muito engraçado toda vez que a garota ganhava alguma de suas competições, principalmente quando Riddle não parecia prestes a assassiná-la com os olhos. Na verdade ele sempre parecia quase orgulhoso por possuir algo assim.
E daquela vez não parecia tão diferente, a loira estava concentrada em descascar os malditos pinhões para perceber aquele olhar.
— Oh, o amor — o professor falou se aproximando da mesa dos dois assustando a garota.
Alina arregalou os olhos no mesmo instante.
— Senhor? — a loira perguntou fazendo o professor suspirar nostálgico.
— Vocês sabem, eu já fui jovem também — o professor começou com um sorrisinho — essa paixão, oh ela não volta meus queridos, vocês devem aproveitar.
Riddle trocou um olhar com a loira quase questionando.
A menina empurrou os pinhões para o noivo terminar de descascar enquanto se concentrava no professor.
— O senhor deve ter feito sucesso entre as sonserinas de sua época, senhor — a loira bajular — Aposto que faziam filas.
O professor gargalhou no mesmo instante.
— Oh minha querida, quem dera, quem dera. É muito bondoso de sua parte pensar assim, mas sim, eu já tive uma noiva também.
— No passado, senhor? — Riddle perguntou levantando o olhar dos pinhões um pouco curiosos demais.
— Ah sim — o professor suspirou e deu um sorrisinho de lado — Lorelai era da corvinal também, eu conheço bem o apelo, meu jovem. Foi uma tragédia, iriamos nos casar assim que saíssemos de hogwarts assim como vocês, mas a pobrezinha foi pega no meio de um ataque. Os tempos de Grindelwald não foram fáceis.
— Sinto muito professor — Alina falou verdadeiramente — Sei como é difícil perder alguém que ama, aposto que ela está sempre dando uma espiadinha no senhor.
— Espero que não, minha querida. Ela era uma alma alegre demais para ficar presa como um homem como eu. Então Tom, cuide bem dela, sim?
O garoto embora parecesse confuso apenas acenou e segurou a mão do noivo.
— Não se preocupe senhor, ela não vai escapar tão fácil — Riddle brincou fazendo o professor rir.
— Que bom...que bom, isso me lembra, sim, Alina querida, quando terminar a aula fique por alguns instantes, tudo bem?
A loira deu de ombros e sorriu para o professor.
— Claro, senhor.
Então quando o mesmo saiu ela olhou para o noivo que ainda segurava sua mão.
— O que foi isso? — ela sussurrou para o moreno.
— Acho que ele também tem uma surpresa para você — ele sussurrou de volta com um sorrisinho questionador.
— Uma surpresa...Riddle, o que você está aprontando?
— Nada, meu amor, nada.
E embora ela soubesse que aquelas palavras não passavam de mentiras não podia impedir aquelas borboletas em seu estômago.
— Você está estranho — ela murmurou.
— Hoje é um dia especial Alina, o primeiro de muitos em nossa vida.
— É disso que estou falando, você está mais presunçoso do que o normal, Tom. Isso não é normal.
— Alguém já lhe disse que você é muito desconfiada? Vamos Alina, relaxe um pouco querida, é seu dia.
A loira revirou os olhos mas desistiu voltando para a poção que provavelmente definiria seus futuros.
Pensando nisso ela olhou para ele enquanto mexia e mexia o caldeirão.
— E depois...?
Ele ergueu os olhos novamente para ela sem entender.
— Depois?
Ela acenou olhando em volta vendo que ninguém realmente prestava atenção em ninguém.
— Voce diz tanto sobre esse futuro que vamos ter, mais Merlin Tom, nós mal temos dois galeões juntos. — a menina declarou — Sem casa, heranças misteriosas, sem empregos.
— Tudo está planejado Alina, eu já disse, não existe nada para se preocupar.
A garota bufou indignada.
— Você planejou, Tom. Não eu. Pela primeira vez em muito tempo eu percebi que eu quero estar aqui amanhã.
Riddle olhou em volta antes de suspirar e ceder.
— Depois das aulas, Alina. Você vai saber de tudo, agora vamos, mostre seu talento rosa negra.
E então eles continuaram ali até o sinal finalmente bater, e talvez sem perceber, mas suas palmas pareciam bem unidas até o fim.
— Professor? — A loira perguntou quando todos finalmente foram embora, principalmente sua dupla de poções antes depositando um beijo incomum em sua testa.
— Sente-se querida, venha, venha. — o professor falou com um sorrisinho abrindo a gaveta de sua mesa com um feitiço não verbal.
— Estou curiosa professor, no que posso te ajudar?
— Oh não querida, a pergunta certa seria em como eu posso lhe ajudar, sim, sim.
A menina franziu o cenho sem entender mas esperou ansiosa enquanto ele desdobrava uma carta e lhe entregava com um sorrisinho de ponta a ponta.
— Bom, eu estava falando com Tom esses dias e você sabe como eu gosto de ajudar todos do clube Slughorn querida. E você como novo membro, ah sim, meu maior arrependimento foi ter percebido tamanho talento tão tarde. Abra, leia.
E então ela abriu, talvez ficando um pouco e só um pouco chocada com o que lia.
— É sério, senhor? — ela perguntou com os olhos arregalados enquanto lia.
— Claro querida, sei que não vai ser diretamente com ele, a menos é claro que a França esteja no seu caminho, minha querida, mas seu filho também possui habilidades surpreendentes. Devon Flamel possui uma loja no beco diagonal bastante formidável, minha querida, aposto que um estágio com alguém com tanto nome pode transformar sua carreira de alquimista. Você tem muito talento para ser desperdiçado, senhorita. Devon pode ser um pouco ranzinza no começo, mas você vai adorar trabalhar com uma mente tão geniosa, aposto.
Embora a loira ainda estivesse embasbacada com aquilo, Merlin, trabalhar com um Flamel, em uma loja de poções? Parecia um sonho.
— Claro que aceito, senhor. Eu...eu nem sei como agradecer, o que o senhor está fazendo por mim, é uma oportunidade única.— Não se preocupe, eu gostaria de fazer mais, principalmente para meu casal favorito de Hogwarts se posso dizer, mas eu sei que juntos, você e Tom, minha querida, vão fazer efeitos incríveis.
— Obrigada, o senhor não vai se arrepender.
Ele acenou como se aquela cartinha não pudesse mudar tudo na vida da menina.
— É o mínimo, ele virá na formatura e eu farei as devidas apresentações, mas enquanto isso, pode ir querida. Aposto que as surpresas de aniversário estão longe de acabar. Feliz aniversário, Alina.
A menina sorriu para o professor verdadeiramente feliz saindo dali triunfante.
Mas sabia que ele realmente estava certo.
As surpresas de aniversário, realmente ainda não tinham acabado.
[ 🧪THE POISON ]
Alina ainda estava radiante ao passar do dia, contar a novidade para Nina e Bella fez as três brindarem em um piquenique especial de almoço, a loira realmente estava gostando daquele dia.
Ela nunca tinha sido a maior fã de surpresas, muita experiência lhe fazia acreditar que as possibilidades de tudo dar errado eram muitas, mas naquele momento enquanto comia mais um cup cake verde água, tradição entre as três e ia finalmente para sua última aula do dia foi interceptada.
— Aisha — Alina deu um gritinho assustado quando foi repentinamente sequestrada. — O que vocês dois estão aprontando?
— Shiu, loira — Lestrange resmungou divertido — vão nos ouvir.
— Mais rápido, Com — Aisha murmurou para o moreno enquanto corria pelos corredores.
— Vamos Alina, mais rápido.
— Por que estamos fugindo? — A loira murmurou de volta sem entender o motivo da pressa se não tinha uma alma viva passeando pelos corredores naquele horário.
— Menos perguntas, mais ação, loira — o menino murmurou quando os três finalmente chegaram na comuna da lufa-lufa.
- Nós dois podemos realmente entrar aqui, assim?
Ele ergueu as sobrancelhas maliciosamente enquanto Aisha batucava a senha concentradíssima.
— Como se não tivesse aqui antes — ele murmurou ainda maliciosamente.
Bom, Lestrange e Aisha haviam finalmente se acertado. Alina não sabia exatamente que rótulo eles estavam compartilhando, mas a amiga parecia finalmente perceber que a vida era muito curta para perder tempo por besteiras. Irônico na verdade, bem irônico.
Lestrange, o famoso galinha de Hogwarts parecia enfim, finalmente aposentado.
Metade dos alunos de Hogwarts parecia bem decepcionado com aquele fato, mas o garoto? Merlin, ele parecia nos céus.
— Vamos, vamos — Aisha sussurrou novamente e Alina se conteve para não rir da péssima interpretação de ninjas dos amigos.
Aquilo não parecia nada discreto.
— O que aconteceu?
— Nosso presentes é claro — a cacheada falou com um sorrisinho quase como se afirmasse o óbvio.
— Aisha está tentando algo que leu em um último livro.
Quando a cacheada cortou a loira olhou incrédula para os dois.
— Cam! — ela exclamou indignada — já te falei que isso traz inspiração aos meus desenhos, não?
— O que te acalma, rainha — ele brincou enquanto se jogava na cama da namorada.
— Não ligue para ele, Alina, ele não sabe nada sobre precisar se sentir dentro de um mundo para a ideia surgir.
— Bom, eu sei uma ou duas coisas sobre precisar se sentir dentro — o moreno comentou com um sorrisinho recebendo uma almofada na cara da namorada.
— Nojento, Lestrange, nojento — Alina falou com uma careta para o amigo se sentando do lado do mesmo.
— Ignore — Aisha falou com um sorrisinho indo até seu baú — bom, foi algo que fiz a pouco tempo. Deu um trabalhão pesquisar tantos feitiços, ah, aqui está.
Alina e Lestrange trocaram um olhar enquanto a cacheada erguia um pequeno caderninho amarelo.
— Aqui está, é quase como se fosse um guarda-roupa portátil, eu sei, bem clichê para alguém que faz roupas, mas ele monta seus looks para você, olhe.
Então ela abriu o caderninho e sussurrou Incantatem, o mesmo se abriu em um passe de mágica e diversos looks desenhados a mão foram apresentados, a cada pagina um novo desenho colorido preenchia. Era incrível.
— Basta dar dois toques com a varinha e dizer "Accio, saia azul" e olhe só a mágica acontecer.
Quando ela fez isso como se materializado do nada a saia, igual ao do retrato se fez presente. Alina olhou embasbacada para o tecido em suas mãos enquanto Lestrange olhava orgulhoso para a namorada.
— Merlin Aisha...isso é incrível, inovador, céus eu nem sei como é possivel.
— Bom, existem alguns detalhes para melhorar, é claro, a roupa não vai durar para sempre. Eu sei, decepcionante mas eu ainda vou descobrir como. Mas depois de um dia, puff, ela volta para o desenho.
Alina olhou a preciosidade na mão e abraçou a amiga.
— Genial, simplesmente genial.
— Eu falei para você, não falei? — Lestrange falou com um sorrisinho. — Mas obviamente o meu será o favorito, é claro.
— Eu juro Lestrange, se você não tiver mudado — Aisha pergunta olhando para o saquinho na mão do garoto.
— Relaxa rainha, pegue a loira.
E então Alina pegou com um sorrisinho vendo seus doces favoritos ali.
— Bom, eu não posso negar — a loira brincou abrindo um doce — esses presentes, foram incríveis, eu amei muito Aisha, é perfeito. Les? Melhore nessa sua criatividade.
Antes que o moreno pudesse retrucar, a porta foi aberta com tudo por uma Morgan ofegante e muito assustada.
— Oh Merlin, eu achei vocês — a garota exclamou com olhos arregalados.
— Morgs? O que foi?
— É o Tom, Alina. Ele surtou. Algo aconteceu, eu não sei, mas ele não parece bem, ele está por um triz de destruir a comunal, Abraxas está tentando acalmá-lo. Alina, ele precisa de você.
— De mim? — Aline perguntou quase incrédula.
— Os olhos dele...foi assustador, Alina. Estão vermelhos, eu não sei o que tá acontecendo, isso nunca aconteceu.
Aisha deu uma risadinha irônica.
— Eu falei, não falei? — a cacheada murmurou fitando o namorado que olhava Morgan preocupado.
— Merda — Lestrange murmurou chamando atenção das garotas da sala.
— O que você sabe, Lestrange? — Alina fitou o amigo acusadoramente.
— Precisamos ir — ele murmurou e olhou para a cacheada que apenas acenou lhe dando um beijinho na bochecha.
— Tome conta dela — a cacheada murmurou — e tome cuidado, você sabe que eu não confio nele.
E então foi isso que ele fez, contando o que podia na presença da futura Malfoy, Lestrange foi atualizando a loira que não parecia nenhum pouco feliz em ser enganada.
De novo.
[ 🧪THE POISON]
Alina conhecia Tom Riddle o suficiente para saber que ele estava possesso.
O garoto amava manter aquela pose de menino perfeito, mas se naquele momento ele estava prestes a destruir a comunal inteira que era dele por direito, ela sabia que algo muito grave tinha acontecido.
E sabia que seu último desejo era entrar no meio daquela confusão.
Mas era óbvio que era exatamente isso que ela estava fazendo.
Quando os três chegaram na porta da comunal e trocaram um olhar estupefato, Lestrange entrou cuidadosamente.
— Já levei os mais novos para o quarto...eu não sei mais o que fazer — a morena sussurrou para Alina enquanto elas entravam.
Tudo parecia calmo quando elas entraram, calmo demais.
Riddle olhava cada um de seus comensais como se estivesse perto de matar cada um deles apenas com aquele maldito olhar.
Vermelho como sangue, brilhava na imensidão da sala.
A loira quase queria suspirar aliviada quando notou que apenas aqueles que sabiam demais permaneciam na sala. Não que ela devesse se preocupar, ela obviamente não tinha nada haver com aquilo.
Então por que ela sempre voltava?
— Você — Riddle latiu quando viu a loira entrar na sala — é claro que tinha que ter sido você, Alina.
A loira trocou um olhar com a morena que parecia mais estupefata ainda.
— Eu? O que está acontecendo, Riddle?
O moreno lançou um olhar para todos aqueles comensais medrosos enquanto respirava fundo.
— Algum de vocês falou alguma coisa, e ninguém vai sair dessa maldita sala até eu mandar.
— Tom...o que aconteceu? — Alina perguntou receosa.
— Tudo, Alina...tudo. Todo o maldito plano foi por água abaixo por causa de um maldito rato que não soube ficar calado. Mas assim que eu descobrir, as cabeças serão cortadas.
A loira olhou para os garotos em fila totalmente perdida.
— Tom, eu não acho que aqui seja o lugar para um reunião, querido — ela enfatizou se aproximando do noivo — na verdade eu tenho certeza que você está atraindo atenção desnecessária à toa.
— Não faz sentido mais esconder — o garoto falou com uma risada arrepiante se sentando na poltrona de couro negro como um verdadeiro rei — ninguém sai daqui sem me contar tudo, é bom ter trago veritaserum, noivinha.
— Senhor — Abraxas que parecia trocar um olhar com Lestrange começou sendo interrompido pela mão de Riddle.
— Silêncio, Abraxas, a não ser que queira ser o primeiro a falar?
— Eu não acho que tenha sido um de nós, milord — o loiro falou dando um passo à frente — o professor Dumbledore é o mais provável, é claro.
— É claro — Riddle puxou a varinha das vestes brincando com ela — é muito conveniente, você não acha?
— Senhor...
— Não Abraxas, para trás, eu sei que não foi você — Riddle falou com um sorrisinho malicioso — mas eles? Tem um traidor nessa sala que não vai sobreviver para contar história. Alina, venha aqui.
A garota que ainda parecia incrédula com toda a cena a sua frente foi até o moreno.
— Tom...
— Seja útil Alina, você está dentro por um motivo, lembra? Onde está a maldita poção?
— Eu não ando por Hogwarts com Veritaserum, Riddle.
— Bom, vai do jeito antigo mesmo — o menino falou com um sorrisinho cruel — Nott, um passo à frente.
— Senhor...eu juro, eu não tenho...
— Cruc...
— Riddle! — Alina pulou na frente do sonserino segurando o queixo do noivo, olhando para aqueles olhos definitivamente vermelhos — Você endoidou?
— Saia Alina — Riddle brandou se levantando fazendo a loira largar seu rosto — ou você quer ser a próxima?
— Nós estamos na sala comunal, Tom. O que diabos você está fazendo?
— Eliminando as pontas soltas — ele falou afastando a loira — Lestrange, segure-a. Seja útil antes que eu ache que foi você.
— Desculpa, loira — o menino falou indo ao lado da loira — é melhor você se afastar.
— Merlin Riddle, você quer matar cada um desses idiotas? Faça isso, lá fora, não onde primeiranistas podem entrar por aquela porta. — Alina tenta suspirando e se jogando na poltrona agora vazia — o que exatamente aconteceu.
— Dipped ousou recusar minhas propostas, algum deles — o moreno apontou para os garotos reunidos — resolveu ser o engraçadinho da vez.
— Você perguntou hoje? — Alina riu inconformada — é óbvio que sim.
Riddle sorriu de ponta a ponta erguendo as sobrancelhas quase desafiadoramente.
— Ou você pensou que toda aquela ceninha...era real?
Alina se conteve enquanto levantava daquela poltrona.
— Voce é tão idiota, Riddle.
— Sente-se e não atrapalhe, Alina.
— Foda-se Riddle, eu não sou seu brinquedinho e definitivamente não vou ficar aqui para isso.
— Eu disse sente-se, Alina — o moreno falou erguendo a varinha para a loira — você não tem permissão para sair dessa maldita sala.
A loira riu divertida.
— E como você vai me impedir, Riddle? Com seus patetas aliados que parecem estar prestes a fazer xixi nas calças. Se você parece olhar tanto para o próprio umbigo, saberia que o único motivo de você não continuar aqui, é sua. Dumbledore está fazendo um favor para os futuros bruxos.
— Talvez tenha sido realmente você, Alina. Acho que seria engraçado apostar...nunca levando nada a sério, é óbvio que terminaria desse jeito.
— Você enlouqueceu de vez, Riddle — a loira exclamou indignada observando a varinha do mesmo apontado em sua direção — Desconfiar dos seus nunca fez alguém mais poderoso, idiota.
A loira respirou fundo e deu mais um passo à frente até a maldita varinha encostar sua testa.
— Tente, Riddle. E faça disso uma maldita guerra interna, vamos lá.
O moreno deu um sorrisinho de lado quase como se apreciasse o maldito desafio.
— Você está subestimando seu verdadeiro valor, Strong.
A loira sentiu o maxilar travar com aquelas malditas palavras.
— Me chame assim mais uma vez, que essa sala vira pó, Riddle. Agora, Nott, um passo à frente. — a loira falou sem desviar os olhos azulados dos avermelhados do mesmo.
— Senhor...eu...
— Você ouviu a dama, Nott. Um passo à frente.
— Alina...eu não tenho nada...
— Eu sei, Nott — a loira falou com um sorrisinho ainda sem desviar do noivo que ainda insistia em apontar sua varinha em sua direção. — Porém eles não sabem, por que você não conta para Riddle que estava na sala de vassouras essa manhã com Walburga Black?
O loiro arregalou os olhos de onde estava.
— Como...como você sabe?
— Bom, alguns de vocês deveriam aprender a esconder melhor os pensamentos — a loira falou com um sorrisinho — nunca se sabe o que podem estar gritando, certo Mulciber?
Antes mesmo que alguém falasse alguma coisa, dito e feito, o moreno correu em disparada à porta do salão comunal.
Riddle finalmente desviou a varinha paralisando o moreno e flutuando o mesmo até que ele estivesse de joelhos em sua frente.
— Ora, ora, parece que temos realmente um rato entre nós. É uma pena, um sangue tão puro ser desperdiçado tão fácil, sabe? Abraxas...Lestrange, vocês sabem para onde leva-lo, façam ele falar.
— As vezes, amorzinho, a violência não é a resposta. — Alina sorriu docemente acenando para o garoto que se esperneava sendo levado pelos sonserinos.
— As vezes, ela é a única resposta. — Riddle sorriu maliciosamente para a loira — Os outros, lembrem, se eu sonhar que outro rato está aqui dentro, primeiranistas vão ser uma desculpa esfarrapada para o que vai acontecer nessa sala. Entendido?
Quando o coro se "sim, senhor" foi ouvido, a loira se conteve para não revirar os olhos.
— Liberados, agora se me dão licença, cavaleiros, tenho um rato para expulsar. Morgan, leve Alina para a comunal.
A morena ainda encarava toda a cena branca como um papel mas apenas acenou em concordância.
— Deixe, Morgs. E você vem comigo, Riddle. Ainda não terminamos. — Então ela pegou o pulso do mesmo e puxou ele até seu próprio quarto.
— Tenho uma reunião me esperando Alina, isso pode esperar.
— Isso não pode esperar, idiota — a loira exclamou abrindo a porta — Você quer ir para Azkaban? Sente enquanto eu tento fazer seus olhos voltarem ao normal.
E embora Riddle parecesse mais contrariado do que divertido, fez o que a menina obstinada mandou enquanto ela caçava em seu quarto pelo seu kit de poções.
— Que diabos foi isso Riddle? Sério? Uma maldita demonstração de poder onde todos podem ver?
— Mulciber está morto.
— Ele não pode morrer nessa altura do campeonato, Riddle — A loira exclamou colocando algumas ervas no caldeirão dele — Dumbledore já desconfia de você, claro, ele não deve ter noção do quão perturbada é sua mente, mas ele não é inocente e vai te parar antes que você comece.
— Ele não é tão poderoso, Alina.
— Ainda não, mas ele possui influência o suficiente para te mandar para Azkaban, ou pior, te expulsar no último ano. Se ele pensar que você, Merlin...que eu tenho alguma coisa haver com isso? Qualquer maldito plano foi por agua a baixo.
— A discrição não está levando a nada, Alina. Eles acham que eu estou amolecendo, que tudo não passa de uma fantasia e que tudo vai mudar quando Hogwarts acabar.
— Bom, mostre para eles algo pior que a morte então — a loira falou com um sorrisinho desligando o fogo e pegando um pequeno tecido — feche os olhos.
— Não acho que exista algo pior do que isso ... .o que é isso?
— Ah, é claro que existe. — Alina falou molhando o tecido — eles são mimadinhos perfeitos, nascidos em berços de ouro, tire esse poder deles.
Riddle pareceu considerar por uns instantes.
— Isso não é o suficiente — o moreno admitiu.
— Apenas uma compressa de ervas medicinais — Alina murmurou se aproximando do mesmo até estar no meio de suas caixas na beirada da cama. — Então faça o suficiente.
Riddle riu divertido.
— Roubar uma família puro sangue é mais complicado que isso.
— Feche os olhos — a loira murmurou vendo o desafio em seus olhos — confie em mim, Riddle.
Quando ele fez ela colocou o pequeno tecido com cuidado em seus olhos amarrando levemente, e então ela sorriu maliciosamente enquanto empurrava seus ombros para trás sendo firmemente impedida pelo aperto repentino em sua cintura.
— O que você está fazendo?
— Tentando fazer você parar de pensar em coisas cruéis até seus olhos voltarem ao normal.
— Eu não acho que está funcionando — ele murmurou puxando a garota repentinamente para seu colo. — Onde estávamos...? Ah sim, como vou cortar a cabeça do Mulciber e mandar para seus pais de presente.
— Riddle! — a loira exclamou com olhos arregalados — Não, isso definitivamente é o oposto do que você vai fazer com ele.
— Qual sua ideia? — o moreno murmurou ainda vendado puxando a loira para mais perto
— Faça ele ter medo, é sua especialidade — Alina sussurrou notando o quão perto eles estavam, sentindo sua respiração bater em sua bochecha — depois disso, tenha certeza que ele só vai ter uma direção para correr, você.
— Você quer que eu o ameacei até ele me dar tudo que tem? — o moreno perguntou incrédulo.
— Faça parecer que você é a solução, não o perigo — a loira sussurrou em seus lábios — Foi isso que você fez com a Aisha, não foi?
Riddle sorriu maliciosamente.
— Isso resolveria nosso problema de dinheiro — o moreno sussurrou ainda com aquele sorrisinho delicioso descendo sua mão que estava na cintura até embaixo da camiseta do uniforme da mesma — mas ainda teria uma ponta solta.
— Qual? — Alina sussurrou com um suspiro sôfrego.
— Eu gosto de cumprir o que eu prometo, Alina, e essa noite? Eu prometi uma morte. — Ele sussurrou na orelha da mesma, mordiscando levemente.
Contendo um gemido, a loira se afastou por tempo suficiente para pensar.
— Então mate — Alina respondeu de volta — Não Mulciber, não, isso seria muito fácil embora passasse a mensagem. Ele está noivo, não está?
Riddle riu em seu pescoço.
— Você quer que eu mate uma pobre garotinha inocente? Você está se tornando mais cruel do que o previsto, Alina.
Alina fez uma careta embora interrompida pelo gemido quando o mesmo mordiscou seu pescoço.
— Não ela, bom, não de verdade pelo menos — Alina sussurrou sem fôlego — Faça parecer que ela está em perigo, até onde sabemos o dote da pobre menina vale mais do que Mansão Malfoy. Ele precisa dela viva.
— E eu preciso dele morto — ele resmungou puxando a loira para mais perto, mesmo de olhos vendados ele parecia saber muito bem o que estava fazendo puxando o uniforme da mesma cada vez mais para cima.
— Não, você precisa de um plano B, amorzinho. — a loira sussurrou permitindo que ele arrancasse os botões de sua blusa de uma só vez. — Me ouça Tommy, ainda está muito cedo para irmos para Azkaban.
Riddle bufou quase indignado.
— Você fala demais, Alina — o menino resmungou em sua orelha invertendo a posição — Acho que cansei desse joguinho, eu mando aqui, querida.
— Com medo de eu roubar sua coroa? — a loira sussurrou com um sorrisinho malicioso mordendo o lábio inferior com a visão dele vendada em cima da mesma.
Ele riu divertido em óbvia descrença.
— Você poderia tentar — o garoto sussurra prendendo a loira totalmente a sua mercê finalmente tirando a maldita venda. Aqueles olhos vermelhos pareciam derreter a alma da garota só por estar ali — Eu ia apreciar cada segundo da sua queda, querida.
— Tão romântico — a loira zombou arregalando os olhos sentindo aquela mão firme em seu cabelo.
— Isso não é um jogo, Alina — Riddle sussurrou segurando seu queixo — Ou você é uma de nós, ou é o inimigo. Sua escolha.
— Eu estou aqui, não estou?
— Está mesmo? — ele murmurou descendo sua mão pelo pescoço exposto da garota — Ou isso tudo não passa de mais um de seus esquemas de distração? Você vem ficando boa nisso, querida.
A loira sorriu maliciosamente, não se deixando afetar pelo aperto em sua garganta.
— Eu não me importo com o Mulciber — a loira sussurrou — Você pode enterrá-lo vivo e eu não me importaria, Riddle. Mas existe um problema.
— Um problema? — Ele ergueu a sobrancelha curioso sem largar o maldito aperto apenas acariciando cada pedacinho exposto fazendo sua pele se arrepiar por inteiro.
— Se você fizer isso...bem, vai se enterrar vivo também, amorzinho. Você é um sonserino por um motivo, Tommy, eu preciso que você pense, não isso!
— Isso? — ele perguntou puxando a mesma até que seus olhos se encontrassem novamente — Isso sou eu, Alina, sempre foi, e nós vamos matar alguém essa noite. Você pode escolher.
— Idiota — ele resmungou arregalando os olhos quando seu aperto aumentou — Foda-se.
E embora não fosse seu melhor plano, ela aproximou seu rosto do dele e lentamente roçou seus lábios nos dele quase se arrependendo de sua decisão.
— Acho que isso não te faz tão poderoso assim, amorzinho.
Pov Alina
Então, como se para ter certeza que eu pudesse fugir, Riddle me beija como se reprimisse anos de raiva e agressão atrás de seus lábios punitivos, e isso me faz sentir viva por dentro. Aquele maldito beijo torcia meu intestino, rompendo as paredes que prendem meu coração, permitindo que calor e prazer invadam cada parte de mim.
Eu derreto meus lábios e meu corpo nele, montando nos seus quadris quando ele finalmente libera seu aperto, ofegante enquanto seu comprimento duro cutuca minhas coxas. Ele balança os quadris suavemente em movimentos experientes e medidos, e uma explosão de desejo passa por mim, ultrapassando a lógica, o aviso e o bom senso.
Aquilo definitivamente não era hora para aquilo, o futuro de muitos estava literalmente em minhas capacidades de convencimento, mas naquele momento tudo que eu mais desejava era continuar ali.
Ele se levanta, segurando-me, e eu aperto minhas pernas em volta de sua cintura enquanto ele caminha em direção ao quarto. Nossas bocas nunca se separam quando ele me abaixa para a cama, e rapidamente sua camisa de botões voa para o outro lado do quarto enquanto ele puxa meu sutiã finalmente para longe do meu corpo.
Não falamos, mas as palavras pareciam redundantes naquele momento enquanto ele pegava sua maldita gravata verde esmeralda e enfeitava meus pulsos com a mesma.
— Eu gosto de ver você com minhas cores — ele sussurra baixinho dando um beijo casto em meu pulso antes de se afastar e prender meus pulsos em sua cabeceira.
— Quem fala demais agora? — provocou com um sorrisinho sentindo o puxão de aviso em minhas mãos.
Estar tão presa e fora do controle era estranho, mas embora traumas me fizesse desejar estar no controle daquilo era tão mas tão bom apenas me entregar.
Ele sobe em mim, beijando-me apaixonadamente enquanto suas mãos acariciavam meus seios pequenos. Seus dedos ásperos mexem nos meus mamilos como se ele estivesse puxando cordas em uma guitarra, rolando-os com habilidade até que estejam rígidos, e não demora muito para que eu estivesse me contorcendo novamente desejando, implorando por mais. Por qualquer coisa.
— Eu não vou parar — ele avisa quase em tom de desafio.
— Isso era para me assustar? — brinco lambendo meus lábios enquanto ele finalmente arrancou minha saia e calcinha com um só suspiro.
— Não sei — ele começa com aquele sorrisinho malicioso se afastando e desabotoando sua calça — o medo te faz mais molhada, querida?
— Descubra.
E como se inspirado por aquele pequeno desafio, ele se posiciona na minha entrada, parando para olhar para mim e é então que eu percebo que finalmente a escuridão que eu era apaixonada tinha voltado para seu olhar, excluindo quase completamente aquele vermelho cruel.
Ele para no meio do caminho, passando os dedos pela minha bochecha. "Você é tão bonita." Ele dá um empurrãozinho um pouco mais. "E tão apertada." Ele flexiona sua mandíbula, e posso dizer que está tentando ser cauteloso. Quando ele empurra um pouco mais, uma pontada aguda de dor me atravessa, e eu estremeço.
Suspiro de alívio por instante confirmando a terrível verdade, eu era virgem. Sinto as lágrimas em meus olhos e respiro fundo antes de voltar meu olhar para o mesmo.
— Eu...eu não tinha certeza — suspiro sob seu olhar atento — às vezes ele me confundia com ela.
Ele afastou minhas mechas loiras antes de colocar sua testa na minha.
— Você é minha, Alina — ele murmura, sua pele na minha — nada do que uma vez aconteceu importa, ou o que pode acontecer, seu corpo responde a mim, sua alma pertence a minha, não há escapatória, Alina.
E embora aquelas não fossem as palavras certas, eram aquilo que eu precisava. Ele era aquilo que eu precisava.
Todo meu ser desejava ele e era uma completa loucura.
Mas quando ele finalmente se moveu lhe beijei como se fosse a ultima vez, por que aqueles sentimentos, eu tinha certeza que ainda iriam me matar.
Ele dá beijinhos no meu pescoço e na clavícula, amassando suavemente meus seios enquanto ele lentamente balança para frente e para trás dentro de mim. Tão lentamente no início que imploro por mais, querendo cada pedacinho de seu pau dentro de mim.
E embora ele nunca fosse admitir, talvez nem eu, ele faz amor comigo, apenas acelerando o ritmo quando eu confirmo que não dói mais, mas ele nunca é duro, completamente atento às minhas necessidades, e me leva a um orgasmo enquanto atinge seu próprio clímax.
Olho seus olhos completamente negros novamente e me amaldiçoo novamente por aquelas borboletas.
— Eu te amo — admito relutante me amaldiçoando por dentro — e eu sei que sou uma idiota por isso.
Ele abre apenas um sorrisinho cruel se jogando do meu lado em sua cama.
— Eu sei — ele sussurra — mas estranhamente eu gosto disso.
Me contenho para não revirar os olhos embora meu sarcasmo não passe tão despercebido assim
— De eu te amar? Ou do sentimento de ser amado?
Ele me prende com seu olhar novamente e aqueles arrepios me envolvem novamente.
— Os dois eu acho — ele admite enrolando uma mecha loira em seu dedo — é reconfortante ser admirado.
— Eu definitivamente não te admiro — explico, ou tento me sentir estranhamente presunçosa.
O grande Lord das Trevas não entendia tudo.
— Seus amiguinhos patetas lá embaixo? Sim, a maioria morre de medo de você mas eles sim te admiram, por essa coragem idiota, por estar representando ideais mais idiotas ainda. Eu? Merlin, não, eu me sinto compelida como se uma maldita amortentia estivesse em meu sistema. Eu me apaixonei por essa falsa sensação de segurança, de cuidado e carinho, mas é tão bom. Você me apoiou em situações que eu nunca contaria para minha própria mãe.
Ele olhou para mim acariciando minha bochecha gentilmente.
— Eu te mostrei como é bom ser você mesma, só isso — ele sussurrou puxando o cobertor em nossa direção. — E eu gosto disso. Agora, pare de se preocupar tanto e dar uma. Temos um plano B para criar.
E embora eu quisesse discutir o cansaço de mais um aniversário me dominou.
Enquanto eu fechava os olhos ele continuava ali, e isso era o suficiente para mim.
[ 🧪 THE POISON ]
— O que você está fazendo? — Alina murmurou baixinho quando acordou, ela não fazia ideia de que horas era uma vez que estavam abaixo do lago negro e a janela do quarto permanecia em uma imensa escuridão.
— Te olhando dormir — o garoto sussurrou de volta baixinho sem se importar que a loira parecia invadir um pouco demais seu próprio espaço pessoal.
— Isso é assustador — a loira murmurou de volta mas comemorando em silêncio por ele ainda estar ali obviamente muito ocupado para matar alguém que pudesse colocar todos em Azkaban.
Ela tinha vencido, é claro.
— Eu comprei algo. — ele murmurou quase surpreso com sua própria atitude.
— Algo?
Ele acenou lentamente enquanto saia de debaixo das cobertas indo até sua escrivaninha, a loira lambeu os lábios aproveitando a visão do garoto nenhum pouco tímido com sua nudez.
— Seu aniversário — ele lembrou.
— São cavalheiros — a loira brincou enquanto sentava na cama ajeitando os lençóis.
— No meu aniversário, você me deu Nagini, apenas pensei em retribuir — ele deu de ombros.
— A cobra? — a loira exclamou quase indignada — Aquilo não foi realmente um presente, principalmente depois que ela me ameaçou de morte.
— Ela é útil, e jurou lealdade à causa.
— O que você ofereceu?
O garoto voltou com um pequeno pacote mal embrulhado em folhas de jornal.
— Sua liberdade, eu te disse, uma Maledictus não sobrevive muito tempo em sua forma animal.
— Soa como muita responsabilidade.
— Eu te disse, ela é útil, uma boa espiã. — ele entregou o pacote — considere um agradecimento.
Embora Alina ainda quisesse contradizer ele, ela abriu o pacote e sorriu de ponta a ponta vendo o caderno azul em sua mão.
— É azul! — ela exclamou alegre olhando para o mesmo.
O pequeno livro era quase idêntico ao do mesmo, embora seu couro fosse modificado e brilhasse no mais irritante tom de azul, seus detalhes eram prateados em vez de dourado e "A.S.R" brilhava na capa.
— Você tem uma mente geniosa demais para ser desperdiçada, Alina. — ele admitiu.
A loira queria chorar pelos míseros detalhes, mas afastou o sentimento se jogando no mesmo rindo divertida sentindo o pau dele acordar em sua coxa.
— Obrigada — ela sussurrou e depositou um beijinho em seus lábios — acho que sei exatamente como agradecer.
Com um levantar de sobrancelhas malicioso ele trouxe ela para mais perto enquanto colocava o caderno na mesinha de cabeceira.
— Mostre-me.
E então ela mostrou, até o sol raiar e as preocupações alcançarem eles novamente.
Mas era delicioso.
[ 🧪THE POISON ]
Olá meus queridos, peço perdão pela mini demora dessa vez mas o capitulo estava quase pronto a semanas mas juro, aqui estava uma correria e só consegui tempo para finalizar ontem. A cada dia me surpreendo mais com a evolução da Alina e principalmente com as migalhas Tomlina. Faltam poucos capítulos para acabar mas não se preocupem, já comecei a escrever Legacy, a história dos netos da Alina e estou ansiosa para ver todos vocês por lá. Um beijo e até o próximo capitulo.
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