i. Uma pitada de férias
ii.  1/2 xícara de presentes
iii. 2 colheres de desabafos

❛❛DEZESSETE❞

Novembro havia se passado em um passe de mágica, Alina mal podia lembrar o que fizera nesse último mês além de ler aquele livro proibido milhares e milhares de vezes. A bruxa nem havia chegado à metade, mas a cada capítulo ela se sentia renovada.

Era tanto conhecimento que a loira se sentia perdida. Se Nina e Bela haviam percebido sua ausência, bom pelo menos mentalmente falando não haviam comentado, ambas também corvinas então provavelmente entendiam a nova obsessão da loira.

Então não foi muita surpresa quando Nina a cutucou e apontou para o professor Dumbledore que olhava a garota curiosamente.

— Perguntou algo, professor?

A garota perguntou fechando o livro calmamente, o mesmo estava altamente camuflado com alguma capa trouxa, até mesmo Riddle se chegasse perto não se interessaria.

— Goblins senhorita Schwarze Rose, como podem ser encontrados?

A garota franziu o cenho mas sorriu de lado, aquele livro era realmente um estudo.

— Não podem senhor, os verdadeiros Goblins — a garota começou — não a olho nu pelo menos, para podermos encontrá-los precisamos de uma lagrima de fada e um círculo de ferro feito com fogo de dragão, eles criam uma lente que é possível enxergá-los.

O professor franziu o cenho com a informação enquanto Nina olhava confusa para a amiga.

— De certa forma está correto minha querida, definitivamente não a resposta comum senhores, para encontrá-los geralmente usamos o feitiço Marmottes, como a página 225 do livros de vocês comanda, mas isso apenas vai atrair ou repelir as pequenas criaturinhas, se for necessario que vocês enxerguem ou os capturem uma lente de fada é o ideal.

O professor divagou curioso

— Foi uma ótima observação Alina, onde aprendeu?

A garota deu de ombros com um sorrisinho de lado.

— Eu passo muito tempo na biblioteca, senhor.

— Bom, estão vendo senhores? É necessário que vocês estudem além da sala de aula, sim senhor Jordan, os exames estão chegando não adianta gemer. Bom, 10 pontos para a corrida.

Olhando para uma Nina sorridente, fizeram um hi five enquanto a garota tagarelava algo como cada vez mais possível conquistarem a taça das casas naquele ano, embora Alina concordasse apenas concordou com a amiga e enviou uma piscadela para Riddle que não muito longe dali revirava os olhos para a provocação da noiva.

Era bom saber mais que Tom Riddle às vezes.

[ THE POISON🧪 ]

Alina como de costume havia jogado tudo em sua mísera mala e estava pronta para relaxar o máximo possível na casa de seus amigos ricos, mais especificamente de Abraxas malfoy que mais uma vez estava sediando as empolgantes férias na mansão Malfoy, ou pelo menos Tom Riddle como de costume iria ficar hospedado lá.

E como ela e Riddle, ambos eram órfãos no momento, eram como uma dupla. Uma dupla bem pobre a garota tinha que admitir mas ao que parecia ter amigos influentes fazia ambos não caírem mortos em alguma vala para passar o natal.

Com Riddle finalmente alcançando a maioridade trouxa no ano novo, ele oficialmente se encontrava livre daquele maldito orfanato.

— Isso é ridículo — começou Nina cruzando os braços indignada para Alina — Não é só porque vocês estão noivos que devem dormir juntos.

Alina suspirou.

— Nós não vamos dormir juntos Nina, ceus.

Bella riu da expressão indignada da amiga enquanto fechava sua própria mala

— Deixe eles namorarem em paz, Nina. — a morena defendeu a loira.

— A alta sociedade bruxa é maldosa Ally, você ficará mal falada.

Alina queria rir.

— Não seja boba Carolina, não faço parte da alta sociedade bruxa, nem Tom.

— É aí que você se engana, Tom fez um nome nesses últimos anos, querida.

Bom, se Nina tinha percebido aquilo Alina não podia exatamente negar.

— Amizades não significa que do nada ele ficou rico, experiência própria.

Nina sentou e olhou preocupada para a amiga.

— Você tem certeza que ficara bem Ally? — a garota perguntou — Sem seu pai...sem um lar, amiga, você sabe que meus pais te adoram.

Alina suspirou.

— E eu também adoro eles, você sabe, mas vai ser só por alguns dias e logo vamos ter nossa tradição de uma festa de ano novo. Além disso é aniversário do Tom no ano novo, que tipo de noiva eu seria se não ficasse com ele nessa data...hm, também especial?

Nina ainda não aprecia realmente convencida então Bella apenas bufou indignada para a amiga.

— Pare de ser insistente Carolina, ela dorme conosco todo santo dia, não é óbvio que ela quer passar um tempo com namorado?

— Sim, mas...

— Sem mais, vamos, vai ser só uma semana — Bella continuou e Nina apenas assentiu derrotada.

E embora Alina fosse super grata pelo apoio da amiga ela tinha medo, então preferiu que as amigas acreditassem naquela baboseira romântica que ela havia criado.

Não que ela fosse admitir em voz alta que estava com medo, medo de qualquer passo em falso contamina não apenas a amizade delas mas também a vida das pessoas que mais amava.

Não estava certo, claro que ela sabia disso, mas ela estava morrendo de medo.

[ THE POISON🧪 ]

Alina e as garotas entraram rapidamente no trem e logo pegaram uma cabine vazia onde geralmente sua casa ficava.

— E seus planos para o natal, Bella? — Alina perguntou enquanto Nina tirava um novo livro do clube da bolsa.

— Aposto que ficará com o Diggory. — Nina falou sem levantar os olhos do livro obviamente não prestando muita atenção nele.

Bella fez uma careta para a amiga.

— Isso é ciúmes? — a amiga brincou fazendo Nina bufar — Primeiro com Alina e agora com o pobre Diggory, pensei que você gostasse dele?

Nina apenas revirou os olhos desistindo completamente do livro agora.

— E eu gosto, mas merlin, desde que ambas começaram a namorar nunca mais fizemos algo realmente juntas, passar o baile de natal inteiro embaixo da árvore roubando petiscos, assistindo os fogos da praia perto da casa da Bella ou até mesmo em hogwarts, Alina com seus novos amiguinhos sonserinos e você enfiada na na mesa da grifinória.

Alina suspirou sabendo que era verdade.

— Em nossa defesa foi você que apareceu com um anel no sexto ano. — Alina acenou para o anel na mão da amiga.

Bella confirmou cruzando os braços

— Exatamente, você que está sempre falando sobre como se portar com garotos, como arrumar um marido e todas essas coisas que sua mãe sempre repete.

Nina apenas suspirou.

— Eu sei...só que está passando tão rápido.

Alina sorri com nostalgia mas nota algo no olhar da amiga.

— Último ano...Merlin, quem diria.

Bella apenas acena em concordância.

— Mal posso esperar, papai me disse que consegui um estágio para mim no ministério assim que acabar.

— Sério? Que incrível Bella.

— Mas e o Diggory? — Nina pergunta sem entender, aquilo ia contra tudo que ela uma vez aprendeu — e o casamento.

Bella apenas dá de ombros.

— Acho que vamos nos casar em dezembro do ano que vem, mas ele nunca pareceu se importar.

Nina sorri de lado, algo que Alina sabia que era para disfarçar uma careta.

— Aposto que se eu ao menos sugerisse fazer minha própria bainha para Nott ele contrataria uns cinco elfos domésticos.

Bella, que parecia mais alheia que Alina apenas fez uma careta para a amiga.

— Alguns de nós tem que trabalhar para sobreviver Nina — Bella começou e Alina apenas revirou os olhos.

— Ah, não comecem sim? Que tal voltarmos para o assunto vamos sentir saudades? — a loira perguntou esperançosamente.

Bella negou inconformada.

— Não Alina, eu me recuso a ouvir ela desdenhar dos nossos noivos só porque ela tem mais dinheiro.

Nina arregalou os olhos.

— O que? Eu nunca...

— Eu cansei — Bella bufou indignada pegando sua bolsa e se levantando — e ela ainda pergunta por que preferimos companhia de outras casas do que ficar ouvindo as idiotices dela. Eu vou indo, você também deveria Alina, antes dessa vadia frígida te contaminar.

E então, como um furacão, a morena saiu da cabine deixando as outras duas garotas ali.

— Bom...isso foi tenso — Alina tentou, olhando preocupada para sua amiga que parecia prestes a cair em prantos.

— Você também acha...?

— Não! Respire, ela não disse por mal Nina, você conhece a Bella, sempre prestes a explodir.

— Eu não queria Alina, eu juro, eu realmente não quis dizer nada sobre dinheiro, Merlin.

Alina segurou a mão da garota acreditando nela.

Ser uma mediadora entre duas personalidades opostas era cansativo, mas nos últimos dias ela sentia quase como se tivesse segurando cada ponta de um fio antes do mesmo estourar.

— Agora me conte a verdade ok? Aquele comentário não foi bom para Bella, certo?

A morena apenas respirou fundo e confirmou.

— Eu estou com medo...nem sei mais se é apenas medo, receio ou até inveja. — a garota negou rindo tristemente — toda vez que ela fala no casamento com o Diggory ou como ele é fofo, dedicado e deixa ela fazer tudo que ela quiser eu só lembro do meu.

Alina olhou preocupada para a amiga.

— Como assim?

— Mamãe disse que ia passar, ela prometeu, mas não tá passando Ally, desde pequena meu sonho sempre foi se casar o mais rapido possivel, ter um marido rico e crianças bonitas igual minha mãe, mas eu...eu estou assustada Ally.

— O que aconteceu, amiga?

— Faltam poucos meses para o meu aniversário, uma semana depois que acabar hogwarts e eu estarei casada, eu não sei se consigo...Merlin, ele é bonito, é rico e encantador...então por que eu não estou apaixonada por ele?

Alina talvez já desconfiasse daquilo mas se chocou mesmo assim ao ver as lágrimas caírem no rosto da amiga.

— Oh, Nina — a garota sentou do lado da morena abraçando a mesma — por que você não nos contou?

Porém ela sabia, às vezes era mais seguro guardar, uma vez talvez a mentira se tornasse verdade.

— Eu sei que é bobo, mamãe me disse que não amou papai até eu nascer, mas me sinto com medo Ally, eu fui preparada a vida toda para meu contos de fadas, e ele ta acontecendo mas ao mesmo tempo me sinto perdendo tudo. — ela riu tristemente e apontou para a porta — a Bella, você, minha independência, meus anos de estudo...meu talento com runas antigas, eu não sei.

Alina apenas suspirou embalando a amiga mais de perto.

— Eu estou aqui Nina, a mesma Alina avoada de ontem, novas amizades nunca me farão parar de me importar, vocês duas são meus pontinhos de luz no meio dessa escuridão.

— Eu sei...acho que é apenas medo do desconhecido.

Alina olhou preocupada para a amiga.

— Tem certeza? Sempre a tempo de desistir de algo que não gosta Nina.

A garota balançou a cabeça negando e afastando as lágrimas teimosas.

— Esse é meu futuro Ally, e não há nada que eu possa fazer — ela tentou sorrir.

Alina olhou tristemente para a amiga pensando se não havia nada que ela pudesse fazer.

— Vou dormir um pouco — a morena suspirou quase envergonhada.

Entendendo a deixa Alina suspirou.

— Tem certeza que quer ficar sozinha agora?

— Acho...acho que só preciso pensar um pouco — ela acenou. — Não se preocupe.

Alina acenou e deu mais um abraço na amiga.

— Tudo bem, mas qualquer coisa é só me chamar, apenas uns vagões de distância.

Então a loira pegou sua bolsinha de crochê e saiu atrás de alguns doces.

[ THE POISON🧪]

Chegando perto do carrinho de doces ainda preocupada com a amiga sorriu para Aisha que segurava um punhado de varinhas de alcaçuz como se sua vida dependesse disso.

— Alina — a garota cumprimentou entusiasmada — varinha?

— De graça? Claro. — Alina brincou pegando um doce da amiga se virando para a tia do carrinho pedindo alguns sapos de chocolate.

A cacheada que ainda esperava a loira aceitou um chocolate também enquanto se afastava daquela parte mais afastada do trem.

— Então...tudo bem? — Alina perguntou quando não notou ninguém em volta.

Ela quase podia sentir o alívio da amiga.

— Já fazem semanas...e nada.

Alina sorriu aliviada também.

— Nenhuma reaçãozinha?

A garota negou entusiasmada.

— Essa maldita pedrinha — ela tirou o colar de trás do casaco xadrez — é como se nada nunca tivesse acontecido, espero que minha tia não desconfie.

Alina olhou preocupada para a amiga.

— Você sabe...uma hora vai ter que contar.

— Quando eu estiver morando em Paris, talvez?

Alina sorriu de lado

— Bom, sempre quis conhecer Paris, vou adorar te visitar.

— Você será bem vinda, eu garanto, agora seu noivo psicopata e seus amiguinhos? Eu não teria tanta certeza querida.

Alina ri divertida.

— Eu nem sonharia em convidá-lo para nosso refúgio. Aliás, Lestrange também?

Aisha suspira e come mais uma varinha de alcaçuz.

— Bom...é complicado.

— Complicado?

— Talvez eu esteja ignorando ele desde aquela reunião e as coisas terem ido um pouco..hm, rápidas demais?

Alina ri divertida entendendo o significado da frase.

— Não acredito, Merlin.

— Culpe o colar e toda sua magia maluca.

— O colar? — a loira bufou divertida — vamos culpar ele então. Aliás, você vai para a festa de natal nos Malfoy?

— Infelizmente, minha tia está extasiada com toda atenção da alta sociedade bruxa e não deixaria esse convite passar por nada.

— Então parece que você vai ter que parar de ignorar ele, não?

A menina apenas dá de ombros.

— Ou talvez não. Ele é um mulherengo, duvido que isso tenha importado tanto para ele.

— Será mesmo? Ele parecia bem preocupado com você nesses ultimos dias.

— Foi apenas diversão, não se preocupe.

Alina dá um sorrisinho conhecedor

— Acho que é você que está preocupada — a loira brinca — mas não se preocupe não vou contar nada.

Aisha então vira um pimentão.

— Alina! — a garota diz indignada — nada disso, eu juro.

— Ok — Alina sorri de lado abraçando a amiga — até a festa?

A cacheada concorda quando ambas chegam perto demais da cabine da sonserina para o gosto da lufana.

[ THE POISON🧪 ]

Sem se incomodar com os olhares de sonserinos curiosos, Alina entrou na cabine principal daquela área designada a sonserina e nem fingiu espanto ao notar Abraxas e Morgan brigando de um lado.

Desde que Morgan resolveu parar de aceitar as idiotices do Malfoy calada aquilo havia começado, Alina estava orgulhosa da amiga por tentar fazer aquilo entre eles realmente dar certo, mas era irritante na maior parte do tempo.

E ela sabia que Riddle concordava com ela ao notar ele em seu canto afastado fuzilando o casal que pareciam ocupados demais para notar.

Alina logo se direcionou para lá antes que ele interrompesse mais uma briga e deixasse mais algum ponto em aberto, Abraxas parecia se importar muito com a opinião de Riddle para não parar.

Ela riria com seus pensamentos se não tivesse um certo sonserino para distrair.

— Oi — ela cumprimentou depositando um selinho nos lábios do noivo que de repente parecia intrigado com outra coisa além da briga.

— Por que você fez isso? — o garoto franziu o cenho olhando para a loira.

— Eu gosto de te beijar — a garota disse com um sorrisinho malicioso sentando do lado dele — Ou você pensou que eu estava nesse relacionamento sem nenhum benefício?

Ele ainda desconfiando dela continuou.

— Isso não foi um beijo.

Ela sorriu divertida.

— Quando dois labios se encostam definitivamente foi um beijo, se chama selinhno idiota, nunca recebeu?

— Não aleatoriamente, o que você está tramando?

Ela revirou os olhos mas sorriu quando percebeu que o casal tinha acabado sua briga.

— Casais fazem isso para se cumprimentar, acho que li em um livro, é fofo. — ela deu de ombros para o olhar indignado dele.

— Você definitivamente não é fofa, o que você está tramando?

— Relaxe Riddle, estamos tirando férias, deixe seu cérebro descansar e pare de achar que nós meros mortais somos tão diabólicos quanto você, então, o que está lendo?

O menino suspirou e mostrou o livro para a garota

— Numerologia? Não sabia que você fazia o tipo supersticioso, Tommy.

— Como você disse, ferias — o mesmo deu de ombros recolhendo o livro — e você? Não deveria estar com suas amiguinhas da luz?

A garota bufou se encostando no banco.

— Você é estranho — ela murmurou olhando em volta.

— Eu chamaria de gênio — ele diz com um sorrisinho.

— E eu de egocêntrico — ela diz.

— Problemas no paraíso? — Ele indaga quase curioso.

Ela olha para o mesmo lado.

— Eu precisaria de um paraíso antes para ter um problema — ela nega — apenas o de sempre.

— Medo delas descobrirem o seu verdadeiro eu? — Ele pergunta verdadeiramente divertido.

Ela faz uma careta mas assente.

— Você desperta o pior de mim, Riddle — a garota murmurou enquanto pega outro sapo de chocolate.

Ele assentiu concordando e olhou para ela curioso.

— Então por que você sempre volta? — ele pergunta divertido quase como se quisesse abrir o cérebro da garota naquele momento e descobrir todas suas tendências masoquista de uma só vez.

— Boa pergunta — ela diz e logo faz uma careta — acho que estou sóbria demais para essa conversa.

Ele revira os olhos.

— Anotado — ele fala.

— Bom, não sinta tanta minha falta — ela brinca se levantando — tenho que agraciar todos com minha beleza, noivinho.

Ela diz e mais uma vez dá um selinho no mesmo o deixando estufado com aquele novo hábito.

— Definitivamente fofa — ela diz e ele revira os olhos.

— Um hábito irritante, na verdade. — ele diz, embora não fizesse nada para impedir.

Ela apenas manda um beijo para ele e se dirige até Lestrange que jogava algum jogo bruxo com Avery em outro canto.

— Cabeludo — a loira exclamou se jogando no amigo — vim te agraciar com minha beleza.

— Loira — ele engasga sendo esmagado pela garota — Riddle cansou de sua personalidade irritante?

— Avery menor, diga para ele o quanto minha presença agrada a todos.

O mesmo apenas sorri.

— Eu diria se o milorde não parecesse prestes a nos fuzilar — o menino diz com um risinho — se divirtam.

Então sai dali e vai até o próximo sonserino.

— Covarde — Alina brinca e se ajeita do lado do amigo. — Novidades?

— Também senti sua falta loira. — o moreno disse com um sorrisinho — Mas você só vem até mim atrás de fofocas, meu coração está partido.

Alina revirou os olhos e bateu no ombro do amigo.

— Estava apenas sendo educada, idiota, mas quer saber, eu que tenho fofocas.

— Estou impressionado, rosa negra. — ele brinca.

— Aisha vai para a festa de natal nos Malfoy — ela diz erguendo a sobrancelha.

— Hm...legal? Suas fofocas já foram melhores Alina.

Ela ficou indignada.

— E essa é a oportunidade perfeita para você resolver as coisas, sabe.

Ele revira os olhos.

— Não existe nada para resolver Alina — o mesmo diz em um suspiro.

Se Alina não conhecesse bem o amigo, diria que ele obviamente não ligava.

— Oh pare com isso, eu não sei a profundidade do que vocês tinham mas parecia bom Les.

Ele acena em concordância.

— E foi bom, mas foi algo momentâneo Loira, algo que obviamente já acabou — ele diz amargo.

— Por que ela quis, certo?

— Acho que foi mais um acordo mutuo— ele diz desconfiado.

— Bom...ela está com medo.

Ele olha incrédulo para a amiga.

— De mim?

— Não — ela arregala os olhos e aponta em volta — disso.

— Disso? — ele pergunta sem entender.

— Bom, esse grupinho pode...você sabe, ficar meio intenso — ela diz olhando para Riddle que parecia estranhamente concentrado em um simples livro de números.

— Vá direto ao ponto, loira.

— Bom, acho que ela ficou com medo de que se ficasse com você, esse mundo a consumiria. Experiência própria gatinho, está aqui traz o pior de mim e embora eu adore isso, ela provavelmente detesta, orgulho lufano talvez?

— Acho que isso só mostra então que não devemos ficar juntos, o melhor para ela é provavelmente ficar o mais longe possível da gente.

Ela suspira.

— Você não está errado Les, mas você perguntou?

— O que? Se ela queria ser consumida por isso aqui? Acho que nós dois sabemos a resposta.

— Você gosta dela? — Alina tenta uma abordagem diferente, esperançosa.

Ele ri tristemente e olha para a amiga.

— Acho que me acostumei, merda parecia tão real, o cheiro dela e os sorrisos mesmo quando ela me xingava, a maldita voz quando ela cantarolava quando estávamos na torre de astronomia, Merlin, acho que sinto falta de encher ela quando tentava desenhar e não me dava atenção.

Ela olha para o amigo e esconde um sorrisinho, percebendo algo que talvez ele nem tenha reparado.

— Parece bem real para mim Les — ela murmura para ele — tem certeza que está pronto para deixar ir algo com tanto potencial para começar?

Ele suspira e fecha os olhos se escorando no estofado do trem.

— Eu não sei Alina, eu não sei.

— Você falou isso para ela ou simplesmente deixou ir?

Assumindo o suspiro dele como resposta ela continuou.

— Por que você não tenta falar isso para ela antes de a deixar ir? Acho que é uma escolha dela, mas antes dela escolher ela deve saber o que você sente.

— Nem eu sei o que eu sinto, loira.

Ela apenas sorriu para o amigo e segurou sua mão confortando o mesmo.

— Vocês vão descobrir.

[ THE POISON🧪]

Alina, Tom e Abraxas saíram do trem e logo aparataram, não foi surpresa nenhuma quando o mesmo quarto foi designado por uma senhora Malfoy não tão feliz com sua presença, mas ao que parecia Riddle encantava todos, de uma forma figurada dessa vez, para não contrariá-lo.

A festa de natal não seria tão grande quanto o baile de Abraxas mas obviamente todos os 28 sagrados sangues-puros da grã bretanha estavam convidados.

Seria um grande jantar com direito aos melhores quitutes, Alina mal poderia esperar.

Então sem surpresa nenhuma quando acordou no dia seguinte, a unica coisa que Alina pensou o dia todo foi em algo para usar.

Embora seu baú estivesse recheado de peças azuis, com uma careta logo lembrou do que Nina dissera no trem.

Ela e Tom não nasceram naquele mundo, mas estar ao lado deles os inseriram de uma forma ou de outra, então ela escolheu um não tão modesto vestido de veludo um vinho tão escuro que quase parecia preto em falta de luz tubinho e longo que terminava com uma fenda generosa mas não necessariamente vulgar. Era tomara que caia e com as novas luvas que Morgan havia lhe presenteado não muito tempo atrás ela estava magnifica.

Uma verdadeira bruxa recheada de pérolas e um penteado exuberante.

Alina podia não gostar de metade da festa, nem entender muito bem seus ideais, mas nem por isso deixaria de se destacar.

Arrumando mais uma vez seu decote, colocou seu colar novo se sentindo poderosa demais para seu bem, ela culpa Riddle por aquele objeto curioso, mas ela sentia o irradiar do poder.

Então rapidamente ela saiu e não se surpreendeu ao encontrar Riddle, seu par da noite obviamente já pontualmente lhe esperando.

— Preto combina mais com você — ela declara com um sorrisinho.

— Eu diria o mesmo se não conseguisse ver os detalhes em vermelho — ele diz levantando a sobrancelha mas logo pega a mão da mesma — Você está estonteante.

— E quando não estou? — ela brinca.

— Pronta? — ele pergunta levemente curioso.

Ela dá de ombros e sorri.

— Sempre e para sempre, milord.

[ THE POISON🧪] 

Muito obrigada pelas 200K leituras gente, amo muito vocês, em breve trago a segunda parte e juro, esse capitulo está tudo.

Beijinhos, não esqueça, de comentar e votar sz.