i. 3 pitadas de desespero
ii. 6/6 de polissuco
iii. 7 colheres de explosões

MARATONA #2

❛❛QUINZE❞

Alina nunca se cansaria daquilo, bailes e vestidos eram algo que a loira poderia viver tranquilamente. Ela era mesquinha o suficiente ao admitir isso ao menos, mas ela adorava aquele ar que assolava toda Hogwarts.

E por mais que ela fosse contra esse pensamento ela também estava de certa forma eufórica para ver o que aconteceria hoje e a missão suicida de seu noivo.

Tom Riddle vinha planejando aquilo a tanto tempo que Alina não duvidava que o mesmo tivesse seus sonhos perturbados com isso também.

Mas seria de fato interessante e isso como corvina ela tinha que admitir.

Loucura? Com certeza, era o prédio mais seguro do mundo bruxo tirando Hogwarts, mas ainda sim interessante.

Dói admitir mas ver seu trabalho assim, sendo utilizado para algo, não necessariamente algo bom, mas mesmo assim, sua amiga estaria a salvo, seu noivo estaria relativamente feliz e seus amigos satisfeitos, era uma sensação agradável para dizer o mínimo.

Então quando Nina terminou de amarrar as fitas de seu vestido obviamente azul, embora dessa vez o azul esverdeado destacasse seus olhos, Alina sorriu com o que estava por vir.

— Você está verdadeiramente animada — Bella ressaltou do outro lado do quarto enquanto termina de preencher seus lábios avermelhados com o batom da amiga.

— Claro, é dia das bruxas — Alina deu de ombros com um sorrisinho — Obrigada Nina.

— Não tem de querer, realmente Ally, azul definitivamente é sua cor.

— É meu charme corvino — Alina disse com um sorrisinho apreciando sua imagem no espelho.

O vestido azul embora não fosse longo tinha uma saia dupla, na frente curto e cheio como de uma boneca e atrás com uma longa cauda espalhafatosa, obra de Aisha é claro, Alina nunca teria dinheiro para pagar algo assim, não pelo menos aquela versão sua ainda.

— Use os brincos de botões. — Nina disse com um sorrisinho ajeitando sua própria máscara no rosto.

Embora não fosse uma tradição esse ano a festa planejada pelos monitores - e por consequência por Morgan também - fora escolhido baile a fantasia.

Alina então pegou os brincos ordenados e sorriu enquanto colocava o mesmo gentilmente.

— Agora o final — Alina murmurou pegando o pequeno chapéu maluco com flores e aquele relógio embutido que a própria Alina fizera para complementar o visual.

— Do que você está vestida mesmo? — Nina, que era sangue puro, franziu o cenho sem reconhecer a imagem da amiga.

— De Alice é claro — Bella disse com um sorrisinho conspiratório — Não acredito que você nunca deu esse livro para ela ler, Alina.

Alina deu de ombros com um sorrisinho ajeitando seus cachos loiros.

— Em minha defesa eu li a muito tempo e era da biblioteca, mas prometo te presentear de natal Nina.

— Bom, espero, esse chapéu está me enchendo de perguntas.

— Aqui — Bella pegou a máscara dourada da sua amiga — coloque suas orelhas Alice, o chapeleiro está esperando.

Rindo das perguntas de Nina que encarava ambas sem entender, Alina colocou sua máscara que realmente imitava um coelho e prendeu o relógio de bolso na cintura do vestido, era uma boa releitura.

Então elas finalmente saíram e foram curtir.

[ 🧪THE POISON ]

Alina e as amigas desceram rapidamente e definitivamente não se decepcionaram com a magnífica decoração desse ano, abóboras e velas decoravam o salão junto com cortinas pretas e flores brancas que brilhavam com aquela expectativa de noite de horror. Os fantasmas brilhavam e as mesas, agora não mais centralizadas, estavam recheadas de quitutes.

A loira logo se separou de Rowena Ravenclaw - fantasia de Nina - e de chapeuzinho vermelho - fantasia de Bella - com a desculpa de encontrar seu noivo e sorriu indo até os sonserinos.

— Linda armadura Les — Alina brincou se aproximando do amigo — o que era para ser isso?

— Ora o mais encantador de todos, é claro, O Cavaleiro azarado do conto da fonte da sorte de Beedle o Bardo.

Abraxas sorriu beijando o dorso da mão da loira.

— Encantadora como sempre, senhorita...?

Riddle que parecia menos relaxado que o normal, bufou inconformado obviamente julgando cada pedaço da fantasia da garota.

— Alice — o moreno cuspiu de certa forma inconformado.

Abraxas franziu sem entender.

— Alice?

— Alice no país das maravilhas é claro — Aisha chegou então sorrindo para a amiga obviamente orgulhosa de seu trabalho. — Onde vocês vivem, em uma caverna?

— Nunca ouvi falar de Alice alguma — negou a estranha — Mas está linda loira.

— Claro que estou — Alina disse então com um sorrisinho — Aisha fez a maior parte do trabalho.

Lestrange então lançou um sorrisinho malicioso para a cacheada que bufou revirando os olhos.

— E você minha doce nêmesis?

— Não me chame assim, idiota — Aisha fuzilou o moreno embora estivesse corada e tentando disfarçar com seus cachos — Sou Afrodite, é claro.

Foi a vez de Abraxas sorrir de lado.

— A Deusa da Beleza e do amor, embora seja um mito trouxa é uma forte cultura grega presente em todo lugar, eu descobri algumas coisinhas na minha última viagem.

— Ora ora, quem diria que um Malfoy saberia diferenciar alguma coisa trouxa? — Alina então provocou com um sorrisinho — Bem, onde está Morgs?

— Completando a última parte do pré plano — Riddle que observava a todos sem olhar exatamente para o grupo completou.

— Pré plano? — Foi a vez de Aisha enrijecer e perguntar.

A cacheada não era ingênua o suficiente para confiar no noivo de sua amiga, ela conseguia sentir algo saindo por baixo dos panos.

Ele sabia de mais para seu próprio bem e definitivamente não tinha intenção nenhuma em ajudá-la. Aisha era uma lufana e obviamente inteligente o suficiente para saber que a lealdade do garoto estava apenas consigo mesmo.

E talvez com Alina, mas nem disso Aisha tinha certeza, era claro que o moreno se importava de um jeito muito esquisito com a loira, mas Aisha não saberia dizer o quão profundo era aquilo.

Ela só estava ali por uma coisa, ela queria viver, não importava o custo que sua tia queria lhe proteger.

— Alguns detalhes apenas, não se preocupe — Riddle falou e desviou o olhar para Alina que franzia o cenho para o mesmo. — Venha, a música começou.

Então ele se levantou e levou a loira até a pista de dança.

[ 🧪THE POISON ]

Tom e Alina estavam a alguns minutos naquele silêncio reconfortante, embora a loira pudesse perceber sua sobrancelha levemente franzida em concentração provavelmente planejando algo.

— Então... — a loira começou sem conseguir conter sua curiosidade — qual o plano?

Riddle franziu o cenho e voltou sua atenção a loira apertando sua cintura levemente e lhe girando conforme a música suave resplandecia pelo salão.

— Você já sabe o plano — Ele sussurrou com um sorrisinho puxando a loira para mais perto.

Ela negou conhecê-la.

— Não, eu sei um dos planos.

— Obviamente.

— Mas eu sei que você não criaria um só plano — ela compartilhou do mesmo sorrisinho levantando as sobrancelhas questionadoras.

— hm, e como você saberia disso querida? — Tom provocou se afastando da mesma e rodando seu corpo em volta da mesma.

Alina se ofegou de surpresa com o choque de sua pele com a dele e mordeu os lábios se impedindo de sorrir.

— Você me subestima Milord. — Alina provocou com um sorrisinho sussurrando baixinho.

— Vocês sabem o que precisam saber, não é o suficiente?

A loira negou e lançou um olhar para a mesa dos sonserinos que agora só encontrava Morgan e um Abraxas discutindo algo acaloradamente. Olhou em volta novamente e sorriu vendo que Lestrange havia convencido Aisha a dançar.

— Não, claro que não.

Tom acompanhou seu olhar e sorriu para a loira.

— Sua amiga, ela não confia em mim.

Alina voltou sua atenção ao moreno e conteve um suspiro ao repararem o quão perto estavam.

— Ela é inteligente demais para isso.

— Pessoas inteligentes são perigosas — Riddle completou quase acusadoramente.

— Ela não — Alina o lembrou — mas ambos compartilham uma coisa em comum Tommy.

— Que seria? — Riddle então perguntou incrédulo.

Alina subiu na ponta dos pés embora estivesse de saltos e sussurrou em seu ouvido lentamente:

— Ambos querem a vida, Tommy.

Então a música parou e eles foram obrigados a se separarem embora ofegantes por causa da proximidade.

— Refrescos? — Alina perguntou com um sorrisinho sínico se afastando do mesmo.

Riddle revirou os olhos mas sorriu maliciosamente para si mesmo.

— Aliás, já te disse o quão horrível está hoje?

— Ainda não, querido.

— Embora o visual trouxa — ele suspira quase a contra gosto — Não posso.

Então Riddle contendo um sorrisinho vendo as faces da loira pegarem fogo apenas se vira e vai planejar os últimos detalhes com Abraxas.

[🧪 THE POISON ]

Alina nunca havia lidado muito bem com elogios, mas Tom Riddle parecia atingir um nervo em seu interior toda vez que abria a boca e não era necessariamente ruim.

Mas estar corada por causa daquilo? Tão bobo, Alina mal podia se reconhecer enquanto evitava um sorrisinho ao se direcionar até a mesa de refrescos.

— Alina bebendo suco de abóbora? Você está mesmo vendo isso Aisha ou é apenas uma miragem de dia das bruxas? — Lestrange provocou chegando junto com Aisha na mesa.

— Nem todos são alcoólicos como você, Lestrange — Aisha disse com um sorrisinho se servindo também com um suco de abóbora.

— Alina? faça-me rir, como se ela não fosse pior.

— Estou tentando manter o visual saudável Les. — Alina completa com um sorrisinho.

— Ou seja, esperando que eu ofereça a maior quantidade possível?

Alina ri divertida.

— Por que não há? Já que insiste no meu alcoólico favorito — A loira diz juntando seu copo e o de Aisha embora o "ei" falso indignado e coloca em cima da mesa — Faça sua mágica, cavalheiro.

— Com prazer minhas damas favoritas — Lestrange fala com um sorrisinho pegando a garrafinha em suas vestes distribuindo para ambas.

Alina pega seu copo e suspira se deliciando com a mistura sentindo seus nervos que estavam a flor da pele até agora pelo plano suicida, e obviamente não por Tom Riddle se acalmarem instantaneamente.

Lestrange segura o braço da loira de um lado e da cacheada do outro e os três saem em direção ao salão.

— Só eu que não estou com um bom pressentimento sobre isso? — Aisha pergunta mordendo o lábio inferior.

— O plano? — Alina pergunta.

— Não se preocupe tanto Aisha, Riddle sabe o que está fazendo — Lestrange diz a contra gosto.

— Exatamente esse meu medo, ele sabe demais. Eu não confio nele.

Lestrange ri baixinho.

— Graças aos céus, lembre-se do ditado Ilhazinha, confiar em uma cobra é desculpa para ser picado. — Les garante.

— Idiota, você é da sonserina — Alina lembra dando um tapidnha no braço de Lestrange — Mas você está certa Aisha, confiar cegamente no Riddle é burrice na certa, mas ele não dá ponto sem nó, então se ele promete algo ele vai cumprir.

— Você confia nele? — Aisha pergunta receosa olhando para a amiga.

Alina olha para Lestrange que apenas dá de ombros.

— É complicado. Confiar nele é um desafio, enquanto tudo estiver conforme o plano dele não temos o que temer.

— À questão é até onde vai o plano dele? — Lestrange resmunga e as duas garotas suspiram quando chegam na mesa da sonserina prontos para o banquete, último ponto do plano começar.

[ 🧪THE POISON ]

A festa já havia diminuído e muito quando os seis saíram, uma dupla por vez se esgueirou pelo castelo até uma das salas abandonadas no primeiro andar.

— Pegue as poções — Riddle ordenou quando os últimos, Abraxas e Morgan chegaram na sala.

Alina então abriu sua minúscula bolsinha e tirou de dentro da mesma seis recipientes e entregou uma para cada, em seguida pegou os potinhos onde tinha cada tufo de cabelo e distribuiu novamente.

Os seis formaram um círculo embora a tensão estivesse estalada.

— Pegue um fio de cabelo e apenas um e depositem assim — Alina pegou sua própria poção e demonstrou com um fio da irmã. — fechem e mexa lentamente, assim.

Todos com cuidado começaram a imitar a loira.

— Ótimo, agora antes de beberem respirem fundo e tenham em mente que o gosto é horrível.

— Pior que as bebidas de Lestrange? — Abraxas perguntou com um sorrisinho.

Alina retribuiu.

— Embora pareça impossível, sim, então tentem não vomitar isso poderá gerar graves consequências. Então o corpo de cada um irá mudar, a dor é suportável mas não pouco, não se enganem. Mas será rápida, fechem os olhos se a tontura começar.

Morgan olhou temerosa para a bebida em suas mãos.

— isso é...seguro?

— Totalmente querida, feita pela melhor das melhores — Lestrange brincou tampando o nariz e bebendo o conteúdo de uma vez tossindo em seguida.

Alina fez uma careta para o amigo.

— E ah, tentem não fazer isso.

Então os cinco que faltavam tomaram todo o conteúdo e o barulho agonizando de ossos e músculos se trocando começou mas durou pouco.

Assim que Alina abriu os olhos sorriu e bateu palmas animada com o resultado totalmente perfeito.

— Agora as vestes — Riddle completou transfigurando suas próprias vestes negras em um dos conjuntos que o irmão estava usando naquele dia.

— Isso é...insano — Aisha murmurou olhando o pequeno espelhinho que estava em sua bolsa, ela estava idêntica a tia, nenhum um traço a mais ou menos.

Alina sorriu de canto para a amiga.

— Ainda nem começou — Riddle murmurou com um sorrisinho conhecedor.

[🧪 THE POISON ]

Alina e seu grupo aparataram no beco diagonal rapidamente e se depararam com vários grupos bruxos também festejando aquela data embora já fosse consideravelmente tarde era feriado.

Tom logo passou as instruções finais e Abraxas e Morgan seguiram em outra direção, Lestrange diferente dos outros três estava disfarçado de guarda então apenas se despediu com um aceno e voltou ao "seu posto" no banco enquanto os outros esperavam um pouco.

— Entraremos, assinaremos os papéis e iremos embora, fácil. — Tom murmurou para as garotas que apenas assentiram e trocaram um olhar.

— Beba isso antes de ir Aisha — Alina passou um frasco perolado para a amiga e sorriu com carinho — Em breve não precisará mais.

— Obrigada — A cacheada murmurou bebendo o conteúdo embora estivesse receosa, sua doença era antiga e inconstante então Alina estava certa em temer um episódio do nada.

Alina ajeitou as vestes e imitou aquele sorriso simpático que havia estudado na irmã na semana anterior.

Então os três seguiram até o Gringotes onde mesmo naquela hora o enorme dragão ainda soltava chamas como um aviso a eles, aos invasores.

Riddle logo se adiantou abrindo a porta para ambas naquele falso charme cavalheiro e a sineta foi tocada atraindo a atenção de alguns guardas já que os doentes pareciam muito concentrados para notá-los.

Olhando em volta Alina não se surpreendeu quando avistou Lestrange já a postos como guarda no canto do salão. O banco estava quase vazio, apenas outro casal em uma das pontas em uma discussão acalorada com um dos duendes, nada com o que tivessem que se preocupar.

— Lembre-se de agir como sua tia — Riddle murmurou à Aisha e os três seguiram até o duende no centro do salão.

Aisha ajeitou seu cabelo agora trançado como o da tia e sorriu confiante trocando um último olhar com Lestrange e seguindo a dianteira dos outros dois.

— Estamos aqui por causa da compra — Aisha disse apenas olhando quase desafiadoramente para o duende.

O duende analisou a mulher e os outros dois atrás da mesma com uma leve desconfiança.

— Senhora Malkin — o duende começou e largou sua pena — Pensei que só viria semana que vem.

— Os irmãos terão que ir mais cedo, acordos políticos, você sabe — Aisha continuou cruzando os braços sabendo o quão persistente duendes podiam ser — Vamos finalizar esse acordo hoje.

— Claro, claro — o duende disse analisando os irmãos mais uma vez e se voltando para a mulher — a papelada está pronta senhora, venham.

Então como um estampido o duende desce de seu pedestal e leva os três até a pequena sala onde Alina já estivera não muito pouco tempo atrás para assinar todas as dívidas que seu pai poderia ter.

— sente-se, precisamos de seu sangue senhora Malkin, um segundo. — Então o duende saiu da sala rapidamente e Aisha olhou assustada para Riddle.

— Sangue? Você não disse nada sobre sangue.

Alina mordeu o lábio inferior e acenou para a amiga.

— Procedimento padrão, a assinatura é a base de sangue — Alina começou mas olhou para o noivo com cuidado. — Isso vai funcionar?

Riddle apenas acenou para a desconfiança de ambas.

— Embora o DNA seu e de sua tia não sejam o mesmo o sangue é o mais perto disso, lembre-se esse cofre é seu por direito, não tem como não funcionar.

Alina franziu o cenho.

— E o nosso?

— Estrangeiros, não estamos no banco de dados — Riddle completou com aquele sorrisinho irritante de quem tinha planejado aquilo não só uma ou duas vezes.

— Perdoe a demora senhora, aqui está.

O mesmo tinha voltado com a pena encantada e os papéis da compra oficial.

— Basta assinar na linha tracejada e está feito, tem certeza senhora Malkin?

O duende olhou para a mulher com receio, os objetos que seriam movidos eram poderosos e antigos demais para estar na mão de qualquer um.

— Apenas me entregue os papéis, já falamos sobre isso — Aisha exclamou e suspirou quando os papéis entraram em sua frente lendo cada pedacinho com cuidado antes de erguer a mão até a pena encantada.

A menina delicadamente colocou a assinatura de sua tia antes de gritar terrivelmente sentindo a picada em sua mão.

Alina se conteve para não ir até a amiga lhe socorrer com alguma poção mirabolante, talvez o aperto desnecessariamente forte em seu braço também a tivesse lhe contido.

A loira fuzilou Riddle e olhou para a menina que choramingava olhando as costas da mão aberta.

— Senhora Malkin? Está tudo bem?

A menina suspirou acenando com a cabeça antes de se levantar e arrancar o lenço na cabeça e envolver a mão delicadamente.

— perfeitamente bem, sua vez.

O duende olhava apenas curioso para os três.

— Bom, senhor..?

Riddle apenas assentiu e foi até a mesa sem exitar, pegando o contrato e relendo até estar satisfeito.

Quando se deu por vencido pegou a pena assassina e assinou o papel sem nem mesmo piscar ou se exaltar.

Alina mordeu o lábio quando viu o sangue se espalhar pelas costas da mão do moreno.

— Bom senhores, venham, sigam-me.

Alina entregou um lenço azul em sua bolsa para o noivo e os três seguiram o duende até a parte mais escura do corredor onde os trilhos enfim começaram.

— Seu cofre madame Malkin, 996.

Os três subiram e o carro então decolou.

O zumbido forte em seus ouvidos e a falta de segurança não surpreendia Alina que nunca realmente esteve tão fundo em Gringotes, onde os mais ricos possuíam.

Aisha permanecia estoica por causa da mão e por ter ido lá tantas vezes, mas quando a loira avistou um Dragão nem soube mais porque se surpreendeu.

— Aquilo..?

Riddle apenas acenou e ela suspirou exasperada pensando em como terminaram a noite tostados se algo desse errado.

[ 🧪THE POISON]

Quando o cofre foi aberto, Alina teve que piscar em surpresa, céus, era muito dinheiro e joias reunidos em um só lugar. No mesmo instante Alina amaldiçoa seu pai morto por ter gastado toda aquela antiga riqueza da família.

— Céus...— Alina amaldiçoou baixinho impressionada.

Riddle cutucou a mesma revirando os olhos e puxando a mesma para o cofre.

— Aqui está senhora Malkin — o duende falou entregando o pequeno baú para Aisha que suspirou de alívio abrindo o mesmo e franzindo o cenho vendo os pequenos amuletos.

— Tão pequenos —Aisha sussurrou mas logo piscou e entregou à Riddle.

— Aqui está, acordo feito.

— Gostaria de tirar mais alguma coisa, senhora? — O duende perguntou e a cacheada negou. — Venham.

Então os quatro saíram e Alina podia sentir dali o brilho nos olhos de Riddle, ela realmente não sabia se era algo bom ou ruim.

— Espere...o que é isso? — Aisha perguntou assustada quando os sinos começaram a tocar.

— Ladrões, intrusos. — O duende exclamou exasperado.

Alina arregalou os olhos mas logo percebeu do que ele falava, não eles, mas outro alguém estava a atacar.

Então fogo dominou o lugar

[ 🧪THE POISON ]

Alina enfim entendeu a função daquele dragão e céus, ela preferia estar em qualquer lugar menos ali.

Aisha compartilhava do mesmo sentimento mas não foi surpresa nenhuma olhar para seu noivo e lhe ver um pouco preocupado.

Claro que aquilo era um maldito plano de Riddle.

— O que diabos...Merlin Riddle! — Alina exclamou sem se preocupar com as aparências ou o duende gritando por reforços.

E como se o fogo não fosse o bastante os vultos preto começaram, não qualquer vultos mas os malditos vultos que alina conhecia muito bem.

— O que..? — Aisha gaguejou sem entender vendo o batalhão de guardas liderados por um Lestrange disfarçado gritando mais e mais ordens atirando feitiços e mais feitiços nos infratores de máscaras prateadas.

— Senhores, rápido, rápido para o carro — o duende exclamou empurrando os três até os trilhos aos tropeços.

— O que...o que aconteceu? — Aisha perguntou sem entender.

— Fomos atacados senhora, impostores!

Então Alina finalmente entendeu.

Morgan e Abraxas não tinham dado as caras até agora e Alina tinha certeza que fora intencional, só não conseguia entender o por que, estava tudo indo tão bem.

— O que..? — Alina começou mas Riddle apenas segurou sua mão e a puxou para o carro às pressas.

— Vamos não temos tempo para isso.

— Quem..quem eram os impostores? — Alina perguntou, precisando daquela confirmação, olhando assustada para toda aquela confusão.

Bruxos, muitos sem dúvida adolescentes naquelas ridículas fantasias apontando suas varinhas para os guardas já formados, o dragão rugindo para todos os cantos e não muito longe duas figuras que ela conhecia muito bem.

— Eles! Ali, Ali! — o duende exclamou assustado vendo o casal correndo na direção do carro.

— Império — Riddle murmurou baixinho para o duende que parou no mesmo segundo todas as reclamações.

— Riddle! — Aisha exclamou exasperada percebendo a profundidade daquilo.

— Diminua o carro — Riddle ordenou enquanto os outros dois corriam desesperados no meio daquele caos.

Alina viu Lestrange se desprender então da confusão e seguir os outros dois gritando coisas incompreensíveis.

A garota achava que ainda fazia parte do teatro, mas quando o carro deu mais uma volta ela suspirou em alívio vendo os amigos perto o bastante para subir.

— Idiota — Alina exclamou para Riddle mas logo balançando a cabeça para seu sorrisinho presunçoso e erguendo sua mão para ajudar os amigos a subir.

Aisha, mesmo atônita com toda aquela confusão, imitou a loira puxando uma Morgan corada ainda com o efeito da polissuco.

— Conseguiram? — Riddle perguntou ansioso, fazendo Abraxas apenas sorrir enquanto ajudava Lestrange a subir.

— Milord — Morgan disse pegando o pacote de suas vestes com um sorrisinho orgulhoso e entregando para Riddle.

Aisha encara aquilo tudo sem entender.

— Isso...isso não fazia parte do plano, Riddle! — a garota exclamou furiosa.

— Não fazia? — Tom falou com cinismo pingando na voz.

— Não, não fazia...o que é isso?

— Isso não importa, aquelas pessoas, céus, o que aconteceu?

— Aisha...— Lestrange tentou acalmar a menina.

— Não, isso é além de insano, isso é cruel.

— Cruel? Bem vinda aos comensais da morte querida — Riddle falou com um sorrisinho acenando para Lestrange mais uma vez.

O cacheado mordeu o lábio inferior em hesitação, mas logo fez como o ordenado murmurando o último feitiço.

— Morsmordre!

E aí sim o mundo pegou fogo, o de Alina pelo menos.

No mesmo segundo Alina soube que à maldita cobra e aquele crânio doentio estava por todo céu sob Gringotes pois tudo em sua volta começou a explodir.

Como bombas em sua volta o carrinho parecia ser o único a salvo enquanto as pedras em volta dos tuneis começavam à desabar, e aquele maldito barulho ressoava por todo lugar.

Não podia ser real, não, de novo não.

Ela não estava lá de novo.

— Alina? — Morgan perguntou olhando assustada para o semblante da amiga mas a loira parecia longe demais para escutar.

Seu peito apertava e tudo parecia acontecer novamente, era como se ela estivesse lá de novo, como se as malditas bombas estivessem ali para finalmente tudo acabar.

Talvez agora seria à hora.

Talvez ela finalmente estaria pagando por não ter feito naquele dia.

Talvez fosse por isso que sentia tudo parando aos poucos.

Talvez ela não precisasse mais respirar.

Talvez, talvez.

A garota se encontrava sem reação mais uma vez, seu coração estalando no peito e sua mente em qualquer lugar menos ali.

Não era possível então por que parecia tão real?

Não, não, não.

Ela não podia, não era real, nunca fora.

As explosões, as malditas explosões.

— Alina! — Lestrange tentou gritar por cima daquela explosão enquanto todo o caos estava em volta tentando chegar nela.

Mas não parecia real, os gritos, a dor, ela podia sentir o fogo em sua pele.

As pedras e o barulho, não não não.

— NINGUÉM TOCA NELA! — Tom gritou fazendo tudo e todos pararem por um instante.

Ela parecia fora de si, aquelas bombas eram quase como se tivesse invocado outro alguém, seu passado, sua quase morte e aquilo que mais temeu em toda sua vida.

Aquele barulho ensurdecedor, aquela fumaça...era quase, quase como se tudo estivesse ali de novo, tudo se repetindo uma, duas vezes em um loop infinito.

E mais uma vez ela não conseguia se mexer.

Ela ia morrer.

— Parem...por favor — a loira murmurou sem nem saber com o que exatamente estava falando — eu...eu...eu desejo...pare...não pare.

E antes mesmo que pudesse terminar sua frase ou ter noção do que estava falando seu braço pegou fogo e aquela luz prateada dançou em sua pele se ligando diretamente a de Riddle que xingou baixinho em desespero.

Mas antes que pudesse falar mais alguma coisa o pânico a dominou e ela apenas se desligou e caiu na escuridão sem fim.

[🧪 THE POISON ]

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Mil perdões pelo dia de atraso amores, meu celular resolveu dar pau ontem e foi uma confusão mas aqui está o 2° capitulo dessa maratona, entraram em desespero como eu com esse final? Espero que sim. O próximo capitulo sairá entre sábado e domingo, então vejo vocês em breve. Não esqueçam de ir seguir o tik tok ( link na bio) e me falarem do que estão achando até agora, estamos quase acabando The Poison e quais suas teorias de como todo esse arco vai acabar, um beijo.