i. duas folhinhas de maracue
ii. três gotas de sangue
iii. 1/2 xícara de desespero

❛❛Dez❞

🥀 Alerta de Gatilho 🥀

Alina não gostava de estar ali, muito menos de ter que escutar as abobrinhas que sua professora amava falar, a loira acreditava em adivinhação, mas sinceramente? Não, não era sua aula favorita.

Alina não queria descobrir seu futuro, às vezes nem sabia se realmente queria ter um. Mórbido? Com certeza mas a loira estava impaciente demais empurrando aquele saquinho de chá para um lado e para o outro dentro de sua xícara.

— Beba logo isso Alina — Bella diz notando a amiga brincando com o chá e bufa empurrando a xícara para a mesma — a professora logo virá aqui.

Alina franze o cenho e encara a amiga de má vontade, pega o chá e bebe de uma vez com um leve estremecimento.

— Não foi tão ruim, vou? — Nina diz com um sorrisinho e se vira para a amiga preocupada — aconteceu alguma coisa Ally? Você parece desligada hoje...

A loira apenas suspira sem saber o que responder, ela havia acordado bem, normal até, mas pensar naquilo, no futuro, deixava sua língua amarga instantaneamente.

— Apenas com sono — a loira mente apoiando sua mão no queixo mas logo balançou a cabeça mudando de assunto — e então? Acharam algo aqui?

Pergunta olhando para as borras de seu chá, haviam tido aquela aula várias vezes, mas toda vez que Alina olhava para sua xícara enxergava o mesmo. Borrões pretos.

— Acho que tem uma torre — murmura Bella mostrando para Nina, a morena pega uma das cartas na frente de alina e franze a testa. — Mas decisões.

— Dois de espadas — Nina mostra — possíveis conflitos.

A loira então bufou indignada

— Então estou tomando más decisões por causa de conflitos? Sério? Isso nem faz sentido.

As garotas dão de ombro e colocam os objetos na mesa.

— Apenas escreva na folha Ally — Nina diz com um sorrisinho — aproveite e invente alguma tragédia, uma morte talvez?

Alina nega com a cabeça e pega à pena e o pergaminho inventando a mais milaborante história, mas realmente não parecia assim tão fora da realidade enquanto a loira escrevia e escrevia.

[ 🧪THE POISON ]

Alina tinha um plano em mente, as aulas do dia havia finalmente acabado, e mesmo que fosse sábado Alina se via com várias tarefas em seus braços, tarefas é claro que ela deixaria para fazer de última hora, mas ainda era indignante que tivessem que fazer lições aos sábados, sim, ela odiava o sétimo ano.

Mas uma coisa que ela definitivamente não odiava era as festas, e embora também odiasse as malditas aulas de boas maneiras aquela vaca rosa estava certa em uma coisa, o baile de Halloween estava chegando e embora Alina não precisasse se preocupar em agarrar um garoto e nunca mais largar ela precisava de um vestido.

E onde mais ela poderia encontrar um vestido além de Madame Malkin? Bom, parecia que o universo estava sorrindo para ela por enquanto.

Então não foi surpresa para os sonserinos verem um furacão loiro se direcionando para sua mesa novamente.

— Alina — Morgan diz com um sorrisinho vendo a amiga se aproximar — era com você mesmo que queria falar.

— Comigo? — Alina pergunta franzindo o cenho e se sentando do lado de Lestrange roubando seu pãozinho.

— Ei...Alina, por que o meu?

A loira apenas deu uma risadinha e acenou para a morena proceder.

Morgan pegou sua bolsinha e tirou uma caixa com alguns papéis decorados, sorriu tirando um com o nome da loira e entregando empolgada para a mesma.

— Isso parece chique — Alina murmura pegando o papel com receio e medo de rasgar — Uma festa?

Morgan bate palminhas animadas seguindo o raciocínio da amiga.

— É aniversário da Sonserina — a menina diz animada — Você tem que ir.

— Não é dia 22 de março? — Alina pergunta confusa abrindo o envelope.

— Dia 22 é o orgulho sonserino, esse é aniversário de Salazar — Tom se pronuncia apontando para o convite onde estava escrito — leia.

A loira apenas revira os olhos e acena

— Vai ser a maior festa que a sonserina já teve loira — Abraxas diz com um sorrisinho — Apenas os alunos e muita bebida.

— Acho que ela vai ter um treco só de ouvir essa palavra Abraxas — Lestrange brinca e ela empurra ele de brincadeira.

— Não me gabando, mas já me gabando vai ser incrível porque nós os monitores estamos organizando — Morgan diz com um sorrisinho.

Alina arqueia a sobrancelha surpresa e olha para o lado.

— Tom Riddle organizando uma festa? Que bicho te mordeu?

Riddle bufa divertido

— Alguém tem que conter vocês, adolescentes com hormônios sabe.

Ela dá um sorrisinho.

— Claro, como pude esquecer disso senhor adulto? — Ela provoca e ele volta seu olhar ao livro com um sorrisinho de canto.

Morgan sorri para os dois e vira para a amiga

— E então? Você vai não vai? Pegue alguns convites para entregar para suas amigas.

Alina apenas assentiu pegando os convites e roubando agora bolachinhas de Abraxas que apenas faz uma careta entregando para a loira.

— Claro, não perderia por nada, pelos convites, me parece algo grande...?

Morgan negou rindo.

— Eu te disse — Abraxas diz com um sorrisinho para a noiva.

— É um baile de mascara na verdade, uma roupa bonita e algo que cubra o rosto.

Lestrange gargalha.

— Você quis dizer algo que impulsione todos a se pegarem, certo Morgs?

A morena não discute pois sabia que era verdade.

— Não precisa ser roupas muito chiques nem nada...embora, bem toda festa seja motivo para brilhar.

A loira sorri para MOrgan.

— Certo, vou tentar achar algo no meu armário que não seja azul, prometo. Falando em roupa, já tem a sua pronta para o baile de halloween?

A morena franziu o cenho mas nega.

— Mamãe separou uns 500 vestidos, então não acho que estou bem em falta, mas bem, acho que poderia dar uma olhadinha.

A loira sorriu entusiasmada.

— Perfeito, madame Malkin hoje, o que acha?

— Acho que ela não aguenta mais me ver — a loira diz risonha — mas eu topo.

— Ótimo — Alina sorri — Vejo vocês em Hogsmeade.

Então Alina sai da mesa dos sonserinos e parte para seu próximo objetivo, seu nome: emergência de moda.

Então ela seguiu ao seu próximo objetivo, à mesa da lufa-lufa.

— Aisha — Alina diz vendo a garota rodeada de um grupo de lufanos e cumprimenta — Gente, bem...posso rouba-lá rapidinho?

A garota de cabelos cacheados sorri para a loira e se afasta da multidão.

— Não queria bem, interromper aquela reunião toda.

— Não se preocupe com isso — à menina diz dando de ombro — Estávamos discutindo o campeonato de quadribol apenas.

— Você joga? — Alina pergunta curiosa, nunca tinha visto a mesma em uma vassoura.

— Oh, não, definitivamente não...é complicado, mas sempre gostei.

— Me sinto mal agora por ter te roubado de algo sério para isso.

A menina riu negando com a cabeça.

— Me diga, no que posso te ajudar?

Alina sorri para a mesma pensando em mil possibilidades diferentes.

— Emergência de Moda, com o baile de Halloween chegando estávamos pensando, bem, eu e Morgan em passar hoje na sua tia para vermos algum vestido para usar.

À menina coloca a mão no peito rindo.

— Nunca diga que uma emergência de moda é algo não importante — Ela diz com ênfase em um falso drama — Mas eu topo, que horas vocês vão?

— Umas três, que tal?

— Acho perfeito — a menina diz — Minha tinha encomendado uns tecidos novos, acho que vocês vão adorar, o meu ainda estou pensando, mostro para vocês o protótipo mais tarde, que tal?

Alina acende.

— Ah, antes que eu me esqueça.

Alina então pega sua bolsinha e pega os convites que Morgan havia dado para a mesma, guarda dois e entrega alguns para a morena à sua frente.

— Aqui, festa na sonserina, acho que vocês lufanos podem acabar gostando. — Alina fala com um sorrisinho — é um baile de máscara, aproveite.

A menina só dá um sorrisinho malicioso, agradece e volta para sua mesa com um sorrisinho.

Alina então com um plano formado em mente sorri e se vira finalmente para a mesa da Corvinal. Tudo estava perfeito.

[ 🧪THE POISON ]

Alina havia trocado de roupa rapidamente, pegado algumas moedas e colocado botas apropriadas para andar por Hogsmeade.

— Eu já disse o quão chatas vocês são hoje? — Alina diz com um sorrisinho brincando para Bella e Nina que riem do drama da amiga. — Sério, quem inventou que namorar era algo legal?

— Não seja assim Ally, não é como se você não estivesse também.

Alina suspira ainda sem largar os braços das amigas, ela estava de fato bem, namorando, mas não do jeito que suas amigas pensavam.

— Ainda sim, é chato.

Bella sorri divertida.

— Você fala como se não fosse passar a tarde com Tom Riddle também.

Alina não ia, mas como explicar para elas que seu namorado não era um dos mais românticos?

— Não necessariamente, eu já disse, vou na madame Malkin, ainda não faço ideia do que irei usar no Halloween.

Nina suspira lembrando de seu vestido

— Quando chegarmos me lembrem de mostrar o meu, Avery me deu antes de embarcar, a coisa mais linda.

A loira apenas sorri.

— Ele parecia estar ocupado da última vez que o vi, como anda as coisas no ministério? — Alina pergunta franzindo o cenho, por mais que tentasse gostar ou ficar feliz pela amiga sentia algo muito estranho toda vez que via o garoto.

— Bem, ele disse que tinha uma surpresa ou algo assim, será que ele finalmente vai marcar a data de nosso casamento?

Mas antes que Alina pudesse expressar sua enorme felicidade, o menino apareceu e levou Nina para longe, Bella apenas deu de ombros depositando um beijo na bochecha da amiga e indo encontrar Diggory.

Alina suspirou vendo as amigas irem e se direcionou ao lugar marcado com Morgan, à mesma abre sua bolsinha piscando e afastando aquele sentimento.

— Ótimo — a mesma suspira aliviada vendo que não havia retirado, pega duas folhinhas de maracué e mastiga de uma vez sentindo tudo se aquietar novamente.

— Ei, Alina, aqui — Morgan diz do outro lado da rua acenando, a loira se direciona para a amiga com um sorriso — Pronta para gastarmos até nossos ultimos galeões?

Alina dá um sorrisinho para a amiga, não ela mal tinha dinheiro suficiente para comer, ela tinha um plano melhor.

— Quase, só alguns segundos.

A morena franziu a testa mas arregala os olhos quando Lestrange aparece apoiando seus braços nas duas.

— Meninas, o que este nobre cavalheiro pode fazer por vocês?

Alina então sorri para Morgan.

— Agora sim, definitivamente estou pronta.

A menina sorri compreendendo e ambas puxam um Lestrange resmungão para dentro da boutique de moda.

— Alin...você! — Aisha que já estava na boutique da tia diz cruzando os braços para o moreno.

— Minha rainha — Lestrange sorri debochadamente e olha para as outras duas garotas que haviam trago o mesmo — vão usar meu corpinho como oferenda é?

Morgan ri divertida e Alina dá dois tapinhas no ombro do amigo.

— Embora seja uma boa ideia, não meu amigo sonserino, você hoje só está aqui com duas funções.

— Que seriam? — O menino pergunta confuso e Alina sorri indo cumprimentar Madame Malkin.

— Querida, faz um tempo que não vem aqui, não sabe como fiquei estupenda quando soube que era amiga da Aisha...espere, por que aquele menino está sendo amarrado na minha loja? — A mulher pergunta confusa vendo Morgan e Aisha fazendo um hi-five prendendo o mesmo em uma cadeira de frente para os provadores.

O mesmo permanecia inabalável tentando flertar com Aisha que apenas revirava os olhos.

— Estamos em uma emergência de moda — Explica Alina a mulher.

— E ele..?

Alina sorri apenas.

— Vai ser nosso consultor favorito.

A mulher apenas resmunga algo sobre os jovens de hoje em dia e passa as chaves para a sobrinha.

— Vou almoçar, não se matem — a mulher diz prendendo seus cachos e saindo.

— Bom, temos a boutique toda para nós garotas.

— E garoto amarrado — Lestrange lembra rindo — Embora não soubesse desses seu fetiches Aisha.

Alina ri divertida e vai até o amigo.

— Juro que você sairá inteiro — a menina diz e conjura uma cerveja amanteigada — Aqui, para passar o tempo.

O menino aponta para as mãos amarradas e Alina sorri maliciosa.

— Ainda não — então conjura um canudo gigante e apoia o copo do lado — Já voltamos.

— O que? Alina você não pode...— Mas antes que terminasse a loira coloca o canudo na boca do mesmo.

— Bem, e então? — Morgan pergunta curiosa seguindo Alina e Aisha até o canto — Céus...que perfeição.

— Não são? — Aisha diz com um sorrisinho — Eu mesma que criei, estavam na loja para vender.

— Que sorte que viemos antes, então — Alina diz e pega o vestido cinza azulado com uma saia godê e corre até um dos provadores — Gostei desse.

Aisha ri divertida sentindo aquilo em seu peito, aquele sentimento, aquele orgulho se arrastando por todo seu ser.

— Pegue esse Morgan — diz mostrando um dourado com fitilhos atrás — Combina com você.

Então a morena sai agradecendo e Aisha apenas sorri lembrando de quando aprendeu a costurar, era uma época difícil mas sua tia sempre soube como acalmá-la, e aquele dom de criar nasceu da mais pura escuridão.

Era tão jovem, não acreditava que aquilo realmente era real mas encontrou luz no decorrer dos anos, a morte de seus pais foi difícil mas não tão difícil quanto aquele sentimento de solidão que aprendeu a conviver durantes os anos.

— Aisha...? — o garoto amarrado pergunta preocupado — Está tudo bem?

A menina se vira para o mesmo e arregala os olhos.

— Seu nariz....— Ele murmura e ela corre para o espelho.

— Merda — ela sussurra para si mesma tentando limpar o sangue com um lenço, ela se escora em um manequim quase vacilando.

— Aisha? — Lestrange pergunta preocupado vendo a mesma cambalear.

— Estou bem...— ela sussurra para ele no espelho antes de apagar.

Lestrange em um salto se desfaz das cordas com um feitiço básico de encolher e corre até a garota que agora se encontrava espalhada pelo chão.

Seus cachos emoldurando suas feiçoes palidas e o sangue, ceus o maldito sangue que não parava de escorrer.

— Alina! Morgan! — o menino grita visivelmente assustado, pegando a garota dos fios encaracolados do chão.

Passos e xingamentos são ouvidos antes das duas garotas meio vestidas aparecerem na saleta da porta.

— O que aconteceu? — Alina pergunta afobada.

— Aisha! — Morgan exclamou assustada.

— Eu não sei, vocês só entraram e de repente ela desmaiou.

Alina arregala seus olhos se aproximando da amiga inconsciente.

— Desmaiou? Merlin, isso é muito sangue. Morgan chame Madame Malkin!

Então a morena ainda de mussolini atravessa a loja em desespero saindo para Hogsmead em busca da mulher mais velha sem contestar.

— Coloque ela no divã. — Alina diz tentando se acalmar.

O menino faz isso no mesmo instante, não se afastando por nenhum segundo.

Alina abre sua bolsinha e começa a tirar várias coisas inúteis. Ela estava apavorada, a cada segundo que passava a amiga perdia mais sangue, mas como isso era possível? Não foi envenenamento, nem um feitiço.

— Alina....Merda! — O menino diz chamando atenção da loira distraída com as poções.

Aisha agora começava a se debater no divã como em uma convulsão.

— Merda, Merda, Les segure ela! — Alina grita para o amigo pegando uma poção azul perolada — Abra a boca dela.

Alina realmente não sabia o que estava fazendo mas ao que parecia que Lestrange confiava totalmente, ela ergueu a menina e abriu sua boca onde Alina depositou todo o conteúdo com dificuldade.

No mesmo segundo ela parou de se debater e eles suspiraram aliviados. Mas o sangue, ah, esse ainda não tinha parado.

— Recuto — Alina murmura com a varinha para a amiga limpando todo o sangue que escorria até suas roupas. — Eu dei uma poção dormente, mas céus, eu não sei quanto vai durar. O que ela tem?

O moreno negou com a cabeça ainda sem largar a menina inconsciente.

— Não sei, realmente não sei.

Alina se levantou alarmada e negando com a cabeça, voltou às suas poções pegando outra agora alaranjada.

— Essa vai parar com a hemorragia...mas e se não for isso? — Ela pergunta insegura para o menino.

Ele apenas pega o frasquinho e coloca na boca da menina novamente.

— Você é a melhor no que faz por um motivo Alina — Ele fala erguendo a menina — Não duvide disso.

Então eles sentam e esperam, o que pareciam horas, dias e anos olhando para a menina que agora limpa e quieta parecia apenas em um sonho profundo.

— Respirando — o menino afirma e vai até a loira — agora relaxe.

À loira assente mesmo sabendo que não conseguiria. E se ela tivesse matado a Aisha? E se ela fez tudo errado?

— Alina — Lestrange murmurou balançando à amiga. — Ela está bem, ok?

A loira apenas acena com a cabeça e ele revira os olhos puxando a amiga para um abraço murmurando que tudo ia ficar bem.

— AISHA? — Madame Malkin exclama entrando no lugar afobado e arregalando os olhos vendo a sobrinha desmaiar.

Alina se afasta do amigo e olha para a mulher mais velha.

— Ela está bem agora, mas...

A mulher acena como se já soubesse e coloca a mão na testa.

— Madame Malkin, aqui — Morgan aparece com um copo de água e a mulher agradece se sentando. — Sinto perguntar...mas o que aconteceu?

A mulher negando exasperada olha para os três de pé ansiosos.

— Ela fez de novo — a mulher diz exasperada.

— De novo? — Alina pergunta preocupada sem desviar o olhar da amiga.

A mulher confirma

— Ela tem essa mania, quando acha que está melhor acha que não precisa mais tomar as poções. — a mulher diz com um sorriso triste — Tão obstinada, me lembra tanto sua mãe.

— Poções? — É Morgan que pergunta dessa vez

A mulher se levanta e vai até à sobrinha acariciando seus cachos caramelos.

— Aisha tem uma doença rara e que não deveria lhe afetar tanto por causa das poções, mas as poções entorpecem a mesma, ela odeia isso e para de tomar à qualquer resquício de estar ficando melhor. Então ela esconde, ou pelo menos tenta esconder todo sangue até uma hora ou outra acabar assim.

Os três se encaram com olhos arregalados sem saber como prosseguir.

— Mas...ela vai ficar bem? — Lestrange pergunta preocupado, sua mente girava e girava e aquela cena, céus, aquela assustadora cena da garota sangrando e caindo aos poucos.

A mulher acena em concordância.

— Sim, ela é uma guerreira, não se preocupem, ela sempre se recupera.

Os três exalam aliviados.

— Qual o nome de sua doença? — Alina pergunta revisando todos os livros mentalmente que um dia já leu, será que havia alguma cura que ela pudesse ajudar?

— vulnus sanguinis — a mulher murmura ainda sem tirar os olhos da sobrinha — Não é muito conhecida, mas ela nasceu com insuficiência sanguínea, então acaba tendo outras partes de seu corpo, outros órgãos encontram dificuldade de se manter. Mas a poção ajuda. Ela nasceu assim, os medibruxos não sabem se foi algo hereditário ou não, e por mais que me doa falar assim eles chamam minha Aisha de pequeno Milagre.

Morgan franze o cenho confusa.

— Pequeno Milagre...?

Alina arregala os olhos compreendendo.

— Não...não..não era para ela estar....?

À mais velha apenas acena.

— Essa doença teria lhe matado no acidente que matou seus pais, ela havia perdido muito sangue, mas ainda sim está aqui.

O silêncio se instala no lugar e todos olham pesadelos para a menina no divã vermelho.

— Você vai levá-la para o Hospital St. Mungus? — Lestrange pergunta e à mulher negra ainda acariciando os cachos da sobrinha.

— Ela odeia aquele lugar, não adiantaria nada. Eles apenas vão esperar ela acordar e tentar enfiar mais e mais poções nela.

Alina franze o cenho.

— Isso não seria bom?

A mulher nega.

— Fiz uma promessa para ela, embora eu a ame mais que tudo não posso obrigá-la a nada, é sua vida, só quero que ela seja feliz. E se Hogwarts fosse esse local nunca faria nada para mudar.

Os três suspiram sem saber muito o que falar. Alina queria salvá-la, mas a loira sabia, ela vivia aquilo diariamente, como salvar alguém que não queria ser salva?

— Vou levá-la lá para cima, deixe descansar um pouco, prometo que amanhã ela já estará radiante pelos corredores. Descanse crianças, o que vocês fizeram hoje foi nobre, e agradeço imensamente por terem salvado minha menina.

Todos se despedem e Morgan, Lestrange e Alina saem exasperados da loja.

— Isso foi...

Os três apenas confirmam do lado de fora da loja e se sentam em um banquinho.

— Espero que ela fique bem.

Morgan afirma.

— Ela vai, vocês ouviram Madame Malkin, ela é uma guerreira — Lestrange diz para as meninas e tira das vestes um pequeno cantil — Peguem.

Alina sem pestanejar toma um longo gole e suspira aliviada.

Morgan franze o cenho para os dois e pega o cantil cheirando com uma careta.

— Você simplesmente anda com Firewhisky por aí? — a morena perguntou bebendo um gole com receio e entregando para o dono.

O menino ri divertido.

— Nunca se sabe quando passamos por um momento agitado assim.

Mas antes que a morena conteste a garrafa é tirada da mão do moreno.

— Ei!

— Manere nisso Canoplos — Abraxas diz com um semblante irritado para o amigo colocando a garrafa em suas roupas — Os dois.

Alina que permanecia calada apenas abre um sorrisinho de lado vendo que Tom Riddle vinha com ele.

— Apenas afogando as mágoas Albino — a menina responde e olha para a sacola da Dedos de mel.

O loiro apenas revira os olhos e abre a sacola entregando um chocolate da bruxa para cada um.

— Já terminaram? - Tom finalmente pergunta apontando para Madame Malkin fechada atrás dos três.

— Sim, foi horrível...— Morgan começa a falar mas é interrompida por Alina.

— Sim, acabamos não achando nada que nos agradasse, ainda — Alina diz sugestiva para a amiga que apenas arregala os olhos e acena em concordância — Deixaremos para outra visita.

Tom levanta uma sobrancelha afirmando que não acreditava nenhum pouco naquela mentira e fuzila Lestrange que apenas dá de ombros devorando seu chocolate.

— E onde está a menina Malkin?

— Em... — Alina começa mas é interrompida por Tom que olha para Morgan com um sorrisinho influenciador.

— Você não Alina, Morgan querida, onde está Aisha Malkin?

A morena engole em seco e olha para a loira que apenas negou com a cabeça, Tom franziu o cenho mas continua sorrindo e esperando sua resposta.

— Anh...ela, bem — Morgan começa e olha para o noivo que apenas suspira e incentiva a mesma a continuar — Ela apenas...um, se sentiu indisposta para continuar o passeio.

Tom ainda sem acreditar se vira para seu comensal.

— Foi isso estranho?

— Nos mínimos detalhes Milord — Lestrange diz com um sorrisinho mas sem olhar diretamente para o menino.

Alina bufa e se levanta

— Para que tanta desconfiança,Tommy? Foi isso que aconteceu.

O moreno apenas sorri condescendente e Alina suspira aliviada.

— Tudo bem, já que terminou , acredito que ainda não terminamos nossas aulas, certo?

A loira franziu o cenho mas sorri lembrando, as aulas de magia sem varinha.

— Certo...ahn...claro — a loira diz mesmo sem ânimo nenhum para aulas naquele momento, mas como ela iria explicar aquilo? Então apenas acente. — Vejo você mais tarde Morgs. Tchau paspalhos.

A menina assentiu pegando mais um chocolate do noivo que ainda olhava desconfiado para a morena e o amigo.

— Não coloque fogo em nada — brinca Lestrange dando um tchauzinho para a amiga que apenas coloca o braço junto com o pequeno psicopata e se deixa ser levada ali.

[ 🧪THE POISON]

Eles estavam andando a horas, ou era apenas aquilo que o subconsciente ainda afetado da loira pensava. A cada casinha afastada ou loja passada Alina realmente se perguntava se não estava sendo sequestrada. Então quando chegaram em um terreno baldio literalmente no meio do nada com um cartaz de vende-se e com várias árvores em volta Alina estava começando a parar de duvidar de suas próprias ideias.

— Onde estamos? — ela pergunta curiosa sentando-se em uma pedra enquanto observava o mesmo tirando seu paletó e dobrando milimetricamente.

— Nenhum lugar realmente importante, pelo menos não ainda — o moreno observa e aponta uma enorme árvore — embora existam boatos, ali alguns dizem, se forma uma passagem secreta.

Alina franze o cenho sem entender, não o conceito de passagens secretas, não, ela já até havia se aventurado em uma em Hogwarts mas sem entender onde ele queria chegar com aquilo.

— Uma passagem secreta? — ela pergunta mesmo assim tirando sua capa e percebendo que ainda estava com aquele vestido de brilhante.

Na correria nem havia percebido isso, não teve tempo de tirar os belos vestidos de Aisha, amanhã se a menina estivesse bem entregaria.

— Não encontraram nada certo? — Tom perguntou debochadamente olhando o vestido da loira apenas dobrando sua camisa.

— O que foi? Gosto de estar bonita, apenas.

— Pensei que a infame Rosa Negra mentisse melhor — ele diz com um sorrisinho — troque isso, ou prefere queimar?

— Qual essa obsessão de vocês com fogo? — Alina diz distraidamente.

Ele apenas negou com um sorrisinho.

— Realmente vai continuar com isso? Você sabe que uma hora ou outra eu vou descobrir o que aconteceu.

Alina apenas bate os cílios delicadamente.

— Não faço ideia do que está falando, milord.

— Claro que não — o mesmo diz se aproximando e dá de ombros como quem não quer nada — bom, vai ser uma pena estragar isso.

— Você não se atreveria — Ela diz fuzilando o mesmo e ele apenas sorri de lado.

— Largue a varinha, vamos começar.

— O que? Riddle! — Alina exclamou indignada.

Ele não podia realmente estar pensando em simular um duelo agora, certo? Um duelo que acima de tudo ela não sabia como participar.

— Isso é injusto idiota!

Ele apenas sorri maliciosamente e convoca uma curta ventania fazendo sua varinha voar para a mão do mesmo.

— Bonita...uma pena que não conseguirá te ajudar agora querida.

Ela revirou os olhos para o teatrismo dele e ergueu as saias rodadas se equilibrando.

— Pare de ser um idiota, não vou lutar nesse estado.

— Ninguém está pedindo para que lute , apenas sobreviva.

— Ótima definição — a mesma bufa enquanto desvia de uma bola de fogo — retiro o que disse, você é um péssimo professor.

Ele ri baixinho e conjura pequenos galhos prendendo a mesma no chão.

— Riddle! Eu não estou brincando.

Ele então apenas se aproxima e ergue o queixo da mesma que se debatia presa pelos pelos galhos.

— Me mostre então — Ele sussurra em sua orelha e sorri quando vê aquele doce perigo brilhar nos olhos azuis esverdeados da garota— Ou será que um belo vestido te fez esquecer o monstro que você é Alina?

— Idiota! Você é o monstro. — Ela exclama tentando se livrar das amarras — Me solte.

Ele ri divertido e se afasta lentamente.

— Ops... — ele murmura acendendo fogo em um dos galhos se espalhando perigosamente perto da garota.

— RIDDLE! Isso não tem graça.

O garoto apenas sorri maliciosamente se sentando naquela maldita pedra.

— Controle Alina, não seja a presa.

Ela ri em desespero.

— Fácil falar quando você está sentado na pedra — a mesma murmurou tentando afastar a barra do vestido para longe do fogo e tentando conjurar água. — Aguamenti.

Mas nada acontece, ou pior, o fogo só se alastra e começa a chamuscar o belo vestido.

— Não, não...Tom...pare, ele não é meu ok? Riddle.

Ele apenas ergueu uma sobrancelha mesmo que já soubesse.

— Ah, não é? — Ele perguntou parando o fogo com apenas um gesto da mão esquerda — E de quem é?

Alina apenas fecha os olho, idiota prepotente.

— Aisha, é da Aisha.

Riddle apenas sorri e ergue a mão esquerda agora aumentando o fogo.

— Por que você estava com o vestido dela, querida? — ele pergunta quase docemente.

Alina se recusa a falar tentando, céus, tentando de todas as formas fazer aquilo que ele havia ensinado, se conectado com o fogo, era seu elemento, certo? Então por que diabos ela não conseguia...?

— Alina! — Ele exclama perto, perto demais.

A loira então se vê respirando com dificuldade, com a visão embaçada, então Alina arregalou os olhos olhando para baixo.

Fogo, muito fogo, nela.

Então tudo que se consegue ouvir a seguir são os gritos de desespero, o vestido se chamuscando aos poucos e sua pele queimando.

Dor, dor, dor.

Tudo girava, por que tudo girava?

Céus, aquilo doía.

Por que ele estava rindo?

— Responda à pergunta Alina...responda... — sua mente murmura.

Sua mente? Como? Fogo!

— Não...não...espere.

— Apenas responda Alina — ela ouve as gargalhadas a seguir e sente seus ossos despedaçarem.

Ela não estava mais ali, não, o vestido...céus onde estava o vestido?

Aisha ficaria brava?

O vestido, o vestido.

Que vestido?

— Por que Alina ... .por que?

Sua visão? Céus ...escuro, muito escuro.

— Não sei ... .eu não sei.

Mentira, Mentira, Mentira.

Quem estava gritando?

Espera, era ela que estava gritando?

— Responda Alina.

— EU NÃO SEI!

BUM! BUM! BUM.

Então tudo clareou e o mundo girou, Alina acordou e se vou ali parada no mesmo lugar, seu vestido inteiro e ele, o maldito ele com sua varinha na mão sorrindo.

— Você é boa, querida — Ele diz com um sorrisinho e tudo enfim se encaixa.

Ela olha estagnada para o mesmo vendo que nada havia sido real, aquilo era real? Ele havia feito algo, não tinha fogo, nem galhos perfurando sua pele, muito menos fumaça sufocante. O vestido estava intacto e seus ossos também.

Como ele havia feito aquilo? Quando?

Alina se orgulhava de seus poderes de oclumência, mas ele não havia simplesmente praticado legitimantes agora, ele havia plantado uma fantasia mirabolante em seu cérebro, sem ao menos encostar em sua varinha, quando?

— Idiota filho da puta! — Ela grita jogando nele fogo puro.

Ele ri divertido e apenas bloqueia com uma parede de gelo.

— Mas suas habilidades físicas...? Hm, não, nós precisamos melhorar.

Melhorar, melhorar, melhorar.

— SAIA DA MERDA DA MINHA CABEÇA RIDDLE!

— Me conte o que aconteceu Alina. — ele diz apenas se aproximando e repetindo como um loop as ações anteriores, convocando galhos e amarrando seus membros lentamente.

— Pare com isso — Ela exclama queimando os raminhos mas arregalando os olhos vendo eles crescerem repetidamente e prendendo-os novamente.

— Fale logo de uma vez, está ficando entediante. — o mesmo diz sem tirar aquele sorrisinho idiota, ah como ela queria arranca-lo do mesmo.

— Eu não sei o que você quer que eu diga.

— A verdade.

Ela sorri inocentemente.

— Que verdade?

Ele apenas bufou impaciente colocando fogo nos galhos como na visão.

Alina apenas respira fundo para não começar aquilo de novo, não de novo.

— Seja boazinha Alina — ele murmura perto, perto demais de seu rosto quando ela controla o fogo em volta.

— Não faço ideia do que você está falando, milord.

— Mentirosa — ele murmura com um sorrisinho quase orgulhoso vendo a mesma controlando o fogo — uma péssima mentira.

Ela se debate uma, duas vezes naqueles galhos infelizes e grita enfurecida para ele.

— Isso não é engraçado.

— O que não é engraçado?

— Pare com isso, Riddle.

— Isso o que? — ele pergunta com um sorrisinho.

Ela se larga mais uma vez e os galhos voltam naquele loop infinito, as chamas recomeçam, ela consegue controlar e tudo volta, uma, duas vezes.

— RIDDLE! — Ela dispara fechando os olhos não aguentando mais, então tudo de repente para.

Ela abre os olhos e arregala os mesmos vendo o moreno no chão.

— Tom? — Ela pergunta preocupada, se arrastando até o mesmo.

Ele apenas dá um sorrisinho cruel.

— Parabéns, você acaba de conseguir usar seu segundo elemento, ar. Você é poderosa Alina.

Ela apenas bufou indignada e dá um murro na barriga do moreno que ainda ria como se tivesse conseguido a última maravilha do mundo.

— Poderosa? — Alina pergunta franzindo o cenho com um leve sorrisinho mas logo nega e tenta se levar, mas antes que pudesse se levantar é virada e presa no chão pelo corpo do moreno — Me largue, isso foi ridiculo, idiota.

Ele apenas sorri.

— De nada — Então ele ataca os lábios da loira em uma tempestade de confusões, embora ela ainda estivesse batendo no mesmo e querendo se afastar, céus aqueles lábios, repentinamente Alina se vê perdida naquela bolha de sentimentos idiotas.

O fogo ainda brilhava nos olhos azulados da garota, e Merlin, como Riddle gostava daquilo, de absorver toda sua raiva em um simples beijo, de acariciar sua raiva pingente e todo aquele desespero sombrio só para ele. Como ele gostava daquilo, de ver ela indo ao seu pior, dela largando falsas crenças e sendo apenas ela, aquela tempestade de fogo que brilhava por onde passasse.

Então eles se beijaram, naquela terra fria e morta até que ele tivesse devorado tudo, cada pedacinho sombrio de sua pele, eles continuaram lá até que não pudessem mais.

E tudo que Alina sabia a cada beijo era que ela nunca seria poderosa o suficiente para parar com aquilo.

E naquele momento ela não queria parar, nunca mais.

[🧪THE POISON]

Alina andava pelos corredores de Hogwarts sem preocupação, o dia fora longo, muito longo, então tudo que ela queria naquele momento era sua cama.

Mas não, não era para cama que Alina se via indo.

Então ao abrir aquelas portas de carvalho negro tudo que ela esperava era um punhado de meninos de preto conversando animadamente sobre como dominariam o mundo, não aquilo.

No mesmo instante que Alina viu a amiga, Morgan ali com uma xícara de chá e toda sorridente, Alina desconfiou.

Tom Riddle não dava ponto sem nó, e muito menos era educado como aparentava ali.

— O que você está fazendo? — Alina perguntou cerrando os dentes vendo o semblante culpado de Lestrange, este estava apenas escorado em uma parede qualquer sem olhar para ninguém em específico.

— Oh, Alina, que maravilha ver que veio — Riddle disse muito cortez — Você não acredita nas lástimas que Morgan estava nos contando.

Perigo brilhou nos olhos da loira que apenas sorriu e se sentou em seu lugar de costume.

— Alina, Tom estava muito preocupado, me perdoe, eu tive que contar — Morgan diz e Alina sente aquela repentina vontade de chorar.

Apenas acena para a amiga.

— Sim, é verdade, é uma pena o que a menina Malkin vem sofrendo — Tom diz balançando sua varinha — Muito obrigada Morgan, Abraxas e a família Malfoy agradecem sua colaboração.

Abraxas murmurou algo inaudível e se levanta como se fosse contestar algo.

— Não se preocupe Abraxas, leve-a para o quarto e aproveite a noite.

Os garotos idiotas em volta riam maliciosamente e Abraxas lança um último olhar de desculpas para Alina levando à noiva embora.

Os dois saem e as risadas morrem em uma piscada, talvez todos sentissem o ar sombrio de repente.

Alina apenas ri incrédula.

— Eu não acredito que você drogou ela.

Tom apenas abre um sorrisinho e saiu de sua cadeira parando atrás da loira acariciando suas madeixas lisas levemente.

— Eu não o derrubei — Ele diz quase ofendido.

— Olhos dilatados levemente dourados, transpiração alta e afobamento, você deu Veritaserum para ela, Milord.

Ele apenas dá de ombros largando suas madeixas e olhando fixamente para Lestrange.

— Estranho, nada disso seria necessário se eu tivesse realmente com sais fiéis — ele murmura no ouvido da loira sem desviar o olhar do moreno do outro lado da sala.

— Não era algo nosso para contar Tom — Alina diz franzindo os lábios, não queria admitir, mas sim ela estava com medo, não por si, mas pelo seu amigo, Tom Riddle gostava de torturar, e aquilo era preocupante.

Ele apenas sorri para Alina colocando uma mecha loira atrás de sua orelha.

— Onde está sua lealdade Alina?

— Com você, com você idiota. — Ela se apressa a dizer.

Ele nega apenas.

— Pensei que havíamos estabelecido que você é uma péssima mentirosa, novamente, com quem está sua lealdade Alina?

Sabendo que não adiantaria nada continuar negando Alina apenas sorri.

— Comigo.

— Bom — Ele diz — Está vendo? A verdade liberta.

Ele se vira para Lestrange.

— Com quem está sua lealdade Lestrange?

— Com o senhor, Milord— Conoplos fala cerrando os punhos.

— Comigo? Curioso...muito curioso — Voldemort diz — Vá para o centro da sala Canopus.

O garoto de cabelos cacheados vai e Alina morde o lábio inferior se segurando.

— De novo, com quem está sua lealdade Conoplos? — Riddle pergunta e Alina franze o cenho sem saber qual era a resposta correta.

— Com o senhor, Milord — Lestrange repete olhando dessa vez para o moreno, mas até Alina conseguia enxergar o ódio em seu olhar.

— MENTIRA! — Voldemort grita — O que fazemos com mentirosos?

Os meninos da sala se aprumam gritando várias bestialidades.

— Crucio.

Alina arregala os olhos e grita tentando se soltar, sem nem ao menos perceber que dois daqueles garotos idiotas seguravam a mesma.

— Parem!

Lestrange cai no chão de uma só vez se debatendo, aquela maldita dor, gritando desesperadamente.

— Mais uma vez, com quem está sua lealdade Lestrange?

— Com você, senhor! — O mesmo sussurra e Tom apenas sorri de lado.

— Saiam, e deixem a garota.

Então como em um piscar de olhos a sala se esvazia, Alina agora solta vai até o menino ainda em choque no chão.

— Les? Les? Céus, você está bem?

Mas antes que ele pudesse falar algo Tom se abaixa na direção dos dois.

— Última chance Lestrange — o moreno diz quase raivoso — Com quem está sua lealdade?

Canoplos apenas abre os olhos com raiva e cospe nos malditos sapatos de Tom Riddle.

— Alina, Alina Schwarze Rose— Lestrange diz desafiador.

Riddle apenas sorri satisfeito e se afasta.

Alina arregala os olhos quando ouve o amigo falar. Não, não era possível ?

— Está vendo? Não foi tão difícil admitir a traição de ambos — Voldemort diz com um sorrisinho e olha para a loira — Parece que roubou um dos meus, amor.

— Eu não posso roubar algo que você nunca teve Tommy— Alina apenas murmura na frente do amigo.

— Mas eu sou um Lord benevolente — Tom diz ignorando a última fala da garota — Eu os perdoarei, se cumprirem a última parte do plano, quero Aisha Malkin dentro até o Halloween, é meu veredito.

Alina nega a loucura do menino a sua frente.

— Vai se foder, Riddle — Alina diz negando — Estou fora disso.

Alina murmura pegando um Lestrange quase desmaiado de lado e indo em direção a porta.

Tom apenas sorri sem entender a gravidade daquilo, Alina havia conseguido em pouco tempo o que ele levara a vida toda para construir, a lealdade dos seus.

— É impossível sair Alina — Tom murmura ainda de costas fazendo a loira parar — Eu sempre vou te encontrar.

Ainda negando com a cabeça e determinada Alina abre a porta e sai com o amigo, prometendo para si mesma se desenroscar daquilo.

Seu braço doeu no mesmo instante como um maldito lembrete, não tinha como fugir.

— O que aconteceu com ele? — Abraxas que estava voltando após colocar a noiva em segurança perguntou arregalando os olhos e segurando o amigo do outro lado.

— Tom Riddle — Alina apenas murmura entregando Lestrange para Abraxas.

O loiro suspirou.

— O que vocês fizeram hoje, foi idiota, você sabe Alina, ninguém...

— ...engana Lord Voldemort, eu sei — Alina diz esgotada — Apenas cuide dele ok? Vejo vocês amanhã.

Então agora com a certeza que seus amigos estavam bem e seguros Alina se direcionou para a torre da corvinal, cansada, muito cansada de tudo aquilo.

Como todo aquele drama foi parar em sua vida? Céus, ela só queria desaparecer dali.

Ela só queria sumir e tomar boas decisões.

Então ela tomou, por um mês e pouco ela sumiu, sumiu do radar até que todos começassem a cochichar.

[🧪 THE POISON]

Demorei mais do que pretendia, mas aqui está meus amores, capitulo quentinho saido do forno e ficou melhor do que eu esperava, confesso. Espero que vocês tenham gostado, então votem e me sigam para mais, e para vocês que amam um spoiler me sigam no Tik Tok, é @/Caaah_Black e o link também pode ser encontrado na minha bio. Lá eu posto novidades sobre The Poison e o THEPOISONVERSE, ou melhor, o futuro do universo da Alina. 

Estou entrando de férias então pretendo postar mais capítulos em breve, mas se chegarmos a 300 seguidores ainda essa semana prometo que postarei sexta agora já o novo capitulo.

Prometo vários surtos e gritaria daqui para frente, bjs.