𝐗𝐗𝐕𝐈 • 𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐇𝐎𝐌𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍
← CAPITULO VINTE E SEIS →
A loira revirou os olhos para a amiga que verificava as coisas pela milésima vez.
— Bella, diga para ela parar.
A morena que alimentava seu gatinho, Sir Louis apenas deu uma risadinha sarcástica.
— No dia que isso for possível, ou que essa poção foi inventada por favor me diga no mesmo instante, tenho alguns galeões para gastar.
Nina bufou e deu uma carranca para as amigas.
— Três meses longe, não posso me dar o trabalho de esquecer nem um mínimo grampo.
— Tenho quase certeza que até mesmo meus grampos já foram achados Nina, vamos logo, vamos perder o trem — a outra morena no quarto disse.
Bem, Alina ficaria feliz com isso mas naquele momento só revirou os olhos mais uma vez e puxou a amiga que estava ajoelhada no seu malão fechando aquilo com tudo com um feitiço.
— Alina!
— Carolina! — repetiu a loira com um sorrisinho zombeteiro — Vamos, eu ainda tenho que pegar os malditos convites do baile do Abraxas.
— Ou você podia fazer como qualquer bruxo normal e esperar ele te enviar nas férias.
— Não vai rolar mon amour, agora vamos.
— Vamos Nina, você sabe que eu não perco essa festa por nada. Ah Alina, nunca te amei tanto. — Bella falou com um suspiro exagerado ajeitando o gatinho na pequena gaiolinha de viagem.
— Interesseira em Bella? Sorte nossa que Abraxas se tornou uma ótima pessoa esse ano.
— Palavra chique para dizer que você controla certos sonserinos Alina.
— Controlar é uma palavra muito forte Bella — Alina sorriu — Eu diria que somos amigos, é isso.
— Tudo bem. — Nina suspirou se levantando e encolhendo sua mala. — Mas eu ainda não entendi o que vocês viram demais nessa festa, eu fui os anos anteriores e foi uma chatice que só. Todo mundo sorrindo e compreimentando o outro para no segundo seguinte estarem falando mal do seu vestido.
— Ah querida, ano passado foi diferente.
— Bem, sim, ele está fazendo dezessete anos, certo? — Bella perguntou.
— Também, mas não era isso que eu estava falando, eu digo diferente pois ano passado você não tinha nossa ilustre presença.
Nina apenas olhou como se duvidasse delas mas antes que começasse a falar Alina já tinha puxado a amiga para fora do quarto azul e bronze.
[🧪] THE POISON
As três corvinas depois de muita luta encontraram uma cabine vazia. Bella abrira a gaiolinha do Sir Lois e agora ele descansava nas pernas de Alina que acariciava os pelos branquinhos enquanto conversava com as duas garotas.
— Pois é minhas caras amigas, vamos entrar no último ano de hogwarts, quando foi que isso passou tão rápido? — Alina perguntou.
— Ownt, eu lembro como se fosse hoje quando nos conhecemos. — Nina disse com as mãos na bochecha.
— Quando nós nos conhecemos ou quando viramos amigas? — Bella perguntou confusa franzindo o cenho.
— Bem isso é verdade. Qual Nina?
— Bem quando nós ficamos amigas mesmo. Foi no segundo ano certo?
— Ah, sim. Eu me lembro, a Alina é tão fofinha com aquelas marias chiquinhas.
— O que? Eu não usava....certo. Mas não tão fofa quanto a Nina que andava com aquele ursinho para cima e para baixo.
— Ah, qual é vocês vão me lembrar disso até quando?
— Até que você esteja uma velhinha gaga cuidando do seus netinhos, querida. — Bella disse com um sorriso brincalhão.
— Ah por favor.
— Bem foi o querido PimPão que nos juntou Nina, nunca vamos esquecer.
— PimPom, meu Merlin eu era ridícula.
— Cof...cof...ainda...cof...é — Bella disse entre tossidas falsas fazendo a loira gargalhar e Nina fazer uma carranca.
— Não zombe dela Bella, se não fosse por ela não estaríamos aqui agora.
— Bem , isso é verdade. Você Alina seria uma águia solitária porém amiga de todo mundo. A Nina seria a típica patricinha esnobe e eu, bem seria eu.
— Hahaha — Alina disse com um risada falsa — Primeiramente que esse negócio de águia solitária não existe e não sou amiga de todo mundo, só sou um pessoa simpática o suficiente para saber o nome de todos. E segundamente à Nina ainda é a típica patricinha esnobe dos livros trouxas e você ainda é à corvina mais grifinória que eu conheço.
— O que? Eu não sou nenhum pouco grifinória. — Bella exclamou em uma falsa indignação.
— Podemos voltar a parte do patricinha esnobe por favor? — Nina interrompeu com as mãos na cintura.
— Aceite, Carolina — Bella falou com um suspiro dramático.
— Só quando aceitar que 50% de você é da grifinória.
— Bella, você com doze anos bateu naquele maldito sonserino que estava implicando com o PimPom. — Alina falou com um sorriso.
— E você jogou alguma coisa neles que fez o cabelo deles ficarem roxo por dois dias.
Alina deu de ombros.
— Aquela pobre garotinha estava quase chorando, se você não tivesse dado um soco naquele garoto do quarto ano ele estaria bem pior.
— Minhas super-heroínas — Nina disse sarcasticamente mas deu um sorriso em seguida — Por isso que eu amo vocês, vocês sabem né?
— Owns, olha ela toda fofa Bella.
— Sanduíche de Nina?
— Sanduíche de Nina!
E assim Alina com muito cuidado para não acordar o gato se levantou do banco e se jogou nas outras amigas do outro lado, gargalhando como se não houvesse amanhã.
[🧪] THE POISON
Ainda no trem que se direcionava para a estação 9 ¾ a loira aproveitando que Nina lia algum livro e Bella dormia aconchegado com seu gato e entediada depois de terminar um romance bruxo - extremamente dramático em sua opinião - ela resolveu se aventurar pelos corredores.
Após ela receber um resmungo de Nina quando avisou que ia sair a loira agora se direcionava para o ponto super conhecido no trem, onde geralmente ficava o ninho de cobras.
Pensando que essa era uma ótima oportunidade para finalmente pegar seus convites para o baile Malfoy.
Finalmente no ninho das cobras ela reconheceu a maior parte das cabeças viradas para ela, ela revirou os olhos com a atenção indesejada.
Qual é? Eu só vou pegar dois pedaços de papéis.
Ela sempre foi do tipo que passa despercebida, ela realmente não entendia porque de tantos olhares e cochichos.
Tudo bem que o vestido azul dela era lindo, mas da ultima vez que ela tinha constado totalmente não vulgar.
Sem nem perceber o que estava fazendo ela reparou que agora seu cabelo estava preso em um coque frouxo com sua varinha.
E sem saber onde o digníssimo Malfoy estava ela deu um suspiro se virando com a intenção de perguntar para algum daqueles olhos arregalados.
Alina sorriu ao avistar Morgan ali com seu grupo de cobras.
— Ei Morgs — Ela acenou para a morena que ergueu o olhar para a nova amiga com um sorriso. — Olá Dorea.
Walburga e Druella fizeram uma careta ao olhar a corvina e Dorea acenou simpática sobre o livro que lia.
— Alina — A morena se levantou para comprimetar a amiga — Perdida?
— Definitivamente sim. Você sabe onde está o Abraxas? Eu preciso pegar meus convites com ele.
Druella soltou uma risadinha de escárnio.
— Ela recebeu um convite?
— Meus padrinhos só podem estar loucos — Walburga riu junto com a amiga.
— Quando foi que conversa chegou no chiqueiro mesmo Morgs? Eu não lembro de ter levado para lá e você? Sem ofensas Dorea, você está fora é claro.
— Eu não lembro de dizer nada também Alina — Morgan disse entrando na brincadeira.
— Bem, então MORGAN, garota de cachos chocolates e vestido branco rendado, você sabe onde ele está?
— Sim claro, Tom e os meninos sempre ficam na mesma parte todos os anos. Eu te levo.
— Você é um anjo Morgan. Eu já disse isso hoje?
A morena apenas deu uma risadinha e levou Alina até uma parte mais afastada daquele ninho.
— Bem, é aqui. — A morena disse apontando para a porta fechada.
— Clube secreto do trem da madrugada? — Alina falou zombeteira e Morgan sem entender franziu o cenho — Esquece.
Alina deu uma risadinha para à amiga abrindo a porta sem notar ninguém em específico até que Morgan soltou um suspiro sôfrego.
— Merda — Alina sussurrou baixinho ao ver Abraxas com uma garota no colo, Cressida Throne.
A loira deu um olhar de desculpas para Morgan que apenas deu um sorriso forçado.
— Tudo bem, Alina.
Ela sabia que não estava nada bem, mas apenas assentiu.
— Vejo você na festa dele? — Alina perguntou.
— Claro, quem sabe antes? Me mande cartas.
Assim a morena abraçou Alina quando ela sussurrou um pequeno "claro" não muito confiante.
Morgan saiu com um último aceno e Alina se virou com uma carranca para o platinado que agora direcionava o olhar para à porta, junto com a maior parte dos garotos naquele vagão.
Menos o moreno de olhos tão negros quanto sua propria alma que estava concentrado demais para prestar atenção no undo ao redor.
— Sério Abraxas? — A loira bufou entrando na sala e se direcionando para o sofá onde ele estava com a garota no seu colo e Lestrange do lado esparramado com a mão nos olhos.
Ela afastou o amigo cabeludo e se sentou entre os três.
— Ressaca?
Lestrange confirmou com a cabeça e um gemido sôfrego.
— Onde você foi ontem que não me levou?
Ele deu um meio sorriso.
— Festa de despedida na sonserina loirinha.
— Uma pena, ontem a única coisa que teve na minha comunal foi o mais puro e frio silêncio, mas justo por isso eu acho que tenho algo para te ajudar.
Ela abriu a bolsa que sempre carregava para lá e pra cá e tirou de lá uma poção âmbar entregando para ele que sem questionar nada tomou em um gole só.
— Isso é horrível — Ele murmurou.
— Culpa sua, ela tem um gosto diferente pra cada pessoa, geralmente à quantidade de álcool que você tomou, mas melhora.
Ele murmurou algum agradecimento e ela se virou para o platinado que ainda tinha aquele olhar culpado de cachorrinho sem dono.
— Oi Cress.
— Alina — a menina de cabelos negros espexos e cacheados disse sorrindo — Espero que você esteja bem, hm?
— Férias, é tudo que eu preciso nesse momento. — Alina disse a típica resposta ensaiada que na verdade era a única coisa que não precisava naquele momento. — E você, como está com todo aquele negócio da sua mãe?
A garota deu um sorriso singelo.
— Melhorando, graças a você.
Alina fez um gesto como aquilo não significasse nada.
— É sério Alina, se não fosse você eu nem sei o que eu faria. Qualquer dia venha jantar lá em casa, tudo bem?
— Claro — a loira sorriu amplamente.
— Bom, eu já vou indo, espero conseguir encontrar Bailey ainda. Te encontro na sua festa querido. — a garota de madeixas cacheadas disse dando um beijo na bochecha do platinado pegando o convite branco e preto e acenando para loira, em seguida saiu da cabine.
— Voltando, sério Abraxas?
— Vocês já se conheciam? — Ele perguntou confuso e ela suspirou.
— Eu conheço muita gente — Alina deu de ombros. — Mas não mude de assunto, eu só não jogo minha bolsa em você porque nele estão poções muito valiosas e caras.
Ele suspirou e se jogou no sofá imitando o amigo.
— Eu acho que decide seu presente de aniversário querido, um dicionário com a página "noivo" grifada e o significado bem ao lado.
— Ótimo presente loira, eu dou os marca texto para fazer conjunto — Lestrange respingou ainda jogado.
— Hahah você dois — Abraxas resmungou mas logo o semblante preocupado voltou. — Você acha que eu devia falar com ela?
— Ela quem? Morgan? Cress? A sobrinha da tia do carrinho de doces ou a grifinória da semana passada? Seja mais específico idiota.
— Certo eu mereço o novo apelido.
— Ainda bem que reconhece
— Porém a Morgan, você acha...?
— E falar o que Abraxas? Desculpa querida por não estar interessada em fazer desse noivado uma coisa saudável e feliz? Ou desculpe Morgs por não conseguir manter o pau nas calças e correr para cada rabo de saia que eu ver? Ou melhor ....
— Certo, certo entendi Alina, isso não vai adiantar nada.
— A única coisa que pode adiantar aqui é você terminar essa farsa. Ela claramente gosta de você, você claramente não gosta dela e continuando esse relacionamento vocês só continuam machucando um ao outro.
— Você sabe que não é bem assim, tão fácil.
— É, eu sei, vocês sangue puros são complicados demais para o próprio bem de vocês. Mas sinceramente Abraxas se você não quer alguma coisa com a garota não impeça dela ter alguma coisa com outro alguém.
— Ela é noiva dele, é o dever dela esperar por ele — uma voz no outro lado da cabine disse.
Alina soltou um risinho de escárnio.
— Dever? Oh céus o que estão colocando na bebidas de vocês hoje em dia? Aliás quem é você mesmo?
O moreno do outro lado da sala olhou surpreso para ela, por ela se dignar a falar daquele jeito com ele e por ela não saber quem ele era. Mas ela sabia quem ele era, é claro que sabia.
— Esquece, isso não importa nenhum pouco para mim. E essa conversa não deveria importar para você querido, desde quando sonserinos são tão intrometidos? Meu Merlin, a segunda vez no mesmo dia.
Lestrange deu uma risadinha abafada e ela revirou os olhos.
O garoto do outro lado ia começar seu monólogo entediante sobre o papel das mulheres na sociedade quando outro alguém - para a sorte dele - atrapalhou.
— Esquece isso Kalia. — Nott disse puxando o amigo. — Não vale a pena, sério.
— Você devia ouvir seu amigo coroa de flores, ele pode não ser muito sensato mas dessa vez ele está certíssimo, não vale a pena.
O garoto soltou um rosnado mas seguiu o amigo para os sofás afastados da grande cabine.
— Bem, eu vou parar de enrolar aqui, vim pegar meus dois convites querido melhor amigo.
— Eu pensei que era seu melhor amigo — Lestrange disse rindo.
— Calado, você está de ressaca lembra?
Lestrange murmurou mais alguma coisa mas se ajeitou mais no sofá cochilando.
— Dois?
— Yep, um para mim sua digníssima amiga e outro para Bella.
— A Nomay certo? A sua outra amiga...?
— Carolina Faye, não se preocupe acho que para a família dela seus pais vão mandar convite de bom grado.
— Tudo bem — o platinado deu de ombros tirando dois convites da bolsa, um personalizado com o nome dela em prata e outro em branco como o que ele tinha dado para a Cress.
— Melhor amigo de todos. — Ela disse cantarolando e dando um beijo na bochecha do mesmo — Vejo vocês por aí.
Ela deu um beijo no garoto que cochilava e se levantou em direção a porta mas antes foi até o canto mais isolado da cabine onde Tom ainda estava concentrado no livro antigo.
— Ainda o lance de voar? — Alina perguntou se sentando do lado do moreno que finalmente ergueu o olhar.
Alerta vermelho, ele estava sorrindo.
— Exatamente, eu acabei por fazer algumas descobertas inspiradoras nesses últimos dias.
— Aposto que sim. — Ela disse notando o caderno de rabiscos do lado dele.
— Não é meio perigoso andar com isso por aí?
— Ninguém além de você sabe que isso é algo além de um diário.
— Eu acho fofo o conceito de você com um diário sabe
Ele revirou os olhos e mostrou as anotações para ela.
— Isso vai dar certo, mas acho que pode haver algumas consequências se não realizado corretamente, igual o esdrunchamento na aparatação — Ela falou.
— Bem, acho que sim, ainda tem muito o que aperfeiçoar. Mas eu acho que para isso ser mais potente deve ser realizado sem varinha e nem, nada.
— Não seria justamente ao contrario, tipo a varinha não é o que intensifica nossos feitiços?
— Sim, mas nesse caso acho que se partirmos da magia bruta possa dar mais certo.
— Interessante. — Alina disse mexendo no cabelo que tinha pulado do coque frouxo pegando um caderninho lilás de dentro da bolsa preta. — Onde você mora?
— O que? — Ele perguntou levemente espantado com a pergunta. Não eram muitos que já tinham chegado perto de poder fazer tal pergunta.
— Onde você vive? Mora? Passa suas noites? Sabe vamos ter três meses sem escola para nos preocupar, eu não tenho muita coisa para fazer e duvido que você também, então?
— Você diz para a gente aperfeiçoar o feitiço nas férias? — Ele ergueu uma sobrancelha mas claramente considerando a proposta.
— Exatamente, além de você me ensinar magia sem varinha. Na minha casa? Impossível de acontecer — Ela que ergueu a sobrancelha agora ele acenou com a cabeça concordando.
Ele pegou o caderninho da mão dela e anotou o endereço do orfanato.
— Eu vou estar aí pelo menos nesse primeiro mês. Fica na parte mais pobre de Londres, mas é fácil reconhecer o lugar caindo aos pedaços com um letreiro enorme escrito "orfanato Wool". É cinza e sem graça, se você for aparatar tenha em mente a loja Dianturn, você sabe qual é? — Ela acenou em concordância — É apenas duas ruas de distância, se você perguntar você acha facilmente.
— Tudo bem então, suas férias acabaram de ficar mais animadas Tommy — Ela disse colocando o caderninho de volta na bolsa e se erguendo do lugar que estava sentada, depositou um beijo na bochecha dele também e saiu com um aceno — Te vejo por aí Tom.
Alina dali foi direto para a cabine de suas amigas, deu o convite para Bella e percebendo que já tinham chegado ela se despediu de cada uma com um grande abraço ela saiu do trem e da plataforma de bruxos encontrando seus familiares.
Ela sabia que não tinha ninguém ali esperando por ela, nunca teve. Foi um milagre ela não ter se perdido pela grande Londres no fim do primeiro ano.
Mas agora ela podia aparatar. Isso era realmente libertador.
Saindo do plataforma 9 ¾ e indo na direção à parte trouxa da estação sem pressa alguma para ir para "casa" ela ficou vagando pelas lojas trouxas.
Comprando um chocolate ali, avistando novos vestidos e até calças por acolá e foi assim que ela passou a tarde, até que ela não tinha mais como evitar. Ela teve que ir para a casa.
Ela aparatou sentindo a desconfortável sensação mas agora um pouco mais acostumada do que a primeira vez.
Ela ergueu a cabeça, ela não era mais uma garotinha indefesa.
Ela tinha dezessete anos, ela finalmente era de maior, mais três meses e acabou. Ela podia finalmente se mudar, arrumar um emprego e viver o resto de sua vida assim.
Ela não estava mais desarmada, ela não era mais impotente, ela não precisava mais ter medo.
Então por que suas mão ainda tremiam como se ela tivesse dez anos de novo? Por que sua varinha já estava em sua mão e o colar que tinha ganhado de sua mão na outra.
Ela respirou fundo vendo a iluminação fraca da casa, não tinham dinheiro para bancar a tão inovadora energia elétrica mas na ultima vez que tinha chegado alguns lampiões ainda estavam prestando.
Se aproximando ainda mais da casa parecendo mais em ruínas do que da ultima vez que ela esteve lá ela franziu o cenho para a placa que chamava sua atenção. "Vende-se". Estava escrito alto e claro em tinta vermelha que mais parecia sangue em sua opinião.
Vindo do seu pai, ela não duvidava.
Ela passou pelo portão de ferro caindo aos pedaços sem tranca subindo os degraus e se deparando com a porta de carvalho meio encostada. Se ele tivesse sido roubado naqueles últimos meses ela teria aplaudido o bandido pela iniciativa.
Mas ao adentar na cas percebeu que não, ainda as coisas estavam no lugar, ou pelo menos a maioria delas.
Suspirando ela finalmente entrou na fonte de seus maiores pesadelos e avistou seu pai com um livro na mão e uma bebida em outra.
Aquilo não era nenhum um pouco bom.
Não a parte da bebida, aquilo ela já estava acostumada, mas um livro? Sim, aquilo era novidade.
— Alina, querida, que bom que chegou — O pai disse com um sorriso quase singelo, se fosse qualquer um ela ficaria feliz em retribuir o sorriso. — Tenho novidades meu amor, sente-se.
Ela congelou no lugar e arregalou os olhos.
Sem medo Alina, Sem medo.
Suspirando mais uma vez ela obedeceu, seus ossos congelaram e seu estômago se revirou ao olhar para o pai, ela deu um meio sorriso e se sentou torcendo que aquela "novidade" não fosse aquilo que ela esperava.
Mas era óbvio que era. Sempre era.
[🧪] THE POISON
Fui rápida dessa vez certo? Milagre? Talvez kkkkk Mas como eu disse com as férias chegando tudo facilita, estamos a um fio da 1º temporada acabar ( eu sei que já disse isso umas 500 vezes) mas sério gente já estamos acabando.
Agora vamos ver um pouco da relação da Alina e do pai dela o que realmente não nenhum pouco saudável então cuidado com os gatilhos nos próximos capítulos meus amores. Vocês conseguem acreditar que eu consegui terminar um ano inteiro em uma fanfic? Eu não kkkkk estou em êxtase.
Logo logo teremos mais um especial e eu acho que vocês vão adorar, spoiler: tem haver com o baile do Abraxas então fiquem de olho se algum capítulo surgir com esse nome certo? Espero que vocês estejam gostando, um beijo.
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