Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝐗𝐗𝐈𝐈𝐈 • 𝐏𝐎𝐈𝐒𝐎𝐍 𝐎𝐕𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐀𝐒𝐓

← CAPITULO VINTE E TRÊS →


🥀 Alerta de Gatilho 🥀


A pequena Alina estava animadamente escolhendo seu vestidinho para mais um de seus aniversários junto com sua mãe que sorria acompanhando o entusiasmo da criança, era para ser um dia feliz, um dia quase perfeito, mas ao que parecia o destino não gostava muito daquela família em particular, isso era claro para qualquer um que olhasse de perto aquela família.

Sansa - a mãe da garota saltitante - era uma cópia fiel da filha, cabelos loiros dourado-claro, rosto fino e expressão calma pintada no rosto. O que lhes diferenciavam eram os olhos, o da mais velha em um castanho chocolate estonteante no sol e o da garotinha de um azul esverdeado.

A mãe embalou o filho dois anos mais novo em um outro casaco mais fino que o anterior, o sol começava a surgir na propriedade Strong o que não poderia ser mais maravilhoso na opinião de todos.

Era para ser uma tarde completamente única, a mulher mais velha havia preparado tudo, eles iriam em um parque ali perto fazer um piquenique para comemorar o aniversário da filha. Havia demorado muito mas ela conseguiu convencer o marido a irem naquele lugar trouxa totalmente fantástico. Cheio de luzes e diversas.

Ele iria odiar, ah como ela sabia disso, mas era aniversário de sua filha e ela faria tudo pela mesma.

A pequena Alina vestia um vestidinho azul com bolinhas brancas e mangas bufantes, um laço vermelho era pendurado no pescoço para combinar com a rendinha na barra dele.

Seus cabelos eram curtos, chanel com uma franjinha loira. Um laço vermelho estava em seus cabelos e usava uma sapatilha preta com meias rendadas brancas. Sua mãe havia feito aquela roupa para a mesma para comemorar e "sujar a vontade".

Após os filhos estarem devidamente prontos a mulher com um sorriso levou as crianças em direção a sacada.

— Por que estando aqui mamãe? — perguntou a jovem Alina.

— Ora Alina, esta manhã está linda devemos apreciá-la querida.

— Mas mamãe — começou a reclamar o pequeno Luke.

A mulher suspirou.

— Crianças aprendam essa lição importantíssima, nós somos bruxos certo?

— Sim, mamãe — Alina disse contente.

— Mas mesmo bruxos não podem evitar o inevitável, todos nós passaremos desse plano algum dia.

— Você vai morrer mamãe?

— Todos nós querida, um dia. Mas essa não é a lição, a lição é a questão de apreciar. Vocês vêem o pai de vocês com pressa sempre para lá e pra cá certo?

As crianças afirmaram com a cabeça.

— Ele é um tanto rabugento sim?

Eles deram risadinhas.

— Bom isso é por que ele não está focando no essencial crianças. Nós não vinhemos ao mundo para trabalhar e seguir uma rotina, nós viemos apreciar, devemos aproveitar as oportunidades que ganhamos, devemos parar e olhar cada cantinho dessa terra, cada pôr do sol e cada nascer das estrelas, devemos parar tudo o que estamos fazendo e olhar, realmente olhar, observar e refletir, entendem? Viver o hoje.

Luke afirmou com a cabeça porém Aluna fez um som esganiçado.

— Mas por quê, mamãe?

— A vida é curta Lina, devemos sempre ficar no agora e nunca no que fizemos ontem ou o que faremos amanhã.

A pequena loira pareceu refletir, a mãe notando isso deu uma risadinha e colocou Luke no ombro e Alina sentada no parapeito da sacada.

— Olhem que lindo crianças, dizem que sol é um bom presságio hm?

(^∇^)ノ♪

A mãe das crianças terminava de arrumar a cesta cantando alguma canção alemã que Alina não reconhecia, provavelmente perguntaria quando voltassem do parque e pediria para a mãe ensina-lá embora a língua fosse bem complicada, fazia se sentir mais conectada com a mãe.

Alina roubou duas trufas da cesta quando a mãe terminava os pãezinhos e correu para a sala da casa trombando com seu pai que xingou baixinho.

— Desculpe papai, eu não te vi.

— Alina, já falei para você não correr pelos corredores!

— Desculpe papai, mas hoje é meu aniversário.

— Sim, eu sei, sua mãe veio me falando disso o mês inteiro até eu aceitar ir no maldito parque.

A loirinha deu um sorriso radiante e o pai bufou.

— Tudo bem criança, vá atrás do seu irmão eu vou ver se sua mãe tem tudo pronto.

— Sim, senhor — ela disse saindo correndo novamente.

— ALINA, SEM CORRER — ele rugiu mas ela já estava longe demais para ouvir.

Alina correu e correu até chegar na casinha da árvore no quintal da casa, era meio alta mas ela amava passar o dia ali brincando com seu irmão.

Ela subiu as escadinhas rapidamente sem se importar com o laço desmanchando em sua cabeça, deu um salto em uma tábua quebrada e parou do lado do irmão que bisbilhotada em uma luneta.

— Olha o que eu peguei! — Alina cantarolou.

O garoto loiro mais novo riu pegando uma trufa na mão da garota.

— Olha o que eu fiz pra você, Lina — ele disse mostrando um pires cheio de lama.

— É bom você não estar planejando jogar isso no meu vestido novo Luke.

Ele gargalhou.

— Não para isso Lina, apesar de ser uma ótima ideia.

— Bom, então?

— Espere Alina — ele disse cerrando os olhos para o bolinho de lama com concentração.

Um minuto se passou....dois minutos se passaram......três.....quatro.....e um estalinho foi ouvido seguido de um barulho de admiração saído de Alina.

— Co..como você fez isso Luke?

— Nao sei, magia? — o garotinho disse rindo.

Ela chegou mais perto do que antes era um bolinho de lama e agora um cupcake.

— Será que se eu comer isso vai ter gosto de terra?

O garoto franziu o cenho, não havia pensado naquilo.

— Experimente — Alina disse para o irmão que olhou desconfiado para à mesma. — Vamos, Luke!

Ele deu de ombros e ergueu o bolinho mas antes que ele conseguir colocar na boca o bolinho se desmanchou em lama em sua mão e camisa novamente.

— Eca ! — Alina disse com uma careta mas rindo. — Mamãe vai te matar quando ver isso.

— Pelo menos já temos a resposta — o garoto disse sorrindo.

— Bom vamos pedir para a mamãe limpar isso.

— Sou eu podia tentar....

— Colocar fogo? — Alina disse divertida. — Veja se mamãe ainda está na cozinha.

Ele se aproximou da luneta perto de alguns livros de magia e olhou para o objeto magicamente modificado.

— Ela e o papai estão na cozinha, melhor esperar.

A loira foi até a luneta afastando delicadamente o irmão observando sua mãe sorrindo radiante para o marido que comia alguns quitutes.

— Ele parece de bom humor — Alina disse franzindo o cenho.

— Ele nunca fica de bom humor.

— Aquilo parece quase um sorriso.

Ele afastou a irmã e olhou para a luneta.

— Melhor esperar.

— Ai vai manchar — ela disse indecisa tendo uma ideia — E se....

— Não.

— Eu ainda nem falei Luke.

— Melhor não, eu gosto dessa camisa.

Ela olhou irritada para ele.

— Mas é fácil, mamãe me ensinou ano passado, é um tira manchas eficiente e aqui temos tudo para poder fazê-lo.

— Alina — gemeu o garoto vendo que ela já estava pegando um livro daqueles empilhados com um sorriso no rosto — Isso é injusto, por que você pode tentar e eu não?

— Por que eu sou mais velha.

— Isso não importa, vamos esperar a mamãe.

— Fique sentadinho Luke, vou preparar isso rapidinho. — Ela disse e ele fez uma careta e ela sorriu.

Ela tinha aprendido a ler um ano antes então já estava adaptada às palavras difíceis daquele livro antigo.

Ela pegou água azul que sua mãe guardava em uma caixa selada, algumas ervas e duas pitadas de pó lilás que ela inda não sabia o nome mas o livro falava que tinha cheiro de rosas então decidiu apostar.

Ela mexeu tudo em um vidrinho e sem precisar de fogo o tira manchas estava feito.

O irmão dela ainda olhava duvidoso se decidindo se enfrentaria seu pai ou o experimento da irmã.

Alina deu um sorrisinho para o irmão olhando novamente para à descrição, líquida e azul claro.

Tudo bem que estava líquida e azul escuro mas ela achava que dava para o gasto.

O irmão se aproximou com cuidado e ela espirrou aquilo na camisa dele esfregando em círculos.

Na mesma hora a mancha começou a sair, ela deu um gritinho entusiasmado, a camisa era de um tom verde esmeralda lindo que combinava com os olhos radiante do garoto.

Ela começou a se virar para falar para seu irmão mas ele exclamou um "o ou" e ela arregalou os olhos. A camisa estava verde clara agora, mas a mancha tinha saído.

— Pelo menos está sem lama, certo?

Ele começou a rir e vestiu a camisa novamente.

De longe foram ouvidos gritos, da sua mãe chamando por eles.

Estava na hora de se divertir.

(^∇^)ノ♪

A pequena Alina ria com o entusiasmo de seu irmãozinho com o algodão doce roubando um pouco do mesmo que começou a reclamar.

Ela voltou correndo em direção aos seus pais que estavam sentados no banquinho, sua mãe sorria tentando puxar o seu pai para algum lugar.

— Mamãe, vamos nos carrinhos? — perguntou Luke pulando de entusiasmo.

— Ah não Luke, mamãe disse que a gente ia na barraquinha de cachorro quente.

— Mas Lina...

Sua mãe deu uma risadinha

— Ah meus queridos, não briguem, vamos fazer assim, seu pai te leva nos carrinhos enquanto eu vou com a Alina comprar alguns cachorros quentes para nós, certo?

Alina olhou para seu pai com expectativa que já abria a boca para reclamar, a mulher loira olhou para o mesmo obstinada e ele bufou e se levantou.

— Vamos, pirralho.

O garotinho engoliu em seco mas segui o pai mesmo assim.

— Isso é uma boa ideia mamãe?

— Sim minha querida, seu pai tem que parar com essa cisma com o garoto de uma vez por todas.

A loirinha deu de ombros e pegou a mão da mãe que se direcionava para a barraquinha vermelha.

— Quatro cachorros quentes, por favor.

O senhorzinho do outro lado sorriu e falou alguma coisa mas Aluna voltou o olhar para seu pai reclamão e seu irmão empolgado.

O homem tinha dado a fixa para o jovem de jaleco e Luke entrou no carrinho verde, ele sorria animado com a interação com o pai fazendo a loira sorrir também e direcionar o olhar para sua mãe que entregava o dinheiro para o senhorzinho que esperava as salsichas ficarem prontas.

Entediada e com fome ela olhou em volta para o clima pacífico e colorido do parque, todos felizes e sorridentes, parecia um filme.

Uma música foi tocada em algum canto do parque e um avião sobrevoou o parque formando uma fumaça acinzentada no céu.

— Alina? — sua mãe lhe chamou com seu típico sorriso amoroso — Leve esse para seu pai hm? Sabe o que dizem certo — ela disse sussurrando — cara feia é fome.

Alina deu uma risadinha e pegou o cachorro quente da mão da mãe assentindo com um sorriso.

A música tinha parado de repente mas sem se importar ela se direcionou para o poste que seu pai estava encostado rindo do seu irmão que não conseguia tirar o cinto e aparentemente o jovem estava ocupado demais para ajudá-lo.

No meio do caminho ainda um barulhão foi ouvido, só que em vez da música animada dessa vez soava como uma sirene.

O barulho era excruciante, ela fez um careta e continuou andando tranquilamente sem entender, mas as pessoas em volta tinham entendido muito bem.

De rtudo estava um caos, pessoas corriam sem parar, bebês choravam e crianças berravam por suas mães, senhores de idade gritavam por alguma coisa que ela não entedia.

Um homem passou correndo com um criança no colo derrubando ela e o cachorro quente em seguida, ela fez uma careta com o molho derramado, sua mãe não ficaria nenhum pouco contente.

Ela ouviu um grito pelo seu nome, olhou para atrás e era sua mãe quase desesperada. Sem entender ela se levantou e apontou para o cachorro quente no chão quando um bum foi ouvido por todo parque.

Mais gritos.

Ela arregalou os olhos, bombas.

Ela olhou para sua mãe que corria em sua direção e para seu pai que olhava espantado com a mão na varinha, seu irmão ainda no carrinho preso.

Sem conseguir se mexer em pânico Alina olhou de um lado para o outro tentando decidir o que fazer.

Ela tinha lido algo sobre aquilo, ela tinha certeza.

Mas ela devia se esconder? Devia ficar parada? Devia fechar os olhos ou correr?

Tudo foi muito rápido, o céu antes com um sol iluminante de repente estava cinza e sombrio.

BUM BUM BUM

Mais bombas e mais gritos.

Tudo ao seu redor girava, o chão tremia, pessoas berravam, seus olhos ardiam, tudo cheirava a carvão queimado misturado com algo, o clima estava quase colorido.

Fumaça

BUM BUM BUM BUM

Sangue e água

Sua mãe ainda corria em sua direção mas de repente tudo parecia ter parado, tudo parecia tão distante.

Ela olhou para o pai, ele estava parado mas ela não sabia se era por tudo estar de repente em câmera lenta ou ele estava simplesmente assim.

BUM BUM BUM

Mais sangue

As pedras do castelo tinham desmoronado e seu irmão gritava seu nome.

Por que ele gritava? Ela se perguntou quando sentiu o cheiro de queimado.

Atrás de si à barraquinha da casa de adivinhação queimava, ela olhou assustada ainda grudada no chão, em pânico.

Ela olhou para o pai mais um vez quando de repente seu irmão parou de gritar.

BUM BUM BUM

Fumaça confia a pista onde seu irmão estava, seu pai gritava alguma coisa agora, o nome do seu irmão? Ou era apenas grito de agonia.

Ele corria em direção a fumaça, sua pele....alguma coisa acontecia com sua pele.

Ela não conseguia enxergar mas ela sabia que coisa boa não era.

Ainda parada no chão sentiu um empurrão lhe jogar em direção à barraquinha de pipoca batendo a cabeça em seguida.

BUM BUM BUM

Antes de fechar os olhos ela viu, sua mãe, seu anjo da guarda havia lhe salvado das chamas se queimando e sendo explodida em seguida.

Sem forças para se levantar e ir atrás do seu irmãozinho ela fechou os olhos e se entregou, para seja lá o que fosse aquela escuridão.

(^∇^)ノ♪

Ela abriu os olhos e uma sala escura se estendeu à sua frente, sua mãe acariciava seus cabelos loiros.

— Tudo bem querida, acabou.

— Mamãe?

— Shiu, não se preocupe, vamos ficar bem.

A loirinha tentou falar denovo mas vou uma sombra se aproximando do lugar onde estavam sentadas.

— Sansa Schwarze Rose Strong? — a sombra perguntou.

A mulher loira assentiu e se levantou, Alina tentou seguir mas sua cabeça doía muito.

A sombra estava em frente a sua mãe agora e mesmo assim Sansa sorria como se visse uma grande amiga.

— Como posso chamá-la? — a mulher loira perguntou.

— Já tive muitos nomes criança, Hades, Plutão, Diabo, Lúcifer, Iama, Shinigami, mas em todos os lugares o nome "morte" é reconhecido.

— Entendo — a mulher disse ainda sorrindo — Estou pronta para rever minha família, senhora Morte.

A sombra não disse nada sabendo que sua mãe tinha algo a completar.

— Porém Alina ainda é muito nova, tem um mundo inteiro para explorar.

A sombra direcionou o olhar para a criança encolhida no canto pela primeira vez.

— De fato, ainda não está no hora dela.

Sua mãe soltou um suspiro de alívio.

— Mas tenha em mente uma coisa garotinha, a morte é a única certeza que você tem na vida, não se pode fugir para sempre.

Alina tentou falar algo, concordar com a cabeça ou coisa parecida mas de repente tinha os olhos abertos e um teto azul em sua visão.

Seus ouvidos ainda vibravam e sua mente resolva uma mensagem "olhe para as estrelas, querida" "olhe para as estrelas, querida" "olhe para as estrelas, querida"

Ela deu um gemido de dor, sua cabeça girava e seu corpo doía.

Do outro lado do quarto uma gargalhada rouca e amarga soava.

Um estilhaçado foi ouvido, o cheiro de álcool atingiu seu nariz mas ela não conseguiu virar a cabeça.

— Bom pelo menos uma vadiazinha sobrou — a voz do seu pai foi ouvida, ela arregalou os olhos com todas as memórias voltando a sua mente.

Gritos, sangue, água, choros, BUM BUM BUM, fogo, carvão, seu irmão gritando e preso, sua mãe lhe salvando.

Sua pele arrepiou e ela se sentiu enjoada de repente mas sem forças para se levantar para vomitar.

Mais barulho foi ouvido pela sala e seu pai surgiu de repente na sua frente.

Ou pelo menos o que tinha sobrado dele, boa parte do seu rosto estava deteriorada como se ácido tivesse derramado sobre ele.

Ela queria chorar, ela estava assustada e querendo fugir.

Seu pai ainda ria e puxou o rosto dela em direção ao seu rosto queimado e arruinado.

Ela queria gritar, abriu a boca mais nenhum som saiu, ela começou a se desesperar, mas seu corpo continuou lá, parado.

— Ta vendo isso Alina? — o homem disse ainda rindo — Isso foi porque eu tentei salvar aquele bastardo da sua mãe, mas adivinha? Quando cheguei lá o pirralho já nem existia mais, nem pele mais tinha aquele corpo, tudo que sobrou foi os malditos olhos verdes debochando de mim, me lembrando da traição daquela vadia.

Ela queria gritar, mas novamente, nada.

— Ah, a medibruxa disse que você pode ficar assim por alguns dias, traumas ela disse, na minha opinião frescura.

Ela arregalou mais ainda os olhos.

— Bom culpe sua mãe, aquela maldita, ou melhor, cupe você mesma Alina, você matou ela.

Uma lágrima escorreu do seu olhos, mas só.

— Oh, você não sabia? — Ele riu mais ainda, o cheiro de álcool afundando em suas narinas. — Isso mesmo Alininha, você matou sua mamãe querida, agora você está aí, paradinha, do jeito que eu gosto sem fazer nenhum barulhinho, bom, foi justamente isso que fez ela ter que te salvar, certo? Seu pânico te impediu de sair do lugar e quase morreu queimada viva.

Ele riu mais uma vez.

— Bom, é um preço justo em minha opinião — ele soltou o queixo da garota que caiu para trás na cama — agora fique aí, paradinha para o resto da sua inútil vidinha.

Ela queria chorar, gritar que não foi sua culpa, que nada daquilo era sua culpa, queria culpar ele pela morte do irmão, queria culpar o mundo por aquelas bombas, queria fazer mil e umas coisas mas a única coisa que ela fez foi obedecer.

Ela ficou lá, quietinha e paradinha por um longo e longo tempo.

Como uma morta-viva.

Seu pai não se importou de voltar naquele quarto e ver se ela ainda estava viva.

Seu pai não se importou de lhe entregar comida ou levar ela para tomar um banho ou fazer suas necessidades.

Seu pai não se importou em ajudá-la a passar aquele trauma ou confortá-la com a morte da mãe e do irmão.

Seu pai não se importou em lhe comunicar que ele tinha perdido a casa ou coisa parecida.

No começo o elfo da casa aparecia e verificava a loira mas um dia ele parou de aparecer.

Ela não duvidava que seu pai tivesse o matado ou tivesse vendido, ela não se importava, tudo doía dentro dela, tudo girava e aquele dia passava em sua mente várias e várias vezes.

Até que um dia ela se levantou, até que um dia ela percebeu, ela estava viva.

Ela, Alina Strong estava viva, ela era uma sobrevivente e tinha uma vida para viver.

Ou pelo menos ela achava que sim.

Ela saiu do quarto com um objetivo:

Sobreviver até o dia de reencontrar sua família.

E foi isso que ela fez, cada dia que se passou, cada ano, tudo em pró de só um objetivo, sobreviver.

— Alina, vejo que parou com toda aquela frescura — o homem riu e bebeu mais um gole daquela garrafa estranha jogando ela no chão em seguida.

Ela não reagiu, ela não pulou ou arregalou os olhos.

— Bom, já que você está aí parada como uma estátua pegue mais uma dessas lá na cozinha.

Ela não reclamou, não choramingou ou tentou obter explicações.

Ela só se virou e obedeceu.

Obedeceu até o resto dos seus dias.

(^∇^)ノ♪

Ela acordou de supetão, os olhos pesados e arregalados.

— Ei, Alina, você está bem?

Ela piscou sem entender olhando assustada para à figura à frente.

— Alina? — perguntou novamente em um quase sussurro.

Ela focou os olhos na figura reconhecendo a voz.

— Ei, Alina — disse mais gentilmente desse vez.

Ela coçou os olhos e reconheceu.

— Tom? — ela falou em um sussurro.

— Você está bem?

Ela fez um gesto com a cabeça falando que não.

Ele suspirou e perguntou resignado com uma careta:

— Quer conversar?

E e ela pela primeira vez contou, contou tudo, contou como todo o inferno começou e como todo o inferno continuou.

Ela contou e ele escutou, era tudo que ela precisava naquele momento, não de um abraço ou de palavras que tudo ia ficar bem, ela só precisava desabafar.

E foi isso que ela fez, com a pior pessoa para se desabafar, com a única pessoa que podia pegar tudo aquilo e chantageá-la no futuro, mas naquele momento ela não ligou e abafou.

Tudo, e de repente aquela bola de neve que carregava como se fosse sua vida derrete, aos poucos mas derreteu.

Primeiro virou água e depois vapor, e quando ela foi ver o sol já tinha nascido naquele salão cheio de livros.

Ele que obviamente já tinha terminado seu turno como monitor acompanhou ela até a torre da corvinal e quando ele perguntou se ela precisava de alguma coisa, uma ação puramente acadêmica com a fornecedora de poções dele, ele havia afirmado.

Mas ela só sorriu e sussurrou um breve não acompanhado de um "Sobrevivi mais um ano Tom, para mim isso está de bom tamanho".

Então ela entrou naquela sala azul que tanto amava, ainda sorrindo e se sentindo mais livre do que o comum , pronta para voltar ao seu mundinho de mentiras.

(^∇^)ノ♪

Olá amores, como estão? Demorei séculos pra postar esse capitulo eu sei, mil perdões gente mas isso foi uma coisinha bem complicadinha de desenvolver na minha cabeça, confesso que fiquei meio agoniada com esse capitulo, não sei se foi por que eu que escrevi e senti tudo aqui ou se simplesmentes essas palavras me marcaram.

Essa foi uma prévia de como começou todo o inferno que foi à infância da Alina então em breve vocês vão conhecer mais dela e sobre ela.

Eu sei que Alina melancólica é uma coisa incomum então posso dizer que vocês não precisam se acostumar mas nossa garota debochada e icônica também, é humana e tem seus momentos de deslizes.

Em breve trago mais novidades sobre a segunda temporada, mas na minha cabeça ela já é a melhor kkkkk Eh, talvez eu esteja colocando muita expectativa em cima disso.

Beijos minhas amoras, me falem o que vocês acharam desse capítulo, deixem estrelinhas e comentários para ajudar à fic Sz.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro