MARATONA #3

 ⇠ CAPÍTULO DEZESSEIS ⇢

🥀 Alerta de Gatilho 🥀

Alina Strong estava parecendo praticamente uma boneca nesse exato momento onde suas colegas de quarto que não haviam sido convidadas - menos a Nina - para aquela festinha tratavam de lhe arrumar para aquele "encontro" com o perfeito monitor da sonserina, se ao menos elas soubessem. Alina vestia um vestido azul que lembrava muito sua casa e ela havia amado aquilo, seu colo era revestido por uma tela transparente com pérolas azuis brilhantes e a cauda era de um tecido cintilante perfeito que começava a desbotar em diversos tons de azul até chegar ao chão.

Seu cabelo era prendido por um coque por Vanessa enquanto Bella fazia sua maquiagem, Emmeling ajudava Nina com o vestido enquanto a outra colega de quarto estava sentada fofocando sobre alguma coisa distinta que Alina não conseguia prestar atenção.

— Certo Alina? — A garota sentada na cama perguntou.

— O que? — Alina falou piscando tentando lembrar o que haviam perguntado para a mesma fazendo as outras garotas da sala darem risadinhas.

— Ela deve estar nervosa pelo encontro com o Riddle gente, deixem ela. — Nina disse risonha.

— Vocês são bem idiotas as vezes sabiam. — Alina disse sorrindo se levantando da cadeira após Bella terminar sua maquiagem.

— Ei — Exclamou Vanessa que terminava o penteado elaborado. — Espere ainda falta um detalhe — a ruiva disse pegando uma tiara prateada de seu criado mudo — Pronto perfeito.

Alina se virou em direção ao espelho colocado no canto do quarto e observou que estava nada mal, bom "nada mal" podia ser o eufemismo do ano, aquele azul super contrastava com o tom de sua pele e seus olhos, os cabelos presos em uma espécie de coque trançado com a tiara dava a ela um ar importante.

Seu vestido era manga curta então sua "tatuagem" ficava totalmente à mostra, um tempo atrás suas amigas perguntaram o que era aquilo em pura curiosidade e ela respondeu com toda sinceridade do mundo que era um acordo distinto, elas morreram de curiosidade mas graças aos céus nunca mais tocaram no assunto, na maior parte do tempo aquilo ficava escondido então o assunto estava tecnicamente morto.

Porém Alina naquela noite colocou um feitiço de desilusão naquela marca, ela era par do perfeito Tom Riddle, não, ela não precisava de mais atenção, justamente por isso ela havia escolhido o vestido azul sereno de Nina em vez do vermelho vibrante de Bella, Alina realmente não se dava bem sendo o centro das atenções.

— Lindas e maravilhosas estamos, pronta Ally? — Nina perguntou depois de colocar seus saltos apedrejados com diamantes.

— Estou sim — Falou Alina saindo de frente do espelho pegando sua varinha e prendendo na coxa e pegando sua bolsa prateada que estava com o famoso feitiço indetectável de extensão, logo enganchou o seu braço no braço da amiga que vestia um vestido verde oliva bordado com algumas flores lilás, lilás realmente era a cor de Nina. — Até logo meninas.

— Bons sonhos enquanto nos dançamos até o amanhecer. — Nina disse rindo sendo acompanhada por Alina observando Bella fazer um gesto um tanto quanto rude para elas.

— Você é malvada Nina.

—Que nada, elas superam — Nina disse descendo as escadas. — Onde você marcou de encontrar o Riddle?

— Em frente do salão principal e você?

— Também, espero que eles já estejam lá quero ir logo para essa festa, apesar de não ser uma das melhores o professor Slughorn sempre exagera na decoração e na comida e isso realmente não é algo ruim.

— Definitivamente não — Alina disse fechando a porta do salão comunal de sua amada casa com um sorriso.

As garotas caminharam até o salão principal conversando agradavelmente sobre assuntos banais, ao chegarem lá observaram os dois cavaleiros em um assunto um tanto quanto sério o que fez Alina apenas revirar os olhos imaginando o assunto.

— O que será que eles tanto cochicham? — perguntou Nina.

— Deve ser alguma coisa aleatória sobre a casa deles — Alina deu de ombros puxando a amiga em direção a eles coçando a garganta antes que Nina ouvisse alguma coisa do que eles tanto falavam.

— Senhoritas, vocês estão muito bonitas essa noite. — Tom falou abrindo um sorriso encantador de derreter qualquer, até mesmo Alina que sabia que aquilo não passava de um truque.

— Senhor Riddle, August, muito obrigada os senhores também estão bem elegantes. — Nina disse sorrindo.

— Tom, Avery é um prazer revê los — Alina disse com um sorriso cínico para o último citado.

— Espero que estejam bem — Riddle continuou.

— Estamos sim — Nina começou com um sorriso mas foi cortada por um bufo de uma Alina impaciente.

— Todos estamos maravilhosamente bem, agora vamos para a maldita festa?

— Alina — repreendeu Nina.

— Eu estou com fome — retrucou a loira.

— Bom, então vamos — Avey disse segurando a mão de sua noiva levando ela a frente como Tom tinha instruído.

— Muito bem senhorita Strong preparada para essa noite? — Ele perguntou dando o braço para ela segurar.

— Seria bem mais fácil eu me preparar psicologicamente se você me contasse o que vai ter hoje.

— Mas assim estragaria a surpresa, Alina. — Ele disse sorrindo de lado.

— E é exatamente esse elemento surpresa que me dá medo. — Ela suspirou olhando para o sorrisinho dele.

Eles andaram até as masmorras em passos lentos e em uma conversa agradável e Alina tentando arrancar dele de qualquer jeito o que teria de tão importante naquela noite em especial. Ao chegarem nos aposentos do professor de poções Alina notou que ou aquele lugar era bem maior do que ela imaginava ou era apenas um feitiço de extensão, ela apostava na última opção. A decoração estava bem agradável também, com algumas árvores e enfeites espalhados pelo salão.

— Tom — o professor disse sorrindo mas um pouco alterado pela bebida em sua mão. — Senhorita Strong que prazer enorme é vê los aqui, juntos, entrem, entrem.

— O prazer é nosso professor — Riddle disse sorrindo.

— Não podíamos perder uma festa tão importante quanto a sua professor. — Alina continuou na bajulação fazendo o professor corar, ela não sabia se era pelo elogio ou pelo copo em sua mão.

— Tom querido, tenho uns investidores de alto cargo no ministério presente aqui hoje, eles adorariam te conhecer, venha conosco senhorita Strong.

— Me chame de Alina, professor, mas eu lamento, eu tenho que conversar uma coisa muito importante com Lestrange, soube que o avô dele estava doente ou coisa parecida. — Alina disse notando o amigo sonserino flertando com uma garota perto da mesa de bebidas.

— Oh, diga que eu sinto muito por ele e o avô querida.

— Vou sim professor. — Ela disse com um sorriso continuando sob o olhar desconfiado de Tom — Até mais Tom.

E saiu de lá.

— Seu avô está doente Canopus, sinto muito. — Alina disse se aproximando dele e da garota de cabelos loiros escuros e vestido rosa claro roubando o copo de bebida dele.

— Alina! — Ele exclamou indignado pelo roubo .

— Sério? Oh meu Merlin, deseje melhoras para ele Lestrange — A garota disse com pesar tagarelando — Deve ser difícil nessa idade tão superior, é algo grave? Ano passado minha vó acabou morrendo por causa de varíola de dragão foi horrível.

— Muito, se eu não me engano ele está com a Gripe do Himalaia, não é? — Alina disse ressentida como se estivesse declarando o ultimato do avô do garoto.

— Oh meu Merlin, você deve estar horrível, essa doença não tem cura, e eu aqui flertando com o senhor enquanto você passa por esse momento horrível — A garota cor de rosa disse quase chorando apartando a mão dele como reconforto, tudo bem, ela levou para o lado pessoal demais, Alina pensou quase rindo mas tentando manter a todo custo a expressão triste, acabando por esconder o sorriso atrás do copo que era para ser algum ponche mas Alina notou que aquilo tinha mais Vodca do que suco de morango.

— Eu acho que você precisa de um tempo para refletir esse momento horrível, qualquer coisa que eu possa fazer por você me chame — A rosinha disse com compaixão dando um beijo na bochecha do mesmo e se afastando, bastou ela se virar e se afastar um pouco para Alina explodir e começar a gargalhar.

— Que merda foi essa Alina? — Ele perguntou sem entender.

— Olha boca Lestrange, que tipo de cavalheiro é você?

— Vamos explique, você me fez perder uma noite incrível com a Natasha.

— Bom eu tive que inventar alguma coisa para sair das garras e das apresentações do professor Slughorn — Alina disse apontando para o professor de terno verde escuro com um Tom Riddle ao seu alcance. — mas isso saiu muito melhor do que o esperado — Ela riu e continuou bebendo mais um gole — Você veio com ela?

— Chega né? — ele disse pegando a bebida de volta — Eu vim com a Jade King, ela deve estar com as amigas dela em algum lugar.

— Ela te abandonou assim que te vou flertando com a rosinha?

— É, acho que sim — Ele falou rindo bebendo a bebida logo percebendo que havia acabado.

— Aliás, onde você conseguiu isso? — Ela perguntou um pouco indignada se escorando na mesa do lado dele.

— Eu tenho meus contatos.

— Nossos contatos — ela disse sorrindo zombeteira — Pode contar detalhe por detalhe gênio do mal.

— Ih sonserino errado Alina, o gênio do mal é seu namorado ali — Ele disse rindo apontando para Tom Riddle.

— Você está desviando do assunto Lestrange — Ela falou rindo — Mas já que o assunto migrou para o ser maligno me conte, o que vai ter hoje de tão especial que seu querido mestre se recusa a me contar.

— Uma espécie de iniciação.

— Como assim? — Ela perguntou vendo ele tirar uma garrafinha com alguma bebida distinta colocando em dois copos com ponche de morango entregando um para ela.

— Ele vai juntar alguns comensais e fazer ele jurar lealdade ou coisa parecida — O cacheado continuou dando de ombros.

— Mas vai ser uma grande festança, essa jura de lealdade vai ser meio que um show de horrores com os coitados dos sangue-ruins — Alina ouviu Abraxas falando surgindo do nada do seu lado se escorando na mesa junto com eles estendendo seu próprio copo para Lestrange encher com o conteúdo daquela garrafinha. — É melhor não estar por perto nessa hora Alina.

— Bem meio impossível graças ao repentino fasino o Lord de vocês em minha pessoa. — Ela falou com um suspiro bebendo a bebida em seu copo.

— Só se mantenha afastada de toda a confusão se não quiser que sobre para você no final — Lestrange disse dando de ombros outra vez.

— Aos meus cavaleiros de armadura — Alina disse como um brinde sorrindo olhando para o garoto de olhos negros ao longe fazendo os dois garotos do seu lado levantaram seus copos naquela fina promessa de lealdade entre eles.

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Tom Riddle no final das contas havia conseguido se livrar de seu professor insistente e naquele exato momento tirava a bela e esplendorosa Alina Strong para uma valsa naquele salão improvisado, interrompendo não tão sem querer a conversa entre ela e dois dos seus fiéis comensais.

Alina com um sorriso malicioso e uma piadinha sobre ele ter finalmente conseguido se soltar das garras do professor de poções aceitou de bom grado dançar aquela música lenta junto dele. A garota um pouco nervosa colocou aqueles fios soltos do penteado elaborado atrás da orelha esquerda enquanto acompanhava aquela presença poderosa em direção à pista de dança improvisada.

Ele era cerca de 10 centímetros mais alto que ela mesmo com salto o que fazia a respiração dele ir de encontro com sua orelha lhe arrepiando por inteira, a música era lenta e muito boa para dançar bem de perto o que a dupla fez sem pestanejar, Alina sempre gostou de dançar mesmo nunca tendo sido educada com músicas clássicas ou coisas parecidas desde pequena, ela via na música uma forma de dispersar.

Riddle girou a loira fazendo seu vestido em um degradê azul cintilante flutuar, era uma dança bastante linda e por mais que a loira não gostasse de atenção era exatamente aquilo que o casal recebia no momento fazendo ela se esconder um pouco e olhar para baixo.

— Vergonha a essa altura do campeonato Alina? — Ele perguntou sorrindo malicioso.

— Não é vergonha só não me sinto muito a vontade com tanta gente me olhando por sua causa, como você aguenta isso monitor perfeito? — Ela perguntou tentando descontrair.

— Nós dois usamos máscaras Alina, a questão é que se a minha cair vai ser um espetáculo e tanto — Ele falou girando ela.

— Bem isso é verdade, mas acho que essa atenção toda vem de brinde com seus planos maléficos, estou certa?

— Muito certa — ele falou agora sussurando novamente no ouvido dela conduzindo a valsa conforme o balançar da musica.

Eles continuaram por mais algum tempo até o violinista cansar e acabar parando a música tão harmoniosa, eles estavam perto, perto demais, ela havia notado quando voltou a olhar para cima se perdendo novamente naquelas trevas que tanto lhe atraiam.

— Acabou a música pombinhos — Alina ouviu ao longe acabando por piscar e perceber que haviam parado no meio daquela pista, ela deu um sorriso sem graça embora fofo, e novamente passou o cabelo para trás da orelha puxando ele em direção das bebidas pegando um hidromel e ele uma cerveja amanteigada conduzindo ela para a mesa elite da sonserina.

— Alina acho que você já conhece a maioria mas devo lhes apresentar formalmente, aquela senhorita de verde é Dorea Black, a de vermelho é Walburga, Cygnus é o mais novo sentado à mesa e Alphard já deve conhecer. A garota loira é Druella Rosier e a vestida de amarelo é Morgana Hale acompanhante de Abraxas.

— É um prazer conhecê-los — Alina disse com um sorriso se sentando do lado da Black de verde enquanto Tom saia com Alpharad com um "já volto" não justificado.

— O prazer é nosso — Disse Walburga com um sorrisinho cruel fazendo Alina suspirar internamente.

— Nos conte como conseguiu conquistar logo o monitor gostosão — Druella falou com o mesmo sorrisinho da colega sonserina — Poção do amor? Chantagem? Golpe da Barriga? Nos conte qual foi o milagre Strong falida, meu pai trabalha no Gringotes e soubemos que nem mais conta vocês têm lá, isso é uma lástima.

Bom isso era uma surpresa para falar a verdade, a pergunta que rondava na mente da Alina era clara e gritante, mas que caralho o pai dela estava fazendo lá fora?

— Poção do amor? Ora se fosse um truque tão barato desses ele já estaria apaixonado por você desde o terceiro ano Druella — Alina disse se lembrando de um dos primeiros pedidos de quando começou a ganhar fama, uma poção do amor para um coração de gelo.

— Como você sabe disso? — Druella falou entre dentes se entregando fazendo Morgan que até agora só assistia rir, ou melhor analisava a mesma.

— É sério que você fez isso Druella? — perguntou Walburga rindo sendo acompanhada pelas mesmas.

— Deixem de implicância com a menina garotas, ela acaba de provar que é uma cobra disfarçada sob esse manto da corvinal — Morgan disse rindo. — Você se daria bem na sonserina Alina, não é qualquer um que coloca Druella no seu lugar sem levar uns arranhões, Dora está de prova.

— Druella pode ser um tanto quanto agressiva às vezes — Admitiu com ironia a morena de vestido verde fazendo as outras rirem e Druella olhar indignada.

— Preparados? — Riddle disse surgindo do nada falando para aqueles sangues-puros mesquinhos. — Sigam suas instruções, um sangue-ruim pela marca.

Se Alina não soubesse que ele não poderia matar nenhum deles ela com certeza temeria pela vida daqueles nascidos-trouxas inocentes, talvez mesmo sabendo disso ela pudesse sentir que aquela festinha não daria muito certo.

No mesmo momento que aquelas palavras foram citadas Alina pode sentir a tensão no ar, olhou em volta para analisar aqueles garotos sangue puros e notou que alguns estavam apreensivos e até assustador, Druella estava irradiando animação, Walburga estava impassível, Dorea estava quase tremendo e Morgan estava aparentemente entediada, Alina não sabia o que esperar só sabia que coisa boa daquilo não viria.

Tom Riddle chegou perto da loira e ofereceu a mão para a mesma que aceitou sem pestanejar se levantando com seu modo curiosidade ativado ao máximo. Alina pegou um último copo de bebida e se direcionou para aquela massa de sonserinos que aos poucos se direcionava para sair daquele salão de baile.

De braços dados Tom direcionou Alina até a entrada do castelo de hogwarts fazendo ela olhar confusa para ele que não se dignou a responder enquanto aguardava pouco a pouco alguns de seus comensais passarem por eles e se direcionarem para a floresta proibida.

— Nina? — Alina exclamou alarmada ao ver sua melhor amiga ir em direção a eles para seguirem para a floresta proibida.

— Hey Ally, August disse que vai ter uma surpresa, uma espécie de show com os membros da casa dele, você vem? — Nina falou entusiasmada fazendo Alina olhar indignada para Avery.

— Você não pode estar pensando em levar ela para essa sua confusão toda.

— Todas as futuras Ladys estarão lá Alina, não tem com o que se preocupar — Deu de ombros Tom.

— Não vou deixar vocês levarem minha amiga para o meio do buraco de vocês.

— O que está acontecendo Ally?

— Nada Nina, só volta para o quarto.

— O que, mas... — Começou Nina mas foi interrompida por Alina.

— Confia em mim Nina, volte para o quarto, tome um banho e durma uma boa noite de sonhos amiga, amanhã eu juro que te conto tudo.

— Você não pode estar pensando em privá-la da diversão certo? — Avery disse — Se ela for casar comigo tem que estar a par no que está se metendo ora.

— Diversão, isso está bem longe de diversão.

— Ally, o que está havendo você está me assustando.

— Ótimo, agora volte para o quarto Nina, me escute por favor, nunca te meti em encrenca nenhuma certo?

— Certo mas....

— Riddle — Implorou Alina com um suspiro sôfrego fazendo o moreno revirou os olhos e dar um aceno para Avey que a contragosto aconselhou a noiva a voltar para o quarto, e foi isso que ela fez, embora totalmente confusa.

— Você só pode estar de brincadeira — Alina exclamou furiosa para os dois morenos a sua frente totalmente indignada. — Me levar para essa loucura tudo bem Riddle, mas não meta alguém que amo nisso.

— O amor é uma doença Alina, uma fraqueza. — Ele disse se aproximando dela segurando o queixo da mesma erguendo o rosto dela.

— Você devia experimentar de vez em quando, querido. — Ela falou ironicamente olhando para os amados olhos de tempestade saindo batendo o pé em direção aquela floresta negra.

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Todos os membros daquela pequena seita haviam chegado naquela clareira, não eram muitos mas Alina podia notar alguns intrusos nascidos-trouxas por ali o que a fez suspirar e se sentar no tronco de uma árvore quebrada qualquer enquanto ouvia o discurso apaixonado de Tom Riddle.

Depois do episódio com Nina a loira estava sem mais um pingo de paciência para aquilo, a única coisa que queria era que tudo aquilo acabasse para ela tomar um banho quentinho e se deitar e quem sabe sonhar com uma possível desculpa para dar para Nina.

— O que aconteceu? — Lestrange perguntou se sentando do lado dela oferecendo aquela garrafinha para ela que aceitou de bom grado.

— Todos vocês aqui são pessoas idiotas. — Alina disse bebendo o conteúdo da garrafa.

— Ei com calma, Alina — Ele disse vendo ela beber demais — Bom idiota é uma definição, todos aqui estão com o propósito de ganhar uma maldita marca.

— Ah, a marca — Alina disse olhando para seu pulso agora em branco depositando sua bolsa do lado e pegando sua varinha na coxa fazendo o mesmo lançar um olhar confuso e malicioso para ela.

— Não era mais fácil guardar na bolsa?

— Nha, aqui é mais prático do que fuçar minha bolsa toda para achar, feitiço indetectável de extensão. — Alina disse com um sorriso tirando o feitiço de seu braço deixando sua marca a mostra — Alguma coisa assim?

— Quase idêntico, pelo que vimos nos desenhos no lugar da rosa é uma caveira.

— E todo mundo está aqui com o propósito de se provar para obter isso? Idiotas. — A loira disse revirando os olhos direcionando o olhar para frente onde Abraxas começava a torturar uma garotinha em busca daquela marca logo encostando sua cabeça no ombro do cacheado que ainda bebia.

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— Alina o que está achando querida? — Riddle perguntou voltando sua atenção para a loira entediada fazendo todos olharem para ela também, maldito Riddle.

— Bastante emocionante, Milord — Ela disse cinicamente sem se levantar.

— Que bom que está se divertindo Alina, mas acho que você devia participar também, todos já receberam suas marcas porém ainda sobrou um inseto. — Ele falou sorrindo apontando para um garoto de aparentemente uns quatorze anos que tremia.

— Não muito obrigada, já recebi a minha adorável marca, não lembra? — Ela disse entre bocejos mostrando seu pulso esquerdo.

— Nem para proteger sua tola amiguinha? — Riddle perguntou com os olhos com um leve brilho carmesim fazendo ela suspirar e finalmente encontrar os olhos dele. — Vejo que consegui sua atenção, muito bem, nos mostre o que pode fazer querida Alina e prometo instruir ao querido August que pare de trazer aquela jovem, qual era o nome dela mesmo? Carolina Faye?

— E vamos de chantagem novamente Riddle? — Ela disse se levantando daquele banco improvisado com uma careta.

— Chantagem é uma palavra muito forte Alina, acho que "acordo" é algo mais preciso.

— E vamos ao show. — Ela disse debochada com uma grande mesura pegando sua bolsa do seu lado e se direcionando para o centro daquela clareira finalmente observando todos os membros daquele círculo calados e sentados obedientemente como cachorrinhos, idiotas.

Alina revirou os olhos e se agachou na frente do pobre garoto que tremia sussurrando um "já vai acabar, não se preocupe" como forma de acalmá-lo, ela puxou a parte do vestido para cima mesmo sabendo que não tinha mais solução o barro ali colocado à não ser uma bela lavada o que ela obviamente faria depois.

— Qual seu nome querido? — Alina perguntou segurando as mão dele fazendo ele olhar para ela.

— Aaron — Ele falou tremendo — Por favor, não me machuque.

— Shhh, ninguém vai te machucar aqui — Alina disse suspirando soltando a mão dele em um último conforto colocando-as na têmpora do mesmo sussurrando um "legitimantes" antes de fechar os olhos rapidamente.

Alina não estava mais no seu corpo ela percebeu, flashes coloridos passava em volta dela fazendo a loira assimilar quem era aquele garoto, o que ele vinha sofrendo e tudo que aqueles olhos castanhos lacrimosos escondiam.

Ele era um lufano corajoso que sempre via a bondade nos outros e foi justamente isso sua ruína naquela noite ao seguir um garoto aleatório que Alina não sabia o nome, ele morava com o pai que o desprezava por ser bruxo até bantendo no mesmo quando esse era criança, a mãe havia morrido de uma doença a muito tempo e sua única figura materna era sua avó mas que já estava muito velhinha para cuidar do mesmo.

Embora seu passado trágico era um bom aluno e um bom amigo, era um dos alvos favoritos daqueles seres lá fora por justamente ter a coragem de responder ao bullying sem aceitar aquilo calado, Alina admirou aquilo nele, mas ela sabia que por trás daquela coragem existia um garoto frágil que achava que não pertencia a lugar nenhum, ela se reconheceu um pouco naquele garoto e se ressentiu de ter que usar aquilo contra o mesmo.

— Aaron Shoppings, você é um garoto corajoso querido — Alina começou voltando a segurar em suas mãos olhando para seus olhos castanhos brilhantes — Você é alguém leal e responsável, eu admiro isso em você, mas você não acharia melhor desistir? — Alina disse agora sussurrando em seu ouvido — Você se sente desprezado, fora do eixo, em um universo estranho que não te pertence, não falo do mundo bruxo querido, mas eu falo de sua vida antes daqui, desprezado pelo pai, abandonado pela mãe, sua única luz sua querida abuelita mas ela está doente não? Quando ela morrer você sabe que vai ficar sem chão mas mesmo assim continua, você vai ficar sozinho, abandonado a mercê de um monstro que vai fazer de tudo para esmagar todas as últimas gotas de felicidade de sua vida, sua única válvula de escape será hogwarts, más com garotos como eles você sabe que nunca terá descanso, aos poucos você vai cansar, vai se formar e tentar achar algum emprego para sair da prisão do seu pai, mas você é apenas um nascido-trouxa, não vai conseguir muita coisa no mundo bruxo nessa época então vai apelar para o mundo trouxa, mas você não tem habilidade alguma a não ser feitiços avançados certo? Você vai se se sentir miserável, uma casca tentando suportar tudo isso, você é inseguro e sabe que nenhuma garota vai se interessar por você, e mesmo que você se case e tenha filhos você tem medo dessa sombra, tem medo de ser igual a ele, igual aquele monstro que atormenta seus pesadelos, medo de se parecer com ele, de agir como ele, e por isso você usa essa mascara alegre o tempo todo — Alina terminou o sorriso erguendo os olhos para à figura à sua frente assustada e chorando horrores ela suspirou mais uma vez agora enrolando o cacho do cabelo dele em suas mãos sentindo milhares de olhos direcionados em sua direção impressionados e se perguntando o porque do garoto estava chorando tão desesperadamente. — Você não acha melhor desistir pequeno? ir para um lugar longe dessa confusão toda, ir para os braços de sua amada mãe, ficar em um lugar onde só tem pessoas boas onde não podem te machucar nunca mais? Sua vida é insignificante aqui, você é um bom garoto, não merece isso. — Ela falou vendo ele assentir rapidamente. — Eu vou te dar uma escolha pequeno — Ela falou pegando a bolsa prateada abrindo ela e erguendo dois cálices de lá — Nesse cálice dourado eu coloco um pouco de água com açúcar para você se acalmar, nesse prateado uma poção que vai te levar para o lugar que tanto deseja, um sono eterno onde você poderá ser feliz finalmente, onde existem pessoas que se preocupam e se importam com você.

Alina colocou os dois cálices no chão e um preencheu com água como tinha prometido e a outra com a misteriosa poção.

— Você escreve seu próprio destino pequeno, você escolhe de que forma quer viver, você pode escolher entre essa vida miserável e a morte, onde tudo isso vai acabar, todo seu sofrimento. — Ela disse soltando ele vendo que as lágrimas ainda caiam de seus olhos castanhos. — Escolha o que você preferir, ninguém vai te julgar muito menos punir aqui — Ela disse finalmente observando as pessoas que encaravam as cenas atônitas. — Boa sorte pequeno.

Alina suspirou mais uma vez se levantando e alongando a saia azulada com barro nas pontas notando a indecisão e a mente bagunçada do garoto, ela viu ele se aproximar das taças com receio dando uma ultima olhada para loira antes de erguer a taça prateada, beber o líquido preto e cair no chão.

Silêncio, era o que se seguiu por alguns instantes.

— Ele não está morto — Alina anunciou antes de tirar os olhos do pequeno garoto — Ele está sonhando apenas, em um sonho distante e profundo, quando acordar ele não vai lembrar de nada.

— Você praticamente induziu o garoto a se suicidar Alina — Tom disse com uma pitada de orgulho que fez algo dentro dela revirar.

— Ele não está morto — Ela repetiu voltando a olhar para o garoto.

— Mas acha que está.

— As vezes a pior tortura é a verdade da insignificância de nossas vidas, as vezes palavras machucam mais que atos, eu praticamente quebrei o psicológico do garoto essa noite Tom, é bom ele estar sã e saudável amanhã no café da manhã — Alina disse se virando para encarar o moreno que sorriu perversamente com aqueles olhos carmesim — Espero que tenha apreciado o show, Milord — Ela falou com desdém se virando e saindo rapidamente dali. Onde é que ela havia se metido Deus?

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Quase 5.000 palavras pqp, desculpem a demora mas para esse capítulo ficar pelo menso 1% do que eu imaginei eu tive que detalhar bastante o que deu bastante trabalho kkkkk Sem muitos comentários por minha parte, deixo isso para vocês mas venho lembrar para não brincarem com o psicológico de ninguém amores, como Alina disse às vezes palavras machucam mais que atos e mesmo que não percebemos podemos estar fazendo alguém sofrer bastante com certa piadinha de mal gosto ou brincadeirinha, cuidado com as palavras amores, se até Tom Riddle tem sentimentos quem dirá os outros.

Espero que vocês estejam gostando e apreciando os acontecimentos da fanfic eu estou adorando confesso, Alina amor da minha vida todinha. Vou ver se consigo postar o último capítulo dessa maratona hoje porém como esse deu muito trabalho vou ver se minha linda mente quer ter mais alguma criatividade hoje, qualquer coisa eu aviso no meu quadro de mensagens gente.

bjs.