𝐈 • 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐀𝐁𝐎𝐑𝐓𝐈𝐎𝐍
⇠ CAPITULO UM ⇢
Faltavam apenas quinze minutos para o trem sair quando Alina entrou na plataforma 9 ¾, a mesma não poderia estar mais aliviada ao sair daquela casa fúnebre e voltar ao seu verdadeiro lar, sua amada casa, sua Hogwarts. Suas férias não foram uma das mais agradáveis graças ao seu pai, um homem robusto, bêbado e com uma aparência medonha graças a guerra que seguia.
Alina morava em uma parte mais afastada de Londres, seu pai era um antigo puro-sangue falido, então mesmo que não gostassem moravam em um casebre comparado a antiga mansão Strong, mas para muitos trouxas aquela casa classe média era tudo menos um casebre.
Sua mãe e seu irmãozinho mais novo tinham falecido na tragédia do dia 30/04, que coincidentemente era seu aniversário, a família feliz passeava pelo parque antes do toque de recolher tão conhecido por aqueles cantos quando bombas de gás foram jogadas em Londres, a mãe da garota era estrangeira mas seu pai tinha se apaixonado pela encantadora alemã de cabelos de gelo e olhos caramelos.
Alina era bem parecida com sua mãe, apenas os olhos azuis que puxou de seu pai lhes diferenciavam, Luke seu irmãozinho tinha cabelos tão loiros quanto as duas porém seus olhos esverdeados gerava conflitos entre a família, todos acusavam Sansa Schwarze Rose de adultério, porém esqueciam que a mãe de Henry tinha olhos tão vibrantes quanto.
Alina se aproximou do trem vermelho com um suspiro cansado, estava farta de ter que viver naquela casa com seu pai, de viver aquela vida, contava os minutos para seus 17 anos mas enquanto isso viveria aquele presente medíocre.
Alina avistou seu velho amigo que agora poderia chamar de namorado e deu um sorriso, Jonathan Nott com o seu famoso sorriso zombeteiro junto com seus pais e sua irmãzinha Katrina. A garota seguiu em direção ao garoto e com um sorriso cumprimentou os pais do mesmo.
— Senhor e senhora Nott — ela falou com uma reverência de cabeça enquanto sorria.
— Venha cá menina —falou Margarida Nott que considerava a menor como uma filha. — Estávamos com saudades não é mesmo Jonh? — ela disse com um sorriso.
— Com certeza — ela falou ainda com seu sorriso.
— Mas eu estava mais — falou a pequena Katrina dando um abraço apertado na mais velha.
— Eu também estava, uma pena eu não ter conseguido ir nenhum dia lá na casa dos senhores — ela falou com sorriso triste.
— Ah mas sem problemas minha querida, está convidada para passar o natal conosco — o senhor Nott falou sorrindo.
— Seria uma honra, depois mando uma carta para meu pai, tenho certeza que ele deixará — falou a garota sorrindo por fora mas sabendo que seu pai nunca deixaria ela ir por conta própria, ela era "propriedade dele" ele sempre dizia.
—Bom crianças, o trem já vai partir então é melhor você irem — A mulher mais velha falou dando um abraço de despedida em seu filho e depois na loira.
Alina junto com o Nott seguiram em direção ao trem apenas parando para dar um tchauzinho na janela enquanto ele sussurrava:
— Como você vai fazer para ir lá para casa?
— Eu dou meu jeito, como sempre é claro — ela falou piscando e saindo da janela e se direcionando ao corredor enquanto ele ria.
— Vem comigo para a cabine da sonserina?
— Não mesmo — ela respondeu com uma risadinha — Tenho que encontrar as meninas.
— Hmm, tudo bem — ele falou — senti saudades — ele disse depositando um selinho rápido na boca da garota.
— Eu também pequeno carneiro — ela disse rindo.
— Ah pare com isso — ele choramingou enquanto lembrava da aventura que teve com a garota ano passado quando descobriram o significado de seu nome.
— Nott preciso falar com você — um dos amigos do sonserino apareceu — Senhorita Strong — ele disse sorrindo cumprimentando a loira.
— Ola Tom, tudo bem, eu já vou indo, até logo garotos. — A loira disse e seguiu para a área onde geralmente suas amigas ficavam naquele trem.
A loira andava pelos corredores já vazios pois o trem já tinha saído da plataforma quando ouviu uma conversa que deveria ser particular mas a porta estava entreaberta, a mesma sorriu quando seu codinome foi dito lhe chamando atenção.
— Isso foi apenas um erro de verão Liam, o que eu vou fazer? Meus pais vão me matar se descobrirem que fiquei grávida antes do casamento e ainda por cima de um mestiço. — A garota disse aos prantos.
— O que vamos fazer? — O garoto disse apreensivo.
— Eu simplesmente não posso ter esse filho.
— Você está pensando em abortar? — disse o garoto assustado.
— É a melhor forma, não vai ser você que vai ser julgada e humilhada se alguém descobrir, porque os homens podem fazer tudo que quiserem — disse a garota irônica e Alina concordou totalmente em silêncio.
— Vai pedir a poção para a Madame Leia? — ele perguntou ainda assustado.
— De jeito nenhum, ela contaria a minha mãe como "forma de segurança" e isso seria uma catástrofe, quanto mais pessoas souberem pior.
— Tudo bem, eu tenho uma ideia — disse o corvino.
— Qual? — ela perguntou esperançosa.
— Já ouviu falar na rosa negra não? — ele indagou.
— Shiu, fala baixo idiota, quer que alguém pense que estamos envolvido com isso?
— É a única solução Izza — ele falou — E são apenas 10 galeões cada uma.
— Você já pediu alguma? — ela sussurrou.
— Eu não mas Brendan já ano passado para poder ir bem na prova de transfigurações, não fala que eu te contei mas ele não tinha estudado nada.
— Então por isso que ele tirou uma das melhores notas do 4º ano nessa matéria e Dumbledore nem desconfio.
— Exatamente e ainda começou a namorar a Gabi — ele disse sorrindo — Mas você conhece os boatos né?
— Quais?
— Ela só te prepara uma vez a poção e mesmo se pedirmos para outra pessoa pedir para nós ela descobre e as coisas não acabam muito bem, Brendan tentou pedir outra poção da sorte no nome da Gabi e eles iriam dividir mas a rosa negra acabou descobrindo e os dois ficaram enjoados por 2 dias e nunca receberam a poção, nunca tente passar a perna nela, tem certeza que quer desperdiçar a sua?
— A menos que você peça para mim já que o responsável de esquecer o feitiço foi você — ela disse debochadamente — Amanhã nós dois vamos depositar a carta com os galeões naquela parede de pedra. E você paga.
Antes de Alina ouvir mais daquele papo ela saiu de seu esconderijo com um sorriso de escárnio e sussurrou para si mesma :
— Um poção de aborto ao preparo — e sorriu enquanto encontrava suas amigas em uma cabine não tão longe daquela onde a garota tinha cavado seu próprio buraco, mas Alina lhe entendia perfeitamente e quem era ela para julgar a vida dos outros?
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