
𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗫𝗩𝗜. Separados
Capítulo 16 - Separados
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Pov's Emma
Estava tudo escuro e só consegui ouvir o barulho das pedras caindo, e logo em seguida Thomas e Brenda começaram a tossir.
Brenda - Vocês tão bem?
Thomas - Claro, tô ótimo.
Emma - Eu podia estar melhor.
Brenda acendeu a lanterna e iluminou a parte do elevador, e logo vimos que estávamos sem saída. A única saída estava cheia de pedras.
Thomas - Ah não, não.
Emma - Como vamos voltar lá pra cima?
Brenda - Relaxa, vou tirar a gente daqui.
Brenda jogou uma lanterna para mim, e uma para Thomas.
Thomas - Porque estão nos ajudando?
Brenda - Pode acreditar, não foi ideia minha. O Jorge acha que vocês são o bilhete dele pra um Paraíso Seguro.
Emma - O que?
Brenda - Sabe, Paraíso. É tipo a salvo do sol, sem infecções, dizem que o Braço Direito vem pegando adolescente a anos, os imunes pelo menos. - ela fala levantando e iluminando os lados.
Thomas - Você sabe onde fica?
Brenda - Não, mas o Jorge conhece um cara, Marcus.
Brenda ilumina uma parte do chão, e vê alguma coisa, uma porta de tubulação.
Brenda - Ele era...ele contrabandeava crianças nas montanhas. Se Jorge conseguir sair, é pra lá que vai levar seus amigos.
Thomas - Se ele sair?
Brenda - Ele sempre fez muitas perguntas?
Emma - Desde que chegou na clareira, eu não me lembro como era antes do labirinto, mas tenho certeza que ele não mudou. - digo dando risada.
Brenda - Será que vocês podem me ajudar? - fala Brenda apontando para a porta de tubulação. - Por favor.
Thomas vai de um lado e eu de outro, e começamos a levantar a porta, era um pouco pesada, mas conseguimos tirar. Thomas pegou e jogou para o lado. Logo em seguida, vimos a tubulação muito escura, com um cheiro horrível, e ouvimos algum barulho.
Thomas - Isso não parece bom.
Brenda - Aqui embaixo, a transformação já tá completa.
Emma - Qual o nome desses bichos?
Brenda - Cranks.
Brenda - Tá, vamos, não podemos perder tempo.
Brenda pulou dentro da tubulação, depois Thomas e eu por último. Era um lugar escuro, todo pichado e muito fedido. Brenda iluminou os lados, e começou a andar para dentro de um túnel.
Emma - Que cheiro horrível.
Brenda - Aqui é como um lugar abandonado, ou um esgoto, esse cheiro tá por todo o caminho.
Passamos pelo túnel, e vimos 2 caminhos, parecia um labirinto, ou pelo menos lembrava um. Mas imagino que este lugar seja mais seguro que o labirinto, aqui não tem Verdugos. Mas pode ter algo pior "Droga, e os Cranks?" foi a primeira coisa que pensei, mas os Cranks não devem ter garras, não devem ser gigantes, e provavelmente não foram feitos pelo CRUEL. Eram pessoas antes dessa vida de Mértila, antes de enlouquecerem, alguns deles podem ser nossos parentes, só não sabemos. Mas não acho que algum parente meu esteja vivo, tirando Thomas e Jason. O única que eu conhecia como parente morreu antes de saber que éramos primos. Zeke, que saudades dele.
Mas tenho certeza que todos os meus parentes viraram Cranks, ou morreram no fogo. Bilhões de pessoas morreram, porque minha família ainda estaria viva? Bom...quando você vira um Crank você não morre, mas enlouquece, que talvez seja pior do que morrer.
Vejo uma mão passando na frente de meu rosto, e percebo que era Thomas. Eu tinha me desligado da realidade, fiquei parada pensando e nem lembrei que estávamos dentro de um túnel.
Thomas - Tá tudo bem?
Emma - Ah, tá sim, eu só estava...pensando.
Thomas olha para mim confuso, eu até entendo ele ter ficado confuso, como eu poderia parar para pensar se meus amigos estavam em algum lugar junto com um homem estranho que nunca vimos na vida.
Brenda - Acho que é por aqui.
Thomas - Acha?
Andamos para o mesmo lado por um tempo, em silêncio, uns 15 minutos. Até que Thomas pergunta algo novamente.
Thomas - Mora gente aqui?
Brenda - As tempestades solares forçaram as pessoas a irem ao subsolo. Jorge diz que há acampamentos por todos esses túneis.
Emma - Mas e o Jorge, ele é seu pai?
Brenda - Quase isso, a verdade é que eu não sei bem o que ele é, mas ele sempre esteve ao meu lado. E eu sempre fiz o que ele me pediu, até as maiores burrices.
Thomas - Acha que o Braço Direito não é re..
Thomas é interrompido por um barulho muito alto, que vinha de trás.
Brenda - Acho que, esperança é uma coisa perigosa. Esperança já matou mais amigos meus que o Fulgor e o Deserto juntos. Só achei que o Jorge fosse mais inteligente.
Demos de cara novamente com dois caminhos, Thomas foi na frente, e viu outros e outros túneis, era definitivamente um labirinto, mas no subsolo. Thomas começou a ir para outro lado e eu e Brenda para outro. Até que escutei a voz dele de longe.
*Thomas - O gente, eu acho que pode ser por aqui*
E escutei novamente Thomas, mas dessa vez ele falou mas alto.
*Thomas - Meninas? Emma?*
Emma - A gente tá aqui!
Eu e Brenda achamos outro caminho, mas as paredes estavam cheias de alguma coisa, um musgo ou algo do tipo.
Emma - Olha pra isso.
Thomas iluminou o lado, e havia mas desse negócio, parecia uma planta nojenta que estava por todos os lados.
Thomas - O que é isso?
Brenda - Eu não sei.
Chegamos mais perto, e escutamos um barulho, vinha de um dos túneis que tinha nas paredes. Até que apareceu um rato, ele desceu e chegou perto de Brenda, mas ela o chutou para o lado.
Brenda - Que nojo.
O rato andou para frente, e quando chegou perto de outro túnel, algumas coisa o pegou. Parecia um braço, ou algo parecido, se mexeu rapidamente para pegar o rato, e no mesmo segundo, começou a se desgrudar da parede e arrancou a cabeça do rato, com uma mordida. E logo vimos que era um Crank "Que nojo" eu nunca tinha visto um de perto, era nojento, não tinha cabelo, a boca era roxa e estava com uma roupa toda rasgada.
Nos túneis dos lados, começou a aparecer outros Cranks, alguns não conseguiam ficar em pé, e estavam se arrastando no chão. Quando viramos para correr, um Crank estava vindo de trás, Thomas virou a mochila de Brenda e pegou alguma faca, ou bastão e acertou o rosto do Crank. Mas o barulho foi um pouco alto, e os outros Cranks notaram nossa presença, nós só podíamos fazer uma coisa. Correr.
Thomas - Vai, vai, corre! - gritava Thomas, logo atrás de mim e de Brenda.
Corremos para qualquer lugar, até que começamos a ver uma luz, quando chegamos mais perto, vimos que era a saída, ou pelo menos parecia. Dava para a cidade, mas não podia descer, era alto e estava tudo caindo para os lados. Os Cranks continuavam atrás de nós, então começamos a subir em umas pedras, alguns Cranks pararam e alguns caíram, mas quando nos viram subindo, começaram a fazer o mesmo. Chegamos perto do prédio que estava virado, mas estávamos sem saída.
Emma - Mas que droga!
Brenda - Rápido, por aqui!
Brenda começou a subir em outras pedras, e eu sabia que não ia acabar bem, nós estávamos indo muito alto. Uma máquina que tinha no alto, começou a cair em nossa direção.
Brenda - CUIDADO!
Eu e Thomas conseguimos desviar, mas o Crank que estava atrás de nós, foi atingido pela máquina. Ele caiu em um vidro que acabou quebrando, fazendo ele cair no "penhasco".
Aqueles Cranks pareciam ser espertos, eles continuaram nos seguindo até uma escada que havia dentro do prédio. Brenda começou a subir, se apoiando no corrimão para não escorregar até o outro lado.
Brenda - Vem, me segue!
Quando estávamos mais encima, os Cranks chegaram na sala, um deles começou a subir a escada igual nós, e o outro começou a pular pelo corrimão. Ele obviamente ia nos alcançar, até que Brenda se apoiou no corrimão e chutou o Crank, fazendo ele cair tudo.
Emma - Continua, rápido! O outro Crank tá vindo!
Estávamos conseguindo subir, até Brenda segurar em um corrimão que estava torto. Quando ela se segurou, o corrimão quebrou, fazendo ele cair em uma das portas. A porta se abriu logo em seguida, fazendo Brenda passar pela sala toda, e parar na janela, ficando sem poder se mexer.
Emma - Brenda!!
Thomas - Brenda, tá tudo bem!?
Era óbvio que não estava, ela caiu de uma altura grande até um vidro, que se ela se mexesse, podia quebrar, fazendo ela cair no penhasco.
Thomas - Aguenta, a gente vai descer!
Thomas começou a descer pelos lados, se segurando na porta, e depois em um negócio que estava preso na parede. Eu fui seguindo ele, fazendo o mesmo.
Emma - Não se mexe, o vidro vai quebrar!
Brenda começou a levantar lentamente, para não quebrar o vidro. Thomas foi para perto e esticou a mão para Brenda, eu fiquei mais atrás para não atrapalhar.
Thomas - Brenda, pega na minha mão!
Brenda esticou a mão, até que o Crank, o único que tinha, chegou na porta e escorregou. Caindo igual Brenda, mas caindo encima dela, começando a forçar o vidro.
Brenda - Gente! Me ajuda!
Ela jogou o Crank para o lado, e foi para o outro alcançar a mão de Thomas, mas o Crank puxou seu pé e prendeu Brenda no chão. Thomas pegou algum ferro da parede e foi para perto do vidro, Brenda jogou novamente o Crank para o lado e se segurou em Thomas. Com o ferro, Thomas quebrou o vidro fazendo o Crank cair no penhasco.
Emma - Vocês tão bem? - falo me aproximando para ajudar a segurar Brenda.
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Saímos da sala, e começamos a explorar o prédio, para achar uma saída. Até que achamos uma porta e do outro lado, tinha umas escadas que davam até a parte de baixo. Descemos até lá e então continuámos andando, até que Brenda para e começa a se sentar.
Emma - O que foi?
Thomas - Tá tudo bem?
Brenda arranca um pedaço de um pano que tinha do lado, e puxou a parte de calça. Quando ela ergueu a calça, vimos que ela estava machucada, parecia algum tipo de mordida.
Brenda - Droga.
Thomas - Brenda...
Brenda - Tá, eu sei.
Ela coloca aquele pano na parte do machucado e enrola. Depois que estava bem preço, ela pegou a mochila e se levantou.
Brenda - Vamos procurar o Marcus.
Mas pra frente, começamos a escutar um barulho, quando chegamos mais perto vemos várias pessoas, andando, conversando e até trocando objetos.
Brenda - Olha...tenta passar despercebido.
Então continuámos andando até o lugar que o Marcus podia estar, até que chegamos em um lugar com uma placa escrito ZONA' A. Era um lugar bem movimentado, bem diferente do que eu pensava, achei que seria um lugar sem ninguém ou um lugar cheio de Cranks.
Thomas - Tem certeza que é aqui mesmo?
- Vieram pra festa?
Brenda - Não, a gente veio ver o Marcus é aqui que ele mora, não é?
- É aqui que eu moro!
Olhamos para frente, e vimos um homem de cabelo loiro e com uma roupa vermelha.
Emma - Você é o Marcus?
- Marcus...não mora mais aqui.
Brenda - Sabe onde a gente encontra ele?
- Claro, claro. Ele tá na Zona B.
Thomas - O que é Zona B?
- É onde queimam os corpos. - falou uma mulher loira que estava atrás de nós.
Emma - Passou mas alguém aqui procurando por ele?
Thomas - Um grupo da nossa idade, tinha uma garota entre eles de cabelo preto.
- Eu acho que eles estão lá dentro. Toma. - falou o homem pegando uma garrafa com um líquido verde dentro.
Thomas - O que é isso?
- É o preço da entrada. Bebi!
Brenda puxou a garrafa da mão dele, e virou a garrafa, e logo em seguida esticou a garrafa para mim.
Emma - Que droga.
Peguei a garrafa e virei igual Brenda, senti minha garganta queimar, era um gosto horrível e extremamente ardido.
- Sua vez. - disse o homem olhando para Thomas e sorrindo.
Dei a garrafa para Thomas, e então ele começou a virar a garrafa igual eu e Brenda.
- Beleza! Curtam a festa. - falou o homem nos empurrando para dentro.
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!Capítulo não revisado¡
°•Escrita não atualizada
Total de palavras:2020.
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