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𝟷𝟾. 𝙶𝙷-𝟹𝟸𝟻

𝐼 𝑤𝑎𝑘𝑒 𝑖𝑛 𝑡𝘩𝑒 𝑛𝑖𝑔𝘩𝑡, 𝐼 𝑝𝑎𝑐𝑒 𝑙𝑖𝑘𝑒 𝑎 𝑔𝘩𝑜𝑠𝑡
𝑇𝘩𝑒 𝑟𝑜𝑜𝑚 𝑖𝑠 𝑜𝑛 𝑓𝑖𝑟𝑒, 𝑖𝑛𝑣𝑖𝑠𝑖𝑏𝑙𝑒 𝑠𝑚𝑜𝑘𝑒



A sala estava silenciosa, as luzes frias refletindo no brilho metálico das cadeiras ao redor da pequena mesa. Fury sentou-se à frente de Lis e Steve, sua postura rígida, mas os olhos revelando uma rara tensão.

Lis e Steve estavam do outro lado, próximos, com a mão de Steve descansando na perna dela, uma tentativa silenciosa de transmitir conforto em meio à confusão. O clima era pesado, como se o ar estivesse carregado de algo prestes a ser revelado.

Fury quebrou o silêncio, inclinando-se ligeiramente para frente.

— Não quero ninguém bravo comigo antes de ouvir tudo que tenho para dizer.— começou ele, o tom sério, porém cauteloso. Ele respirou fundo, como se se preparasse para mergulhar em um assunto que preferiria evitar. — Lis, você se lembra do GH-325?

Ela assentiu lentamente, uma pontada de reconhecimento iluminando seus olhos, mas também uma sombra de apreensão.

— Sim, eu lembro. — respondeu, sua voz calma, mas carregada de significado.

Steve, ao seu lado, franziu a testa, sua confusão se transformando em preocupação.

— O que é isso? — perguntou ele, a mão apertando levemente a perna de Lis, como se estivesse se preparando para qualquer resposta que pudesse vir.

Fury manteve seu olhar fixo em Lis por um momento antes de se virar para Steve.

— GH-325 é um composto.  — ele hesitou por um segundo, escolhendo as palavras com cuidado. — Um soro derivado de uma fonte não exatamente comum. — Ele fez uma pausa. — É usado para curas extremas, situações onde a morte é iminente e não há outra saída. Foi testado em alguns casos especiais e funcionou.

— É alienígena, Steve. — ela revelou, mantendo a voz firme, mas com um leve tremor nos olhos. 

Steve arregalou os olhos, seu corpo imediatamente se tensionando. Ele estava segurando a mão dela, mas agora o toque parecia mais desesperado, como se a sensação de perdê-la fosse se tornando ainda mais real.

— Alienígena? — Ele repetiu, incrédulo. — Como... por quê? — Sua voz saiu entrecortada, quase falhando enquanto processava a ideia. 

— Já usamos isso antes. — respondeu Fury, tentando trazer alguma calma para o momento. — Lembra de Phil Coulson? Ele foi salvo pelo mesmo composto.

Lis virou o rosto para Fury, claramente confusa.

— Espera, você está dizendo que eu usei isso? — Sua voz estava carregada de incredulidade e uma pitada de raiva. — Eu nunca aprovei nada disso, Nick!

Fury suspirou, a expressão impassível começando a se desfazer um pouco. Ele sabia que essa conversa estava longe de ser fácil.

— Sim, Lis. — ele disse, sua voz ficando um pouco mais suave, quase como se estivesse escolhendo cada palavra com cautela. — Você tem o GH-325 no seu sangue. Mas... isso não é algo recente.

Ele fez uma pausa, como se o peso do que estava prestes a revelar fosse quase difícil de suportar. Lis e Steve trocaram um olhar apreensivo, com o silêncio entre eles se estendendo por mais tempo do que o necessário. Quando Fury finalmente retomou a fala, sua voz carregava uma leve hesitação.

— Quando você era bebê... — começou ele, olhando para Lis com um misto de firmeza e pesar, — você sofreu um acidente muito grave. Na época, as opções para salvá-la eram praticamente inexistentes. Seu pai, Howard Stark, autorizou que a S.H.I.E.L.D. utilizasse o GH-325 para salvar sua vida.

Lis recuou na cadeira, como se tivesse levado um golpe físico. Sua mente corria em todas as direções ao mesmo tempo, tentando compreender o que aquilo significava.

— Então, você está dizendo que... — ela começou, a voz quase falhando. — eu estive com essa substância no meu corpo a vida inteira? Que eu fui... modificada?

Fury assentiu, mas seus olhos carregavam uma compreensão silenciosa do impacto que aquela verdade teria sobre ela.

— De certa forma, sim. O GH-325 salvou sua vida, mas nós nunca soubemos exatamente quais seriam os efeitos a longo prazo. A única certeza que tivemos foi que você se recuperou completamente.

Steve olhou para Lis, ainda processando a revelação. Sentia uma mistura de alívio e raiva, como se não soubesse se deveria agradecer por ela estar viva ou odiar o fato de que uma decisão tão monumental foi tomada por ela, sem que ela tivesse qualquer escolha.

— Vocês mantiveram isso em segredo dela a vida inteira. — disse ele, a indignação transparecendo em sua voz. — Isso não era algo que ela merecia saber?

Fury desviou o olhar por um momento antes de encarar os dois novamente.

— Howard acreditava que era melhor assim. — respondeu ele. — Ele queria que você tivesse uma vida normal, Lis. Queria protegê-la do que isso poderia significar.

Lis respirou fundo, a mente girando com a revelação. Toda a sua vida, ela havia carregado algo alienígena em seu corpo, algo que agora estava sendo usado para salvar sua vida mais uma vez. A sensação de ser traída, de ter tido uma parte tão essencial de si ocultada, misturava-se com o alívio esmagador de ainda estar viva.

Lis ficou tensa, os ombros enrijecidos, o olhar fixo em Fury. A ideia de que o GH-325 estivesse no seu sistema a vida inteira a perturbava profundamente.

— Isso é sério, Fury. — ela disse, a voz ligeiramente trêmula. — Pessoas enlouqueceram por causa desse composto.

Fury permaneceu calmo, observando-a com um olhar firme.

— Eu sei, Lis. Mas você não enlouqueceu, não é? — Ele deu uma pausa, sua voz ficando um pouco mais suave. — Você está bem. Está aqui agora.

Ela respirou fundo, tentando se acalmar. A agitação ainda era visível nos seus olhos, mas ela sabia que precisava manter o controle. Steve sentiu a tensão dela e apertou sua mão suavemente, um gesto silencioso de apoio.

— Foi isso que salvou Lis agora, então? — perguntou ele, a voz grave. — Esse soro... ele acelerou a cura dela?

— Sim. — confirmou Fury. — O GH-325 reagiu ao dano que as Joias do Infinito causaram e acelerou a regeneração. Sem ele, as chances de sobrevivência seriam praticamente nulas.

Steve assentiu lentamente, as peças começando a se encaixar em sua mente.

— Isso faz sentido. — disse ele. — Quando Ward tentou sequestrá-la, ele tentou dopá-la, e isso não funcionou. E houve outras vezes... situações em que você deveria ter se machucado muito mais, mas saiu quase ilesa.

Ele fez uma pausa, olhando para Lis com uma nova compreensão.

— E agora você sobreviveu às Joias do Infinito.

Lis sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela nunca quis ser especial dessa forma, nunca quis ter algo em seu corpo que a tornasse diferente. Mas agora, não havia como negar a verdade.

E, mesmo que estivesse assustada, havia uma estranha sensação de alívio por finalmente entender por que sempre pareceu suportar coisas que quebrariam qualquer outra pessoa.

— E o que acontece agora? — perguntou ela, a voz mais baixa, mas com uma determinação que Fury não pôde deixar de admirar.

Fury cruzou os braços, observando Lis com uma expressão de quem pesava cada palavra.

— Precisamos entender que isso está no seu corpo há anos, Lis. Nunca houve qualquer reação estranha, então é justo acreditar que tudo vai ficar bem. — A voz dele era firme, mas havia uma gentileza ali que raramente se via em seu tom.

Ela assentiu devagar, ainda um pouco hesitante, mas tentando encontrar algum consolo nas palavras de Fury.

— Certo. — murmurou, a incerteza clara em sua voz.

— Mesmo assim... — continuou Fury. — É melhor você ficar em observação por enquanto. Só para garantir.

Steve olhou para Lis, visivelmente aliviado. O aperto de sua mão em sua perna relaxou um pouco, mas ele não a soltou.

Fury inclinou levemente a cabeça, como se refletisse sobre o que ia dizer a seguir.

— O que você fez para salvar Tony foi incrivelmente estúpido e suicida. — ele disse, o olhar severo voltando. — Mas funcionou. E no geral, Lis... — ele fez uma pausa, dando um pequeno sorriso de canto. — Estou orgulhoso de você.

Um riso suave escapou dos lábios dela, quebrando um pouco a tensão que pairava no ar.

— Eu sei. — respondeu ela, brincando. — Eu sou incrível, afinal de contas.

Fury bufou, mas seu olhar mostrava algo próximo a uma admiração genuína. Steve apertou a mão dela mais uma vez, como se quisesse dizer que, incrível ou não, ele estava ali para apoiá-la em cada passo.

Nick saiu da sala, deixando Lis e Steve a sós, envoltos em um silêncio que parecia pesar um pouco mais agora. 

 Lis se afastou da mesa e encostou-se à beira dela, os braços cruzados como se isso pudesse conter a mistura de emoções que a invadia. Steve a observava, os olhos azuis cheios de preocupação, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas para romper o silêncio.

— Como você está? — perguntou ele, finalmente.

Ela soltou um suspiro, olhando para o chão antes de encarar Steve.

— É estranho, sabe? — disse ela, a voz baixa. — Saber que tenho DNA alienígena no meu corpo. — Ela balançou a cabeça, como se ainda tentasse assimilar aquilo. — Isso muda tanta coisa.

Steve também suspirou, o som carregado de frustração. Ele deu um passo à frente, parando bem diante dela.

— Eu entendo. Também não me sinto à vontade com essa ideia. — Ele fez uma pausa, a expressão firme. — E o fato de terem escondido isso de você por toda a sua vida, é difícil de aceitar. — A voz dele estava grave. — Arriscaram você quando era só um bebê, mesmo que tenham feito isso para salvar sua vida. Ainda assim, é preocupante. — O tom dele era de quem já tinha lidado com segredos demais para confiar neles.

Lis ergueu os olhos para ele, sentindo a honestidade em suas palavras. Antes que pudesse responder, Steve segurou seu rosto com as duas mãos, os polegares traçando levemente suas maçãs do rosto, como se quisesse fixar aquela sensação em sua memória.

— Mas isso não muda quem você é.  — ele disse suavemente, o olhar firme nos olhos dela. — E eu estou tão aliviado que você está aqui. — a voz dele quebrou um pouco, carregada de uma emoção que ele raramente permitia transparecer.

Ela sentiu o peso de tudo aquilo. As camadas de preocupação, raiva, alívio e amor se entrelaçando de uma forma que era quase palpável.

Steve a puxou para si com uma urgência que não deixava espaço para hesitação. Seus lábios se encontraram em um beijo intenso, carregado de todos os sentimentos que palavras não conseguiam expressar. 

 A sala parecia desaparecer ao redor deles, enquanto ele aprofundava o beijo, envolvendo a cintura dela e a puxando para mais perto, até que Lis se inclinou para trás, suas pernas entreabrindo-se para acomodá-lo melhor entre elas.

As mãos de Steve deslizaram para a nuca de Lis, puxando-a para mais perto, enquanto os dedos dela se enredavam em seu cabelo. 

Quando se afastaram, ambos estavam ofegantes, com os rostos próximos e os olhos fixos um no outro, como se estivessem descobrindo algo novo. Por um momento, o mundo fora daquela sala não existia. Havia apenas eles dois e a sensação de que, apesar de todas as incertezas, tinham se encontrado outra vez.

HORAS MAIS TARDE

A casa de Tony estava envolta em um silêncio tenso, pontuado apenas pelo som baixo do vento lá fora e o choro suave de Pepper, que ainda não conseguia acreditar que Tony estava ali, sentado no sofá ao lado dela, vivo.

Morgan, no colo do pai, o observava com olhos grandes e curiosos, sem entender completamente o que estava acontecendo, mas reconhecendo a alegria e o alívio que envolviam o momento.

Steve estava em uma poltrona, ainda vestido com sua camisa escura e jaqueta de couro que agora amassavam-se um pouco e mesmo exausto, mantinha uma postura de alerta, observando cada movimento.

Lis estava de pé ao lado da janela, a luz suave da tarde filtrando-se e delineando seu rosto com uma delicadeza etérea. Ela ainda usava o moletom que lhe emprestaram no prédio da S.H.I.E.L.D., ligeiramente grande e cobrindo-lhe as mãos, mas seus olhos estavam despertos, ágeis, atentos a cada detalhe da cena ao seu redor.

Tony quebrou o silêncio, com uma expressão entre a incredulidade e a ironia:

— Então... quer dizer que você voltou no tempo para me salvar, se sacrificou no meu lugar e sobreviveu só porque nossos pais, em algum momento insano, permitiram que colocassem DNA alienígena em você quando era bebê? — Ele sorriu com aquela expressão cínica e familiar, mas seus olhos denunciavam o turbilhão de emoções. Ele ainda estava tentando assimilar tudo, processar o impossível diante de seus olhos.

Lis ergueu uma sobrancelha e assentiu como se aquilo tudo fosse a coisa mais rotineira do mundo, embora um leve sorriso cansado traísse a exaustão e o absurdo da situação.

— Praticamente foi isso, sim. — respondeu ela, com um tom casual que contrastava com a surrealidade de tudo que haviam vivido.

Pepper soluçou baixinho ao ouvir aquilo, abraçando Tony mais forte como se temesse que ele pudesse desaparecer a qualquer instante.

Tony retribuiu o abraço com uma intensidade inesperada, deixando uma mão protetora nas costas de Morgan, ainda no seu colo. Ele olhou para Lis e sua expressão mudou, uma sombra de gratidão e culpa misturando-se com o orgulho que reluzia nos olhos dele.

Steve observava de canto de olho, tentando absorver o peso da cena. Ele sabia que mesmo que se passassem anos jamais esqueceria aquele instante.

Havia algo sagrado e trágico naquilo, um reencontro costurado por sacrifícios e segredos, mas que apesar de tudo, era real.

Ele não resistiu e estendeu a mão para Lis, que aceitou sem hesitar, seus dedos entrelaçando-se como se fossem um porto seguro um para o outro em meio ao caos.

Lis lançou um olhar travesso para Tony e com um meio sorriso, disse em um tom leve:

— Ah, não vai me agradecer, Sr. Stark?

Tony bufou, mas seus olhos se estreitaram com uma indignação contida. Era claro que, por baixo da fachada sarcástica, ele estava muito mais irritado do que deixava transparecer.

— Agradecer? — ele começou, cruzando os braços com um ar de sarcasmo pesado. — Não, Lis, porque eu estou ocupado demais tentando entender em que momento da sua cabeça essa ideia fez algum sentido. Se sacrificar sem ter a menor certeza de que voltaria? Isso foi... — Ele parou, segurando-se para não soltar algo mais áspero. — Foi incrivelmente irresponsável.

Lis deu uma risadinha irônica, revirando os olhos.

— Hipócrita. — rebateu ela, com uma voz que deixava claro o quanto achava aquele sermão absurdo. — Ah, me desculpa, Tony, mas você fez exatamente a mesma coisa!

Ele ergueu uma sobrancelha, apontando para si mesmo com um ar teatral.

— Eu sou o Homem de Ferro, Lis. Não é a mesma coisa.

Ela soltou uma risada descrente e cruzou os braços, balançando a cabeça enquanto o observava com um ar debochado.

— Sério? Que desculpa esfarrapada é essa? Você realmente não tá vendo o quanto isso é ridículo, Tony?

— Ridículo? — ele repetiu, o tom de voz subindo. — Ridícula é você... é você se jogar nessa situação sem nem pensar no que poderia acontecer! Você tem noção de que, se as coisas tivessem dado errado, você...

— Ah, vai pro inferno, Tony. — interrompeu ela, mas havia um brilho nos olhos de ambos que deixava claro que ela não estava com raiva.

Tony revirou os olhos, desviando o olhar por um segundo, mas não precisava dizer nada para que Lis percebesse. Ele estava grato. Grato por estar ali, com a família, mesmo que fosse irritante admitir.

Steve, sentado com uma leveza no olhar, riu baixinho e comentou:

— Pelo incrível que pareça, senti falta de ver vocês dois discutindo.

Pepper, que ainda segurava o riso misturado a um certo alívio, assentiu:

— Eu também. E olha que não é algo que eu esperava sentir falta.

Tony lançou um olhar atravessado para os dois, mas logo voltou a fitar Lis com uma expressão um pouco indecifrável, a testa ligeiramente franzida. Ele parecia pensativo, como se estivesse calculando algum enigma impossível de resolver. Ela o encarou, arqueando uma sobrancelha, um sorriso divertido surgindo no canto dos lábios.

— O que foi, Tony? — perguntou, cruzando os braços.

Ele suspirou, ainda com aquele ar analítico e respondeu, como se estivesse observando um espécime raro:

— Só tô vendo se esse seu "lance" com o DNA alienígena não vai acabar te transformando, sei lá, em uma alienígena de verdade. Ou numa mutante. Vai saber, né? Vai que você vira o novo Hulk.

Ela soltou uma gargalhada, balançando a cabeça.

A sala ecoou com risos baixos e olhares cúmplices. Mesmo que um abismo de mistérios ainda pairasse, naquele momento, tudo parecia exatamente onde deveria estar.

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