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𝟷𝟺. 𝚃𝚑𝚎 𝚠𝚘𝚛𝚕𝚍 𝚗𝚎𝚎𝚍𝚜 𝙸𝚛𝚘𝚗 𝙼𝚊𝚗

𝐼 𝑢𝑠𝑒𝑑 𝑡𝑜 𝑘𝑛𝑜𝑤 𝑚𝑦 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒 𝑤𝑎𝑠 𝑡ℎ𝑒 𝑠𝑝𝑜𝑡 𝑛𝑒𝑥𝑡 𝑡𝑜 𝑦𝑜𝑢'
𝐶𝑎𝑢𝑠𝑒 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑙𝑦 𝐼 𝑑𝑜𝑛'𝑡 𝑒𝑣𝑒𝑛 𝑘𝑛𝑜𝑤 𝑤ℎ𝑎𝑡 𝑝𝑎𝑔𝑒 𝑦𝑜𝑢'𝑟𝑒 𝑜𝑛
𝑁𝑜𝑤 𝐼'𝑚 𝑠𝑒𝑎𝑟𝑐ℎ𝑖𝑛𝑔 𝑡ℎ𝑒 𝑟𝑜𝑜𝑚 𝑓𝑜𝑟 𝑎𝑛 𝑒𝑚𝑝𝑡𝑦 𝑠𝑒𝑎𝑡



A noite estava tranquila, envolta no silêncio suave que só as horas mais tardias traziam. A lua brilhava por entre as frestas da cortina, lançando sombras delicadas pelo quarto.

Steve estava deitado ao lado de Lis, o corpo dela relaxado, mas sua mente parecia ainda correr a mil por hora. O ambiente era acolhedor, a cama ampla e macia, com o fiel golden retriever, Buddy, dormindo pacificamente no chão ao lado da cama, em um suspiro profundo de conforto.

Steve olhava para o teto, com o braço por baixo da cabeça, o olhar distante. Ele sabia que algo estava incomodando Lis, mesmo que ela não dissesse. Aquela sensação inquietante desde que voltaram da missão de devolver as Joias, o modo como ela havia se jogado no trabalho, como se quisesse se perder no meio de teorias e rabiscos. 

Ele sempre confiara em Lis e sabia que ela o amava, mas o peso de algo não dito pairava entre eles. Não era comum ela guardar segredos dele.

Virou o rosto suavemente, observando o perfil de Lis, que estava deitada de lado, os olhos fechados, mas ele sabia que ela ainda não dormia. Steve sentiu o impulso de perguntar, de quebrar o silêncio, mas algo o impediu.

Talvez fosse o cansaço dela, ou o fato de que ele sabia que ela falaria quando estivesse pronta. Mesmo assim, o instinto protetor e preocupado não se apagava.

— Buddy está roncando de novo. — ele comentou com uma leveza, tentando quebrar o clima denso, o tom de sua voz carregado de carinho.

Lis abriu os olhos lentamente, virando a cabeça em direção a ele, os lábios curvando-se num sorriso pequeno, mas genuíno. Buddy, do lado da cama, soltou um suspiro profundo e se ajeitou, sem despertar de seu sono tranquilo.

— Ele sempre faz isso? — respondeu Lis, a voz baixa, como se qualquer palavra mais alta pudesse quebrar a frágil paz do momento.

Steve assentiu. O silêncio voltou a se estender entre eles e Steve desejou dizer algo mais. A inquietação ainda pairava ali, uma presença fantasma no quarto.

Ele sabia que ela estava guardando algo, mas preferiu não pressionar. Havia um limite entre querer proteger e respeitar o espaço dela.

— Está tudo bem? — ele disse suavemente, estendendo a mão para tocar o ombro de Lis, os dedos acariciando sua pele num gesto tranquilo.

Ela suspirou, fechando os olhos de novo, como se quisesse se perder naquele momento de ternura, afastando os pensamentos turbulentos que a rondavam.

— Sim. — respondeu ela, embora sua voz traísse a verdade. Ela não estava completamente bem, e ele sabia disso.

Steve se aproximou mais, deitando-se de lado para poder observá-la mais de perto. Ele não insistiria. Não naquela noite. Havia um respeito profundo entre eles, uma confiança que ele sabia que seria honrada a seu tempo.

— Podemos conversar pela manhã. — ele disse, sua voz um sussurro suave, um convite sem pressão.

— Parece uma boa ideia.

Steve sorriu de volta, aquele sorriso bobo que ele sempre tinha quando estava perto dela, o mesmo sorriso que ela adorava, mesmo que não dissesse. 

 Ele a puxou para mais perto, envolvendo-a em seus braços e Lis se aninhou contra o peito dele, finalmente relaxando um pouco mais. Talvez o peso do mundo ainda estivesse em seus ombros, mas ali, naquele momento, com o calor do corpo dele e a segurança que ele oferecia, era mais fácil de carregar.

— Boa noite, Lis. — ele murmurou, beijando o topo de sua cabeça.

Ela apenas suspirou em resposta, os dedos traçando padrões preguiçosos no braço dele, enquanto o sono finalmente começava a vencer.

E assim ficaram, envoltos um no outro, com Buddy roncando suavemente ao lado da cama, a noite cobrindo-os com sua tranquilidade. Steve sabia que o amanhã traria respostas, mas por agora, tudo que importava era que eles estavam juntos, em paz, mesmo que só por aquele breve momento.

A manhã começou tranquila. O sol já brilhava com suavidade, lançando raios dourados por entre as cortinas, enquanto Lis e Steve se espreguiçavam na cama. Havia uma leveza no ar, algo raro após tantas responsabilidades. Eles não tinham pressa. Pela primeira vez em muito tempo, o relógio não parecia um inimigo constante.

Depois de se vestirem, Steve escolheu uma camisa simples e um jeans, enquanto Lis optava por algo casual, mas prático, que ainda carregava o estilo de uma líder da SHIELD. 

No caminho, Steve parou o carro em uma padaria pequena e acolhedora, uma das preferidas de Lis. Ele olhou para ela com um sorriso e disse:

— Fica aqui, já volto com seus croissants.

Ela sorriu de volta, observando pela janela enquanto ele saía do carro com passos decididos, indo até a padaria. O lugar exalava o cheiro tentador de pão fresco e café quente. Steve voltou logo depois, carregando uma sacola de croissants quentinhos e dois copos de café.

— Aqui está. — ele disse, entregando o croissant que Lis tanto gostava, com recheio doce.

Ela pegou rapidamente, dando uma mordida generosa. O sorriso que se formou nos lábios dela fez o peito de Steve aquecer. Ele não resistiu e a beijou logo em seguida, sentindo o gosto doce nos lábios dela, que ela devolveu com suavidade e riso.

— Doce demais? — Lis brincou, sorrindo contra os lábios dele.

— Do jeito certo. — ele respondeu, piscando, antes de voltar para o volante.

Com o café nas mãos e os croissants devorados com gosto, eles dirigiram em direção à SHIELD. A manhã tranquila, a companhia um do outro, e aquele breve momento de simplicidade preenchiam o silêncio no carro. As ruas ainda estavam calmas, e por um instante, parecia que tudo no mundo estava certo. Steve sabia que, em breve, o peso das responsabilidades os alcançaria novamente, mas por ora, eles tinham a paz de um começo de dia simples.

Enquanto se aproximavam do imponente prédio da SHIELD, ambos já se sentiam prontos para mais um dia de trabalho, mesmo que parte de seus pensamentos ainda estivesse naquele breve momento de tranquilidade compartilhada.

Assim que chegaram na SHIELD, o ambiente familiar os envolveu rapidamente.

Steve e Lis cumprimentaram alguns rostos conhecidos pelos corredores. Bucky estava encostado em uma parede, conversando com Yelena, ambos oferecendo um aceno rápido. Fitz e Simmons cruzaram o caminho deles mais à frente, já imersos em alguma discussão técnica, mas ainda assim sorriram e trocaram algumas palavras com Steve e Lis.

Conforme caminhavam mais fundo pelos corredores, o clima de leveza que os acompanhava durante a manhã começava a desaparecer. 

Lis segurava firme a mão de Steve e ele sabia que algo estava para acontecer. Eventualmente, ela o puxou com determinação para o escritório privado dela. As portas se fecharam com um leve clique, isolando-os do mundo lá fora.

Lis encostou-se na mesa, ainda segurando a mão dele. O toque era suave, mas havia algo pesado no ar entre eles, algo que Steve sabia que não poderiam mais evitar. 

Ele olhou para ela, o coração dividido entre o desejo de beijá-la, de simplesmente apagarem aquela distância que, aos poucos, vinha crescendo desde a tarde anterior e a necessidade de encarar o que estava entre eles.

Ela parecia ansiosa, como se tentasse reunir as palavras certas e ele sabia que estava na hora de uma conversa que ambos haviam evitado por tempo demais. Steve se aproximou um pouco mais, mantendo as mãos unidas, mas com o olhar fixo nos dela.

— Lis... — ele começou, sua voz baixa, quase hesitante. — Acho que é hora de conversarmos. Eu sei que tem algo... e quero que você me diga o que está passando pela sua cabeça.

Lis respirou fundo, evitando os olhos de Steve por um momento. Ele ainda segurava sua mão, o toque suave, mas firme, como se quisesse garantir que ela sentisse que ele estava ali, pronto para ouvir. Ela soltou um suspiro pesado e quando finalmente encontrou o olhar dele, havia uma mistura de nervosismo e determinação em seus olhos.

— Eu vou te contar, mas... promete que não vai ficar bravo? — disse ela, sua voz carregando uma ponta de insegurança.

Steve franziu levemente a testa, mas seu sorriso permaneceu suave. Ele deu um passo à frente, tocando o rosto dela com a outra mão, o polegar deslizando de leve sobre a bochecha de Lis.

— Eu nunca fico bravo com você, Lis. — disse ele, com um tom que parecia quase divertido. Ele inclinou a cabeça, o olhar cheio de ternura e compreensão.

Ela revirou os olhos, incapaz de conter uma pequena risada irônica.

— Ah, você fica bravo, sim. — respondeu ela, uma sombra de um sorriso surgindo nos lábios. — Mas tá... — Ela soltou a mão dele e começou a andar de um lado para o outro, como se precisasse liberar a tensão antes de continuar. — Eu ainda tô... pirada nas coisas de viagem no tempo. As coisas que o Tony descobriu. — Lis fez uma pausa, olhando para o chão, tentando organizar os pensamentos. — E depois que a gente foi pra 1970... depois que eu vi meu pai...

Steve ficou em silêncio, observando-a atentamente. Ele sabia que o momento que eles viveram naquela base, a breve e surreal interação de Lis com Howard Stark, havia mexido profundamente com ela. Ele esperou pacientemente enquanto ela lutava para colocar tudo em palavras.

— Eu tive uma ideia. — Ela parou de andar e olhou diretamente para ele. — Uma ideia muito estúpida.

Steve ergueu uma sobrancelha, sem deixar de lado sua expressão calma.

— Que tipo de ideia? — perguntou ele, a voz tranquila, mas cheia de preocupação.

Lis respirou fundo novamente, como se precisasse de mais força para admitir o que estava prestes a dizer.

 Ela passou a mão pelos cabelos, seu olhar fixo no chão por um momento, antes de finalmente encarar Steve com uma expressão carregada de emoção.

— Eu quero voltar para a batalha contra o Thanos. — As palavras saíram rápidas e Steve ficou imóvel, sem reação por um segundo. O choque de ouvir aquilo foi imediato.

— Não. — Ele a interrompeu imediatamente, sua voz firme, quase fria.

— Steve, por favor, me escuta. — Lis pediu, aproximando-se dele, a urgência em sua voz evidente. — Se usarmos a máquina do tempo, se voltarmos... a gente pode salvar o Tony. Podemos impedir que ele estale os dedos!

Steve ergueu a mão, como se estivesse tentando bloquear a ideia antes que ela pudesse avançar mais. Seu rosto estava tenso, os olhos sérios.

— Não, Lis. — Ele repetiu, mais firme dessa vez. — Não funciona assim. A linha do tempo sofreria um impacto gigantesco e você sabe disso. Sabe disso melhor do que eu.

— Mas... — Lis tentou protestar, a voz quebrada, quase suplicante.

— Não. — Steve interrompeu, sua voz cortante. — Thanos destruiria aquela linha do tempo, e talvez até nós mesmos. Se não conseguíssemos voltar a tempo...

Lis abriu a boca para argumentar novamente, mas ele não a deixou continuar.

— Você entende mais dessas coisas do que eu, você sabe disso. Mas não daria certo. O que aconteceu, aconteceu. E eu não concordo com isso. Ponto final.

A tensão entre os dois era palpável. O ar parecia mais pesado e a frustração e dor de Lis começaram a transbordar. Ela se afastou dele, bufando de raiva, passando as mãos pelos cabelos novamente, inquieta.

Ele olhou para ela com os olhos suavizados pela compreensão e pelo afeto, mas sua expressão ainda estava resoluta.

— Eu sei que você quer salvá-lo. Eu sei o quanto isso te destruiu. Mas eu não vou deixar você se arriscar, nem arriscar o que conseguimos. — Ele suspirou profundamente, aproximando-se dela, suavizando o tom. — Se fizermos isso, corremos o risco de perder tudo de novo. E dessa vez, talvez nem consigamos voltar.

Lis fechou os olhos, respirando fundo antes de falar novamente, sua voz mais trêmula, mas cheia de convicção.

— O mundo precisa do Homem de Ferro, Steve. — Sua voz saiu quebrada, mas ela sustentou o olhar, enfrentando a resistência dele. 

Steve olhou para ela, os olhos se suavizando, mas o peso das palavras dela caía entre eles como uma muralha.

— Eu preciso de você. Aqui. Comigo. Viva. — A voz dele era grave, mas cheia de amor e de uma dor profunda. Ele se aproximou, segurando o rosto dela com uma gentileza que contrastava com o tom tenso da conversa. — O Tony fez a escolha dele... para salvar todos nós. Ele nos deu uma chance de continuar. Eu não vou arriscar perder você por algo que já não podemos mudar.

As palavras de Steve bateram com força. Lis sentiu um nó na garganta, os olhos enchendo-se de lágrimas que ela lutava para conter. Ela sabia o quanto ele estava tentando protegê-la e aquilo doía ainda mais. Porque no fundo, ela já tinha tomado sua decisão.

— Steve... — Sua voz estava embargada, os olhos brilhando de emoção. — Eu... eu já decidi. Eu vou fazer isso. Com ou sem você.

O silêncio que se seguiu foi cortante. Steve a olhou, incrédulo, o coração batendo forte no peito. Ela estava realmente decidida a seguir com aquilo, mesmo sabendo dos riscos. Mesmo sabendo o que ele sentia.

— Você não está falando sério... — Ele murmurou, quase como uma súplica, mas ao mesmo tempo sabendo que ela estava.

Lis desviou o olhar, a dor estampada no rosto dela, mas também uma resolução feroz.

Steve soltou um longo suspiro, sua frustração e dor misturadas com o amor que ele sentia por ela. Ele sabia que argumentar seria em vão naquele momento. Ela estava decidida e isso o destruía por dentro.

— Você não precisa fazer isso sozinha... — Ele finalmente disse, sua voz quase um sussurro. — Mas eu não vou concordar com isso, Lis. E se você seguir em frente... eu não sei o que vai acontecer.

O coração de Lis apertou-se, e ela mordeu o lábio, tentando conter as lágrimas. Sabia que estava arriscando muito, incluindo o relacionamento deles. Mas a necessidade de salvar Tony era maior. Ela não podia ignorar isso.

— Eu espero que você me entenda... — Ela sussurrou, antes de virar-se, pronta para sair da sala, deixando Steve ali, sozinho, preso entre o medo de perdê-la e a impossibilidade de impedi-la.

Steve fechou os olhos por um breve momento, seu maxilar tenso enquanto tentava processar as palavras de Lis. Ele respirou fundo, controlando a raiva que começava a borbulhar dentro dele, mas seu olhar revelava o conflito.

— Então é isso? — Sua voz saiu firme, quase fria. — Você vai mesmo seguir em frente com isso... escondendo o que mais tem em mente?

Lis parou na porta, os ombros pesados sob o peso da escolha que fizera. Respirou fundo, sem coragem de encará-lo. Ainda não podia contar tudo. Não agora. Ela sentia o nó no estômago apertar, mas permaneceu em silêncio.

— Espero que você saiba no que está se metendo... — Steve murmurou, com uma mistura de mágoa e frustração, antes de dar as costas e sair da sala.

Lis exalou, o ar pesado escapando de seus pulmões, sabendo que havia muito mais em jogo, e que, por enquanto, ele não sabia de toda a verdade.

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