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𝟷𝟷. 𝚃𝚑𝚎 𝙵𝚘𝚞𝚗𝚍𝚎𝚛 𝚘𝚏 𝙷𝚢𝚍𝚛𝚊

𝐼'𝑣𝑒 𝑏𝑒𝑒𝑛 𝘩𝑎𝑣𝑖𝑛𝑔 𝑎 𝘩𝑎𝑟𝑑 𝑡𝑖𝑚𝑒 𝑎𝑑𝑗𝑢𝑠𝑡𝑖𝑛𝑔
𝐼 𝘩𝑎𝑑 𝑡𝘩𝑒 𝑠𝘩𝑖𝑛𝑖𝑒𝑠𝑡 𝑤𝘩𝑒𝑒𝑙𝑠, 𝑛𝑜𝑤 𝑡𝘩𝑒𝑦'𝑟𝑒 𝑟𝑢𝑠𝑡𝑖𝑛𝑔
𝐼 𝑑𝑖𝑑𝑛'𝑡 𝑘𝑛𝑜𝑤 𝑖𝑓 𝑦𝑜𝑢'𝑑 𝑐𝑎𝑟𝑒 𝑖𝑓 𝐼 𝑐𝑎𝑚𝑒 𝑏𝑎𝑐𝑘



Os vingadores estavam de volta à frente da máquina do tempo, aquela estrutura metálica e reluzente que agora simbolizava tanto o fim de uma era quanto o início de outra.

Bruce estava fazendo os últimos ajustes, os dedos ágeis e precisos, mas a tensão no ar era palpável. Cada som de metal reverberava como um eco do que estava por vir. Ao lado da máquina, Lis observava Bruce trabalhar, os pensamentos correndo em um turbilhão, mas seu olhar permanecia fixo, determinado.

Steve estava um pouco distante, despediu-se de Sam e Bucky com um peso no olhar, como se carregasse o medo de algo dar errado. Era uma despedida carregada de mais do que palavras poderiam expressar, uma troca de olhares que dizia muito sobre a incerteza que pairava sobre eles.

Steve já havia insistido inúmeras vezes para que Lis não fosse com ele. Ele via a dor em seus olhos, o luto que ainda estava fresco, a fragilidade que ela tentava mascarar com determinação. Ele não queria arrastá-la para mais uma missão, não queria expô-la a mais riscos, não agora, não enquanto ela ainda estava tão abalada.

Ele devolveria as Joias do Infinito em seus devidos tempos e voltaria para ela em um minuto. Era o plano mais seguro, o mais sensato.

Mas Lis não aceitaria ficar para trás. Ela já tinha perdido tanto e ainda estava processando a realidade de um mundo sem Tony. A ideia de ficar esperando, impotente, era mais aterrorizante do que qualquer risco que pudesse enfrentar ao lado de Steve, mesmo que fosse apenas por um minuto.

Quando ela disse que iria, era uma decisão definitiva. E Steve, apesar de relutante, sabia que não poderia impedi-la. Ela era uma Stark, afinal de contas e a determinação dela era algo que ele admirava e temia ao mesmo tempo.

Ele se aproximou dela, ainda com aquela sombra de preocupação nos olhos.

— Tem certeza de que quer fazer isso? — perguntou Steve, a voz suave, mas carregada de uma preocupação genuína.

Lis virou-se para ele, os olhos firmes mas havia um traço de vulnerabilidade que ela não conseguia esconder.

— Steve, já conversamos sobre isso. Eu preciso ir. Não vou ficar aqui sem fazer nada.

Ele suspirou, sabendo que não havia mais nada que pudesse dizer para convencê-la. Era uma decisão dela e ele respeitava isso, mesmo que seu coração estivesse pesado com a ideia de colocá-la em mais perigo.

Bruce finalmente terminou os ajustes e se virou para eles, indicando que estava tudo pronto. Era hora de partir. Steve estendeu a mão para Lis e ela a segurou com firmeza, ambos prontos para enfrentar o desconhecido juntos.

A máquina começou a brilhar, preparando-se para enviar os dois em sua jornada. Steve apertou a mão de Lis um pouco mais forte, como uma última garantia de que, não importa o que acontecesse, eles estavam nisso juntos. O medo, a incerteza, o luto – tudo isso seria enfrentado, um passo de cada vez, juntos.

Assim que Bruce ligou a máquina, tudo ao redor deles começou a girar, uma sensação de vertigem tomou conta de Lis e antes que pudesse entender completamente o que estava acontecendo, sentiu o chão desaparecer sob seus pés.

Em um piscar de olhos, ela abriu os olhos para um cenário completamente desconhecido. A paisagem ao seu redor era desolada, rochas negras se estendiam por todos os lados e o céu tingido de tons vermelhos e laranjas parecia ameaçador.

— Onde estamos? — Lis perguntou, a voz carregada de uma mistura de curiosidade e apreensão.

— Vormir. — respondeu Steve, a expressão séria. Ele começou a caminhar em direção a uma trilha sinuosa entre as rochas e Lis o seguiu em silêncio, os passos firmes mas com a mão instintivamente posicionada perto da arma presa à cintura.

Ela sabia o que aquele lugar representava. Vormir. Era ali que Natasha havia se sacrificado para que eles pudessem ter a Joia da Alma. O pensamento fez o coração de Lis apertar. Ela mal tivera tempo de processar a morte de sua melhor amiga e agora estava naquele mesmo lugar, onde o sacrifício de Natasha ainda pairava como uma sombra pesada.

Ela sentiu as lágrimas começarem a se formar, a dor e o luto ameaçando transbordar. Mas antes que pudesse ceder às emoções, uma figura sombria apareceu à frente, deslizando como uma aparição entre as rochas.

Um ser encapuzado com uma presença que emanava escuridão e mistério. Quando ele se aproximou, o rosto do Caveira Vermelha foi revelado.

— Steven Grant Rogers, filho de Joseph Rogers. — a voz dele ecoou pelo desfiladeiro, carregada de uma frieza inumana. — Melissa Maria Stark, filha de Howard Stark.

Lis estremeceu, sentindo um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir o nome de seu pai, pronunciado com tanta precisão.

Steve parou, ficando em frente a Lis como se pudesse protegê-la de alguma forma. Mas eles sabiam que ali, naquele lugar, as regras eram diferentes e o Caveira Vermelha não era um inimigo comum.

— Vocês vieram devolver o que foi tomado... — continuou o Caveira, sua voz gélida e impassível. — Mas este é um lugar de sacrifícios e o preço já foi pago.

Lis tentou controlar a respiração, tentando manter a calma diante daquela figura que sabia tanto sobre eles, tanto sobre suas vidas e suas perdas.

A dor da perda de Natasha era quase palpável ali, no lugar onde ela deu tudo para que eles pudessem ter uma chance de derrotar Thanos.

— Estamos aqui para devolver a Joia da Alma. — disse Steve, com firmeza. — Sem mais sacrifícios.

O Caveira Vermelha apenas sorriu, um sorriso que não continha nenhum traço de humanidade, apenas um vazio eterno.

— O destino trouxe vocês aqui mais uma vez e mais uma vez, vocês devem enfrentar a verdade... A joia não pode ser devolvida sem que sua essência permaneça. O sacrifício e a perda que ele carrega, é eterno.

Lis sentiu um nó se formar em sua garganta, a dor misturada com uma sensação de inevitabilidade. Ela olhou para Steve, buscando alguma orientação mas ele também parecia estar lutando com suas próprias emoções.

Naquele momento, Vormir parecia ainda mais sombrio, um lugar onde o luto e o sacrifício eram tão reais quanto a própria terra sob seus pés.

O Caveira Vermelha observou-os por um momento, seu olhar vazio fixo na joia que Steve segurava. Sua presença era opressiva, como se o próprio ar ao redor deles estivesse sendo drenado de qualquer calor ou vida.

— Vocês podem devolver a joia. — disse o Caveira Vermelha, sua voz fria e inexorável. — Mas saibam que isso não trará Natasha Romanoff de volta. O sacrifício é irrevogável.

Steve franziu a testa, tentando manter a calma mas a menção de Natasha mexia com ele de uma forma que poucas coisas conseguiam.

— Ela fez o que fez por todos nós. — disse Steve, firme. — E se essa é a única maneira de devolver a joia e respeitar o sacrifício dela, então que assim seja.

O Caveira Vermelha sorriu de forma sinistra, como se as palavras de Steve fossem exatamente o que ele esperava ouvir.

— Sempre tão nobre, Capitão. — ele zombou, a voz pingando desprezo. — Eu me lembro bem de quem você é. De quem você sempre foi. O herói reluzente, o símbolo de uma era que tentou me destruir. Mas mesmo na sua glória, você nunca conseguiu escapar da sombra da HYDRA. Da minha sombra.

Lis estreitou os olhos, o coração acelerado, enquanto o Caveira Vermelha continuava.

— Enquanto você era exaltado, idolatrado, eu estava preso neste purgatório, amaldiçoado a guiar os tolos e os bravos até suas próprias desgraças. Mas não se engane, Rogers... Mesmo aqui, eu vejo o mundo lá fora. Eu vejo como a HYDRA, a minha criação cresceu e prosperou, como ela infectou tudo que você tentou proteger.

Steve endureceu, as lembranças do passado voltando à tona dos anos em que ele lutou contra a HYDRA, acreditando que estava erradicando o mal pela raiz, apenas para descobrir décadas depois que o inimigo estava mais enraizado do que ele jamais poderia imaginar.

— A HYDRA foi derrotada. — Steve rebateu, com a voz cheia de convicção, mas havia uma faísca de raiva em seus olhos. — E você, Schmidt, foi o maior símbolo da sua queda. Tudo o que você representava foi destruído.

O Caveira Vermelha riu, um som seco e sem alegria que ecoou entre as rochas sombrias de Vormir.

— Derrotada? Você acha que é tão simples, Capitão? A HYDRA é um símbolo, assim como você. Um símbolo de poder, de controle. Você pode ter vencido algumas batalhas mas a guerra... a guerra nunca terminou. Ela apenas mudou de forma.

Steve apertou os punhos, a voz saindo firme e decidida:

— A HYDRA caiu. Eu a vi cair com meus próprios olhos. E se ela ressurgir, eu vou destruí-la de novo, quantas vezes forem necessárias.

O Caveira Vermelha inclinou a cabeça, um sorriso sombrio curvando seus lábios.

— Ah, Capitão... Quando se corta uma cabeça, duas surgem no lugar. Você conhece bem essa máxima. E ela é tão verdadeira quanto você mesmo.

As palavras dele ecoaram na mente de Lis, trazendo à tona memórias que ela havia tentado enterrar. Antes de Thanos, antes desses cinco anos que se passaram como um piscar de olhos, ela estava profundamente envolvida em algo que agora parecia distante, mas não menos importante: a nova S.H.I.E.L.D., que ela ajudara a fundar.

Mas não era apenas a S.H.I.E.L.D. que ocupava seus pensamentos. Havia também Grant Ward, o traidor que ainda servia à HYDRA de alguma forma, mesmo após tantas quedas.

Ward, que a traiu de forma tão profunda e pessoal. Ele havia tentado sequestrá-la, buscava algo nela que ela mesma não compreendia totalmente. E o pior de tudo? Ela nunca conseguiu encontrá-lo. Ele havia escapado, sumido nas sombras, e a ameaça que ele representava ainda pairava sobre ela como uma nuvem escura.

A voz de Caveira Vermelha parecia ecoar com mais força enquanto as lembranças assaltavam sua mente, lembrando-a de que, mesmo com a queda da HYDRA, algumas de suas raízes ainda estavam profundamente entrelaçadas em lugares que ela pensava estarem seguros.

Steve percebeu a expressão de Lis mudar, o olhar distante dela e soube que ela estava revivendo seus próprios demônios. Ele deu um passo à frente, o olhar fixo no Caveira Vermelha.

— Você está errado. — disse ele, com uma determinação renovada. — Por mais cabeças que surjam, por mais vezes que tentem ressurgir, sempre haverá aqueles que lutarão para derrubá-las. Eu não vou parar. Nós não vamos parar.

O Caveira Vermelha apenas deu um passo para trás, recuando para as sombras.

— Vamos ver, Capitão. Vamos ver se você consegue manter essa promessa... ou se acabará se afogando no próprio sangue do passado.

Lis respirou fundo, tentando afastar as lembranças dolorosas. Ela sabia que Steve estava certo. Eles não parariam de lutar, não importava o que o futuro trouxesse. Mas, ao mesmo tempo as cicatrizes do passado ainda estavam lá e elas não desapareceriam tão facilmente.

Steve percebeu o impacto que aquelas palavras estavam tendo em Lis. Sem perder tempo, ele abriu a maleta com firmeza e liberou a Joia da Alma. A pedra brilhou intensamente e começou a flutuar no ar. Antes que o Caveira Vermelha pudesse dizer mais alguma coisa, Steve já estava ativando o dispositivo de viagem no tempo, segurando a mão de Lis com força.

— Vamos sair daqui. — murmurou Steve, olhando para Lis com uma determinação silenciosa.

Ela assentiu, tentando afastar os pensamentos perturbadores que se amontoavam em sua mente.

Em um piscar de olhos, os dois desapareceram de Vormir, deixando o Caveira Vermelha e as memórias sombrias para trás. Quando reapareceram, estavam em um lugar completamente diferente, a atmosfera pesada de Vormir dando lugar à calma de uma cidade que parecia presa no tempo.

Era a próxima parada: Nova York, 2012. A missão agora era devolver a Joia do Tempo.

Steve examinou o local ao redor, tentando se orientar, mas sua atenção voltou para Lis quando ele percebeu o olhar distante dela.

— Você está bem? — ele perguntou, a voz suave, mas carregada de preocupação.

Lis respirou fundo e assentiu, tentando afastar as emoções que ainda a abalavam.

— Sim, estou. — respondeu, tentando soar firme.

Steve franziu o cenho, não totalmente convencido, mas decidiu não pressioná-la mais. Ele sabia que tudo isso era difícil para ela.

— Onde você esta?... quero dizer, você, a Lis de 2012? — ele perguntou, tentando manter a conversa leve enquanto planejavam o próximo passo.

— Não sei ao certo... provavelmente na S.H.I.E.L.D., com o Fury, ou em alguma missão. — Lis respondeu, tentando recordar os detalhes daquela época. Tudo parecia tão distante e confuso.

Steve assentiu.

— Precisamos encontrar a dona da Joia do Tempo. — disse ele, referindo-se à Anciã, enquanto começava a andar na direção que lembrava ser o Santuário de Nova York.

Lis concordou e o seguiu, embora parte dela estivesse distraída, com a mente presa na ideia de procurar por Tony. Ela sabia que ele estava por perto, em algum lugar naquela cidade, naquela época. O desejo de vê-lo novamente, mesmo sabendo que não podia interferir, queimava dentro dela, mas ela manteve o foco na missão, sabendo que Steve precisava dela ali, no presente.

Enquanto caminhavam em direção ao Templo, o silêncio entre eles era pesado, cheio de pensamentos não ditos. A cidade ao redor estava tão familiar, mas ao mesmo tempo tão distante no tempo. Cada passo os aproximava do Santuário, mas também trazia uma tensão crescente que Lis não conseguia mais ignorar.

De repente, ela parou no meio da calçada, fazendo Steve também parar e se virar para ela. Ele viu a indecisão em seus olhos antes que ela finalmente falasse.

— Eu... eu quero ver o meu irmão. — Lis disse, a voz quebrando um pouco ao final.

Steve ficou em silêncio por um momento, sabendo o quanto aquilo significava para ela. Ele queria dizer que não era seguro, que não fazia parte do plano, mas ele também sabia o quanto Lis estava sofrendo. Ela tinha perdido tanto e o desejo de ver Tony, mesmo sabendo que não podia interferir, era algo que ele entendia perfeitamente.

— Lis... — começou ele, tentando encontrar as palavras certas, mas sem conseguir de imediato.

Ela o interrompeu, seus olhos brilhando com a intensidade de suas emoções.

— Eu sei que não posso interferir, que não posso mudar nada... mas eu preciso vê-lo, Steve. Só... só vê-lo, mesmo que seja por um momento. — A voz dela tremeu e Steve viu o quanto ela estava lutando contra as lágrimas.

Steve respirou fundo, o conflito interno refletido em seu rosto. Parte dele queria protegê-la do que poderia ser mais uma dor mas a outra parte entendia profundamente o desejo dela. Ele sabia como era perder alguém e ter uma chance, mesmo que pequena, de vê-lo de novo.

Ele finalmente concordou, mas com um tom sério na voz:

— Tudo bem, Lis. Mas você precisa ser rápida, e não pode dizer nada. Não podemos arriscar mudar o que já aconteceu.

Lis assentiu, o alívio misturado com a tensão nublando seus olhos. Steve tentou se manter positivo, afinal, o que poderia dar errado? Quando eles foram buscar as Joias do Infinito, ele tinha visto a si mesmo, então nada podia ser tão absurdo. Ainda assim, para evitar outro encontro estranho com a versão passada dele, ele decidiu esperar do lado de fora, meio disfarçado.

Lis caminhou em direção à Torre Stark, o coração batendo forte no peito. Suas mãos tremiam levemente, mas ela manteve o foco enquanto se aproximava da entrada. Para sua surpresa e alívio, suas digitais e o reconhecimento facial funcionaram normalmente. Ao entrar, a familiar voz de Jarvis ecoou pelo saguão:

— Bem-vinda, Senhorita Stark.

O som da voz artificial trouxe uma onda de nostalgia e dor ao mesmo tempo, mas ela não se deixou abalar. Lis respirou fundo e começou a caminhar pelos corredores que conhecia tão bem, sentindo-se como um fantasma em uma vida que já não era mais sua. Ela estava prestes a ver seu irmão, vivo e despreocupado e a ideia de não poder tocá-lo ou falar com ele pesava como uma âncora em seu peito.

Lis entrou na grande sala de estar do andar de Tony, o coração apertado ao ver tudo tão familiar e ao mesmo tempo tão distante. O bar estava ali, imponente como sempre, um contraste com o novo complexo dos Vingadores, que agora, assim como tudo o que conhecia, estava destruído. Ela sentiu o peso de todas as mudanças que haviam ocorrido nos últimos cinco anos e a dor da perda ressurgiu com força total.

— Tony? — Sua voz saiu trêmula, quase um sussurro, enquanto ela olhava ao redor, procurando por ele.

Quase instantaneamente, Tony apareceu de uma porta lateral, casual e despreocupado, com uma bebida na mão. O rosto dele ainda exibia marcas da recente luta com Loki, os cortes e hematomas eram provas da batalha mas havia uma leveza em seu comportamento, uma despreocupação que ela não via há muito tempo. Ele parecia tão jovem, tão cheio de vida, que por um momento, ela quase esqueceu tudo o que tinha acontecido.

— O que você quer, Lis? — ele perguntou, com uma sobrancelha arqueada, sem perceber a intensidade do olhar dela.

Aquela pergunta simples, tão típica dele, quase a quebrou. Ela lutou para manter a compostura, para não deixar transparecer o turbilhão de emoções que a dominava naquele momento. 

Lis tentou evitar olhar diretamente para o rosto dele, com medo de que Tony percebesse as sutis mudanças em sua expressão, as linhas de preocupação e a maturidade que haviam se desenvolvido nos últimos anos. A versão dela que ele conhecia era seis anos mais jovem, sem contar os cinco anos em que ela simplesmente não existiu. 

Droga, até a idade dela agora parecia confusa, como se o tempo tivesse se tornado um conceito relativo. Ela sabia que tecnicamente já tinha passado dos 30, mas como não viveu aqueles anos, se recusava a aceitar essa realidade, então ela ainda se considerava como 27 assim como quando Thanos apareceu.

Ainda assim, ela sabia que, por fora, não havia mudado tanto. Tentando parecer o mais natural possível, Lis respirou fundo e finalmente quebrou o silêncio.

— Senti sua falta, Tony. — disse, tentando controlar a emoção na voz.

— Awn, que fofo, Lis. Você está sentimental hoje? Devo me preocupar com um discurso emocional? — Ele respondeu com seu típico tom zombeteiro, levantando a sobrancelha em uma expressão que era puramente Tony Stark.

Aquela resposta era tão previsível, tão dele, que Lis quase riu, mesmo com o nó que sentia na garganta. Era reconfortante e doloroso ao mesmo tempo, lembrar-se de como ele sempre a provocava, mesmo nos momentos mais sérios.

Lis deu um passo em direção a Tony, a respiração tremendo um pouco enquanto estendia os braços. Ela o envolveu em um abraço apertado, tentando absorver a sensação de tê-lo ali novamente, mesmo que não fosse real.

Tony a olhou surpreso por um momento, mas logo envolveu-a em seus braços, seu tom brincalhão suavizando ao perceber a vulnerabilidade dela.

— Você está de TPM ou algo assim? — perguntou ele, com um sorriso meio irônico, mas o abraço estava firme e acolhedor.

Lis hesitou por um instante, a dor e a saudade se misturando em seus sentimentos. Então, com um suspiro, ela murmurou:

— Sim, algo assim.

Tony a manteve perto, os braços ao redor dela, sentindo o peso da situação e oferecendo o conforto que ele sempre soubera dar.

Lis se afastou lentamente, um olhar de desculpas nos olhos, enquanto tentava recuperar a compostura.

— Desculpe por isso. — disse ela, a voz ainda trêmula.

Tony deu uma risadinha leve, seu olhar curioso se fixando nela mas ele parecia entender que havia algo mais profundo ali.

— Não se preocupe com isso. — Ele tentou aliviar a tensão, com um sorriso afável. — Se você quiser, podemos jantar mais tarde.

Lis hesitou por um momento, as palavras saindo com dificuldade.

— Isso seria ótimo. — murmurou ela, tentando parecer casual, embora o peso da despedida estivesse evidente em seu tom.

Ela acenou para ele, a tentativa de manter a normalidade contrastando com a gravidade do momento. Antes de se virar para sair, ela se virou de volta para ele e, com uma voz carregada de emoção, disse:

— Eu te amo.

Tony a olhou com um misto de surpresa e carinho, seu sorriso se suavizando. Ele não teve a chance de responder, pois Lis se afastou rapidamente, tentando esconder as lágrimas que começavam a surgir. Com um último olhar para ele, ela saiu da sala, sentindo um peso imenso no coração, sabendo que essa despedida era para sempre, mesmo que ele nunca soubesse disso.

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