
CHAPTER EIGHTEEN ──── DARK DAYS
Capítulo Dezoito; Dias Sombrios
Que Drácula era um vampiro cruel não era novidade para ninguém. Um vampiro que viveu desde a criação do universo tem muitas histórias, principalmente um legado, carregado de sangue e violência. O que poucos sabem é que a família Drácula um dia fora composta por cinco pessoas. O pai e a mãe, Vlad o filho mais novo, Damian o do meio e Astrid, a irmã mais velha. Nunca se ouviu falar sobre o resto da família, somente de Vlad. Porém até mesmo um vampiro cruel, arrogante, ambicioso, maldoso, maligno e aterrorizante seria capaz de cometer tal crueldade como matar os pais de Lizzie Taylor ainda quando a garota tinha 7 anos? Sim, ele seria capaz...
Dia 20 de Março de 2012...
Uma pequena cabana na floresta, localizada na costa da Alemanha, a garotinha Elizabeth Taylor, de 7 anos de idade, encontrava-se morando no local junto de seus dois pais, Sam e Mary. Em um dia específico, desenhava na mesa da sala de estar. Era ainda de manhã. A garota havia acordado antes dos dois.
— Bom dia filha, já acordou? — Perguntou o pai, bebendo uma xícara de café, que estava muito quente.
— Bom dia papai, já sim! Acordei cedo pra terminar meu desenho. — Ela disse sorrindo. — Ta ficando bonito?
Sam se aproximou da mesa e segurou o papel desenhado por Lizzie. Era um desenho muito bonito de um unicórnio.
— Está lindo filha! Como ficou tão boa?
— Prática, papai! A mamãe já acordou?
— Ainda não. — Ele respondeu.
— Ela que me deu a ideia. Tô muito ansiosa pra acabar! — A garota diz com um alegre e bonito sorriso no rosto.
— Filha, eu e sua mãe fizemos uma decisão. — O pai afirmou.
— Decisão? Decisão do que, pai?
— Vamos nos mudar. — Ele disse.
— Pra onde? — Perguntou curiosa.
— Califórnia. — Explicou.
— Por que?? Eu amo essa casa! Amo a natureza e aqui só de abrir a porta da entrada vejo ela. Por que vamos nos mudar? Eu quero ficar aqui!
— Eu recebi uma oferta de emprego na Califórnia muito melhor do que aqui, filha. Vou ganhar o triplo do que ganho aqui, entendeu? Assim, vou poder dar á nossa família uma condição de vida muito melhor do que a atual.
— Ah. — O sorriso dela diminuía. Ela amava aquela cabana. — Tá bem...
— A mamãe vai te ajudar a fazer as malas. Vamos sair nesta madrugada.
— Tá bem papai. — Ela respondeu. Apesar de estar triste, a garota não insistiu. Ela era muito compreensiva.
De noite, Lizzie deitou em sua cama bem cedo para conseguir dormir um pouco até a hora da viagem. Mil coisas passavam por sua cabeça, mas a pior delas era um mal pressentimento que Lizzie sentia. Não sabia o por que daquilo, mas sentia que algo terrível iria acontecer. Era como uma intuição muito poderosa e, talvez, certeira.
Demorou bastante para pegar no sono, até que adormeceu. Por volta de duas horas depois, sua mãe e seu pai tinham uma conversa com Tio John.
— Fica com ela aqui para garantirmos a segurança dela. Depois que chegarmos a Califórnia eu mando uma mensagem e você leva ela. — A mãe afirmou.
— Certo. — John respondeu.
— Não podemos arriscar, irmão. — O pai disse para seu irmao John.
— Tô com vocês nessa, Sam.
— Obrigado John. — E abraçou seu irmão. Logo depois, os dois saíram de casa e pegaram a estrada.
A noite estava muito bonita, porém a estrada na qual os dois passavam estava extremamente escura, algo que dificultava bastante Sam a dirigir.
— Vai dar tudo certo, amor. — Mary afirmou. — Vamos ficar bem.
— Eu estou com um mal pressentimento, sabe? Não sei...
— Não é nada além do nosso instinto de caçador. Lembra do último vampiro que matamos? — Mary perguntou.
— Lembro. Tíramos a vida dele a sangue frio! Não somos mais assim.
— Exatamente! Não somos mais assim. Somos só um casal criando uma família simples. Mas isso não quer dizer que nossos intintos vão... — Até que uma figura misteriosa surgiu no meio da estrada. — MEU DEUS, SAM!!!!
Sam rapidamente jogou o carro pro lado, o fazendo bater contra uma árvore. A batida fez uma enorme cicatriz na testa de Mary. A figura misteriosa então andou até o carro, segurou Mary pelo pescoço e a mordeu. Era Vlad Drácula. Depois disso, a segurou e a jogou contra o chão da rua.
— Mary! Droga! Drácula? Como...? Como você está aqui? Isso não faz...
— Sentido? Pois é, eu consegui retornar! Não por muito tempo, mas o suficiente! Agora eu vou matar Mary e depois matar você. — Logo depois então correu para dentro de uma escola abandonada que tinha no local. Sam correu para tentar salvar sua esposa. Abriu a porta, quando viu o vilão segurado sua esposa pela garganta. A expressão dela era de desespero e muito medo, e a de Drácula era felicidade. Ele estava com um sorriso presunçoso e muito satisfatório.
— Não! Não faz nada com ela! Eu imploro! — Sam estava de joelhos e chorando. Só pensava em Lizzie.
— Você teve misericórdia na hora de matar meus companheiros, seu caçador maldito?! Eles morreram! Nada vai mudar isso! — Drácula respondeu.
— Não somos mais assim! Eu e Mary só queremos paz para criar nossa filha, só isso. Ela só tem 7 anos, tenha piedade!
— Ah! Tá falando da Lizzie? Que peninha que vocês não vão ver ela crescendo... — E sorriu logo depois.
— Sam! Se você conseguir sair daqui, diz pra Lizzie que eu a amo! Sam... eu te am... — E Drácula cortou seu pescoço. O sangue da mulher coloriu as janelas com um vermelho sanguinário.
— NÃOOOOO! EU VOU TE MATAR, SEU VAMPIRO DESGRAÇADO!
— Esse é o detalhe, Sam. Você acha mesmo que pode me matar? EU TENHO MIL ANOS DE IDADE, NÃO PODE ME MATAR! EU SOU O ALFA DOS VAMPIROS! EU SOU O MAIS SANGUINÁRIO DELES! EU SOU O VAMPIRO MAIS PERIGOSO! EEEU SOU O CONDE DRÁCULA!!!!!! — E então correu até Sam, o pegou pescoço e o jogou contra o chão, quebrando a coluna do homem. Logo depois o mordeu e começou a cortar seu corpo com suas garras de vampiro. Sam estava perto da morte, mas ainda vivo.
Depois correu até o meio da floresta e jogou Sam contra as árvores. Ali, Drácula mostrava seu poder. Depois daquela noite, a vida da pequena Lizzie Taylor iria de boa a terrível. Uma garota animada e feliz que sempre sorria, se transformara em uma garota depressiva, triste e com um brilho nos olhos, mas não um brilho bom, um brilho indicando a tristeza que sentira.
— Por... favor... pare. — Sam já estava sem conseguir resistir. — Eu não qu...
— NÃO QUER MORRER???! DEVIA TER PENSADO NISSO QUANDO TORTUROU E MATOU MEUS ALIADOS! EU TE ODEIO! AGORA, A PEQUENA LIZZIE VAI PAGAR PELOS SEUS PECADOS, SAMUEL! — E então o matou com mordidas e golpes. Uma sensação tomou seu corpo, formigando seus dedos. Uma enorme dor crescente começou a crescer por suas pernas e passando, lentamente, para seu corpo todo. O feitiço que Jane havia feito estava de desfazendo. Ela bem havia avisado que era temporário. Drácula só não imaginava que quando o feitiço fosse acabar, iria doer tanto como o que estava sentindo. — AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!! — Aos poucos, o corpo do vampiro foi se transformando em pó e se desfazendo em uma densa poeira.
Depois daquilo, a polícia cobriu tudo. A Armada Secreta de Edgar já havia dominado a polícia, que então cobriu tudo que aconteceu dizendo que foi somente um acidente de carro. Naquela noite, quando John recebeu o telefonema, ficou sem reação. Uma agonia profunda tomava conta de sua alma, a pior sensação que já sentiu.
— Tudo bem, obrigado. — Respondeu ao telefonema. Lizzie desceu as escadas. Agora, John só pensava na forma que iria contar a garotinha que seus dois pais morreram. Ela nem sabia que eles tinham saído. Como John faria isso?
— Tio John? Tá fazendo o que aqui? Por que seu olho tá lacrimejando?
— Oi, Lizzie... O que faz acordada?
— Tô sem sono. O que o senhor faz aqui? Você não mora longe?
— Seus pais me chamaram.
— Ata... espera, cadê meus pais?
— Lizzie... eu tenho algo pra te contar...
Dias Atuais...
Deitada em sua cama, lágrimas saíam de seus olhos enquanto lembrava de tudo aquilo. Sentia exatamente a mesma sensação que sentiu quando seu tio a deu a notícia. A garota não conseguia parar de pensar sobre os pais. Tentava imaginar as formas horríveis que o vilão provavelmente teria matado Sam e Mary. A pior parte é que nenhuma das formas horríveis que ela pensava era tão ruim quanto o que realmente aconteceu. Lizzie se sentia completamente sozinha. Seu tio em coma correndo risco de acordar e se tornar paraplégico, ou nunca acordar e morrer. Seus pais estavam mortos e o assassino deles estava de volta.
Sem falar que ela também pensava no que fizera. O que foi aquilo? Sem dúvidas Lizzie não era humana, mas então o que era? E como fez aquilo? Ela estaria disposta a ir atrás da verdade ou se esconder dela em uma profunda tristeza? Somente o futuro iria dizer. Matt bateu na porta, Lizzie não respondeu, mas mesmo assim o vampiro entrou. Ele estava muito triste vendo sua namorada daquele jeito, e ao mesmo tempo preocupado com o poder que ela apresentou e também com o retorno de Drácula e as consequências que ele poderia trazer á Red Valley.
Matt se deitou do lado de Lizzie, a abraçando. O vampiro já havia passado por muita coisa, e entre elas estava diversas perdas que sofreu de entes queridos, na maioria das vezes amigos.
— Ele matou meus pais, Matt! Sabe quanto tempo eu demorei pra superar morte deles? — Lizzie disse chorando.
— Eu sei, eu sei. — E deu um beijo na cabeça da garota. — Vai ficar tudo bem, Lizzie. Eu prometo pra você.
— Meus pais vão continuar mortos, então não vai ficar tudo bem! Meu tio pode morrer ou então ficar paraplégico! Tudo dá errado na minha vida! Eu quase matei você e meus amigos com aquele poder que eu não faço ideia de como eu criei! Como vamos concertar isso? O assassino dos meus pais está em Red Valley? Como vamos concertar isso? Não tem como! É impossível! — E se levantou da cama.
— Lizzie, eu quero te fazer uma pergunta. Quero que me responda com sinceridade. — Matt disse. — Você confia em mim? Me responda.
— Matt, eu te amo! Você é um vampiro e mesmo assim eu sou sua namorada! É claro que eu confio em você!
— Então eu te prometo que eu vou resolver tudo isso! Eu te prometo que vou vencer Drácula, salvar a vida de seu tio e descobrir como você fez aquilo, e vamos passar por isso juntos! Eu prometo! — Logo depois, a beijou com intensidade. Os lábios se tocaram rapidamente e violentamente. Um beijo apaixonado que mantia uma promessa.
Enquanto isso, Drácula chegava á base dos Legionis, onde Akira estava. Junto dele vinha Jane e Noshiko, junto de seus ninjas. Os Mors que os levaram até ali.
— Muito obrigado, Mors. — Drácula agradeceu se curvando perante os seres. — A ajuda de vocês é irrecusável.
— Somos gratos. No que precisar, estamos ao seu dispor. — E então foram embora em uma enorme explosão escura de magia negra. Drácula ajustou seu terno e continuou a entrar na base. Andou e andou até chegar no quarto onde Akira estava. A garota já havia acordado, e estava lendo um livro.
— Drácula? — Ela perguntou. Sua expressão mudou rapidamente.
— Olá criança. Suponho que seja Akira, a kitsune. — Ele disse com um sorriso.
— Sim, sou eu! — Ela respondeu.
— Gostaria de me seguir? — E ele deu as mãos. Akira as segurou e o seguiu até uma sala da base. Sua mãe também vinha, mas não acompanhada dos Legionis, que foram ordenados a ficar no lado de fora esperando. — A sala de treinamento finalmente! Eu quero fazer um teste com você, Akira. Se posicione ali. — E apontou para o centro da sala. Akira obedeceu. — Muito bem jovem raposa. Agora, feche seus olhos. Drácula se moveu lentamente até Akira, sem que ela sentisse. Logo depois, o vampiro afiou os dentes e deu uma enorme mordida no pescoço da garota, a fazendo ajoelhar no chão de dor.
— Aaaaaaaai! Mãe! — Ela colocou as mãos na ferida. Aquilo doía muito, além de arder. — Mãe!!! — Sua mãe nem se moveu. Ela já havia passado por aquilo.
— Está com medo, criança? Está com raiva? — Os olhos de Akira brilharam, e sua chama kitsune se formou. — Ah, sim. Eu sei que isso foi um instinto.
— Mil desculpas! Eu não fiz por mal!
— Eu sei que não. Você fez por que esse é seu instinto, a raiva! Matar! Esse é o instinto de uma kitsune. Esse é o instinto que eu preciso. — E passou as mãos levemente pelo rosto de Akira, a deixando nervosa. — Está pronta para ser a minha próxima kitsune?
— Sim... mas e quanto a minha mãe?
— Ela já sabe o destino dela. Vamos, Noshiko, aproxime-se! — Noshiko obedeceu, e sem um pingo de remorso ficou a frente de Drácula. — Maravilha... está pronta para isso?
— Akira, eu te amo! Eu estarei vendo cada trajetória sua, eu sempre estarei ao seu lado, eu prometo! — E então Drácula colocou suas mãos no peito de Noshiko, e uma barreira de energia escura se formou ao redor dos dois. Uma enorme ventania também, porém somente dentro do domo. Os olhos da mulher ficaram pretos, e uma reação de dor tomou conta de sua expressão. Uma onda de poder kitsune se formou ao redor de Drácula, logo antes de Noshiko cair no chão. Tudo parou naquele instante. Seja lá o que aconteceu, já havia sido feito. Akira se desesperou.
— Mãe!!! Mãe?? — E sentiu o coração da mãe, que já não batia mais. Sua pulsação também desapareceu.
— Ela cumpriu seu destino. Agora eu tenho os poderes dela. — O Vampiro disse com um sorriso maldoso no rosto.
— Mas ela morreu! Por que não me avisaram antes??? A minha mãe morreu! E quanto aos Legionis?
— Agora eles são minha propriedade. Quando você fizer 18, eles serão seus.
— Eu não posso! Eu preciso dela pra...
— Akira, você é muito mais poderosa que sua mãe. Sua raiva, seu impulso, sua... ira é o que eu preciso. Sua mãe não tinha o suficiente pro tempo que ficou me servindo, diferente de você.
Akira sentiu tanta raiva. Só queria acabar com Drácula, mas ela sabia que não tinha chances contando com os Legionis e os Mors do lado do vilão. Decidiu então fingir aceitar. Por fora, feliz, já por dentro, quebrada.
— Certo, meu mestre. — Disse se ajoelhado. — O que posso fazer pra conseguir seu agrado, meu senhor?
— Isso é simples! Quero que mate Jacob Peterson! — Drácula disse em um tom divertido. Ele estava amando aquilo.
— O Lobisomen beta que mal é lobisomen ainda? Não seria mais proveitoso se eu matasse o G...
— Não me questione. Eu tenho tudo em minha mente e sei exatamente o que você tem que fazer. Eu vivi mil vezes um ano de sua vida, garota mimada! Agora vá! Mate Jacob! É uma ordem!
— O que eu faço com o corpo depois?
— Traga pra mim. — Ele disse.
— Seu pedido é uma ordem. — E saiu dali. Akira estava decidida. Se matasse Jacob e fizesse tudo que Drácula mandasse, ela ganharia a confiança do maligno vampiro, que nunca imaginaria uma traição de repente da jovem kitsune, que estava vingativa.
Enquanto isso, o grupo sobrenatural conversava sobre a enorme derrota, e no que poderiam fazer com o retorno do vampiro mais cruel da história.
— Não temos o que fazer. — Arnold afirmou. — Nós perdemos. Ainda mais que Ali está no domínio dos Mors, que estão no controle de Drácula. Ali está ajudando o vampiro que a matou, sem nem mesmo ter escolha. Perdemos feio.
— Temos que trazer a Ali de volta! Vamos fazer o que a Violet disse!
— Eu não sei se consigo fazer o feitiço sem usar o colar. — Violet disse.
— Dá um jeito, Tinker Bell! Estamos ficando sem escolha! — Jordan afirmou.
— O único jeito de fazer o feitiço é de um jeito nada confortável.
— Fala aí. — Matt disse chegando.
— Matt, Jordan e Arnold são os únicos que podem participar. Só eles tem laços sanguíneos com Ali. Vocês têm alguma coisa de valor sentimental pra ela?
— Eu tenho. — Jordan afirmou. — Eu guardei algumas coisas dela para me fazer lembrar quando eu pensar em desistir. Está no meu antigo apartamento. Posso pegar, mas e depois? Como vai funcionar isso?
— Eu preciso congelar vocês.
— Oque?? Eu escutei direito? Olha, malévola, com todo respeito. Você é uma bruxa incrível, mas não tem poderes de gelo. Só a Ali tem.
— Não com poderes. Eu vou preparar três banheiras com muito gelo e água. Se for preciso encher de gelo até a borda. Depois, vocês entram até ficarem em estado quase morte. Se tudo der certo vocês vão entrar em controle emocional com Ali e entrar na mente dela. Depois, só precisam salva-la.
— Se der certo? E se não der certo?
— Vocês morrem. — Violet disse.
— Mesmo sendo vampiros??
— Sim. É uma experiência mental, não física. Que sua consciência for destruída, seu corpo não tem mais um propósito e vira um cadáver.
— Gente, isso não parece muito seguro não. — Maya afirmou.
— É por que não é. — Violet respondeu.
— Façam. Se quiserem salvar a irmã de vocês é o único jeito. — Gellert disse.
— Cara nem pede minha opinião nisso. É assunto de vocês. Eu preciso mesmo é me preocupar com a lua cheia, que vai acontecer daqui dois dias. — Jacob afirmou. — Preciso me preparar.
— Vocês que sabem. Mas tô aqui pra ajudar. — Finn afirmou.
— Vamos fazer. — Jordan afirmou.
— Tem razão. É pela Ali! Vá buscar os itens, Jordan. Enquanto isso, eu tenho uma coisa pra fazer. — Matt afirmou.
— Gente, só uma coisa. Por que ninguém tá falando do que a Lizzie fez noite passada?? — Maya perguntou.
— Eu estou cuidando disso. Tô tentando descobrir que ser sobrenatural ela é.
— Eu fiquei em choque. Eu pensei que Lizzie era humana. — Maya afirmou.
— Todos pensávamos. — Larry disse.
— Eu estava de longe só vendo. Foi bizarro. Nunca vi ninguém fazer aquilo. — Violet afirmou.
— Minha sorte é que eu sei uma pessoa que pode me responder essa pergunta.
Enquanto isso, Isaac estudava sentado na quadra de Lacrosse, quando Mel se aproximou. Ela estava decidida do que iria fazer. Agora, o que iria acontecer ou não, estava tudo nas mãos de Isaac.
— Mel? O-oi? — Isaac perguntou. Ele certamente não esperava a garota ali.
— Olha, Isaac, serei bem direta. Eu não vou ficar correndo atrás de você mais. Você nem fala comigo. Garoto, eu te amo desde a terceira série e você mal olha pra mim. Não vou mas gastar meu tempo. Se você quer namorar comigo ou não, se decide de uma vez. Espero sua resposta amanhã. — Mel disse e saiu. Isaac ficou perplexo. Era uma decisão importante, e ele não sabia o que decidir. E agora? O que ele iria fazer? Isso, só ele poderia decidir.
Enquanto isso, Lizzie se encontrava em sua casa. Ainda pensando na tristeza da vida, tentava achar um ser sobrenatural no livro escrito por Damian Drácula. Pesquisou e pesquisou cada ser, mas nenhum tinha os mesmos poderes. Será que ela realmente é um ser sobrenatural? Se não é, como fez aquilo? Essas são perguntas difíceis de se responder facilmente. Matt chegara então. Foi até a biblioteca, onde a garota estava, no objetivo de contar sua idéia. Ele iria atrás do único vampiro que poderia ter respostas sobre Lizzie.
— É isso! Damian Drácula! Precisamos encontrá-lo, Lizzie. — Matt afirmou.
— Não tem nada registrado nesse livro, escrito por ele. Matt, antes de resolver isso precisamos vencer Vlad. Resolvemos isso depois que o derrotarmos. — Lizzie afirmou. — A prioridade agora é Red Valley! Que está em risco com o retorno dele.
— Tudo bem, mas depois disso eu vou encontrar Damian! Pra agora, Violet teve uma ideia para salvarmos Ali dos Mors. É um pouco perigoso até.
— Quer que eu vá com vocês?
— Não adianta. Os únicos que podem participar são os que têm laços sanguíneos com ela, ou seja, eu, meu irmão e meu pai. Vou salvar ela, Lizzie.
— Tudo bem, você vai conseguir. Boa sorte. — Lizzie disse.
— Lizzie... existe um grande risco de eu morrer nessa missão. Para conseguir invadir a mente da Ali e salva-la, precisamos estar quase mortos.
— Ai meu Deus, Matt! Você não deve...
— Sim, eu devo. Ela é minha irmã. Eu devo isso a ela a séculos. Se for preciso morrer pra salva-la, eu vou.
— Matt... você é a única pessoa que eu tenho ao meu lado. Eu preciso de você. Você não pode morrer, Matt! Não pode!
— Eu sinto muito, Lizzie! Mas eu preciso fazer isso. Olha, não sei o que vai acontecer lá. Porém eu quero que saiba de uma coisa... eu te amo, ta bem? Eu te amo! Se eu voltar, vai ser por você e pela Ali. Lizzie, em meio a todo esse desastre a única coisa que me aconteceu de bom foi ter te conhecido, sabe? Então e-... — Lizzie o beijou sem o deixar acabar a frase. Em um lento suspiro dos dois enquanto seus lábios se encostavam, os dois se beijavam.
— Eu também te amo, Matt. Faça o que for preciso! Eu estarei aqui!
Enquanto isso, Luna estava no quintal de sua mansão, testando um feitiço. Ele consistia em mudar o tempo. Estava um dia bem ensolarado, o objetivo dela era fazer o tempo virar por completo. Ou seja, fazê-lo ficar nublado com raios.
— Ego, venefica Lovegades, ex flagrante fulvo sole cum aqua caeruleo caelo caeruleo ad exanime caeruleo fulmine tempus peragere velim. — E o tempo virou por completo. Luna sorriu. Ela havia conseguido. Agora, iria fazer o tempo mudar de volta para o que estava antes. — Ego, venefica Lovegades, ex glauco et exanimi caeruleo caelo fulgure ad fulvum ardentem solem cum aqua caeruleo candente, tempus mutare velim. — E o sol abriu. Luna sorriu. Até que então escutou um som de grito vindo do interior da mansão Lovegades. Havia sido reproduzido por Amélia Lovegades, a avó de Luna.
— Vovó??! O que houve??!
— Drac-dracu-drácula... — Ela disse gaguejando com olhos vidrados.
— Drácula? Pirou de vez, vovó? A senhora tomou seus reméd... — Luna se virou quando se assustou. Uma figura misteriosa de terno se encontrava nas sombras. — AI MEU DEUS!
— Boo! — Ele brincou. — Te assustei, Luna? Se sim, peço mil desculpas.
— Saia daqui! Agora! — Amélia afirmou. — Vá embora! Você não é bem vindo aqui! Saia e não volte nunca mais! É uma ordem! Obedeça!
— Nossa Amélia... você era mais encantadora. — Drácula afirmou.
— SAIA DA MINHA MANSÃO!!!!
O Grito fez Susan chegar assustada ali ao quarto de Amélia. Quando viu Drácula, quebrou um dos vidros que estava por perto e formou uma lâmina.
— Sabe que isso é inútil contra mim, né Susan? Eu peguei a espada que pode matar um imortal. Sem falar que eu tenho os Mors sob meu domínio.
— Maldito seja você! — Amélia disse.
— Amém. — Ele respondeu, de forma sarcástica em um tom risonho.
— O que você quer aqui??
— Só avisar que retornei mesmo, para a infelicidade de vocês. — E riu. — Não precisa atirar em mim. Aliás, isso nem iria funcionar. Estou indo. — E saiu da mansão Lovegades, sem nenhum arranhão se quer. Susan ainda não havia contado pra sua mãe e pra Luna.
— Por que não me avissaste a mim, Susan? — Perguntou Amélia.
— Eu estava com medo! Ta bem?! Eu estava com medo! — Afirmou Susan.
— Então... é ele? O tal Conde Drácula? É ele? — Luna perguntou.
— Sim filha, é ele! Perdemos nossa única arma contra ele! Agora ele vai transformar essa cidade em um caos!
— Mamãe, o que vamos fazer?
— Eu não sei Luna... pela primeira vez eu realmente não sei, filha.
Enquanto isso, Jordan chegara até seu apartamento antigo. Ele ainda tinha a chave, então conseguiu entrar. Ao abrir a porta, andou até seu armário e pegou uma caixa com diversas coisas relacionadas a Ali. Tinha um cordão, que Jordan deu a Ali de aniversário, o que ele certamente iria usar para o feitiço. Também tinha vários outros, mas dois bem específicos seriam usados: Um era o primeiro dente de leite de Ali, que Matt retirou. O outro era uma manta de princesa, na qual Arnold, com muito esforço, conseguiu comprar para a menina. Comprou em um centro comercial de uma vila perto de onde os dois moravam. A garota amava usar a túnica para fingir ser uma princesa, o que era seu sonho.
Jordan deu um sorriso ao ver aqueles objetos, e então pegou os três itens. Quando se virou, Jane estava á sua frente. Seus cabelos estavam mais avermelhados do que o comum.
— Pintou o cabelo? — Ele perguntou.
— Na verdade, existe uma curiosidade sobre mim que talvez você não saiba.
— Vamos, eu não tenho o dia todo!
— Eu utilizo uma técnica específica da magia negra, conhecida também como Magia Chaos, também conhecida como Magia do Caos. Como o próprio nome diz, é uma técnica usada por bruxas anciãs do antigo templo negro. Ela permite que eu faça qualquer coisa, dizendo somente frases específicas e pensando no que quero fazer. Só tem uma coisa, conforme eu uso, meu cabelo avermelha e meu corpo se desgasta. Porém é pelo Drácula! Vale a pena pelo amor da minha vida!
— Você é doente, Jane.
— Pelo Vlad, sim! Eu sou! Eu sou cega por ele! Eu faria qualquer coisa por ele!
— Meu Deus... isso é loucura. Por que você tá aqui? Pra tentar me impedir?
— Na verdade, eu tô aqui pra começar o caos em Red Valley! — Uma enorme fumaça vermelha se formou das mãos de Jane, formando um enorme fumaceiro de fogo. Depois que acabou, Jane havia desaparecido. Jordan logo escutou diversas buzinas. Olhou pela janela para ver o que estava acontecendo, quando se deparou com uma cena: Jane estava no meio da rua, causando tumulto. — EU DISSE JORDAN! CAOS! — E então levitou.
— JANE??! FICOU MALUCA??! ESTÁ SE REVELANDO PARA TODO MUNDO! COMO ACHA QUE EU VOU APAGAR A MEMÓRIA DE TODOS ELES?!
A Garota não deu ouvidos, e começou a dizer palavras em outra língua.
— CHAOS MAGUS, voco! Cogitationes meas audi! PER SAEPE ANTIQUAE SPLENDIDAE TEMPLI, me uti TE !!!
— JANEEEE! PARA COM ISSO!!!!
— CHAOS MAGUS, voco! Cogitationes meas audi! PER SAEPE ANTIQUAE SPLENDIDAE TEMPLI, me uti TE !!! ME UTI TEE!!! — Uma tempestade se formou ali naquela rua, e diversos raios começaram a se atirar pela rua. Os cidadãos começaram a se desesperar.
— DROGA! — E correu até a rua. Os raios continuaram, e o cabelo de Jane ficou ainda mais avermelhado. Era bizarramente bonito de se ver. Jane há havia feito tudo que ela queria. Sumiu em uma explosão flamejante. Agora, Jordan teria um bom trabalho limpando a mente das pessoas dali e apagando suas memórias do que aconteceu. Enquanto isso, Jacob fazia uma pesquisa sobre lobisomens.
— Tá fazendo o que? — Perguntou Finn. — Tá usando o computador da Lizzie? Sério isso? Invasão de privaci...
— Ela deixou, relaxa! A lua cheia é amanhã! Tô desesesperado tentando achar algum tipo de "Hack" pra não me transformar amanhã a noite.
— Algum tipo de que?
— Hack! Tipo, uma técnica que burla as regras, sabe? Algo assim.
Finn deu leves risadas. Parecia estar debochando de Jacob, de um jeito muito engraçado e risonho.
— Sério? Hack pra lobisomens? — E deu mais gargalhadas. — Jacob, não vai achar nada disso no Google.
— Então você conhece algum???
— Claro que conheço! O nome é Controle! Não sei se você conhece.
— Ah, Finn! Eu tô falando sério! Qual é! Eu não posso perder o controle de novo. Não posso! Ta bem? Não posso!
— Eu vou te ajudar. Antes de mais nada, descansa! Vai pra sua casa e dorme. Nem que seja somente por 30 minutos, mas confia em mim, isso ajuda muito a manter o controle na lua cheia.
— Tá bem, tô indo. — E foi. Após sair da casa de Lizzie, andou em direção á sua. Demorou um pouco pra finalmente chegar, e quando abriu a porta, viu sua mãe e seu pai sentados no sofá.
— FINALMENTE! MEU DEUS! — Exclamou a mãe de Jacob.
— O que... foi? — Jacob perguntou.
— O QUE FOI? O QUE FOI??? TÁ BRINCANDO COMIGO JACOB? NÃO! VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE SACANAGEM! ACHA QUE EU PAREÇO UMA PALHAÇA AGORA?? — Perguntou a mãe de Jacob.
— Mãe, não tô entendendo!
— Você ficou dois dias fora! Sabe o que é isso??! DOIS DIAS! SEM DAR NENHUMA NOTÍCIA! PENSAMOS ATÉ EM CHAMAR A POLÍCIA! ONDE ESTEVE ESSE TEMPO TODO, FILHO?!
— Eu tava na casa do Matt fazendo uns trabalhos. — Jacob afirmou.
— Impressionante! E as mensagens que eu te enviei? Não respondeu nenhuma.
— Eu não vi mãe, desculpa. Desculpa também, pai. — Jacob pediu. — Eu tô cansado. Vou dormir um pouco. — E então subiu para descansar. Seus pais não acreditaram naquela mentira.
Enquanto isso, Luna lia um livro em seu quarto. Era um livro bem interessante, ao todo. Falava sobre a história de uma garota com poderes mágicos vindos de um artefato abençoado por uma bruxa. A garota estava entretida, o que era ótimo para se distanciar do desastre que estava acontecendo. Estava já na página 97, quando escutou uma coisa. Era um barulho. Pareciam passos. Sentia uma angústia a parte, nada que ela não já sentira antes, mas tinha algo diferente.
— Não grite, ou todo mundo morrerá, Luna. — Era Drácula. Estava com seu terno preto de sempre e com um sorriso maldoso e assustador.
𝐏𝐑𝐂𝐈𝐎𝐔_𝐒𝐓𝐈𝐋𝐄𝐒 ©
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