ִ ࣪𖤐 002. ENID ౨ৎ

— Bom, Marissa e Carl, esse é o Mike e essa é a Enid.

— Oi — disse ela, referindo–se a nós.

— Oi. — respondemos em perfeita sincronia.

A mãe do Ron, o garoto que nos apresentou aos seus amigos, disse que ele estava querendo nos conhecer. Achamos uma ideia legal e topamos ir.

Onde estávamos era um quarto com alguns gibis e uns jogos de tabuleiro.

— Qual a idade de vocês? — Mike pergunta.

— Eu tenho quinze — digo — Carl... o garoto fez uma pergunta

— Ah. Oi. Eu tenho dezesseis.

Ele está estranho desde que chegamos.

— Também. Olha, é normal vocês ficarem envergonhados e não quererem falar muito. A Enid quando chegou ficou duas semanas sem falar uma palavra.

— Segura a onda, garoto. — disse ela, cortando-o.

— Aqui temos escola pela manhã e como agora não temos aula, podemos jogar tabuleiro, cartas e videogame na garagem do Mike. O que vocês preferem? — questiona Ron.

— Pode ser o videogame.

Assentimos e fomos em direção ao jogo. Foi bem divertido, para falar a verdade. Fazia muito tempo que eu não socializava com pessoas que não fossem apenas do meu grupo. Estou feliz por estarmos começando uma nova vida, mais protegidos dos perigos do mundo lá fora.

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— O que você achou, Carl? — eu pergunto, enquanto estamos sentados na minha cama lendo. Ele estava com o hq nas mãos, mas olhava para a parede — Carl. Carl! — ele se assusta.

— O que foi, Marissa?

— Você não respondia! — ele bufa e se vira para mim — O que achou de hoje mais cedo?

— Legal. Conheci pessoas novas... foi divertido

— Finalmente!

— Era ela! — franzo a testa.

— Ela quem?

— A Enid era a menina que tava observando a gente quando chegamos.

— Ah, pronto! De novo isso?

— Eu só tô afirmando. Eu a reconheci.

— Uhm... e por que você tá tão preocupado?

— Nada demais. Só fiquei curioso. É estranho você ver alguém te observando.

— Realmente. Mas, será que pode sair sem permissão? Que tal um dia lermos gibis na floresta como fazíamos antes?

— Pode ser. — respondeu ele, não dando muita atenção para o que eu tinha acabado de dizer.

❛﹙ ⋅ ♡‧₊˚🖇️ ﹚❜

A

noite cai e eu resolvo sair um pouquinho de casa. Ponho apenas um casaco fino e antes de sair eu passo no quarto de Carl para saber se ele quer ir também. A porta está trancada.

Estranho, mas sigo em frente. Jud está em pé no berço, passo e dou um cheiro nela.

— Linda. — deposito um beijo em sua testa e ela sorri.

Abro a porta de casa e um vento forte e gelado invade o ambiente. Sento-me na escada e fico admirando a lua. É noite de lua minguante, e ela está linda.

As vezes me pego pensando, será que um dia alguém pode ter a beleza que chegue aos pés da lua? Ok, existem pessoas bonitas no mundo — ou existiam, afinal, todos agora estão em decomposição —, mas ter a beleza comparada com a da lua é outro nível.

Prestes a entrar em casa, ouço um barulho vindo do lado da casa, levanto e vou averiguar.

— Puta merda. — digo.

Por pouco não dou um grito. Era o Carl.

— O que você tá fazendo aqui fora, seu maluco?

Ele ainda está se recuperando do susto, e demora um pouco de responder.

— Eu tava sem sono e resolvi sair. E você?

— Idem.

— Vamos, vamos entrar.

Assinto, mas olho por seus ombros e vejo algumas barras finas de ferro passando por dentro dos apoios de madeira que seguram o muro.

— Espera, o que é aquilo? — ando na direção da estrutura. — Isso já estava aqui antes?

— Devia estar. Mari, vamos entrar? Tá frio.

Olho de soslaio e assinto.

ᰔᩚ ━━━━ Marissa tá caidinha no Carl, cara.

ᰔᩚ ━━━━ Espero que tenham gostado do capítulo de hoje! Não esqueçam de interagir😭

ᰔᩚ ━━━━ Abraços, Wendy <3