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❆ 𝗦𝗜𝗡𝗚𝗟𝗘 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥

•   O nome "Liz" foi usado para se referir à protagonista, entretanto poucas características físicas dela foram descritas. Sintam-se à vontade para se imaginar como ela. Caso seja de sua vontade.

•   Este one-shot é do gênero angst, portanto pode gerar gatilhos em algumas pessoas sensíveis.

O que é o amor?

O amor é uma mistura de sentimentos e atitudes que se manifesta na forma de intimidade, paixão e compromisso. Ele implica cuidado, aproximação, proteção, atração, afeto e confiança. O amor pode mudar de intensidade e de forma ao longo do tempo, não há uma receita certa para definir o que ele é ou como ele surge, ou como irá se desenvolver.

Ah, o amor.

Um tema tão simples e tão complexo ao mesmo tempo. Uma palavra de quatro letras que muitas vezes são necessárias mais palavras que o dicionário tem disponível para descrever. Cada pessoa tem uma visão própria do que é o amor, baseada em suas próprias experiências e vivências. Cada amor tem uma magnitude, um peso e uma relevância diferente na vida de cada um.

Esse sentimento tão arrebatador que brota em nossos corações como flores na primavera, e cuja intensidade e duração dependem apenas do cuidado de quem o compartilha. E nem sempre de quem o sente.

Keisuke Baji sentia uma gota de suor escorrer pela testa a cada metro que avançava com o carro. O rapaz moreno estava angustiado e abafado com aquele calor, que nem o ar condicionado conseguia aliviar.

Seus olhos castanhos inquietos estavam fixos na estrada enquanto sua mente tentava não se afogar em seus pensamentos e no sentimento de dor, arrependimento e culpa.

Ele sabia que estava errado, mas não sabia como explicar a situação. Na verdade, não havia explicação para as suas ações. Talvez, só lhe restasse sussurrar um pedido sofrido de desculpas e suplicar por um perdão que ele não merecia.

Pedir perdão talvez fosse uma boa ideia, mas isso poderia parecer uma farsa para amenizar a dor de outra pessoa. Nem tudo podia ser consertado.

Ele estava muito perto e a cada minuto se sentia mais distante.

Quando percebeu que um congestionamento na estrada o atrasaria, bateu com força no volante, causando sem querer um som de buzina que irritou os outros motoristas. Ele normalmente teria ficado furioso e xingado a todos com palavras vulgares e ofensivas, mas dessa vez, nem se importou muito com o que provocou nos outros.

Suas mãos, como um vício, passaram brutalmente pelo cabelo, ajeitando os fios que nem estavam desarrumados. Seu estômago se revirava tanto que ele tinha certeza de que poderia vomitar os próprios órgãos. Suas mãos suavam e seus olhos ardiam. Com urgência, seu olhar buscou algo e seus dedos compridos alcançaram o celular que estava ali e o seguraram, fitando por um instante a tela escura, pensativo se deveria ou não fazer aquilo, mas, como uma pessoa impulsiva, ele não esperou se arrepender antes de desbloqueá-lo com a impressão digital.

O veterinário dividia sua atenção entre ficar de olho no momento em que o trânsito andaria de novo e a tela do aparelho que mostrava uma conversa aberta em um aplicativo de mensagens. Keisuke hesitou um pouco antes de abrir a foto de perfil e observar com cuidado a imagem do sorriso aberto e caloroso da mulher jovem de cabelos negros como a noite.

Ele se lembrava perfeitamente do dia em que eles tiraram aquela fotografia.

Eles estavam em uma praia pouco movimentada, ventava bastante e o vestido branco longo que ela usava parecia querer voar com a força do vento, mas apesar de tudo, ela estava tão perfeita como sempre. Radiante.

Liz estava extremamente linda como sempre fora.

Aquela talvez fosse a noite em que ele mais a vira sorrir, o brilho dos seus olhos era tão resplandecente que poderia ser comparado às estrelas, e isso o machucava em níveis que quase não podia medir. Seu coração batia descompassado de dor, apertado pelas memórias que invadiam. Olhar uma foto do dia em que pediu ela em namoro sabendo que hoje, dois anos depois, eles estavam naquela situação era desolador. Era lamentável.

A angústia que isso causava fazia um nó desconfortável se formar em sua garganta.

Com a mão esquerda, Keisuke colocou o cabelo atrás da orelha pela terceira vez seguida — gesto que ele costumava fazer muito quando estava preocupado, assim como havia feito antes —, enquanto com a outra ele clicava no ícone de ligações, iniciando uma chamada e colocando no viva-voz.

O som característico da chamada encaminhada ecoou no carro e, enquanto esperava pelo atendimento, o trânsito começou a fluir.

Uma, duas, três, cinco, sete...

Keisuke ligou várias vezes e todas as ligações foram rejeitadas, fazendo-o rir amargamente, sem graça nenhuma. Resistindo à vontade de jogar pela janela o aparelho celular — já que esse era o quarto que estragava naquele ano.

Ela facilmente poderia ter deixado o telefone tocar até cair na caixa postal, mas as rejeitou por um motivo bem específico. Era uma forma bem clara de dizer não a ele. Dizer que não queria falar com ele, que não estava interessada em ouvir o som de sua voz e em mais desculpas vazias que seriam facilmente esquecidas quando voltasse a "estar tudo bem". Um recado seco e direto que a mulher tão astuta e inteligente sabia que até mesmo alguém como Keisuke entenderia. Baji não discordava dela.

O moreno suspirou várias vezes ao passar por aquelas ruas lotadas de carros com um sentimento ruim no peito, sabendo o que o aguardava assim que chegasse ao apartamento da mais nova. A culpa era dele, somente dele. Mas se enganar era uma ótima forma de fugir, de doer menos, de não se martirizar tanto.

Para entender o motivo de um sentimento tão esmagador estar perturbando, precisamos voltar dois anos na história, quando Baji ainda cursava medicina veterinária, um passo para seu grande sonho.

Liz era uma novata que tinha acabado de se transferir para Tóquio depois de se mudar do interior. Sendo uma garota extremamente gentil, doce e prestativa, não demorou muito para ela fazer amigos leais que a apoiavam e Keisuke foi um deles, mesmo sendo bem mais velho. Ele estava no último semestre, enquanto Liz estava no quarto.

A conexão que eles sentiram instantaneamente foi tão forte que logo a paixão surgiu e eles começaram um namoro cobiçado por muitos, extremamente fofo, semelhante aos livros e filmes de romance que idealizamos a vida inteira. Eles viviam momentos românticos com flores, doces, chocolates, dança na chuva, muito amor e carinho.

Era impossível estar mais feliz do que aquilo. Era como viver um sonho.

O casal se apoiava mais do que qualquer coisa, dizer que eram almas gêmeas destinadas a ficarem sempre juntos era pouco.

Pelo menos até um ano depois.

O garoto finalmente realizou o grande sonho que tanto esperou de abrir o próprio pet shop ao lado dos melhores amigos. Tudo deu tão certo e aconteceu tão rápido que ele comemorou por semanas. Liz estava tão orgulhosa de Keisuke que seu coração parecia bater por ele.

Ela o admirava em todos os sentidos da palavra.

O amava como homem, como ser humano, como o filho maravilhoso que ele era para sua mãe, como melhor amigo e o tinha como referência de profissional que queria ser.

Mas assim como toda ação tem uma reação e toda escolha tem uma consequência, o relacionamento dos dois começou a decair cada dia mais. Entrando lentamente em um rumo de ruína que talvez fosse irreversível.

No início, Liz se recusava a admitir que algo assim estava acontecendo, afinal, ela estava sempre ali fazendo tudo o que era necessário, certo?

Ela abriu mão de muitos encontros entre os dois porque Keisuke queria sair com os amigos dele. Ela abriu mão de tê-lo em seu aniversário porque Chifuyu pegou uma virose. Ela abriu mão de descansar das cansativas horas de curso porque ele queria que ela fosse com ele à festa que Kazutora deu com a namorada dele.

Então era impossível que o relacionamento estivesse dando errado, não é mesmo?

Ela estava enganada e percebeu isso quando ele faltou a cinco encontros marcados com antecedência, por puro esquecimento. E nem era como se ele tivesse tido algum imprevisto de última hora, simplesmente se distraiu com alguma coisa e deixou a namorada plantada.

O ar em seus pulmões parecia congelado todas as vezes que isso acontecia e a dor em seu coração era tão esmagadora que parecia que a qualquer instante ou mínimo movimento de seu corpo ele iria explodir. As lágrimas não paravam de cair.

A falta de prioridade deixou uma profunda cicatriz em sua alma.

Talvez ela não fosse tão importante assim quanto pensava. Talvez fosse realmente culpa dela, que nunca disse que isso a incomodava, que nunca disse o quanto isso a deixava insegura.

Em um surto de coragem, tentando agir como a mulher adulta que era, chamou Keisuke para conversar e disse tudo o que não estava certo na relação, dizendo como algumas coisas a magoavam ou a desagradavam, ou como aquelas garotas obcecadas por ele nas redes sociais a fazia se sentir enciumada.

Um leve e momentâneo alívio a invadiu quando ele foi compreensivo e tratou tudo com todo amor do mundo, pedindo desculpas e convidando-a para um jantar de reconciliação em um restaurante muito chique da cidade. Um que ela queria ir há muito tempo.

A felicidade parecia ter desabrochado novamente em sua vida, e a animação foi instantânea. Ela estava esperançosa. Liz contava nos dedos as horas para o tão esperado momento, arrumando-se para essa ocasião incrível que viria, com um sorriso no rosto e borboletas no estômago.

Ela havia dado novamente um passo à frente; então, agora tudo iria mudar, não é mesmo?

E isso nos leva aos acontecimentos atuais.

As mãos do veterinário apertavam firmemente o volante, enquanto ele se recordava do encontro marcado com Liz, às sete horas da noite, em um restaurante badalado. Ele podia visualizar como ela deve ter se arrumado meticulosamente, escolhendo suas melhores roupas, aplicando uma maquiagem impecável digna de profissional e cuidando para que sua pele macia exalasse um aroma delicado. Ele imaginava até os mínimos detalhes: os cachos feitos com babyliss, as unhas bem cuidadas e até mesmo a lingerie. Ele se lembrava bem que ela sempre costumava usar uma nova em ocasiões especiais como essa.

Ao estacionar próximo ao prédio onde sua namorada morava, ele saiu rapidamente do carro, fechando a porta com um pouco mais de força do que o habitual. Caminhou apressadamente em direção ao edifício, adentrando sem ser contestado pelo velho porteiro que já o conhecia — o qual ele, concentrado em seu objetivo, não fez questão de cumprimentar.

Pressionando o botão do elevador com impaciência, a espera parecia interminável para um coração acelerado e olhos marejados de lágrimas. Keisuke, impaciente, optou por subir os cinco andares de escada.

Com a respiração ofegante e os cabelos lisos caindo sobre os ombros, suas bochechas pálidas estavam marcadas por algumas lágrimas. Ele parou em frente à porta do apartamento, fechando os olhos com força antes de bater na porta, que levou cerca de cinco minutos para ser aberta pela mulher.

O coração dele se partiu com o olhar de decepção e frieza que recebeu. Ela já não usava mais as roupas que tinha escolhido para sair, mas era evidente que teve o cuidado de se maquiar, pois havia vestígios de rímel borrado em seus olhos.

Ele a fez chorar, e isso doía mais do que tudo.

— Você não tem vergonha de aparecer aqui? São nove da noite, Keisuke, vá embora — ela disse, com uma voz tão gelada e dura como um iceberg.

— L-Liz... eu... — ele perdeu as palavras. Engoliu o nó na garganta, tentando se aproximar um pouco mais. Ele queria abraçá-la. Ajoelhar-se e pedir perdão, mas não podia fazer isso. Só tornaria as coisas mais dolorosas para ela, que era quem mais sofria — eu sinto muito, Haruchiyo me ligou e você sabe como...

— Como você sente falta do seu amigo? — ela debochou. Os pelos da nuca de Baji se eriçaram. — Sim, eu sei, você já usou essa desculpa há três meses atrás, quando Mitsuya voltou da França — ela disse, amargurada, elevando a voz — acontece que eu estou farta de fazer tudo para estar ao seu lado! Você é sempre a prioridade na minha vida, enquanto eu sou apenas uma coadjuvante na sua, o plano B, a alternativa. Jogada para escanteio quando você não tem ninguém para se divertir, afinal, seus queridos amigos não podem transam contigo para satisfazer seus desejos, né?! — Liz despejou tudo, sem deixar espaço para o moreno se defender.

— Acontece que você não é a única pessoa no mundo que trabalha e tem compromissos, minha agenda também é apertada e mesmo assim eu nunca te abandonei. A verdade é que você quer ser o centro das atenções sem dar nada em troca. É um homem imaturo que não está pronto para ter um relacionamento e ainda machuca os sentimentos de outras pessoas com sua indecisão. Eu não me arrependo de te amar nem de nada que nós dois vivemos, mas não quero mais nada com você. Amanhã você passa aqui à tarde e pega as suas coisas, traz as minhas também que estão na sua casa também. Saia da minha frente e não ouse me procurar de novo — ela pôs a mão na porta para fechá-la, lançando-lhe um último olhar de desprezo — adeus.

Um silêncio se instalou ali. O que mais poderia ser dito?

Liz olhava para Keisuke como se ele fosse um estranho e ele definitivamente não tinha o direito de se sentir magoado com ela. Afinal de contas, foi a sua irresponsabilidade emocional que causou o fim.

Pessoas indecisas ferem pessoas incríveis e ele simplesmente estava colhendo o que plantou. Liz merecia mais, muito mais. Alguém que a amasse, a respeitasse, que não a deixasse de lado e priorizasse os seus sentimentos. Esse foi o fim.

Author's note;

•   Olá! Como você está?! Espero que esteja bem. Então, o que achou da trama entre Liz e nosso amado Baji?

•   Deixe seu voto, por favor! ♥︎

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