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Quando a infΓ’ncia chega ao fim? A maioria das pessoas nΓ£o tem voz ativa nessa questΓ£o. Γ€s vezes, elas nem percebem que isso aconteceu. VocΓͺ sai de casa como uma crianΓ§a inocente, apenas para voltar contaminado e poluΓ­do por circunstΓ’ncias que nΓ£o pode controlar. Os adultos sempre parecem se esquecer de que tambΓ©m jΓ‘ foram crianΓ§as.

Para as crianΓ§as que residem nos distritos de Panem, a infΓ’ncia termina no momento em que vocΓͺ completa doze anos. Cada aniversΓ‘rio depois disso Γ© menos uma comemoraΓ§Γ£o do crescimento e mais uma celebraΓ§Γ£o de que vocΓͺ sobreviveu Γ  loteria da morte certa. Γ‰ uma experiΓͺncia angustiante para uma crianΓ§a olhar ao redor e se perguntar quantos de vocΓͺs viverΓ£o atΓ© os 19 anos. Γ‰ ainda mais atormentador imaginar se vocΓͺ terΓ‘ que matar outras crianΓ§as para chegar lΓ‘.

Para Dahlia Blossom, a infΓ’ncia terminou no dia em que seu pai foi morto em um acidente de trabalho. Na Γ©poca, sua mΓ£e estava grΓ‘vida de Rosie e teve que continuar trabalhando para manter a famΓ­lia. Isso deixou Dahlia para cuidar de Lavender e assumir as tarefas domΓ©sticas. Nenhuma das duas mulheres teve tempo de ficar de luto adequadamente porque Panem era um lugar implacΓ‘vel. O CapitΓ³lio nΓ£o se importava com o quanto as pessoas dos distritos sofriam, desde que fossem bem supridas de mercadorias.

A chance de Dahlia viver uma vida mais feliz com sua famΓ­lia foi arruinada por uma personalidade que ela adotou para sobreviver. Quando sua famΓ­lia deu as costas para o vitorioso que ela havia se tornado, eles nΓ£o enxergaram a garotinha que gritava por aceitaΓ§Γ£o e amor. Sua Dahlia ainda estava lΓ‘, enterrada sob um exterior endurecido. Eles simplesmente nΓ£o tinham paciΓͺncia para olhar abaixo da superfΓ­cie.

O que restava da inocΓͺncia de Dahlia foi cruelmente arrancado dela graΓ§as Γ  luxΓΊria e Γ  fome dos homens. Todos eles ouviram os rumores sobre os perigos de brincar com seu tipo de fogo, mas foram cegados por sua luz encantadora e atraΓ­dos pelo calor que ela proporcionava. Eles nΓ£o tΓͺm ninguΓ©m para culpar alΓ©m de si mesmos quando ela incendeia o mundo deles. Dahlia sabe que Γ© uma troca justa. Eles ganham 30 segundos de cΓ©u e uma vida inteira para se arrepender, ela sofre uma noite de tortura, mas rouba deles tudo o que valem. Seu joguinho Γ© a ΓΊnica maneira de se manter sΓ£ no CapitΓ³lio (alΓ©m do tempo que passa com Finnick). Quando os 70ΒΊ Jogos Vorazes se aproximam, a jovem Dahlia Blossom, de 19 anos, jΓ‘ acumulou uma grande coleΓ§Γ£o de bens roubados de uma variedade de clientes que sabem que nΓ£o devem reclamar de seus serviΓ§os.

Mas os itens mais preciosos de Dahlia sΓ£o os presentes inestimΓ‘veis que Finnick lhe traz de seu distrito. Isso torna o tempo que passamos separados mais suportΓ‘vel, sabendo que ele voltarΓ‘ com um sorriso radiante e as mΓ£os cruzadas atrΓ‘s das costas para esconder o presente.

─ Encontrei esta concha na praia e achei que vocΓͺ gostaria dela.

─ Vi esta flor e me fez pensar em vocΓͺ.

─ Mags me ensinou a tecer pulseiras para que eu pudesse fazer uma para vocΓͺ.

Cada presente era significativo e especial, mas ela os amava porque eram todos dele. Nenhuma das joias ou bugigangas que ela roubava se comparava a algo que vinha daquelas mΓ£os. Parecia que ele entregava um pequeno pedaΓ§o de seu coraΓ§Γ£o a cada presente que ela recebia. Γ€s vezes, Dahlia tentava retribuir o favor com suas prΓ³prias criaΓ§Γ΅es. Usando uma concha em espiral do Distrito Quatro, ela tranΓ§ou trΓͺs fios finos de corda para criar um colar. Parecia tΓ£o inadequado em comparaΓ§Γ£o com o artesanato habilidoso dele que ela quase nΓ£o o deu a ele. Agora ele nunca o tira.

MemΓ³rias como essas sΓ£o as que ajudam Dahlia a superar as noites ruins. Enquanto caminhava para a casa de outro cliente, o ΓΊltimo antes de retornar ao distrito para a colheita, seus dedos mexiam na pulseira de tecido azul em seu pulso. Finnick sempre quis levar Dahlia para conhecer as belas Γ‘guas de seu distrito, mas nΓ£o havia possibilidade de isso acontecer tΓ£o cedo. EntΓ£o, por enquanto, a pulseira era uma representaΓ§Γ£o das ondas rΓ­tmicas do Distrito Quatro... Ou, pelo menos, foi isso que Finnick lhe disse.

─ VocΓͺ estΓ‘ atrasada, garota. ─ Yarrow Whitewood, seu ΓΊltimo cliente, resmunga quando ele abre a porta para ela. Um homem careca de meia-idade, Yarrow nΓ£o era conhecido por ser uma pessoa particularmente agradΓ‘vel de se conhecer. Talvez seja por isso que ele e Snow se davam tΓ£o bem. Quando Dahlia abre a boca para responder, Yarrow levanta a mΓ£o para silenciΓ‘-la.─ Eu nΓ£o pago minhas prostitutas para falar.

Sua lΓ­ngua quase sangra devido Γ  forΓ§a com que Dahlia a morde para nΓ£o se irritar com a audΓ‘cia dele. Em vez disso, ela forΓ§a um sorriso no rosto e se esgueira para dentro para mais uma noite de prostituiΓ§Γ£o forΓ§ada.

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O sentimento de repulsa havia se tornado familiar demais para Dahlia apΓ³s as atividades noturnas com estranhos. Snow havia transformado seu corpo em um produto que poderia ser compartilhado com todos os seus amigos ricos e poderosos. A maioria deles nem mesmo se importava com quem ela era, apenas queriam uma garota bonita para se satisfazer durante a noite. Ela apenas ficou deitada de costas enquanto os homens a penetravam, grunhindo e gemendo alto enquanto tentava nΓ£o recuar fisicamente em repulsa. Ela supΓ΄s que com Yarrow nΓ£o seria diferente.

Na maior parte do tempo, ela estava certa. Mas Yarrow era cruel e substancialmente mais inteligente. Ele estava ciente dos modos de mulher fatal de Dahlia e sabia que nΓ£o deveria perder a garota de vista. Ela supΓ΄s que esse era o motivo pelo qual Snow a havia enviado para ele. Yarrow era o homem que deveria quebrar o espΓ­rito de Dahlia de uma vez por todas.

─ Se importa se eu usar seu banheiro? ─ Dahlia perguntou com uma voz doentiamente doce, com a cabeΓ§a apoiada no cotovelo enquanto passava os dedos sedutoramente pelo braΓ§o dele. Uma lareira em frente Γ  cama era a ΓΊnica fonte de luz no quarto, enchendo-o com um cobertor espesso de calor.

─ VocΓͺ nΓ£o tem permissΓ£o para sair desta sala.─ Yarrow rosnou asperamente, olhando para a garota com desconfianΓ§a.─ Eu sei do que
esses seus dedos sΓ£o capazes e nΓ£o serei seu prΓ³ximo alvo.

─ Γ‰ sΓ³ descer o corredor. ─Dahlia argumenta suavemente com uma risada feminina, levantando as cobertas para longe de seu corpo.─ A menos que guarde seus objetos de valor no banheiro, eles estΓ£o a salvo dos meus dedos.

─ Eu nΓ£o me importo onde estΓ‘. ─Yarrow protesta, agarrando seu bΓ­ceps enquanto ela tenta se levantar.─ VocΓͺ nΓ£o vai a lugar nenhum.

O medo de Dahlia aumenta repentinamente com o olhar predatΓ³rio do homem.

─ Me solte.─ Ela insiste calmamente, olhando com cautela para o aperto de mΓ£o machucado dele.

─ VocΓͺ Γ© minha por esta noite.─ Yarrow anuncia com um sorriso sinistro, lambendo os lΓ‘bios como um cachorro olhando para um osso.─ Eu paguei pela Dahlia Negra e Γ© exatamente isso que vou receber. ─Dahlia tenta puxar o braΓ§o para longe, mas o aperto dele sΓ³ aumenta a dor.─ Eu ainda nΓ£o terminei com vocΓͺ.

─ Estou farta de vocΓͺ.─ Dahlia retalia ferozmente, determinada a nΓ£o deixar que o homem perceba sua expressΓ£o de pΓ’nico.─ Solte-me! ─Yarrow se lanΓ§a para frente, agarrando o outro braΓ§o de Dahlia e batendo as costas da garota contra a cama. Ela grita quando o ar Γ© retirado de seus pulmΓ΅es e Yarrow aproveita a oportunidade para subir em cima dela, prendendo seus pulsos perto de sua cabeΓ§a.─ Saia de cima de mim, porra!.

─ Cale a boca! ─Yarrow grita em seu rosto, esforΓ§ando-se para conter a figura dela. Ela se contorce e se contorce sob o corpo pesado dele, recusando-se a ceder aos seus desejos pervertidos por mais tempo.

─ EntΓ£o saia de cima de mim. ─Ela retruca, revidando como o vitorioso sem coraΓ§Γ£o pelo qual Γ© conhecida.

Yarrow se inclina desconfortavelmente para mais perto dela e rosna em seu ouvido:

─ Pare de falar ou eu lhe darei um motivo para gritar. ─Quando ele se afasta, Dahlia cospe em seu rosto medonho antes de enfiar o joelho em seu estΓ΄mago. Ele cai de cima dela com um gemido de dor e grita:

─ Sua vadia! ─Afastando-se, Dahlia cai da cama e aterrissa desajeitadamente no chΓ£o. Mas Yarrow comeΓ§ou a se recuperar, entΓ£o Dahlia se levanta cambaleante e corre para a porta.─ Acho que estΓ‘ faltando alguma coisa.

Com a mΓ£o apoiada na maΓ§aneta polida da porta, Dahlia olha por cima do ombro e vΓͺ Yarrow olhando presunΓ§osamente para ela... com a pulseira de Finnick pendurada em seu dedo.

─ Devolva-o.─ Ela exige severamente, com os olhos arregalados de horror ao ver isso. Ele deve ter tirado o bracelete quando ela estava com as mΓ£os imobilizadas. Yarrow riu zombeteiramente, girando o bracelete em seu dedo para provocΓ‘-la ainda mais.─ Devolva-o, sua puta do CapitΓ³lio!.

Yarrow caminha lentamente ao redor da cama, avanΓ§ando sobre a garota em ebuliΓ§Γ£o.

─ Isso Γ© desespero em sua voz? ─ Ele pergunta de forma provocante enquanto os olhos de Dahlia se estreitam em desdΓ©m.─ Acho que sim.─Ele se eleva acima de Dahlia, olhando para ela com um sorriso pomposo.─ VocΓͺ nΓ£o tem poder aqui, garotinha. ─Suas palavras depreciativas nΓ£o fazem nada alΓ©m de irritar Dahlia, seus punhos se fecham com uma raiva silenciosa.─ VocΓͺ vai voltar para aquela cama e nΓ£o vai se defender. VocΓͺ vai receber seu castigo como um bom vitorioso e depois terΓ‘ seu bracelete de volta.

─ Ou vocΓͺ pode devolvΓͺ-la agora mesmo e eu nΓ£o vou cortar suas mΓ£os.─Dahlia ameaΓ§ou casualmente, olhando para o homem excessivamente confiante que precisava ser derrubado.─ Eu fui a ΓΊnica sobrevivente de 24 tributos e isso nΓ£o foi por acaso. Preciso lembrΓ‘-lo de que matei todas as Carreiras em meus Jogos e nΓ£o hesitarei em matar novamente. VocΓͺ serΓ‘ minha presa mais fΓ‘cil.─Endireitando as costas, Yarrow se afasta do vitorioso com uma expressΓ£o desonesta. A percepΓ§Γ£o de seu plano sΓ³ chega a Dahlia quando o homem olha da lareira para a pulseira.

─ NΓ£o!.

Tarde demais.O belo e intrincado padrΓ£o Γ© imediatamente engolido pelas chamas, faiscando loucamente como uma cobra cuspideira. Dahlia se lanΓ§a para frente, caindo de joelhos ao lado da lareira enquanto seus olhos comeΓ§am a lacrimejar.

─ A poderosa Dahlia Negra reduzida a lΓ‘grimas por causa de um estΓΊpido pedaΓ§o de barbante.─Yarrow zomba, circulando em torno da garota de coraΓ§Γ£o partido.─ PatΓ©tico.─ Dahlia nΓ£o reage Γ s palavras dele, olhando fixamente para o fogo.─ Talvez o Garoto de Ouro seja mais divertido.

A cabeΓ§a de Dahlia se levanta com esse comentΓ‘rio. Finnick. Ele quer uma visita de Finnick. Todos os sentimentos de tristeza sΓ£o evaporados de seu corpo e prontamente substituΓ­dos por fΓΊria. Ela nΓ£o permitirΓ‘ que ele toque em seu Finnick. Seus dedos deslizam em torno do atiΓ§ador de fogo, encantados com a ponta letalmente afiada. Ameace-a o quanto quiser, ela aguenta. Mas ele havia ameaΓ§ado Finnick... Ela nΓ£o o deixaria escapar impune.

Yarrow voltou para a cama, satisfeito com seu trabalho. Ele tinha certeza de que destruir um objeto com o qual ela tinha uma ligaΓ§Γ£o sentimental a forΓ§aria a se submeter. E, embora Finnick fosse geralmente a influΓͺncia calmante em sua vida, ele tambΓ©m era o combustΓ­vel para o fogo que a mantinha lutando. Ela tinha dois anos de raiva reprimida borbulhando dentro de si, apenas esperando para ser liberada. Ela jΓ‘ tinha a muniΓ§Γ£o, e Yarrow acabara de lhe passar a arma.

Um golpe na cabeΓ§a Γ© o suficiente para incapacitΓ‘-lo completamente. Enquanto um gemido de dor escapa de seus lΓ‘bios, seu corpo se esparrama sem graΓ§a no chΓ£o. Dahlia se aproxima do homem com uma expressΓ£o impassΓ­vel, sem se incomodar com seus gritos lamentΓ‘veis. Ela se diverte muito ao balanΓ§ar o marcador de fogo perto do rosto dele e vΓͺ-lo se encolher de medo. Quem tem o poder agora?.

De repente, ela estΓ‘ de volta aos Jogos, em cima de outro tributo com a vida dele em suas mΓ£os. Ela poderia ter sentido compaixΓ£o, poderia ter demonstrado misericΓ³rdia. Mas o homem diante dela nΓ£o era uma crianΓ§a inocente. Ele merecia morrer mais do que qualquer tributo nos Jogos. Suas mΓ£os anseiam por reviver a sensaΓ§Γ£o de tirar uma vida. A Dahlia Negra retorna com forΓ§a total quando ela imagina os olhos de milhares de cidadΓ£os observando-a em uma tela, grudados em cada movimento seu.

DΓͺ a eles um show. DΓͺ a eles um show. DΓͺ a eles um show.

A mentalidade ainda estΓ‘ presa em sua cabeΓ§a, como um cΓ’ntico de guerra antes de ir para a batalha.

NΓ£o se pode tirar os Jogos do vitorioso.

Tudo isso faz sentido. Ela ainda Γ© uma assassina por trΓ‘s de tudo isso. Esse Γ© um fato que nunca desaparecerΓ‘. Ela tem sangue em suas mΓ£os, seu livro de registro estΓ‘ pingando de vermelho. Uma vez uma assassina, sempre uma assassina.

Batendo com o bastΓ£o de fogo em suas costelas, membros e costas, ela mostra a Yarrow exatamente como ficou conhecida como uma assassina de coraΓ§Γ£o tΓ£o frio. Ele gemia a cada golpe, arrastando-se fracamente pelo chΓ£o.

─ Por favor...─ Yarrow suspira, revelando seus dentes manchados de sangue e seu rosto quase irreconhecΓ­vel.

Dahlia inclina a cabeΓ§a diante da sΓΊplica do homem, com um sorriso sΓ‘dico decorando seus lΓ‘bios.

─ Isso Γ© desespero em sua voz? ─ O rosto de Yarrow perde sua cor restante, tornando-se tΓ£o branco quanto o fantasma que ele estΓ‘ prestes a se tornar. Ele nΓ£o consegue disfarΓ§ar o terror em seu rosto enquanto a Dahlia Negra faz uma careta de divertimento. ─ Acho que sim.

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