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𝑺𝒐́ 𝒍𝒂𝒕𝒆, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒎𝒐𝒓𝒅𝒆

A Madame estava furiosa.

Ela havia prometido ao Presidente Snow um monstro sem coração, incentivando-o a colocar a garota à prova. Além de seu projeto Dahlia Negra ter fracassado em campo, ela se tornou completamente desonesta e levou consigo todo um esquadrão de leais soldados da paz. No final, foi necessário o esforço combinado de dez homens para subjugá-la, mas o número de mortos foi substancial e aumentava a cada minuto. Todo esse caos provocado por algumas palavras simples e um patético broche de flor. Semanas de trabalho árduo e treinamento exaustivo desfeitas em um único momento. Snow não ficaria feliz com esse resultado desastroso e a Madame não estava disposta a suportar as consequências.

─ Prepare a máquina imediatamente. ─Ela ordenou com urgência, invadindo a câmara suja com passos furiosos. Os cientistas e médicos agitados se assustaram com a aparição repentina e furiosa da mulher, olhando uns para os outros para saber o que fazer em seguida.

Uma mulher corajosa conseguiu encontrar sua voz e falou em protesto:

─ Precisamos de autorização do Presidente Snow.

Evidentemente, essa era a coisa errada a se dizer. A raiva da Madame, que já estava em ponto de ebulição mesmo antes de entrar, parecia ter sido levada longe demais e precisava desesperadamente de um alívio. Infelizmente, o alvo mais próximo para essa explosão inevitável era a própria mulher que a havia desencadeado.

A sala inteira parou no lugar quando a garganta da cientista foi cortada com tanta força que seu sangue espirrou violentamente pelas paredes cinzentas como um extintor de incêndios quebrado.

A Madame estava de pé sobre o corpo caído, com os olhos arregalados de fogo ressentido e o rosto manchado de gotículas de sangue. Seus lábios se curvaram em um rosnado feroz e o rugido que saiu de sua garganta enquanto ela esquartejava a presa lembrou a todos os que estavam por perto que um predador matava simplesmente porque podia. Simplesmente pelo prazer.

Sem ser afetada por suas ações erráticas, ela se virou para encarar os médicos congelados e sibilou ameaçadoramente entre os dentes:

─ Alguém mais deseja pedir permissão ao nosso querido Presidente? ─Ninguém se atreveu a contestar dessa vez. Temendo outro ataque imprevisível, eles abandonaram suas tarefas e imediatamente começaram a trabalhar na preparação da máquina de limpeza da mente.

Embora seus olhos estivessem estreitados em escrutínio para cada indivíduo que se esforçava para seguir suas ordens, a Madame inclinou a cabeça em sinal de aprovação.

─ Foi o que eu pensei. ─Ela murmurou com amargura, avançando para continuar a dar ordens em seus ouvidos.─ Preparem-se para a chegada da Dahlia Negra. Quero que suas memórias sejam fritas. E, desta vez, certifiquem-se de fazer isso direito!

Enquanto a Madame pressionava os médicos e cientistas a trabalharem mais rápido do que nunca, Dahlia sorria triunfante enquanto os pacificadores a forçavam pelo corredor. Ela não se importava com a punição que a aguardava por esse ato de desobediência e traição. Ela só estava feliz por ter feito o Capitólio sangrar enquanto podia.

Ela não pôde deixar de rir alto e maniacamente enquanto os pacificadores a levavam para a sala familiar, porém temida. Os cientistas e médicos, já tensos, se encolheram diante da mulher louca que, naquele momento, parecia ainda mais aterrorizante do que a Madame. Com o sangue seco cobrindo-a da cabeça aos pés e a gargalhada sinistra escapando de seus lábios, eles temiam que um anjo da morte tivesse realmente descido entre eles, pronto para reclamar suas almas perversas por todos os atos malignos que haviam cometido. Essa visão angustiante, por si só, foi quase suficiente para assustá-los e fazê-los se render.

─ Olá, senhora.─Dahlia cumprimentou a mulher visivelmente irritada com um sorriso presunçoso e um tom de provocação. Mesmo quando os pacificadores continuaram a arrastá-la duramente para a máquina, ela manteve sua expressão atrevida e gritou por cima do ombro─ Que bom vê-la aqui.

Os punhos da Madame se fecharam diante da atitude indiferente de Dahlia. Ela sempre desejou o poder de ter controle total sobre as pessoas e a melhor maneira de fazer isso era por meio do medo. Mas essa garota estava desrespeitando abertamente a reputação que ela havia construído para si mesma e agora a paciência mínima da Madame estava no fim.

─ Você claramente não entende a situação em que se encontra.─A Madame cuspiu, apenas se aproximando de Dahlia quando seus membros foram amarrados com segurança à cadeira.

Dahlia encarou a Madame, recusando-se a ser intimidada pela mulher que a atormentava há semanas. Em vez disso, suas bochechas manchadas de sangue curvaram seus lábios em um sorriso, enquanto ela relaxava na cadeira e respondia sorrateiramente:

─ Oh, eu entendo perfeitamente.

De repente, um estalo alto ecoou pela sala cavernosa e a cabeça de Dahlia girou violentamente para o lado. Irritada com a arrogância de Dahlia, a Madame deu um tapa tão forte na garota que ela pôde sentir o gosto do líquido metálico que se acumulava em sua boca.

─ Não é você quem está no controle aqui, florzinha.─A Madame zombou baixinho, com a voz carregada de malícia enquanto o comportamento de Dahlia ficava mais sério.─ Não me teste! Eu tenho sua vida em minhas mãos. E posso acabar com você tão facilmente quanto antes.

─ Você não me quebrou.─Dahlia zombou com desdém, nunca quebrando o contato visual com a mulher enfurecida.─ Tudo o que você fez foi me deixar mais forte. Isso é tudo o que você pode fazer e, um dia, isso voltará para lhe dar uma mordida na bunda.

Estalo!

Mais uma vez, a bochecha de Dahlia foi atingida e sua cabeça girou para colidir vigorosamente com o encosto da cadeira. Dessa vez, ela não foi tão rápida em voltar seu olhar para a Madame, deixando sua cabeça pendurada no ombro dela. Tomando isso como um sinal de que Dahlia havia sido derrotada até a submissão, a Madame se viu sorrindo de satisfação. Inclinando-se sobre a garota, ela pairou um pouco acima de sua orelha e sussurrou:

─ Você só late e não morde.

Mas então Dahlia voltou à vida e bateu com a testa na testa da Madame, fazendo com que a mulher cambaleasse para trás com um gemido de choque enquanto suas mãos voavam para o nariz. Com o sangue escorrendo pelos dentes e pingando pelo queixo, Dahlia jogou a cabeça para trás em uma risada maníaca. Entre uma gargalhada e outra, ela conseguiu responder:

─ Parece que você é o único que não morde.

Rosnando de frustração, a Madame recuperou sua dignidade e voltou a atacar Dahlia com um olhar duro.

─ Eu sou a única razão pela qual você viveu tanto tempo! Eu poderia matá-la agora se quisesse e não sentiria um pingo de arrependimento...

─ Mas você não vai.─ Dahlia interrompeu o discurso vingativo da Madame, olhando de volta para ela com a mesma quantidade de fúria.─ Você precisa de mim.

─ Não, não tenho.─A Madame protestou rapidamente, balançando a cabeça enquanto lutava para manter a careta no rosto.─ Eu preciso de seu nome. Sua reputação. Aqueles... rebeldes têm seu precioso tordo como o rosto de sua revolução condenada. Snow insistiu que o Capitólio também precisa de um símbolo. ─A repulsa da Madame era clara tanto em sua expressão quanto em sua voz, precisando forçar a palavra "rebelde" a sair de sua boca.

─ Para derrotar um monstro, você precisa de um monstro próprio.

─ Katniss não é um monstro.─Dahlia rebateu, os olhos escuros se estreitaram enquanto ela se preparava para defender a garota em quem Alaric morreu acreditando. A garota pela qual ela havia arriscado tudo. A razão pela qual ela se separou de seu Finnick.

O rosto da Madame se transformou em um sorriso vil quando ela comentou:

─ Mas você é. ─Dahlia não respondeu, o que só fez com que a satisfação da Madame aumentasse.─ Até você não pode mais negar o que você realmente é. O que você sempre foi. O que você sempre foi.

Dahlia olhou para frente, respirando fundo em uma tentativa de manter a calma e provar que a Madame estava errada. Mas a mulher era como um cão de caça, farejando até mesmo o menor cheiro de conflito e turbulência na mente de alguém. Ela iria submeter a Dahlia Negra à sua vontade e, dessa vez, garantiria que isso não seria desfeito tão facilmente.

─ Você sempre soube o que você é, não é?.

Ela questionou retoricamente, observando a maneira como Dahlia se recusava a fazer contato visual e como seus punhos se cerravam à medida que os segundos passavam.

─ Tudo o que você toca é destruído, onde quer que você vá, o caos a acompanha... E todos que a amam estão mortos.

Isso fez com que a cabeça de Dahlia se levantasse com medo, pois sua natureza cautelosa foi completamente abandonada.

─ Mas... Finnick? Ele... Ele está...─ Ela gaguejou, sem conseguir formar completamente as palavras. Ela só tinha conseguido sobreviver por tanto tempo porque acreditava que Finnick estava vivo e bem, lutando com todas as suas forças para chegar até ela. Agora ela estava começando a supor o pior. E se ele tivesse desaparecido durante todo esse tempo?

─ Você acha que aquele rapaz já amou você? ─A Madame zombou, observando como a dúvida começou a nublar a mente de Dahlia. Enquanto a Madame olhava para a garota e Dahlia parecia se encolher sob a dura declaração, ela sibilou seu golpe final─ Afinal, quem poderia amar um monstro?.

O rosto de Dahlia se abateu quando ela sentiu os medos que sempre reprimiu voltarem com força total. Qualquer pessoa que se aproximasse demais dela acabava morta, isso era um fato. Então, talvez ela fosse um monstro? Uma criatura amaldiçoada que drenava a vida e o amor das pessoas boas, manchando a inocência delas com sua escuridão e crueldade. Não é de se admirar que eles achassem difícil amá-la.

─ Você é...─ Dahlia murmurou incerta, tentando desesperadamente se convencer de que a Madame estava errada sobre ela. ─ Você está errada.

A Madame sorriu ao ver a hesitação na voz da garota e respondeu de forma enigmática:

─ Estou?.

Quando o espírito de Dahlia finalmente se desfez com sua revelação desoladora, a Madame deu sinal para que a máquina fosse ativada com um sorriso doentio. Dahlia mal percebeu quando o dispositivo ganhou vida ao seu redor, com os olhos vidrados de tristeza, mesmo quando os painéis crepitantes foram levados às suas têmporas. Quando sua cabeça experimentou a sensação familiar de aperto do metal implacável, Dahlia sentiu uma lágrima deslizar por sua bochecha. Ela sabia que isso aconteceria. Ela sabia que a Madame a despojaria de suas memórias e identidade recuperadas. No entanto, dessa vez a sensação foi muito pior, porque ela sabia o que estava por vir. E uma lembrança de Finnick não poderia salvá-la agora.

─ Doutor ─anunciou a Madame com presunção, cruzando as mãos atrás das costas enquanto se preparava para assistir ao show.─ O senhor pode começar.

Então a dor começou. Todo o seu corpo ficou rígido, as mãos agarraram o braço da cadeira para se manterem estáveis, pois ela sentiu que seu crânio seria esmagado pela força. Se suas pernas não estivessem presas, ela estaria chutando loucamente para acompanhar os gritos de angústia que saíam de sua garganta. O procedimento era invasivo, extraindo as memórias de sua mente que não queria e protestava. Mas quanto mais ela lutava, mais se contorcia de dor. Eles não se importavam com o quanto ela sofria, seu cérebro seria apagado no final.

No entanto, a Madame decidiu garantir que a Dahlia Negra fosse a arma definitiva contra a Rebelião, voltando-a contra a pessoa que ela amava mais do que tudo. Agora a verdadeira dor estava começando.

─ Finnick Odair traiu você.─A Madame proclamou com tanta confiança como se fosse um fato. Ela parecia tão certa de que qualquer um acreditaria que suas palavras eram verdadeiras. Mas Dahlia, em seu estado enfraquecido, tentava ao máximo balançar a cabeça em negação durante seus gritos atormentados.─ Ele deixou você para trás para morrer...

─ Não! ─Dahlia gritou com os dentes cerrados, o corpo convulsionando enquanto os pulsos eletrônicos atingiam seus membros.

A Madame continuou como se não tivesse havido nenhuma interrupção:

─ Você não significa nada para ele. Ele não se importa com você. Nunca se importou...

─ Pare com isso! ─Dahlia gritou durante a tortura, debatendo-se loucamente em suas amarras enquanto tentava manter sua mente.

─ Você é a Dahlia Negra.─A Madame afirmou em voz alta e com firmeza.─ Você não sente dor. Você não sente emoções. Você não sente nada.

Como o bombardeio implacável na mente de Dahlia não dava sinais de cessar, os efeitos do ataque começaram a se manifestar. Ela estava começando a se esquecer de quem era... ou talvez de quem tinha sido? Seus dentes estavam cerrados de dor, gotas de suor escorriam por seu rosto devido ao esforço. Lágrimas embaçavam seus olhos enquanto ela se agarrava desesperadamente a qualquer lembrança que pudesse. Mas a voz da Madame estava ecoando mais alto do que seus pensamentos.

Meu nome é Dahlia Blossom...

─ Você é a Dahlia Negra.

Eu era a vencedora dos 66º Jogos Vorazes...

─ Você é uma assassina sem coração.

Sou filha de Joule Blossom e Alaric Silvers...

─ Você não tem família.

Sou irmã de Lavender e Rosie...

─ Você não é uma flor, você é um monstro.

Eu sou do Finnick... Do Finnick...

Quem é Finnick?

─ Finnick faz parte da Rebelião.

─ Ele é um traidor, não apenas do Capitólio, mas de você.

─ Ele é a razão de todo o seu sofrimento.

E então suas emoções se desligaram...



















Finnick Odair é meu inimigo.

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