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𝑬𝒎 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂

Katniss e Finnick estavam experimentando a pior forma de tortura a que o Capitólio poderia submetê-los... Esperar.

Não havia notícias da equipe de resgate, nenhuma palavra de comunicação ou indicação de sua sobrevivência.

Todos pareciam estar esperando o pior, especialmente os dois vitoriosos que ficaram pensando se seus entes queridos ainda estavam vivos. O futuro da Revolução dependia desse momento. Seria um sucesso para os rebeldes ou outra vitória para o Capitólio?.

Finnick poderia ter enlouquecido só de ficar ali esperando, pensando. Ele quase esfregou os dedos de tanto amarrar e desamarrar a corda azul de forma agressiva. Quando finalmente voltou à realidade, descobriu que, sem saber, a havia transformado em um laço de carrasco. O único nó que Dahlia conseguiu aprender. Até mesmo sua mente inconsciente só conseguia se concentrar na segurança dela. Entristecido com a constatação, ele jogou a corda para um lado e inclinou a cabeça para trás em desespero.

Ele odiava isso. Odiava não saber. Suas mãos tremiam ansiosamente sem algo para mantê-las ocupadas, o que o levou a cerrá-las em punhos apertados. Ele só queria, precisava dela ali com ele. Precisava que ela segurasse sua mão, precisava que ela o distraísse do tormento de sua própria mente, precisava que ela o resgatasse de sua tristeza.

No momento em que ele estava começando a entrar em uma espiral de pensamentos sombrios, uma mão se aproximou e se acomodou confortavelmente sobre a dele. Katniss. Nenhum dos dois disse nada ao outro, não era necessário. Ambos sabiam o que um queria ouvir do outro, mas não tentaram se enganar com falsas palavras de esperança. Elas eram almas gêmeas que sofriam a mesma dor da incerteza. O otimismo falso seria um bálsamo temporário para uma ferida muito mais profunda. Em vez disso, eles se sentaram em silêncio e esperaram. Juntos.

Finalmente, a resistência deles valeu a pena quando a porta foi aberta com pouca atenção e a cabeça de Haymitch apareceu pela fresta.

─ Eles voltaram ─ Ele anunciou para a dupla inquieta, que imediatamente se levantou e correu atrás do homem.

Atravessando as portas da ala médica, Katniss e Finnick correram para a frente com olhos frenéticos. Suas cabeças giravam para frente e para trás em desespero, procurando por qualquer sinal de seus entes queridos no caos da sala. Katniss correu em direção ao som de equipamentos médicos barulhentos, enquanto Finnick permanecia atrás dela, apreensivo. A origem do tumulto logo ficou clara quando a forma pálida de uma mulher conhecida foi revelada aos dois.

─ Johanna ─ Katniss arfou em choque, com os olhos arregalados diante do estado em que a garota feroz se encontrava. Seu cabelo vibrante havia desaparecido, raspado até o couro cabeludo, onde sua pele estava fina e pálida. Seu corpo, que antes era forte, havia murchado, substituído por braços curtos e uma constituição esguia. Ela era uma visão irreconhecível. Mas pelo menos seu espírito ainda estava lá.

─ Finnick! ─ Annie gritou de alívio, fazendo com que Katniss e Finnick se voltassem na direção de seus gritos ─ Finnick! ─ Ela arrancou apressadamente o equipamento médico que monitorava sua saúde e pulou da maca.

─ Annie? ─ Finnick questionou como se não conseguisse acreditar no que estava vendo com seus próprios olhos. Mas, à medida que a ruiva avançava em sua direção, ele finalmente se deu conta. A garota que ele considerava uma irmã estava a salvo, ela estava aqui. Isso deve significar que Dahlia também estava lá.─ Annie!

Quando a garota se lançou sobre ele, Finnick a envolveu em um abraço protetor de irmão e a abraçou com força em seu peito. Annie se agarrou a ele com os braços trêmulos, todo o seu corpo tremendo em seu abraço enquanto ela soluçava.

─ Está tudo bem. Você está aqui, está segura.─ Finnick murmurou repetidamente, assegurando gentilmente à irmã que nada de ruim aconteceria com ela. Quando ela começou a se acalmar e estava em melhores condições para falar, Finnick se afastou para fazer a pergunta que ele estava ansioso para dizer ─ Onde ela está, Annie? Onde está a Lia?.

Mas o corpo de Annie ficou rígido. Seus olhos se arregalaram em alarme e ela sacudiu a cabeça apressadamente, com os dedos agarrados aos braços de Finnick enquanto ele a olhava com esperança.

─ Finnick...─ Ela começou a falar de forma instável, olhando para o chão enquanto se desesperava.

─ O que foi? O que aconteceu? ─ Finnick perguntou em pânico, sua mente imediatamente se voltou para o pior cenário possível. ─ Annie, onde ela está? Eles a deixaram para trás? Ela ainda está no Capitólio?.

Annie foi rápida em acalmar seus pensamentos acelerados.

─ Não... Não, ela está aqui.

─ Então o que há de errado? ─ Finnick questionou, recusando-se a relaxar até ter Dahlia em seus braços mais uma vez.─ Ela está machucada?.

─ Ela está...─ Annie suspirou enquanto tentava encontrar a maneira certa de explicar a situação.─ Ela mudou, Finnick. Ela não é mais quem costumava ser.

─ Mas onde ela está, Annie? ─ Finnick perguntou novamente, distraído demais com sua necessidade de ver Dahlia novamente para ouvir atentamente o aviso de Annie. A garota sabia agora que ele precisava ver para crer. Embora não fosse fácil, ele tinha que saber o que havia acontecido com ela.

Expirando de tristeza, Annie relutantemente apontou Finnick para uma porta nos fundos da enfermaria. Seu rosto se iluminou com um sorriso dourado e ele deu um beijo de agradecimento na bochecha de Annie antes de sair correndo. O sorriso permaneceu em seus lábios enquanto ele se aventurava ansiosamente pela ala médica, sem perceber que a dor e o sofrimento estavam além da porta que ele havia mirado. Tudo o que havia entre ele e seu amor agora eram alguns centímetros de aço.

Ao abrir a porta, Finnick ficou confuso ao se encontrar em uma sala de observação com um vidro unidirecional separando uma equipe de médicos de seu perigoso objeto de estudo. Os cientistas e médicos olharam brevemente para cima quando ele chegou, mas ninguém disse nada. Eles haviam sido informados de que ele viria. Eles simplesmente se separaram como as ondas do mar, deixando o garoto caminhar em direção à janela e olhar para dentro. O sorriso desapareceu de seu rosto.

Lá estava ela. Não era a Lia. Não sua florzinha... Mas a Dahlia Negra. Fria, sombria e mortal.

Ela estava amarrada em uma cadeira de metal, com braços e pernas presos por cordas grossas. Até mesmo sua cabeça estava presa, com grandes tiras de couro que envolviam sua boca e mandíbula para impedi-la de atacar.

Ela não se movia, seu corpo estava rígido como um fantoche de madeira esperando que alguém puxasse as cordas. O único sinal de que estava realmente viva eram seus olhos. Ela olhava fixamente para frente, encarando o reflexo como se pudesse ver através do vidro.

Mas quando Finnick olhou nos olhos dela, não viu nenhum sinal de vida por trás deles. Não havia nenhum vestígio da garota que ele havia conhecido, a garota que o amava. Agora não havia nada além de escuridão e ódio. O que eles haviam feito com ela?.

A porta atrás dele se abriu, mas Finnick não desviou o olhar da garota que ocupava sua mente a cada momento em que estavam separados. Boggs se aproximou do homem angustiado, juntando-se a ele e olhando para o animal de estimação selvagem do Capitólio. Ele esperou que Finnick falasse primeiro, sentindo a raiva se acumulando dentro dele e deixando sua mente absorver as novas informações antes de arriscar uma conversa.

Por fim, Finnick quebrou o silêncio cuspindo furiosamente.

─ Por que você a acorrentou como um animal raivoso?.

─ Ela atacou nossa equipe. Nos perseguiu na escuridão e nos atacou na hora certa.─ Boggs explicou calmamente, cruzando os braços atrás das costas enquanto olhava para a Dahlia Negra com simpatia.

Finnick virou-se para encarar Boggs e começou a defender ferozmente a garota.

─ Ela está no Capitólio há meses. Ela não estava em seu juízo perfeito. Provavelmente estava assustada e confusa. Isso não é motivo para tratá-la assim.

─ Finnick.─ Boggs interrompeu calmamente, permanecendo calmo apesar da frustração compreensível do garoto.─ Ela matou um de nossos homens.

Recuando fisicamente diante dessa admissão, as lágrimas picaram os olhos de Finnick enquanto ele balançava a cabeça em descrença.

─ Não... Ela não... Ela não faria isso. Não sem motivo... Ele deve tê-la provocado.─ Ele gaguejou, tentando
desesperadamente desculpar as ações dela e provar que sua Dahlia ainda estava lá dentro.

─ Isso não explica por que todos os membros da minha equipe precisaram de cuidados médicos depois que aquele que a provocou estava morto ─ Boggs retrucou, olhando para Finnick e descobrindo que o garoto ainda se recusava a acreditar no que estava ouvindo ─ Finnick, ela é responsável por dezenas de assassinatos em todos os distritos. Líderes rebeldes, soldados, apoiadores... Qualquer um que pudesse se tornar uma ameaça para o Capitólio, eliminado antes mesmo que pudesse lutar. Snow era o juiz e o júri, a Dahlia Negra era sua carrasca ─ Boggs observou o rosto de Finnick se contorcer em confusão e negação, mas nem mesmo ele conseguiu refutar o fato por muito mais tempo. ─ Aquela garota sentada ali não é a Dahlia Blossom . É a arma definitiva de Snow. E ele não nos deixaria levá-la tão facilmente. Ela mataria todos nós se tivesse a chance. Incluindo você.

De repente, um alvoroço na área principal da enfermaria fez com que Boggs e a equipe médica saíssem da sala às pressas, deixando Finnick sozinho para encarar a visão destroçada de uma garota que ele conhecia melhor do que nunca. Agora parecia que ele não a conhecia mais.

Como se sentisse o caos que Peeta estava causando entre os rebeldes, um sorriso malicioso se curvou no rosto da Dahlia Negra, escondido pelas correias que mantinham sua cabeça no lugar. A loucura havia começado e o Capitólio sairia vitorioso. Eles haviam soltado seus vira-latas no coração da Rebelião e agora causariam estragos.

Então, os olhos dela pareceram se concentrar no vidro, olhando para o local exato onde Finnick estava sozinho. Ele sentiu que ela estava olhando diretamente para ele. Mas deveria ser impossível ver através do outro lado de onde ela estava sentada. Mesmo assim, um calafrio percorreu sua espinha enquanto ela se recusava a desviar o olhar.

Até que uma risada estrondosa borbulhou em seu peito, percorrendo seu corpo até escapar de sua boca como lava saindo de um vulcão. Ela gargalhou loucamente para si mesma, puxando as amarras de forma selvagem. Ela realmente parecia ser uma fera presa em uma jaula e Finnick se viu recuando antes que ela pudesse aterrorizá-lo por mais tempo.

Seu pior medo havia se tornado realidade. Snow a havia transformado naquilo a que ela lutara tanto para resistir. Ele a havia transformado em um monstro.

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Assim que Katniss recuperou a consciência e começou a se recuperar do ataque selvagem de Peeta, Plutarch reuniu todas as pessoas relevantes para a situação em seu quarto de hospital para explicar. Isso incluía sua família, Haymitch, Beetee e Finnick.

Com um suspiro de relutância, enquanto passava a mão pelo rosto, o ex-criador de jogos se forçou a falar.

─ Isso se chama sequestro ─ Haymitch andava de um lado para o outro, inquieto, enquanto Finnick baixava a cabeça em desespero. Ele não achava que poderia ficar pior depois de se reunir com Dahlia, mas agora ele realmente desejava que ambos estivessem mortos.

─ Não sabemos há quanto tempo o Capitólio está fazendo isso com Peeta.

─ É o condicionamento do medo ─ Beetee elaborou, olhando com simpatia para Finnick, que ainda estava esperando impacientemente por sua própria explicação sobre Dahlia.

─ Aprimorado com veneno de rastreador. Você foi picado em seus primeiros jogos. Lembra? ─ Katniss só conseguiu fazer um aceno sutil com a cabeça e um movimento das pálpebras em resposta, devido à cinta em volta do pescoço.─ O veneno deixa o sujeito em um estado dissociativo. E eles... o torturam. Com choques e espancamentos, e tiram sua identidade. E então todo esse sofrimento e medo são redirecionados. Associado a outras memórias ou a uma pessoa.

Primrose, que estava sentada diligentemente ao lado de Katniss, questionou em silêncio e com tristeza:

─ Eles podem mudar as lembranças que ele tem de Katniss?.

─ Para fazer com que ela pareça uma ameaça à vida.─ Beetee confirmou com um aceno de cabeça triste.

─ Eles o transformaram em uma arma, Katniss.─ Haymitch acrescentou gentilmente quando os olhos da garota se encheram de lágrimas.─ Para matar você.

─ Mas você pode reverter isso? ─ perguntou Primrose com determinação, não querendo desistir do garoto gentil e do amor que ele havia demonstrado por sua irmã.

Beetee evitou o contato visual ao responder.

─ O medo é a coisa mais difícil de superar. Somos programados para nos lembrar melhor do medo.

─ É um terreno novo.─ Plutarch interrompeu, permanecendo como a voz esperançosa da razão entre o grupo.─ Mas nós montamos uma equipe. Estou otimista.

O silêncio seguiu suas palavras, todos temendo que o otimismo de Plutarch não fosse suficiente para trazer Peeta de volta. Mas a mente de Finnick estava ocupada com uma pessoa diferente.

─ Foi isso que fizeram com a minha Lia?─ Ele perguntou, fervendo de raiva com a lembrança dos olhos enlouquecidos de Dahlia. ─ Apagaram sua mente?.

Plutarch e Beetee trocaram olhares cautelosos, antes de o homem do Capitólio acenar com a cabeça para que o ex-vitorioso explicasse.

─ Não exatamente.─ O gênio esclareceu, empurrando os óculos ao longo do nariz enquanto a cabeça de Finnick se erguia atentamente.─ No caso de Dahlia, eles não queriam alguém que sentisse medo. Na verdade, eles queriam alguém que não sentisse nada.

─ O que você está dizendo, Beetee? ─ Finnick questionou, com os punhos cerrados à medida que seu temperamento aumentava.

─ Estou dizendo que eles, de alguma forma, reprimiram as emoções dela...─ Beetee se afastou por um momento, claramente desconfortável em admitir toda a verdade para Finnick.─ E suas memórias.

─ Você quer dizer que ela não se lembra de nada? ─ Finnick perguntou em choque, ficando triste só de pensar nisso.─ Ela não se lembra de mim?.

─ Ela se lembra apenas do que o Capitólio queria que ela se lembrasse. ─ Beetee corrigiu docilmente. ─ Então, ela não se lembra que já foi vítima dos Jogos, não se lembra de sua família, não se lembra de ter entrado para a Aliança... Mas ela se lembra que foi deixada para trás para morrer, ela se lembra que foi traída e se lembra que Finnick Odair foi a razão por trás disso.

Finnick balançou a cabeça e argumentou:

─ Mas eu não...

─ Eu sei, Finnick. Todos nós sabemos que você nunca a trairia. ─ Beetee o assegurou, interrompendo sua frase ao levantar a mão para impedi-lo.─ Mas ela não sabe. Tudo o que ela sabe é o que eles lhe contaram.

─ Mas essa é uma boa notícia, Finnick.─ Plutarch disse, encolhendo-se ligeiramente quando Finnick olhou para a sua escolha de palavras. ─ O que eu quis dizer é que podemos ser capazes de reverter a lavagem cerebral em sua mente mais facilmente do que a de Peeta. Só precisamos lembrá-la do que é real e do que não é. Só precisamos lembrá-la do que é real e do que não é. Só precisamos lembrá-la da verdade.

E enquanto a Presidente Coin se dirigia ao Distrito Treze com um discurso empolgante sobre liberdade e libertação, Finnick Odair estava de pé na sala de observação vazia ao lado da cela da Dahlia Negra. Olhando para a casca assassina da mulher que amava, ele fez uma promessa para si mesmo e para ela. Ele a traria de volta. Ele não se importava com o tempo que levaria, ela nunca havia parado de lutar por ele e agora ele faria o mesmo por ela.

Ele negaria as estrelas, o destino, as leis do universo que diziam que a mulher que ele amava estava perdida. Ele recuperaria sua florzinha. Ele nunca deixaria de esperar por ela...

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