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⚝ 𝟎𝟐 ─── Reflexos

⚝ Reflexos

Capítulo dois.
  3.278 palavras. 

      HEATHER ENTROU NA COMUNAL DA SONSERINA, ainda com o suéter da grifinória agarrado no corpo. Os cabelos loiros estavam molhados, grudando no rosto dela.

Os rapazes lançaram um olhar de desconfiança para ela, como se estivessem se perguntando que porra era aquela.

No entanto, a Avery apenas ignorou os olhares, cansada de mais para se explicar.  Além disso, ela sábia que se abrisse a boca para falar, ficaria amaldiçoando o Potter pela próxima hora inteira, no mínimo.

Ela logo foi para o seu dormitório. Stella já estava dormindo, então ela se esforçou para não acordá-la.

O suéter vermelho molhado foi jogado em um canto do quarto, enquanto ela procurava toalhas e roupas secas para ir tomar um banho.

Mas de uma coisa ela tinha certeza: James iria pagar caro por fazer ela ter sido humilhada daquela forma.

James no entanto, estava tranquilo. Com um sorriso brincando no canto dos lábios. Os dois haviam saído da torre quando o monitor da lufa-lufa apareceu após algumas horas e estranhou o fato daquela porta estar trancada.

No entanto, toda vez que o Potter passava a língua pelos lábios ele conseguia sentir o gosto do gloss labial de Heather.

Ou era só a imaginação dele, ele não sabia ao certo. Toda vez que ele se pegava sorrindo ele se forçava a ficar sério novamente. Pois afinal, fora apenas um beijo ridículo. Não havia motivos para que aquele acontecimento fútil continuasse voltando para a cabeça dele.

Ele pensou em contar para alguém. Peter estava dormindo e Sirius estava fora de questão, ele não queria ser mais humilhado do que já tinha sido quando o Black presenciou ele levando um fora de Lily.  Talvez Remus o ouvisse. Ou talvez fosse melhor guardar aquela informação para ele, já que, como ele fazia questão de lembrar a si mesmo, não significava nada.

Na manhã de sábado, quando Potter abriu os olhos, ele notou que os seus colegas de quarto não estavam mais lá. Isso indicava que já era tarde e que os mesmos provavelmente já estavam tomando café da manhã no salão principal.

James olhou para o relógio, como estava sem óculos levou alguns segundo até entender que já se passavam das nove e confirmar suas suspeitas.

Ele tinha treino de quadribol as 10h. O que significava que ele não tinha todo tempo do mundo, na verdade ele tinha cerca de 30 minutos, mas ao menos não estava atrasado.

Ainda assim, naquela manhã de sábado, ele estava particularmente se sentindo de bom humor.

Potter começou a se vestir, seus movimentos continham certa tensão, enquanto ele colocava uma roupa confortável para o treino de quadribol. Ainda com o sono pesando sobre ele, caminhou até o banheiro de seu dormitório, onde lavou o rosto rapidamente, esfregando as mãos no rosto para finalmente acordar de verdade.

O rapaz sentiu a água gelada escorrer pelo queixo, pingando na pia, e suspirou, deixando o jato correr mais alguns segundos antes de fechá-lo.

Foi só quando ergueu o rosto, ainda molhado, que notou algo estranho no espelho. James congelou. Seu reflexo estava horrivelmente irreconhecível. 

A pele estava coberta de bolhas e manchas vermelhas. O nariz parecia inchado e torto, os lábios estavam rachados e até mesmo seus olhos pareciam desalinhados. Por um instante, James piscou, tentando entender se aquilo era uma brincadeira da sua mente ou efeito do cansaço. Mas o reflexo continuava lá, grotesco e perturbador.

Ele pegou rapidamente os óculos do bolso, colocou-os no rosto e voltou a encarar o espelho. Nada mudou. A deformação ainda estava lá. Seu coração disparou, começando a sentir o pânico tomar conta.

— O que... que porra é essa? — ele murmurou para si mesmo, passando a mão pelo rosto, como se esperasse que o toque confirmasse a imagem no espelho.

James virou o rosto de um lado para o outro, tentando achar alguma lógica para aquilo. Sua respiração ficou mais rápida e o pânico começou a tomar conta. Sem pensar duas vezes, James girou nos calcanhares e saiu do banheiro às pressas, os cabelos ainda pingando água.

— Isso não é normal! — ele murmurava para si mesmo enquanto corria pelos corredores, ignorando completamente os olhares curiosos dos poucos alunos que ainda estavam ali. — Não pode ser normal!

O Potter segurou os óculos no rosto enquanto descia as escadas em um ritmo frenético, o coração disparado. Cada vez que passava por uma janela, conseguia ver seu reflexo levemente distorcido no vidro, o que só aumentava o desespero.

Quando chegou à ala hospitalar, empurrou a porta com força, quase tropeçando nos próprios pés.

— Madame Pomfrey! — James chamou, a voz um pouco mais alta do que deveria. — Preciso de ajuda! É uma emergência!

A enfermeira, que estava organizando frascos de poções em uma prateleira próxima, virou-se para ele com um olhar que era uma mistura de preocupação e confusão.

— Potter, o que te traz aqui essa manhã? — Pomfrey perguntou, já acostumada com as visitas frequentes de James, que geralmente ia até lá por alguma lesão de Quadribol ou travessura mal-sucedida.

— Olhe para mim! Estou deformado! Minha cara está cheia de bolhas e... e manchas e... eu não sei o que é isso, mas não pode ser bom! — James apontou freneticamente para o próprio rosto, os óculos tortos devido ao movimento brusco.

Pomfrey o olhou por um momento, franzindo a testa. Ela pegou os óculos de leitura no bolso do avental e os colocou, inclinando-se para observar o rosto dele mais de perto.

— Hm. — Ela cruzou os braços, claramente intrigada. — Não vejo nada de errado com você, Potter.

— Como assim não vê nada de errado? Eu estou um monstro, Madame Pomfrey!

James piscou, confuso, enquanto a enfermeira suspirou, ajustando os óculos.

— Talvez esteja se sentindo assim, mas fisicamente você parece normal. Espere aqui, vou buscar algo para acalmá-lo.

Enquanto ela se afastava, James correu para o espelho que ficava no canto da ala hospitalar. A imagem grotesca ainda estava lá, zombando dele com bolhas e manchas que não pareciam menos terríveis do que antes.

Foi então que algo lhe ocorreu. Ele se lembrou vagamente de um feitiço de ilusão que havia visto em algum livro — algo usado para pregar peças. Não causava dor real, mas mexia com a percepção de quem olhava. Claro, era o tipo de coisa que uma Sonserina faria, especialmente uma certa Heather Avery.

Antes que pudesse explorar melhor a ideia, Madame Pomfrey voltou, carregando uma bandeja com uma xícara de chá fumegante e um pequeno prato com biscoitos.

— Aqui está, Potter. — Ela colocou a bandeja na mesa próxima e indicou a cadeira ao lado. — Sente-se, beba isso e tente se acalmar.

James obedeceu, embora ainda estivesse inquieto. Pegou a xícara com as mãos trêmulas e deu um gole, sentindo o calor do chá, aliviando levemente o nó na garganta. Mas não muito.

— Madame Pomfrey... — ele começou, hesitante, enquanto colocava a xícara de volta no pires. — Você acha que isso... — Ele apontou para o próprio rosto. — É coisa da minha cabeça?

Ela o encarou com a paciência de quem já lidou com todo tipo de aluno em pânico.

— Bem, se você está vendo algo que eu e todos os outros não conseguimos enxergar, é possível que seja algum tipo de feitiço de ilusão. Nada perigoso, mas certamente irritante.

James inclinou-se para frente, os olhos brilhando com uma curiosidade genuína, apesar do constrangimento.

— Então... você acha que eu ainda sou bonito?

Pomfrey arqueou uma sobrancelha, soltando um suspiro.

— Senhor Potter, com toda a sinceridade, seu rosto parece exatamente como sempre foi.

— Então... ainda sou bonito? — Ele repetiu a pergunta, tentou um sorriso, mas o reflexo no espelho ao lado ainda o fez estremecer.

A mais velha bufou, pegando a bandeja de volta, sua paciência ainda estava lá, embora a cada dia estivesse mais perto de se esgotar.

— Senhor Potter, tome seu chá e deixe de ser tão vaidoso.

Mesmo assim, James sorriu para si mesmo, ignorando o reflexo no espelho e já começando a traçar os próximos passos. Heather podia ser inteligente, mas ele não ia deixar isso barato.

James finalizou o chá rapidamente, sentindo o calor aliviar o frio que o pânico havia deixado em seu corpo, principalmente agora que as peças se encaixavam em sua cabeça. O Potter se levantou, devolvendo a xícara à bandeja com um sorriso grato e um pouco exagerado, na verdade.

— Obrigado, Madame Pomfrey. Você é um anjo, sabia? Salvou a minha vida.

Ela revirou os olhos, visivelmente acostumada com as dramatizações de James Potter.

— O feitiço de ilusão, se for o que estou pensando, não dura muito. Algumas horas, talvez menos. Agora vá antes que alguém mais precise de mim.

James abriu um largo sorriso, como se ela tivesse acabado de lhe conceder uma bênção divina.

— Algumas horas? Ah, Madame Pomfrey, você é incrível! Maravilhosa! Insubstituível!

Ela o enxotou com um gesto impaciente, e ele saiu correndo pela enfermaria, mal segurando a vontade de gritar sua alegria por todo o castelo.

Mas, ao virar o corredor, ele deu de cara com Heather Avery, que estava encostada casualmente contra a parede. Sua expressão satisfeita entregava tudo: ela estava esperando por ele.

Heather fingiu um pequeno susto teatral ao vê-lo, levando a mão ao coração.

— Merlin, Potter, o que aconteceu com você? — ela disse, a voz carregada de falso pânico. — Está... mais feio do que o normal!

O de cabelos castanhos parou abruptamente, estreitando os olhos para ela.

— Ah, claro, tinha que ser você. Só podia ser coisa sua, não é, Avery? — James disparou, apontando para ela com o dedo. Heather piscou, colocando a mão no peito como se estivesse ofendida.

— Eu? Que absurdo, Potter. — Sua voz soava incrivelmente inocente, mas o brilho nos olhos a entregava. — Por que eu faria algo tão maldoso?

— Não banque a sonsa comigo, Heather. Você sabia exatamente o que estava fazendo. — James bufou, incrédulo, e Heather inclinou a cabeça, como se estivesse refletindo profundamente.

— Não estou entendendo, Potter. Você está insinuando que eu, uma aluna exemplar, teria algo a ver com... — Ela gesticulou vagamente em direção ao rosto dele. — Bom, seja lá o que for isso?

Ele cruzou os braços, tentando ignorar o calor que subia pelo pescoço.

— Não só insinuando. Estou afirmando!

Heather abriu um sorriso doce, mas sua voz tinha um tom sarcástico.

— Bom, eu não sabia que você me achava tão talentosa. Que honra.

— Talentosa em ser insuportável, isso sim. — James rebateu, mas sua expressão já começava a mostrar sinais de frustração.

Heather deu um passo mais perto, abaixando um pouco o tom de voz, como se fosse confidenciar algo.

— Aliás, Potter... que horas são? — perguntou, com a mesma expressão inocente de antes, embora houvesse algo quase malévolo em seus olhos.

James franziu a testa, confuso.

— Como é que eu vou saber? — Ele deu de ombros, mas o olhar dos dois seguiu automaticamente para o grande relógio encantado no final do corredor.

11h40. O treino de quadribol havia começado há quase duas horas. Ele arregalou os olhos, completamente chocado, só agora se dando conta do tanto de tempo que perdeu com Pomfrey.

— Ah, então o treino começou há... o quê? Uma hora e quarenta minutos? — Sua voz era melíflua, mas o sarcasmo pingava de cada palavra.

— Você... você fez isso de propósito! — Ele apontou o dedo para ela, a indignação borbulhando.

— Quem? Eu? — Heather levou a mão ao peito, simulando um falso ultraje. — Potter, que tipo de pessoa você acha que sou?

— Exatamente o tipo que faria isso! — Ele rosnou, completamente fora de si.

Heather soltou uma risadinha, dando de ombros.

— Bom, eu só queria garantir que você não atrapalhasse seu time com aquela aparência perturbadora.

— Você é impossível, Avery! Sua maldita viborazinha. — James quase perdeu a cabeça, sentindo o sangue ferver nas veias.

— Ah, Potter, você deveria estar agradecendo. Afinal, com essa carinha, eu realmente fiz um favor ao seu time. — Heather apenas sorriu de maneira triunfante, começando a se afastar pelo corredor.

Ele ficou parado no corredor, atônito e furioso, enquanto ela desaparecia na curva seguinte, deixando apenas o som de seus passos e sua risada maliciosa ecoando pelo castelo.

MAIS TARDE

COMO CAPITÃO DO TIME DE QUADRIBOL, James sempre deixou claro que se faltasse ao treino não jogaria. Pelo menos no quesito quadribol ele tentava ser responsável, já que aspirava que ela fosse sua profissão quando terminasse seus estudos em Hogwarts.

Já que ele precisava dar o exemplo, dessa vez estava no banco, na arquibancada da Grifinória, enquanto o time jogava a partida contra a Corvinal com um jogador reserva.

O apanhador claramente não estava dando conta do jogo, o que fazia James se estremecer, afundando ainda mais no banco.

— Isso não teria acontecido se eu estivesse lá. — James resmungou para si mesmo, vendo o apanhador reserva perder uma oportunidade de ouro para pegar o pomo.

O jogo se desenrolou por mais alguns minutos, ao menos a competição estava acirrada, no entanto, mesmo assim, a Grifinória foi derrotada. 

O apito final ecoou pelo campo, selando a vitória da Corvinal. O time da Grifinória saiu voando em direção aos vestuários, com expressões que variavam entre a frustração e o desapontamento. James apertou as mãos em punhos, sentindo-se responsável pelo resultado.

Enquanto os outros estudantes na arquibancada começavam a se dispersar, ele andou para o corredor mais próximo e se sentou desleixadamente em um dos bancos, acreditando que precisava de um minuto antes de encarar o time.

— Grande exemplo de liderança, Potter. — A voz inconfundível de Heather Avery soou atrás dele, carregada de sarcasmo.

Potter virou-se lentamente, encontrando-a parada no topo da arquibancada com um sorriso cínico estampado no rosto. Ela estava impecável, como sempre, o contraste perfeito com o estado desleixado e abatido de James.

— Veio aqui só para me provocar ou está perdida, Avery? — Ele rebateu, cruzando os braços.

Heather desceu os degraus com a graça de quem sabia que estava no controle da situação.

— Provocar você é um bônus, mas vim apreciar o espetáculo. — Ela apontou para o campo vazio com um gesto teatral. — E que espetáculo foi. O grande James Potter fora do jogo e o time da Grifinória esmagado. Foi poético.

Poético? — Ele riu sem humor. — A única coisa poética aqui é o quanto você se dedica a ser irritante.

— Deve ser difícil, não é? Ver seu time perder sabendo que poderia ter feito a diferença. — Sua voz era quase suave, mas o brilho de provocação em seus olhos não deixou dúvidas sobre suas intenções.

— Sabe o que é realmente difícil, Avery? — Ele finalmente disse, virando-se para encará-la. — Aturar você.

Antes que Heather pudesse responder, uma voz grave surgiu, interrompendo o breve silêncio entre eles.

— Potter, Avery, o que estão fazendo aqui? — O professor McGonagall, com seu olhar severo, apareceu no topo da escada que levava ao vestiário, observando-os com uma expressão que deixava claro que não estava satisfeita com a cena. Ela ajustou os óculos sobre o nariz e deu um suspiro exasperado. — Potter, você faltou ao treino de quadribol, não? — ela perguntou, seus olhos fixos nele.

James não conseguiu evitar uma leve careta, ainda irritado pela derrota de seu time e a humilhação que havia acabado de sofrer.

— Eu... estava ocupado, professora. — Ele disse de forma vaga, tentando se esquivar da situação.

McGonagall fez um gesto impaciente com a mão.

— Pois bem, então vai ter que se redimir. Como punição, você irá limpar o armário de vassouras da Grifinória. Está cheio de poeira e bagunçado. Depois, quem sabe, seus companheiros de time poderão perdoá-lo por sua falta de comprometimento.

O Potter abriu a boca para protestar, mas foi rapidamente silenciado pela risada suave de Heather, que não conseguiu esconder a diversão ao ver o mais velho se meter em uma situação ainda mais complicada.

Com a expressão se tornando ainda mais séria, a professora desviou o olhar do rapaz até a loira e pigarreou, fazendo-a parar de rir.

— E você, senhorita Avery? Está rindo do quê? Acho que você também pode auxiliar o Potter com essa tarefa. Já que está tão disposta a fazer piada com ele, que tal dar uma mãozinha?

A expressão de Heather mudou, de uma risada provocadora, para um olhar de incredulidade. Ela abriu a boca para protestar, mas sabia que McGonagall não estava interessada em ouvir suas desculpas.

— Nada de reclamações, Avery. Os dois vão limpar o armário juntos. Assim, terminam mais rápido e podem aproveitar o resto do sábado. — Assentiu com a cabeça e se afastou dos dois alunos.

— Parece que teremos que fazer isso juntos, Potter. — Ela disse, os olhos brilhando com uma mistura de desdém e diversão.

HEATHER ESTAVA SENTADA NO CANTO DO ARMÁRIO, ela havia forrado o chão com seu cachecol para não se sentar diretamente na poeira. Agora, a loira lixava as unhas entediada, enquanto Potter limpava o armário. 

Ela estava completamente à vontade, como se estivesse em um lugar confortável, enquanto Potter se movia com uma irritação crescente, os movimentos desajeitados, ainda sem aceitar totalmente a situação.

— Está se divertindo, Potter? — Heather perguntou, interrompendo o silêncio com a voz suavemente zombeteira.

James não olhou para ela enquanto continuava seu trabalho, mas sua expressão denunciava a frustração. Ele passou um pano no canto mais distante, lançando um olhar irritado em sua direção.

— Você está apenas aqui para me irritar, não está? — James resmungou, sentindo a sensação de que ela estava esperando exatamente aquele momento para provocar.

Heather deu de ombros, como se a resposta fosse óbvia. James mordeu a língua para não responder de maneira impulsiva, embora quisesse muito dizer algo cortante. Ele nunca fora bom em esconder sua raiva, especialmente quando alguém o cutucava em seu ponto fraco. Mas, ao olhar para o estado miserável do armário, não tinha muita energia para se envolver em mais uma discussão.

Potter sabia que não adiantava pedir para ela ajudar, afinal aquele era o armário da Grifinória, nem era para ela estar ali. Além disso, Heather Avery sujar as mãos com algo parecia um sonho distante.

Enquanto limpava o armário, ali perto de Avery, James não pode deixar que sua mente vagasse até o beijo de alguns dias atrás.

O toque dela, tão inesperado e insuportavelmente confuso. Ele ainda sentia um arrepio na pele, como se tivesse sido atingido por algo mais forte do que simples frustração. Não era só o gesto em si, mas a forma como ela parecia tão calma e controlada, enquanto ele estava fora de controle.

Ele olhou para Heather, seus olhos automaticamente se fixando nos cabelos loiros que brilhavam sob a luz fraca. Era como se ela tivesse um tipo de luz própria, uma energia que a fazia destacar-se em qualquer lugar. O cabelo dela parecia quase um crime, tão perfeitamente hidratado, tão impecável, que fazia o seu próprio, bagunçado e sem vida, parecer ainda mais insípido.

O ambiente parecia começar a esquentar, o ar denso entre eles carregado com algo que James não sabia nomear. Ele afastou os pensamentos com um suspiro abafado e, ao olhar de novo para ela, percebeu que estava de pé, finalmente se preparando para ir embora.

Heather se levantou lentamente, seus movimentos graciosos, como sempre, e ele sentiu um impulso — uma necessidade idiota — de impedir que ela fosse. Mas não disse nada. Não tinha nem a energia para tentar uma última provocação.

Ela o encarou por um momento e, sem dizer palavra, se afastou em direção à porta do armário. Seus passos ecoaram suavemente no espaço apertado antes que ela virasse a maçaneta e saísse. Aquilo ali não era problema dela e ela já havia perdido tempo o suficiente com alguém como James.

O silêncio tomou o lugar assim que a loira saiu, deixando James com o gosto amargo de palavras não ditas e sensações não resolvidas.



Oi amores, tudo bem? Espero que sim!

Primeiramente, feliz ano novo ❤

Segundo, perdão pela demora (final e começo de ano eu sempre fico meio doida)

E espero que tenham gostado do capítulo, mesmo que ele tenha ficado meio morninho, para mim os primeiros capítulos são sempre meio difíceis de escrever pois não  quero entregar muito da história e nem que as coisas aconteçam muito rapidamente.

Até o próximo capítulo ❤ (vou tentar não demorar muito rs)

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