୧ 𝐍𝐢𝐧𝐞 !
𝟢𝟢𝟵 ── ♪ 𝓒 𝖺𝗉𝗂𝗍𝗎𝗅𝗈 𝓝𝗈𝗏𝖾 !
S/n mordeu os lábios enquanto encarava, nervosa, a tela do celular. A mensagem que havia enviado para a professora delas ainda estava lá.
─ E aí? — Naomi perguntou depois de vários minutos de silêncio, sua voz eletrônica soando cansada e curiosa.
─ Ela visualizou, mas não respondeu. — S/n respondeu, colocando o celular na cama e se deitando de costas.
─ Ela é indecisa né? Em um dia quer que você deixe de ser nossa amiga e no outro, quando tem a oportunidade, avacalha. — Emma disse irritada, causando uma crise de risos em Naomi.
─ Eu juro que não sei como suporto vocês duas.
─ Você nos ama. — A loira mais velha retrucou, e logo em seguida um barulho de algo plástico rasgando foi ouvido. ─ Manda mensagem de novo.
─ Você poderia, por favor, não falar de boca cheia?
─ Dizem que mente vazia é oficina do diabo, boca vazia é oficina de falar besteira. Pelo menos a minha está cheia.
─ Vou te dar um bolo com desenho de palavras, assim você engole algum juízo e senso crítico. —Naomi retrucou, deixando Emma ofendida.
S/n riu, ouvindo a discussão se seguir por todo o restante de tempo que passaram ali. Ela olhou mais uma vez, só para se frustrar ao ver Jenna online e sua pergunta, sem resposta.
[ ... ]
─ Eu juro que um dia desses vou te matar!
Joy olhou indignada para Jenna, batendo o pé firmemente no chão. A Ortega se encolheu, desviando o olhar.
─ Eu entrei em pânico e não consegui responder!
─ Isso não é desculpa! — A Sunday exclamou brava. ─ Há quanto tempo você sonha com isso Jenna Marie Ortega?
─ Sem segundos nomes, por favor. Minha mãe estava fora de si quando pôs isso em mim. — Ela suspirou e se recostou na cadeira do escritório de Joy. ─ E ainda sim, ela só falou comigo por conta daquelas... garotas. Não porque queria conversar de verdade comigo.
─ Aí você está pedindo demais.
Jenna revirou os olhos, dando a Joy uma feição de desinteresse. A mais velha apenas ergueu as sobrancelhas em desafio.
─ Olha, eu não tenho tempo para esse drama. Tenho muita série para colocar em dia. — Joy andou até sua mesa e se sentou, ajeitando os cabelos lisos e hidratados. ─ Para de agir igual uma burra velha sem atitude, parece até que a adulta é ela. Honra essas calças, sua lesada.
─ Eu não vim aqui para você me ofender! — Jenna falou emburrada, ganhando um olhar de tédio da melhor amiga.
─ Primeiro, eu já te vi nua e bêbada, eu posso te ofender quantas vezes eu quiser. Você é uma burra velha.
─ Se eu falasse de todos os perrengues que passei com VOCÊ bêbada não daria metade das coisas que tem para falar de mim.
─ Segundo. — A Sunday continuou, ignorando totalmente o que Jenna havia dito. ─ Você não pode esperar bola de cristal de ninguém, com essa atitude horrenda para todos e uma decente para ela, dá uma impressão totalmente errada. Tente ser um ser humano algumas vezes com alguém que não seja a S/n
─ Devo fazer carinho em você e te levar para uma feira de adoção canina então?
Joy abriu a boca em choque, enquanto a Ortega caiu na gargalhada. A Sunday pegou uma agenda em cima da mesa e acertou na testa da americana que parou de rir na hora, levando as mãos até a cabeça e gemendo de dor.
─ ISSO! — Joy levantou com um sorriso enorme no rosto e começou a dar pulinhos animados. ─ Agora sua testa vai ficar maior do que já é. Cuidado quando for naquele cruzeiro nas férias e sem querer arrombar o navio com essa testa gigantesca.
Jenna levantou o dedo do meio para ela, irritada. Joy ainda ria descontroladamente quando ela saiu marchando do escritório e foi direto para sua sala, deixando os alunos que estavam no corredor com um certo medo.
[ ... ]
─ Você está rezando há 15 minutos.
Naomi observou, olhando estranho para a loira ao lado dela, que rezava copiosamente. Emma espiou com um olho e deu de ombros.
─ Nesse momento, toda ajuda é pouca, minha amiga.
Naomi apenas revirou os olhos, já S/n observava temerosa o corredor do colégio. Ela havia visto Jenna de longe quando chegou, e a professora parecia super irritada. Tinha medo de que sua mensagem tivesse irritado a mulher e ela descontasse em suas amigas novamente. ─ O que foi Pretinha? — A segunda morena no grupo perguntou, vendo que sua amiga parecia preocupada.
─ Jenna — Respondeu suspirando. ─ Ela parecia com raiva quando a vi de manhã.
─ E você acha que tem a ver com a gente? — Emma perguntou, ficando preocupada também.
─ Pode ser. — Respondeu incerta. ─ Tenho medo de que minha mensagem a tenha irritado e ela desconte em vocês de novo.
─ Amiga, a culpa não é sua. Fomos nós quem te pedimos para enviar.
─ Eu acho que ela não vai se importar com isso. — S/n suspirou, baixando os olhos. Naomi e Emma trocaram olhares.
─ Olha, se ela falar algo, a gente assume a culpa, está bem? — A loira falou gentilmente, mas S/n balançou a cabeça.
─ Não, de jeito nenhum, gente. Querendo ou não, tenho mais nota para passar nela, vocês não podem repetir em três matérias, caso contrário, reprovam em todas.
Ouviu-se o suspiro das três. Elas sabiam que S/n estava certa. Elas encararam o alto do colégio, ouvindo o sinal tocar. Querendo ou não, teriam que enfrentar a fera agora.
Mesmo não querendo, elas se levantaram e começaram a caminhar em direção a temida sala de Jenna, com os olhos baixos e brincando com os dedos. Era sempre uma tremenda imprevisibilidade quando iam até a americana que lhes dava aula, e não ajudava que só tivessen um dia livre dela. Jenna estava de pé atrás da mesa, dando aquele típico olhar assassino para qualquer alma que ousasse respirar perto dela. No entanto, esses mesmos olhos não puderam evitar de suavizarem quando S/n entrou ruborizando. Emma ergueu as sobrancelhas, mas tomou uma cotovelada de Naomi e escolheu ficar calada.
─ Os trabalhos de ontem. — Jenna ordenou friamente, estendendo a mão para recebê-los.
As duas se entreolharam e puxaram os trabalhos da bolsa, entregando para a professora. S/n mordia os lábios nervosa, olhou a professora quando acabou e se curvou, indo rapidamente para seu lugar de costume.
A aula iniciou como sempre: terror psicológico. Os alunos se esforçam para entender a matéria, mesmo que Jenna não facilitasse, aquele país ainda era a América , e seus pais não se importavam com os métodos usados pelos professores. De um jeito ou de outro, seus filhos tinham sempre que ser os melhores. Não existia outra opção.
No meio da aula a professora se levantou, indo até a frente de sua mesa e se encostando lá. Ela olhou seriamente para os alunos e puxou os dois trabalhos de mais cedo, olhando entediada.
─ Dois trabalhos impressos, sem nada mais escrito a mão do que os nomes. — Ela deu uma pausa, erguendo os olhos para as duas garotas que tremiam em seus lugares, mortas de medo. ─ Estão liberadas da minha matéria. Neste semestre.
Naomi abriu a boca em um " O " perfeito, já Emma ficou pálida, quase desmaiando. O restante da sala estava no mínimo chocada.
S/n olhou para elas, sorridente, e as abraçou sem se conter. Jenna desviou o olhar perante a cena, contendo a vontade excruciante de reprovar ambas ali mesmo.Ela voltou para sua cadeira, ordenando mais exercícios do livro para se acalmar. O desespero deles era seu entretenimento, especialmente depois do dia anterior, quando riram de S/n. Ela era um pouco vingativa.
Graças a Deus o tempo passou rápido e logo o sinal para o almoço bateu. Depois de seis tempos exaustivos com Jenna, os alunos só queriam sair e chorar em paz. S/n e suas amigas estavam se preparando para seguir o mesmo caminho do resto da classe.
─ Nem acredito, Deus é bom sempre. — A morena mais velha falou, com um sorriso gigante no rosto. Naomi e S/n riram.
─ Podemos comprar um bolo? Quero muito um bolo, na verdade, quero um doce. — Naomi pediu com um bico fofo. S/n apertou suas bochechas imediatamente.
─ Claro meninas, inclusive, sai por min-
─ Não tão rápido, S/n . — A voz intimidadora soou atrás delas. As meninas se viraram como em um cenário de filme de terror para ver Jenna parada há poucos centímetros de distância. ─ Você fica.
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[ 💌 Jenna, a inspetora da S/n. Caso queira ter um bom relacionamento com ela : Simplesmente não sorria, não fale , não pisque, se possível não respire.
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