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XXV - VOCÊ, EU E O MINGI

❝𝗔𝘁𝗿𝗮𝘃𝗲́𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼𝘀, 𝗻𝗼𝘀 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗻𝗼́𝘀 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼𝘀.❞

- Lev Vygotsky

EU OBSERVO A VISTA DA JANELA. O sol se põe, dando um belo tom alaranjado à cidade. Fico admirando a paisagem através das persianas. Tudo parece mais bonito hoje, ou talvez seja apenas o meu ótimo humor.

Estou feliz por Jisung e eu termos nos resolvido, pareceu uma eternidade sem ele.

Minha barriga ainda sente um friozinho pensando na noite de ontem. Eu ainda consigo sentir o toque dos seus lábios nos meus quando fecho bem os olhos e toco o local. É incrível e me deixa como uma idiota, só precisou de um beijo para me desarmar por inteiro.

Confesso achar um pouco engraçado quando, depois de um longo tempo ouvindo somente o silêncio, Changbin entrou no apartamento para ver se não tínhamos nos matado e nos pegou nos amassos. Mesmo com a sua careta de nojo e ele nos expulsando, era visível o seu alívio por não estarmos mais brigados.

Depois daquilo fomos realmente para nossas casas. Eu pensei em chamar Han para entrar, mas pensei que seria muito, tínhamos acabado de voltar.

É segunda-feira e o meu humor está extraordinário, então alguém deve achar no mínimo diferente. Não percebo quando Chaeryeong se aproxima, quando vejo ela já está ao meu lado, com um sorriso suspeito bem notável. Ela fica ao meu lado.

- Olha só quem é que está toda felizinha hoje. - ela fala, olhando-me de cima à baixo. - A noite foi boa?

- Ótima, dormi feito pedra. - digo.

- Entendi. - ela diz, parece meio duvidosa da minha resposta. Eu falei sério, deitei e só me levantei no outro dia. - Me conta, o que aconteceu para te deixar assim, parecendo que ganhou na loteria?

- E o que há de diferente em mim? - fico realmente curiosa. - Estou exatamente igual a todos os dias.

- Não está. - ela insiste do contrário. - Você está sorridente de mais, sua pele está brilhosa, os olhos idem. É claro que está diferente.

Eu paro para refletir sobre os seus pontos.

Sim, é verdade que estou mais feliz do que o estado quase depressivo da semana passada, mas a minha pele mais brilhosa é maquiagem, um novo iluminador em creme para todo o corpo. Quanto aos olhos, não tem como eles "brilharem" mais, exceto que eu esteja chorando. Sendo assim, ela está apenas 1/3 correta.

- Eu só acordei de bom humor. - não entro em detalhes. - Não aconteceu nada demais.

- Tudo bem, eu não vou insistir. - ela se dá por vencida. - Eu já sei. Mas se quiser evitar as perguntas dos outros, vai precisar diminuir essa cara de chapada.

Eu puxo o ar nos pulmões, abro a boca e levanto um dedo, pronta para debater sobre a "cara de chapada", mas antes que a minha fala surja, meu telefone toca.

É ele quem me liga. Eu penso se devo atender agora, estou no trabalho. De todo modo, estamos apenas Chaeryeong e eu aqui, também não é como se fosse colocar no viva-voz.

- Por que garfo tem dente se ele não come? - é o que ele diz assim que atendo. Não sei por que eu ainda espero uma conversa normal com Jisung.

- Por que você me liga se não sabe conversar? - eu questiono, não verdadeiramente irritada, mas afim de fazer isso com ele.

- Grossa. Eu deveria desligar na sua cara, 'pra você aprender. - ele se irrita, então eu ganho. - Você já está indo embora?

- Daqui a pouco, ainda não deu o meu horário.

- Ah, não tem problema sair alguns minutinhos mais cedo. - ele está dando um péssimo exemplo como chefe. - Qualquer coisa, eu me resolvo pessoalmente com o seu chefe.

- É melhor não, ele é bem babaca às vezes.

- Já chega, você está demitida. - ele brinca, fingindo estar ofendido pela minha falsa ofensa.

- Então boa sorte para encontrar alguém melhor que eu. - eu digo.

Eu mordo o interior da minha bochecha, tentando impedir o meu riso diante do silêncio. Olho para o lado e lembro que Lee Chaeryeong está bem aqui, aparentemente atenta à nossa conversa.

- Você sabe que essa pessoa não existe. - ele joga o seu charme para tentar me convencer de sair logo. - Vem, 'tô te esperando no estacionamento.

Olho na direção do relógio de parede. O meu expediente acaba em dez minutos, acho que não tem problema mesmo sair um pouco mais cedo. Ordens do meu superior.

- Já estou indo.

Desligo a chamada.

Antes que eu pegue as minhas coisas e deixe a sala, a ruiva toma todo o meu campo de visão, me prendendo no meu lugar. Os olhos curiosos me rondam firmes e fortes, eu não terei escapatória.

- Tá legal, a gente voltou. - admito.

Um gritinho extremamente agudo, que eu nunca tinha ouvido da parte de Lee, chega aos meus ouvidos. Ela abre um sorriso enorme e aparenta estar duas vezes mais agitada. Me pergunto o quanto de café ela já bebeu hoje.

- Eu sabia! - ela dá pulinhos. - Eu estou muito feliz por vocês, sério.

- Eu sei, dá para ver pela animação. - é engraçado e estranhamente fofo também. - Agora eu estou indo embora, tá? Até amanhã.

- Até. - ela se despede, mas então diz: - Espera, você ouviu isso? - eu paro para tentar ouvir o que ela escutou. - Ah tá, são só os sinos do casamento.

- Não viaja, Chaeryeong.

Ela dá uma risadinha, voltando para o seu lugar.

Junto os meus pertences, despreocupadamente enquanto canto uma melodia de uma música que está na minha cabeça, mas eu não faço ideia do nome dela.

"I got what you want, I got what you need", é o que cantarolo dentro do elevador. Repito o trecho da música várias vezes, mas não lembro de mais nada. Eu preciso saber o nome dela.

Deixando isso de lado por um tempo, chego ao estacionamento subterrâneo. Devo admitir que este lugar tem uma vibe meio filme de terror, existe até uma luz piscando num lugar um pouco mais afastado e eu sou uma completa medrosa.

Caminho em passos curtos e lentos, procuro por Jisung. Ele disse que era para nos encontrarmos aqui, mas não vejo nenhuma alma viva. A luz piscando chama atenção, porém eu resolvo ignorar, isto não é um filme de terror.

O eco é tanto que eu posso ouvir, com ainda mais intensidade, o som agudo dos meus saltos finos batendo contra o chão de cimento queimado. Ainda mais estranho é quando sinto o vento no meu corpo, neste ambiente fechado.

Eu fico cada vez mais horrorizada, neste momento já recito todas as orações que conheço. Não há nada além do silêncio. E logo em seguida, o som alto de uma buzina me fazendo pular assustada.

É Han Jisung, no carro à minha direita, rindo de mim.

- Qualquer dia desses eu ainda te mato. - eu ameaço, entro no carro e tranco a porta.

Han não responde, apenas sorri sem um pingo de arrependimento. Ele segura o meu rosto com uma das mãos e tenta me dar um beijo, mas eu me afasto rapidamente e certifico-me de olhar para todos os lados.

- Relaxa, Jiwoo. - ele pede, como quem não se importa se formos vistos. - Não tem ninguém por perto.

- Foi só precaução. - ainda assim, não diminuo a distância. - O que você queria comigo?

- Te chamar para ir lá em casa. - ele responde. - Eu quero muito te mostrar uma coisa.

- Que tipo de coisa? - pergunto, desconfiada. Eu já ouvi isso antes.

- Não é nada disso que você está pensando. - Jisung esclarece. - Mas eu não estou recusando a oferta. - não seria ele sem algum comentário do tipo. - Quero te apresentar alguém especial.

- Amigo ou família?

- Hmm... os dois. - ele ainda parece um pouco incerto da sua resposta. - Você vem?

Por que não?

Quando tem minha resposta, eu coloco o cinto de segurança e ele acelera. Não acho que sairmos assim seja perigoso para o nosso segredo. A saída do estacionamento dá nos fundos do prédio, onde ficam somente alguns seguranças, que conhecem tão bem o carro do chefe que este não precisa nem abaixar os vidros.

Eu relaxo no banco do carona.

O silêncio é preenchido com uma música bem diferente das que eu estou acostumada a associar aos gostos musicais de Jisung, a que toca agora é lenta e um pouco melancólica também. Pensei que fosse uma aleatória e colocada erroneamente em sua playlist, mas ele sabe a letra inteira e ainda faz os backing vocals.

O admiro quietinha, apenas apreciando o que há de mais belo no mundo: ele.

Sinto borboletas no meu estômago.

Desde a ida à cartomante, fiquei mais receptiva à ideia de deixar meu coração o escolher, ainda que meu cérebro fique neste estado de alerta o tempo inteiro, procurando por algum defeito. A verdade é que, estar com ele é tão bom que me deixa apreensiva, fico com medo de descobrir algo que me afaste dos seus braços outra vez. Me assusta pensar em voltar para o ponto em que estávamos.

De frente à porta da casa, tenho uma sensação esquisita. Fico revivendo o momento em que estive aqui da última vez. Quando me aproximo mais da porta, lembro dela sendo aberta por Minho. Todavia, quando Jisung é quem abre, o que vejo do lado de dentro é uma coisinha peluda e dourada, esta que se joga em cima de mim assim que entro, me derrubando no chão, sorte que dentro da casa.

- Ei, calma aí! - eu gargalho enquanto o cachorro começa a me lamber e cheirar. Ele é super agitado, não para nunca. - Quem é você? - eu seguro suas patas anteriores e o coloco para ficar de pé sobre as posteriores.

- Jiwoo, eu quero que você conheça o Mingi. - Han diz, trancando a porta atrás de si e me apresentando ao filhote de golden retriever. - O meu filhote.

- Mingi? - eu arqueio uma sobrancelha. - Não é um nome muito... humano?

- É sim. - ele sorri sapeca. - Eu tenho um amigo que se chama Song Mingi, pensei que seria engraçado colocar o nome dele no meu cachorro. Ele foi quem não achou tão divertido, então eu deixei. Minha segunda opção seria nomeá-lo de Changbin.

Jisung fica de joelhos no chão e o cachorro vai o cumprimentar, é quando tenho espaço para me levantar. Sacudo a roupa para tirar alguns poucos pelos soltos na minha calça preta.

Enquanto ele conversa com o animal como se ele fosse um humano, eu dou uma rápida checada no local.

Observando de dentro, tenho uma visão diferente. A fachada da casa tem o seu tom branco clarinho, o mesmo que a maioria das paredes internas também possui, com uma diferença, a decoração. Enquanto o lado de fora deixa uma impressão simplista e elegante, a parte interna é vibrante e cheia de personalidade. Exatamente como Jisung; superficialmente elegante e sofisticado, por dentro espontâneo, criativo e forte.

Na sala de estar, uma das paredes é preta, como um quadro negro antigo e grafitado com traços que remetem aos de giz. A casa parece seguir essa pegada mais preto e branco, com um estilo leve grunge.

- Você tem uma casa bonita. - eu elogio.

- Obrigado. - ele agradece. - Faz pouco tempo que estou aqui, então ainda estou tentando deixar mais a minha cara.

- O seu avô não achou ruim você ir embora de casa? - e com 'casa' eu quero dizer 'mansão'.

- Ele queria estar por perto, então eu não escolhi uma casa tão longe dele. - ele responde.

Jisung e eu vamos conversando enquanto andamos, ele vai até a varanda e eu o sigo. Vejo que é o local onde ele arrumou um cantinho para o cachorro fazer as refeições, Han reabastece o pote com ração.

Ele chama o - não tão - pequeno pelo nome e ele vem correndo abanando o rabinho. Filhotes de golden são tão fofos. Ele só tem quatro meses e já é maior que o Shih-tzu tamanho zero que Seeun tinha. Quando estiver com o ano, ele deve ficar do meu tamanho.

Tá, eu estou exagerando.

- Ele não se sente muito sozinho por aqui o dia todo? - interrogo enquanto vejo o filhote comer.

- Não. Soyoung faz companhia para ele todos os dias. - ele responde e, depois de um tempo, completa: - Ela trabalha para a minha família faz algum tempo, agora ela cuida dele enquanto eu estou fora e arruma a minha casa também.

Eu não perguntei, mas também não verbalizo isso.

Han se joga no sofá e me convida para sentar com ele. A televisão está ligada, mas eu não faço a menor ideia do que se passa, estou completamente focada no cachorrinho. Ele fica tão bonitinho enquanto reveza entre comer e beber a água. Depois que termina, ele corre até o sofá, dá um pulo e se enfia entre nós dois, pedindo por carinho. Eu massageio o seu pelo.

- Você já levou ele para passear alguma vez ou algo assim? - eu afogo o rosto na pelagem macia e cheirosa.

- Não, eu não podia levar ele enquanto não tomasse todas as vacinas. - ele diz, então lembra: - Mas ele tomou a última dose do reforço ontem, então podemos ir, se você quiser. Gostaria de ir passear, você, eu e o Mingi?

- Sério? - fico animada com a ideia. - Seria incrível. Eu nunca tive um cachorro, então nunca fiz esse tipo de coisa.

- Então você nunca teve algum bichinho de estimação?

- Já, mas nenhum deles do tipo convencional. Você sabe, eu morava na fazenda até os meus doze anos, então já tive todo tipo de bicho que ninguém mais que eu conheço teve, mas nenhum fofinho e bonito como os mais comuns.

- Então eu ficaria feliz de te levar ao seu primeiro passeio com um cachorrinho. - ele diz. - Vamos?

- Agora? - eu questiono, verificando o horário no meu celular. - São seis da noite.

- Não vamos longe, só uma voltinha pelo bairro. - ele diz, ficando de pé. Eu concordo, então ele logo instrui para o golden: - Mingi, coleira.

O pet entende o recado, pois logo pula do sofá e vai pela casa atrás do equipamento para o passeio. Quando retorna, Jisung coloca o peitoral e a guia no filhote. Mingi é um bom menino, ele fica comportado enquanto Han o veste. Recompenso o seu bom comportamento com um carinho na sua cabeça. Se eu tivesse biscoitos caninos comigo, eu o daria um.

Resolvemos sair e andar pelas calçadas, caminhando sem muita pressa. A esta hora da noite não tem ninguém do lado de fora, embora eu acho que não tem ninguém do lado de fora aqui hora nenhuma. Han mora em um bairro nobre e que deve estar lotado de pessoas da alta sociedade, não consigo vê-las como o tipo de vizinhos que ficam na calçada conversando uns com os outros, ou os que deixam as crianças saírem para brincar na rua.

Eu tive uma infância feliz e proveitosa, é uma pena que não seja assim para todas as outras.

Na fazenda era tão divertido. Eu sempre fui muito grudada no meu pai, fazia todo tipo de serviço da fazenda com ele, desde ordenhar as vacas à colocar o gado de volta ao celeiro. Eu também adorava montar a cavalo, a sensação do vento soprando nos cabelos era como liberdade.

Sinto falta do interior, a cidade pode ser sufocante às vezes.

- De que tipos de animais você cuidava? - ele me questiona após um breve tempo em silêncio.

- De muitos. - respondo. - O meu primeiro bichinho foi uma ovelha chamada Bob, como o Bob Esponja. - arranco uma risada sua. - Aos oito anos eu ganhei a minha vaca Mumu, que tem um nome super criativo, eu sei. O meu próximo animal de estimação foi o meu cavalo, conhecido como Pesadelo, porque ele não era muito dócil, apenas comigo. Depois disso eu só resolvi que todos os animais na fazenda eram meus e parei de contar.

- Parece divertido crescer no campo. - ele diz. - Mas não consigo imaginar você tendo que ir coletar ovos no galinheiro ou ordenhando uma vaca. Você parece tão...

- Tão...?

- Delicada. - ele completa.

- Não é para tanto. - eu posso até parecer frágil e delicada, como ele diz, mas não sou nada disso. - Não lembro se já te contei, mas aos doze anos eu vim morar com uma tia, para estudar aqui em Seoul. Eu voltava para casa nas férias e em alguns finais de semana, mas acabou que eu diminui as minhas visitas depois do ensino médio. Faz um tempinho que não ando por lá, mas isso não quer dizer que eu não goste mais ou tenha perdido o jeito com os animais.

- Interessante. - ele fala. - Eu queria ter conhecido a Jiwoo da fazenda. É engraçado. A visão que eu tenho de você com saltos escarpins e trajes formais enquanto coloca os cabritos no curral é muito engraçada. - ele ri da própria imaginação. Eu não sei quem usaria saltos no meio do mato. - Me leva para conhecer a fazenda algum dia?

Conhecer a fazenda em que vivi a minha infância implica em conhecer os meus pais também e este é um passo importante que eu não tenho certeza de que quero dar agora.

- Acho que você tem dinheiro o suficiente para comprar cinco fazendas, se quiser.

- Eu não quero ir à uma fazenda qualquer, quero conhecer o lugar onde você nasceu e passou parte da sua vida. - ele insiste. - Quero conhecer os bichinhos que me contou e ouvir mais das suas histórias de infância.

- Você sabe que já faz muito tempo e que todos os outros, que não sejam o meu cavalo, já morreram, não é? - eu questiono.

- Até a Mumu!?

- Principalmente a Mumu. - deixo claro. Vacas tem uma expectativa de vida de vinte anos, mas não as que são vendidas para um senhor rico e carnívoro. - O meu pai me disse, quando eu era mais nova, que ela se mudou para uma outra fazenda, uma que cuida de vacas que estão envelhecendo.

- Isso existe? - ele questiona, mas antes que eu responda ele faz outra pergunta. - Nós podemos visitar um desses asilos de vacas também?

Não consigo segurar o riso, até que percebo que ele estava mesmo falando com seriedade.

- Jisung, isso não existe. - explico. - Ela virou churrasco.

Ele para de andar, Mingi tenta ir a diante, mas a guia o prende. Han fica meio quieto, seus olhos param em um ponto específico no chão, provavelmente tentando assimilar as coisas.

- Eu sinto muito. - ele diz.

- Está tudo bem.

Eu dou um sorriso tranquilo e envolvo meu braço no de Jisung, o fazendo andar outra vez.

- É por isso que você não come carne? - ele questiona.

- Eu nunca gostei, mas acho que isso influenciou bastante também. - eu respondo. - Os meus animais eram os meus melhores amigos. Para mim, comer carne animal era o equivalente ao canibalismo. Hoje eu separo as coisas e não me importo se alguém comer do meu lado, mas ainda acho que deveriam parar.

- Eu posso tentar algum dia.

- Você não duraria uma semana.

- Eu posso sobreviver comendo apenas frutos do mar. - ele diz.

- Eles também são animais, Jisung.

- Como você sobrevive!? - ele questiona em completo choque.

- Bem, eu sou ovolactovegetariana, então eu como ovos e derivados do leite, só não como a carne em si. - eu digo. - A proteína tiro de outros lugares, como da soja, por exemplo. Além disso, a nossa culinária tem vários pratos deliciosos que não possuem carne. Não é como em outros países que consumem varias vezes ao dia.

- Você tem razão. - ele diz. Eu sempre tenho. - Eu prometo que não como mais carne. - ele percebe que não vai cumprir com a sua palavra, então logo corrige: - Quando você estiver vendo.

Ele me faz rir.

Nós continuamos passeando sob o brilho do luar que se inicia, até que chegamos no limite do quarteirão e resolvemos dar a volta. Desta vez, eu pego a guia e conduzo o filhote de volta. Um dos meus braços permanece entrelaçado ao de Jisung, eu não consigo parar de sorrir, contente.

- Eu senti muita falta disso aqui. - ele diz, olhando para mim.

- Eu também.

Um sorriso ainda maior surge nos meus lábios, sendo encerrado apenas quando os seus pressionam-se neles. Quando o selar se rompe, aqui está novamente o meu sorriso.

Espero que as coisas deem certo desta vez, que fiquem assim para sempre.

Ficamos parados assim apenas olhando um para o outro. Estava tudo bem e na mais perfeita paz, até que ouvimos um miar. Quando um gatinho surge na calçada, Mingi late alto e avança na direção do felino. Sou arrastada pela calçada pelo golden, correndo atrás do gato que já vai bem longe. Eu grito Jisung por socorro, mas ele só sabe rir.

Em algum momento, o gato pula em uma árvore, Mingi tenta a escalar e eu caio com os joelhos no chão. Han? Ele gargalha tanto que até chora.

- Jisung, para de rir e me ajuda!

- Ai, ai, minha barriga. - ele reclama que dói de tanto rir.

Ele ainda ri, esse palhaço. Eu resolvo me vingar, ele está tão fraco das gargalhadas que, quando me estende a mão, consigo ter mais força que ele para o puxar também. Agora estamos os dois no chão.

- 'Pra você aprender.

Não sei de onde ele tira tanto riso, mas ele continua rindo, de costas no chão enquanto o cachorro, que desistiu do gato, agora lambe o rosto do esquilo.

Mas por que garfo tem dente se eles não comem?

Oi gente, como eu avisei no perfil, durante essas duas semanas estarei fazendo provas, então os capítulos podem atrasar, mas uma hora eles chegam.

Este capítulo tinha 10k em palavras, então eu dividi, por isso pode dar a sensação de que falta algo. Eu iria postar eles juntos, mas preciso estudar e só deu tempo revisar este.

Me desejem sorte na minha prova teórica de neuroanatomia!

Xoxo,
Issa<3

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