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VIII - AMIGOS QUE QUEREM SER MAIS

❝𝗔𝘀 𝗺𝘂𝗹𝗵𝗲𝗿𝗲𝘀 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗺 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗮𝗿-𝘀𝗲 𝗳𝗮𝗰𝗶𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗮𝗺𝗶𝗴𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗵𝗼𝗺𝗲𝗺; 𝗺𝗮𝘀, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗺𝗮𝗻𝘁𝗲𝗿 𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗮𝗺𝗶𝘇𝗮𝗱𝗲, 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗮-𝘀𝗲 𝗶𝗻𝗱𝗶𝘀𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮́𝘃𝗲𝗹 𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗰𝘂𝗿𝘀𝗼 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝗾𝘂𝗲𝗻𝗮 𝗮𝗻𝘁𝗶𝗽𝗮𝘁𝗶𝗮 𝗳𝗶́𝘀𝗶𝗰𝗮.❞

- Nietzsche

SEMPRE ADMIREI PESSOAS COM uma excelente coordenação motora, daquele tipo que consegue fazer um círculo completo e perfeito, como a minha amiga Irene. Estudando mais a fundo, encontro uma razão para este comportamento meu. É uma frustração, admiração por aquilo que nunca tive; um pulso firme, estabilidade e perfeição.

A vida não é como andar de bicicleta. Há semelhanças. Você tropeça, cai, é derrubado, se ergue e continua, mas, diferente do ciclismo, você não domina a vida. Até quando você aprende com um erro, está sujeito à cometer novamente. Não há uma fórmula para a vida, ainda que o intuito seja o mesmo que pedalar; seguir em frente. Apenas os traumas são como andar de bicicleta, a gente nunca esquece!

Talvez eu esteja pedalando em direção a um abismo agora. Eu estou insegura sobre os meus sentimentos por Jisung. Nós nos envolvemos uma vez e foi a prova de como a nossa conexão é boa, basta olhar nos seus olhos para que eu esqueça as minhas preocupações. Talvez esse seja o motivo para eu não colocar um limite real em tudo isso ainda. Chamá-lo de amigo e no instante seguinte flertar com o mesmo não me levará a lugar nenhum além do estado da loucura.

Han é ótimo e nós funcionamos bem como amigos, não tem para que mexer no que já é bom. Eu não vejo futuro nisso e provavelmente não é o que eu preciso agora, o fantasma do meu relacionamento passado ainda me assombra. Estou exausta, não quero mais uma relação desastrosa e perder uma pessoa que eu gosto, mas fica terrivelmente difícil não ceder aos meus impulsos quando ele sorri e me olha desse jeito.

- Eu cheguei tarde? - ele questiona, do outro lado da minha porta.

Não há nada de diferente em seu olhar ou sorriso, é apenas o mesmo Han Jisung de sempre e isso já é o suficiente para me deixar assim, meio lelé das ideias.

- Não, eu acabei de chegar. - digo, em seguida o convidando para entrar.

Fico constrangida por ter esquecido deste compromisso. Cheguei tão cansada que apenas tomei um bom banho, tirei a maquiagem e coloquei meu pijama de seda rosa bebê. Eu ainda estava secando o meu cabelo quando Jisung chegou, o que me lembra que eu devo estar completamente ridícula com apenas metade do cabelo seco. Eu deveria pensar em colocar uma roupa mais adequada também, Han não está de pijama e Changbin deve chegar logo.

- Você pode esperar um pouco enquanto eu termino de resolver isso? - exibo a metade úmida do meu cabelo, ele ri e concorda.

- Claro, não tem problema. Ah, antes que eu esqueça, eu trouxe isso para você... - ele me entrega uma sacola de papel com uma garrafa de vinho dentro. - Bom, para nós. Como você está provendo o jantar, pensei que seria falta de educação da minha parte não trazer nada.

- Obrigada. - eu agradeço. - Só toma cuidado, a sacola é de papel e o vinho está gelado, vai rasgar e eu não quero vinho espalhado pelo meu chão.

- Eu não sou tão desastrado. - ele se irrita um pouco com o meu comentário. - Você deveria acreditar um pouco mais em mim.

- É que você tem um histórico com líquidos, devo lembrar-lhe.

Jisung estava pronto para negar isso até o fim, mas deve ter recordado da vez que derrubou o café em mim, depois me jogou o suco e teve até a vez em que ele me distraiu e o leite que eu esquentava derramou no meu fogão, porque ele apenas se calou e me viu sair, sem reclamar de nada.

É engraçado provocá-lo assim com o incidente do café + suco. Eu nem estou mais chateada pelo nosso primeiro encontro, já o esqueci e superei, mas falar sobre isso o deixa meio envergonhado e irritadiço. Me diverte.

Volto para o meu quarto e termino de cuidar do meu cabelo, estar de frente a um espelho me trouxe a confirmação de que eu estou visivelmente horrível. De cabelo pronto, eu sigo para o guarda-roupas procurar algo decente para vestir, mas que não me tire o conforto. Há um vestidinho azul, justo no busto e semi rodado na saia, o visto.

Enquanto me arrumo, escuto alguns barulhos vindo da sala. Ignoro, deve ser só Jisung quebrando a minha casa e eu não quero me preocupar com isso agora. Termino de aplicar o meu liptint e até um pouco de perfume, mas continuo com as minhas pantufas de vaquinha porquê sim. Quando me olho no espelho pela última vez, um cheirinho gostoso atinge minhas narinas, mas não é do perfume. O cheiro forte do secador de cabelo e da chapinha mal feita que eu realizei finalmente some, dando vez ao aroma delicioso que parte da cozinha.

Como se estivesse em um desenho animado, me sinto sendo carregada pela névoa aromática. Saio do quarto e me deparo com um Han Jisung aprontando no fogão e não quebrando a minha casa, como pensei anteriormente. Ele está todo bonitinho, usando o meu avental de tom lilás pastel. Me aproximo com cuidado para não o atrapalhar, fico encostada na ilha de mármore, observando cada movimento seu.

- O que você está fazendo? - eu pergunto.

- Preparando o jantar, você deve estar cansada depois de trabalhar o dia inteiro. - ele é a pessoa mais doce do mundo. Meu senhor, eu poderia beijá-lo agora mesmo. Não, eu não irei. - Espero que não se incomode.

- Como você ousa me poupar trabalho? Eu estou profundamente ofendida. - exibo ironia, ele e eu rimos. - Agora me diz, qual é a pegadinha?

- Pegadinha? - ele franze o cenho, um pouco perdido no assunto, mas continua refogando o kimchi.

- Jisung-ah, você é bonito, gentil... educado, sensível, toca guitarra lindamente, está cozinhando para mim agora, me salvou hoje mais cedo, além de... outras coisas mais. - deixo para que ele leia as entrelinhas. - Qual é a parte ruim sobre você que está escondendo de mim?

Ele fica em silêncio, dos seus lábios a princípio se escapa um riso baixo. Jisung para de mexer nas panelas, joga o pano de prato sobre o ombro e se vira, aproxima-se de mim, ele me deixa entre os seus braços fortes apoiados de cada lado do meu corpo sobre a ilha da cozinha. Han me olha com um sorriso sapeca, contente por me ver engolindo o seco e recuar.

- Olha só quem é que está flertando comigo agora. - ele continua sorrindo satisfeito. - Devo admitir que gosto sempre que você toma a iniciativa.

- Eu não... não estava... flertando. - estava sim, mas fiz inconscientemente. - Eu... vou abrir o vinho. Você quer vinho?

Me desfaço facilmente da nossa aproximação. Ele deve achar divertido a maneira constrangedora a qual estou me portanto hoje, pois não para de sorrir. O vizinho volta a cuidar das panelas, eu tento abrir o vinho, faz um barulho alto quando consigo, até dou um pulinho para trás. Sirvo duas taças pela metade, entrego uma a ele e a outra fica comigo. Nervosa, viro o líquido de uma vez só e me arrependo no instante seguinte, da última vez que virei doses de bebida assim, eu fiquei corajosa de mais.

- Por que Changbin não veio mesmo? - pergunto algo para distrair a minha mente da sua bela silhueta.

- Ah, isso. Ele está no hospital.

- Como assim? Ele se machucou? - questiono preocupada e agitada.

- Ele 'tá legal. - diz Han. - Eu não sei se você sabe, mas Changbin teve leucemia alguns anos atrás. - a notícia me deixa tonta, mas também pode ser causa do vinho. - Está tudo bem com ele agora, mas ele passou por muita coisa.

- Eu não sabia, fico feliz de vê-lo tão saudável agora. - digo, mas não entendi como isso se aplica aos dias atuais. - Mas o que exatamente ele está fazendo por lá, se ele está bem?

- Ele faz trabalho voluntário. - finalmente o moreno me dá uma explicação. - Quando ele esteve no hospital, viu que tem muitas crianças passando por algo parecido, então ele vai lá contar historinhas, tocar violão para elas e cantar. Algumas semanas atrás ele conheceu uma garotinha de oito anos, Kim Soobin, ela é uma graça. Ele vai visitá-la toda segunda-feira à noite, que é quando está livre. Changbin gosta muito da menina e mais ainda da mãe dela.

- Se eu soubesse, poderia ter marcado outro dia em que ele pudesse vir. - reabasteço minha taça.

- Eu não sou o suficiente para você? - Jisung brinca, com a mão sob o peito.

- Não é isso, eu só queria dar as boas-vindas para ele de uma maneira legal. - respondo, mesmo não sendo necessário uma explicação, quando o meu vizinho estava na verdade realizando uma brincadeira.

Se parar para pensar, eu continuo sem ter feito algo pelas boas-vindas. Jisung é quem está cozinhando e ainda trouxe o vinho, eu não fiz nada. Não nada, estou o ajudando a colocar à mesa. Acho que é a primeira vez que a minha mesa de jantar é usada, eu sempre como no sofá ou no elevador, às pressas.

- As minhas boas-vindas você deu de uma maneira bem peculiar. - é a primeira coisa que diz enquanto se serve, o observo fingindo estar brava com o que ele fala. - O quê? Foi bem legal. De verdade, aquele lance do...

- Han Jisung! - calo sua boca com um bolinho de arroz antes que ele termine a frase e diga mais uma besteira. - Nós combinamos de não falar mais sobre isso. - ele só pode gostar de me ver nervosa, gaguejando ou louca. O que ele quer? - O que você quer comigo? - penso alto.

- Casamento! - ele exclama, batendo os hashis na mesa, para os posicionar melhor entre os dedos.

- O-oi!? - gaguejo. Eu arregalo os olhos, só posso ter escutado errado.

- Você que ir a um casamento comigo, como a minha acompanhante? - ele reformula a frase, ou melhor, diz uma sentença real e não apenas uma palavra solta que quase me mata. - Vai ser neste sábado, à noite. Vamos apenas para a festa, ate porque eu não sobreviveria à cerimônia.

- Por que quer ir à este casamento se não parece gostar dos noivos?

- O problema é justamente o contrário, eu gosto demais. - ele fala, entendo o que quer dizer. - Vai ser tipo, o pior dia da minha vida. Eu fui convidado, sei que é uma provocação, ela quer que eu vá para ver como está feliz com ele, enquanto eu estou sozinho e abandonado.

- Você acha que se aparecer comigo vai mudar em algo? Por que você quer ir? - eu interrogo, não faz sentido para mim. - O último lugar no mundo que eu gostaria de ir é o casamento do meu ex namorado.

- Eu sei, sou meio masoquista. Eu preciso ir, se não for vão achar que ainda me importo. - ele diz, mas é claro que ele se importa. - Eu não sinto mais nada. Isso foi uma total provocação, se eu for sozinho, vai ser como se eu ainda não tivesse superado o fim do namoro.

- E você quer que eu finja ser a sua namorada? - pergunto, para me certificar se estou compreendendo completamente a história.

- Se pudesse fingir ser a minha noiva, seria melhor ainda.

- Olha, Jisung... você está esperando que eu seja muito generosa, mas eu não sou. - a verdade é que essa história ainda me parece um pouco ridícula, mas o que eu não faço pelas pessoas que gosto? - Posso até pensar em fingir ser a sua namorada, mas não sei se isso funcionaria.

- Faz isso por mim, por favor? - ele pede, todo bonitinho fazendo bico. - Eu prometo que não vou passar dos limites.

Meu cérebro está gritando que é uma ideia boba e meio infantil até. Se Jisung não se importa mesmo, o que ele deveria fazer é ignorar e seguir em frente, não responder as provocações. Nenhuma das partes superou de verdade. Por outro lado, eu já estive no lugar dele - de forma semelhante -, eu estou dizendo para ele fazer o contrário, mas se fosse comigo eu faria o mesmo. Eu erro, sou humana e também nunca aprendi a andar de bicicleta.

- Antes de eu aceitar, nós precisamos estabelecer algumas regras.

- Claro, vamos conversar sobre isso enquanto bebemos, eu vou te servir mais uma taça. - ele diz e o faz.

Dou um gole na bebida que parece ficar mais doce a cada taça. Han também bebe e depois torna a abastecer sua taça, ele tenta me servir também, mas eu recuso. É a minha última, amanhã eu trabalho, não posso nem sonhar em ficar de ressaca.

- Como eu dizia... - retomo o assunto. - Tenho algumas regras.

- Pode falar. Sou todo ouvidos.

- Primeiro: se encontrarmos amigos seus, e eu sei que vamos, não quero ficar sentada apenas olhando para o nada e procurando uma forma de escapar. - faço minha primeira exigência. - Não quero que me abandone na festa nem que aja como se eu não estivesse com você. Eu vou ser sua acompanhante, não seu acessório.

Quando eu saía com Huye e os amigos dele - nas raras vezes -, o que eu mais odiava era isso. Ele simplesmente não me dava a menor atenção ou fazia o mínimo de esforço para me colocar na conversa. Nunca me senti bem com eles, todos tinham uma energia meio pesada, sem contar que eram tão inseguros sobre a sua masculinidade que o conteúdo de suas conversas eram sempre sobre futebol e falar mal de mulher.

- Eu nunca faria isso. - ele me garante. - Quero você comigo, ao meu lado, não atrás de mim, acenando com a cabeça e sorrindo.

- Que bom, porque é uma cláusula irrevogável do nosso contrato. - eu volto a listar: - Segundo: eu não quero que você me chame por apelidos, principalmente se ele for "docinho", está fora de cogitação. Nunca, nunca na sua vida diga isso para mim, me traz péssimas memórias.

Autoexplicativo.

- Tudo bem, já anotei mentalmente.

- E por último, mas não menos importante: não me beije. - recito a última cláusula.

Jisung faz uma expressão incrédula impagável. Tive que me segurar muito para não rir, ou ele pensaria que eu não falo sério.

O motivo para colocar isso como uma regra não é porquê eu não goste de o beijar, é porque eu não posso. Se eu beijar novamente os seus lábios, tenho medo de sofrer uma recaída, ou sei lá, acabar querendo repetir o mesmo erro de antes. Mas ele tem razão, ninguém acreditará em nós assim.

- Ninguém vai cair nessa, Jiwoo. - sua indignação agora é proferida em palavras. - Como eles acreditarão que nós somos um casal se eu não puder nem te beijar?

- Nós podemos ser um casal tradicional e conservador. - eu sugiro, mas eu mesma odeio a ideia. - Tá, tá bom. Mas sem beijos e toques excessivos. E quando eu disser não, é não.

- Isso nem precisava nem ser listado como uma regra. Estou fazendo isso por ciúmes, sim, admito que é verdade, mas eu quero que seja com você porquê gosto e confio em você, Jiwoo. - ele diz, e eu sei que esta última parte foi só para tentar me convencer a aceitar logo. - Eu te respeito e nunca te obrigada a fazer nada que você não esteja de acordo, eu juro.

Eu respiro fundo, mas então digo:

- Está bem, eu vou com você. - aceito a proposta. - Agora eu acho que nós devemos combinar algumas histórias. Tipo, como nos conhecemos? Quem se apaixonou primeiro? Como você me pediu em namoro? Essas coisas de casal.

- Bem pensado. - ele fica surpreso em como eu pensei sobre esses detalhes da mentira. A verdade é que eu não deveria, mas, por algum tempo, eu pensei em fazer isso com Huye. - Tem alguma sugestão?

- Sobre a primeira, acho que poderíamos dizer que eu fui naquele pub em que vocês tocam, justo no dia que vocês se apresentaram. - proponho assim. - Eu estava bebendo, você sentou ao meu lado como quem não queria nada e me pagou uma bebida. Algo assim.

- Me parece convincente. - ele concorda. - Mas e sobre quem se apaixonou primeiro? - ele levanta a segunda pergunta. - Eu acho que deveria ser você. - Jisung dá a sua opinião.

- Por que eu? - questiono. - Se quer saber, a primeira visão que tive sua foi de que era um completo mal educado.

- E a segunda foi de um eu nu, na minha cama. - ele provoca. - É claro que tem que ser você, a história fica melhor para mim.

- Mas se você quer fazer ciúmes tem que ser você. - insisto, mas ele não parece saber onde eu quero chegar, então explico: - Se você se apaixonou primeiro, só mostra que você não liga nem um pouco para eles dois.

- Tá, me convenceu.

- Agora sobre o modo como me pediu em namoro, essa eu deixo para você.

- Hmm... - ele pensa sobre o assunto. - O que você acha de ser algo do tipo uma serenata? Eu apareci na porta da sua casa com um buquê de flores e um violão, fiz uma serenata e te pedi em namoro. Eu até me ajoelhei.

Eu explodo em uma risada tão genuína que chega a poder ser comparado com a inocência de uma criança. De fato houve inocência no meu pensar que tratava-se de uma piada. Han simplesmente não ri, então eu paro.

- Meu Deus, você estava falando sério? - eu permaneço em choque. - Jisung, me desculpe, mas quem acreditaria nisso? Parece mais com uma cena de um filme ruim.

- Mas foi assim que eu pedi a minha primeira namorada. - ele diz.

- Ora, então não sei se fico mais surpresa por você ter mesmo feito isso, ou por achar que alguém acreditaria que você foi idiota assim duas vezes. - um riso me escapa, mas novamente me sinto péssima. - Desculpa.

- Então o que você sugere? - ele ignora minha brincadeira de mau gosto.

- Eu não sei. Talvez algo mais casual e fácil de acreditar. - sugiro. - A gente poderia ter saído em grupo, um cara deu em cima de mim e você me chamou de namorada pela primeira vez aí. Mas nós não tínhamos conversado sobre exclusividade ainda, eu fiquei irritada e nós brigamos, mas depois nos acertamos de vez.

- Se você já tem uma ideia de tudo, por que deixou que eu pensasse nesta última?

- Porque para este relacionamento dar certo, é preciso duas pessoas, amor. - respondo num tom divertido. Pela primeira vez neste tópico, ele ri de um comentário meu.

- Então você pode usar apelidos e eu não? - ele interroga frustrado.

- Está bem. - lanço-lhe um rolar de olhos. - Sem chororô, princesa. Eu te deixo escolher um. - o provoco.

O vizinho para e descansa o queixo no espaço entre os seus dedos polegar e indicador, da mão esquerda. Como se isso fosse algo importante, ele pensa sobre qual apelido me dar. Seja qual for, só espero não vomitar.

- E que tal... "baby"? - ele sugere primeiramente.

- Horroroso! - sou sincera. - Eu odiei. Próximo! - indico que pense em algo melhor. "Baby" me lembra web dom, o que pode me fazer querer gargalhar, ou me matar.

- Então está decidido, será este. - Jisung coloca um ponto final.

- Se me chamar assim na frente das pessoas, eu juro que termino com você. - dou a minha palavra.

- Tudo bem, mas eu só aceito o término depois que a festa acabar.

Ele acaba por me fazer rir. Idiota.

Ah, Jiwoo... por que você está fazendo isso? Já está envolvida de mais, isso só traz problemas. Ele me faz sentir o que não quero, pensar o que não devo e lamentar o que faço, é um jogo perigoso, mas eu continuo movimentando as minhas peças neste tabuleiro.

Um simples olhar me arrepia. Procuro afastar qualquer pensamento que ultrapasse a linha da amizade. Suspiro, não sei se frustrada, ou apenas exausta. É cansativo ir sempre contra a tentação, reprimir todos os meus desejos, ignorar essas coisas que aconteceram entre nós dois apenas para continuarmos sendo estes falsos amigos, amigos que querem ser mais.

- Vai mesmo fazer isso por mim? - ele questiona, vejo receio nos seus olhos de que eu vá dar para trás.

- Parece que sim. - digo, mas não o inspiro muita segurança. - Eu vou, é claro. Mesmo que eu tenha minhas dúvidas sobre isso, se é o que o seu coração deseja, então eu ajudo. Eu faria qualquer coisa por um amigo e é bom que nós sejamos.

Jisung limita-se apenas a um:

- É.

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