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Capítulo VII - Salvo por Suas Mãos

Ezz

Não entendeu metade do que acontecera nos últimos minutos, pra falar a verdade.

Ulker o pegou pelo braço, o arrastou para fora de visão, e simplesmente só ouviu.. Gritos. Especificamente de Zoric e da estranha mulher de cabelos reluzentes. Ela parecia forte. Constatou, sendo empurrado por entre colunas e ombros.

__ Por que..__ Murmurou, mas sabia que o homem vermelho o ouviria__ Elas estão brigando?

O rei sorriu-lhe sem graça.

__ Por que... Aquela mulher machucou pessoas importantes pra Zoric, e infligiu leis. E ...__ Suspirou, parando enfim, em frente às escadas, corredores semi vazios. Alguns guardas o esperavam do outro lado da porta.__ Ela irritou Zoric. Isso já seria o suficiente pra perder a cabeça, você sabe.

Ezz assentiu. A natureza da garota não era das mais... Tenras. Ao mesmo tempo que não sentia-a espinhosa de todo. É gentil. Vejo isso.

Saiu de seus devaneios ao ouvir Ulker pedir para que se sentasse.

O divã era grande o suficiente para ao menos dez pessoas sentarem ao seu lado, notou. O rei ainda olhava para a porta, apreensivo. Suspirando e murmurando consigo mesmo, falava sobre confusão, e não se exaltar. Andava e parava, esperando a volta de Zoric, supôs. O garoto lhe assistia de olhos atentos.

De repente, a porta se abre.

Todos se sobressaltam.

É Erien. O rei suspira novamente, decepcionado. Ezz espera o que tem a dizer. Esperar. É só o que pareço fazer desde que... Engoliu em seco.

__ O que foi?__ O rosto confuso do jovem os analisava__ Foi tão ruim assim? Que caras são essas? Onde está Zoric? Curou mesmo eles? Com dôr?__ Se aproximou de Ezz, inclinando a cabeça, como se esperasse ver uma mudança física visível. Nunca soube de um dôre curandeiro, isso o deixava exaltado.

Agora são dois andando de um lado pro outro. A aflição pairava no ar.

O bater de espadas sobressaltava cada vez mais a todos. Ulker fez um gesto de calma nada convincente.

__ Uma pergunta de cada vez, Erien.__ Então franziu o cenho. Uma expressão assustadora demais para um rosto naturalmente gentil.

Muita coisa se amontoava naquela cabeça vermelha. Erien se retraiu, o conhecia bem para saber que era melhor não interromper seus pensamentos nesses momentos.

O garoto mexeu nos óculos nervoso e sentou-se num movimento, cruzando as pernas e virando-se para Ezz, os olhos azuis cheios de expectativas e uma faísca de medo.

__ O que houve?__ Murmurou. Ezz pensou consigo que sua expressão lhe lembrava um rato. Um rato loiro.

__ Não... Curei ninguém. Aconteceram coisas.. Uma mulher..__ Apertava os olhos, o sotaque ainda carregado em suas palavras__ Uma espada e então, guardas e as duas ficaram.. De frente, Zoric ergueu a espada e disse pra sairmos. Estão lutando. E a outra é forte. Parecia desesperada também. Queria um... Especialista.__ Apertava os dedos, as palavras se formando com dificuldade. Mas felizmente o outro entendeu-o apesar da pronúncia questionável.

__ Ah, céus... __ Suspirou, ainda sussurrando__ Isso é a cara da Zoric mesmo. Brigar.. Num momento desse.__ Apoiou o queixo na mão.

__ A mulher ... Queria ajuda. Não procurava o Nasími.__ Sentiu o manto descendo-lhe nos ombros seminus.

Erien olhou-o de sobrancelha erguida. Não?

__ Especialista dôre. Foi o que ela disse..__ Assentiu, enrolando o manto que já caia-lhe até nas costas.

__ Um dôre. __ Erien repetiu assentindo__ Não é incomum, Enastia é procurada por conta da camada, sabe, por dôres. Mas eles costumam ser tão discretos, que..

Ezz ficou surpreso por ele saber disso. Percebeu que não era um tipo de segredo, por alguma razão achou que fosse.

Observou Ulker, a figura imponente de braços cruzados e olhar atento. Não ouvia sua conversa. Falava com um dos guardas, um que Ezz conhecia, havia visto a mulher estranha e veio avisar o rei, pensou, ela parecia desesperada pra ser imprudente assim. Deixou Erien falando sozinho, percebeu, nadando em pensamentos. Ainda falava sobre dôre e camadas e.. Ezz deixou seus instintos lhe guiarem, e quando acontecia, não ouvia nada ao redor.

Os guardas estavam distraídos comentando a luta que parecia ainda estar acontecendo.

"A mulher da espada está vencendo." E isso os espantava. Ezz assumiu que era por confiarem na força de Zoric acima de qualquer coisa.

Ezz atentou os olhos, Não quero ficar sempre esperando. Era um pensamento incoerente, mas naquele momento estava se sentindo... Incapaz. Era um sentimento novo, e logo percebeu que não gostava nenhum pouco dele.

Soube que aquela mulher não era perigosa. Apenas sabia, mas aquelas pessoas agiam de uma forma que ele não compreendia. Nunca ouviriam se ele dissesse algo assim apenas por dizer. Zoric principalmente. Ela ainda não confia em mim... E não deveria. Não me conhece, eu não a conheço.

Era um povo impulsivo e rápido. Tão rapidamente era levado de um lado pro outro... Sentia-se tonto.

Erien parara de falar. Olhava com atenção a porta, então se levantou, talvez tão cansado como si de esperar. O acompanhou.

__ Espero não ter sangue nem nada do tipo__ O rosto do garoto era de verdadeira preocupação.

Espreitaram, os guardas se afastando quase respeitosamente quando Ezz pôs-se ao seu lado, o rosto inclinado, tendo uma pequena porção do que acontecia ali.

Haviam muitas costas na sua frente, mas as duas silhuetas eram vistas. Estavam de frente para si, alguém saltou, era a mulher. Uma perna no ar.. Um chute tão rápido, Ezz tremeu, assustado. Ela não usa apenas a espada. Se impressionava com cada pequeno movimento.

__ É verdade... A espada é gigantesca...__ Sussurrou Erien.

__ Sua irmã está perdendo...__ Concluiu, vendo a forma como Zoric se afastava. Percebeu o garoto com uma expressão estranha__ Sim, eu vejo.. Ela precisa ser tão imprudente... e Zoric não é minha irmã.__ Ezz ergueu uma sobrancelha. Ah.. Então é por isso que eles não se parecem.. Fisicamente e ... Psicologicamente.

Olhou pro guarda__ Por que não a ajudam? Aquela mulher é muito forte. Zoric é muito orgulhosa pra admitir isso. Alguém deveria ir lá e...

Os dois guardas se fitaram, um deles franziu o cenho.

__ Recebemos ordens, senhor.

O outro se afastou. Ulker percebeu enfim que eles estavam ali. "O que pensam que estão fazendo?", Erien manteve o olhar firme.

__ Isso está indo longe demais. __ Suspirou__ Por que não manda os guardas pegarem aquela mulher?

__ Mandamos, Erien. Ela os derrotou. Zoric quis resolver isso rápido.__ O olhar firme relaxo por um instante__ Aquela confusão toda já estava a irritando há dias... Deixe-a, deixe-a, sabe que ela não vai ser muito imprudente. Quer saber? Deveríamos ir pro Jardim, ok? Ou melhor, vocês vão pro Jardim, eu fico com Zoric. Se sentiria melhor se eu fizesse isso?

__ Seria melhor acabar logo com isso, o senhor não viu, ela está-__ Erien percebeu que algo havia mudado. Ulker parecia estranho, ambos se fitaram, estranhamento no olhar.

__ Onde está Ezz?

Um dos guardas desviou o olhar, envergonhado. Erien o empurrou, escancarando a grande porta. Ulker o seguiu, reclamando. Garoto, o que você...

Que cena. Era a expressão de todos ao redor.

A pequena multidão já parecia ter mais interesse no que ocorria ali no que nos milagres não vistos de um Nasími.

... Uma espada no chão, Zoric ajoelhada de um lado. A mulher, vencedora, de frente para si, a enorme espada erguida como se não fosse nada. Era de fato uma cena incomum. Quase podia-se ver a poeira retornando ao lugar.

Zoric de joelhos. Está ferida? Ulker correu para seu lado. Analisando-a. Estava bem. Cabisbaixa, chocada muito provavelmente, mas bem. A mulher vencera sem causar grande dano, talvez ... Então virou-se. O rosto firme da estrangeira tendo sua atenção.

O rei sentira, a verdade seja dita, o mesmo que Ezz. Não era perigosa, a forma como atravessara, não havia hostilidade apenas pressa.

Parecia aliviado por ter acabado, principalmente. Ergueu-se, Zoric o olhava, ainda sem palavras. Parecia a ponto de perguntar-lhe algo. Porém, naquele instante de alvoroço, Ulker viu a cabeça de Ezz surgir na multidão.

Tão repentino surgira como desaparecera.

O quê... Está acontecendo...

A multidão abria passagem, o garoto parecia ter atravessado pelo outro lado, pulara a mureta? Pensou Ulker, mas o importante era; Ezz tinha um corpo em mãos. Um homem, desacordado.

Andou, os passos leves, quase como se não sentisse tanto peso sobre os braços. Os cabelos castanhos escorrendo por seus braços desnudos. Percebeu que Ezz ofegava levemente, o quão rápido ele chegou até o porto.. Andou e andou, estancando a sua frente. Os olhos azuis tão resolutos.

__ Quem... __ Ulker mal abria a boca, quando a jovem estrangeira passou ao seu lado como um raio. A espada equilibrada sobre os ombros assombrosamente fácil.

Ezz mantinha o rosto fino erguido com aquela calma assombrosa, reflexiva.

__ Eu... O ajudarei. Não se preocupe.__ Foi só o que disse. Erguendo a mão, olhos atentos aquela única mão__ Sim.. Sinto que posso ajudá-lo. Não será difícil.

Não é difícil .. Ulker lembrava daquela expressão anteriormente. A mesma curiosidade dançando nos olhos vermelhos.

Um olhar trocado com Zoric, que dizia o quanto não sabia o que esperar daquela figura singular. Ela ouvia a tudo com um silêncio contemplativo. Quando esse garoto está envolvido, tudo parece tão irreal. Engoliu em seco.

Olhou para o homem desacordado, tinha manchas azuladas cobrindo seu corpo por completo, alguma doença que nunca vira; olhou a mulher, e não apenas assombro desenhava seu semblante sujo e cansado, havia... Adoração.

Assim como a pequena plateia, ouvindo cada palavra com uma atenção intensa.

Sim, ele conhecia aquele sentimento. Antes tão falante, tão intensa, apenas de olhar para Ezz, suavizara; não como quem esperava-o, mas como se repente uma borboleta pousasse em seus dedos, e tivesse medo que qualquer movimento a fizesse se dissipar.

__ Você pode mesmo...__ Murmurou, percebendo que estava ofegante__ Você.. Você é aquele.. O curandeiro. É? Bem, não parece__ semicerrou os olhos, então suspirou__ mas isso não é importante agora... __ Deu mais um passo__ Pode mesmo fazer isso? Me disseram que era algo que só um especialista... Você é um especialista?

Ezz meneou a cabeça sereno, então continuou a andar, silencioso. Tão calmamente e dono de si que deixou um rastro de sutileza para trás.

Era impossível não olhá-lo com admiração.

*

*

*


Gae Jo


Thristy não se preocupou em disfarçar a curiosidade e ansiedade quando o viu atravessar aquela porta. Aquele casebre lhe dava arrepios, mas conteve o medo. Esperou pacientemente. Sabia que não ficaria ali o dia inteiro.

Quando seus olhares se encontraram, ela sorriu, aliviada por realmente não durar o dia todo. Mesmo Gae Jo estando com os dois braços segurados por aquele brutamontes, um tanto depressivo, era bom tê-lo de volta.

O rosto não menos carrancudo que o usual, com leves hematomas, olhos fundos, o analisou protetora, suspirando, não o bateram tanto. É justo, ele só.. Gritou. Por um longo tempo, pra um susto, mas não cometeu nenhum crime.

Viu-o se jogar na grama, esticando as pernas, e as encarando como se percebesse de repente que tivesse pernas.

Parecia bem demais até, constatou, um tanto surpresa com a cena.

__ É bom tê-lo de volta. E inteiro.

O garoto fechou os olhos, esfregando-se na grama úmida com certa alegria infantil.

__ É bom... Voltar. __ Sorriu fino__Parece que durou tanto tempo, Thristy...__ Então abriu os olhos repentinamente, assombrado__ Quanto tempo durou?

__ Não mais que umas dez horas.__ A gigante agachou-se ao seu lado.__ Estão nos olhando... Melhor começar o trabalho.__ Riu vendo-o bufar. Então afagou seus cabelos, o surpreendendo, porém apenas a olhou curioso__ Talvez... Queira comer algo primeiro?

Gae Jo estava diferente. Era um fato explícito.

Porém manteve cautela, Thristy evitou perguntas diretas. Ouvira histórias assustadoras o suficiente sobre a solitária para saber que ser direta tão rapidamente podia ser nada saudável.

Provou a sopa aguada e soltou as expressões mais prazerosas que já soltara em todo seu tempo ali. Urie gargalhou, comentando algo sobre a solitária tê-lo traumatizado àquele tanto. Thristy lhe deu um leve tapa atrás da orelha em reprovação, e um meio sorriso, por ver Gae inteiro e também sorrindo.

__ Nunca comi uma cenoura tão deliciosa, digo..__ E gemeu, fazendo alguns dos presos rirem com Urie.

__ Está mesmo bem?__ Repetiu Thristy, tentando não rir. E ele assentiu novamente, com calma solene.

Havia aquele ar sombrio, porém.. Não era ruim. A jovem o olhava da cabeça aos pés, "ele parece.. confiante. É estranho." mesmo com os hematomas, havia leveza, mesmo com a estranheza, havia confiança. Thristy pensou estar acompanhando de primeira mão algum tipo de crescimento pessoal do qual não compreendia. Quando seus olhos se esbarravam em meio a conversa, ela tinha cada vez mais certeza de sua conclusão.

__ Eu consegui.__ Disse de repente, após terminar de mastigar um pedaço de carne.

Os dois se entreolharam. Urie bebeu um gole de água.

Percebendo a confusão completou, um mínimo sorriso nos lábios, então se aproximou, como se confidenciasse seu segredo.

__ Ontem, eu sonhei com um.. tipo de ser e de alguma forma, ele me deu aquele poder de volta.

Thristy encarou-o, então voltou a comer.

__ Você não tinha perdido.

__ Mas não conseguia.. fazer de novo.

Ela suspirou, pesarosa.

__ Então você estava mesmo tentando, Gae Jo... Isso é muito perigoso, até pra você...

__ Por que tem medo de ter algo a nosso favor?__ Respondeu levemente carrancudo, já não sorria.

__ O que quer fazer com esse "algo a nosso favor"?__ Apontou a colher pra si__ Pare de agir infantilmente. Não se pode brincar com esse tipo de coisa num lugar desses. Se fizer algo daquele tipo de novo, e Hastafe ou qualquer outro deles ver... Não sabe o que pode acontecer.

Gae Jo se levantou, abrupto. Não disse nada, apenas se virou.

O resto do dia foi silencioso.

Houve muito trabalho e Thristy não se preocupou em tentar uma conversa, Gae fez o mesmo. Anoiteceu, e o garoto se preparava para voltar a seu treinamento ansiosamente, quando sentiu uma mão cutucar sua perna. Urie lhe olhava sereno, tendo sua atenção ergueu uma sobrancelha e apontou para uma árvore. "O que..?", pensou confuso, mas apenas o seguiu, sem questionamentos.

Escorou-se, o tronco era grande o suficiente para que nenhum olhar exterior prescrutasse sua conversa.

__ Não seja tão duro com Thristy.__ iniciou Urie, sempre direto.

__ Urie..__ Revirou os olhos__ Não tenho culpa se ela é uma desistente.

O anão coçou a cabeça, hesitante em dizer algo, mas soltou mesmo assim, como se fosse sua última opção.

__ Você sabe que ela perdeu tudo uma vez, não, duas vezes. __ Cruzou os pequenos braços.

Gae fez um muxoxo.

__ E ela foi a única, né...

O anão lançou-lhe o olhar mais desaprovador que já recebera de alguém.

__ Gae, ela deveria estar morta. __ O garoto desfranziu o cenho lentamente. Ainda em silêncio.

__ Nenhum Hamari viveu por mais que um mês após a revolução. Sabe por que ela protege tão fortemente o que tem aqui? Por que é melhor do não ter uma cabeça. Por que eles não a mataram, mesmo devendo. Todos os amigos dela, família, marido.. Eles foram enterrados numa vala comum como cachorros, é assim que a guerra funciona desse lado do mundo, meu pequeno kafe. Não seja uma criança ingênua, ela é forte, sim, sim... Forte mentalmente, forte com aqueles músculos de gigante metida e autoconfiante.. Mas ela é fraca. Fraca..__ Gae Jo percebeu-se lacrimejando__ Fraca como qualquer um de nós, nós que não somos especiais e temos essa esperança infantil e cega. Então, não seja, tão duro, por favor. Não a cegue com seus ideais impossíveis, não quando ela tem esse peso por tanto tempo.

__ Eu não... __ Enxugou os olhos com a costa da mão__ Eu não pretendia mesmo...

Urie meneou a cabeça, tocando sua perna afetuosamente, um ato que dizia "Não precisa chorar", então puxou-o, fazendo-o andar consigo.

__ Eu não deveria ter de dito nada disso, entende? Todo mundo tem um passado triste, aqui, geralmente não é tão bonito. Então só... pare de cutucar feridas com esses seus olhos corajosos. Corajosos e burros__ Lhe deu um soco leve, lançando-lhe um sorriso fino, fez Gae ficar menos tenso.

__ Tudo bem... Não tocarei no assunto.

Após alguns dias, ele e Thristy ainda trocavam olhares hesitantes, e talvez ela tenha notado certa tristeza desenhando-se naquela mente.

O fim do dia veio, e Gae fitava o ancinho com a ansiedade palpável de uma saudade. Não era muito, porém era o que tinha.. Sentou-se hesitante na grama. Tateou, observando o objeto. Não tivera sonhos vívidos desde o que houve na solitária. Isso o fazia ficar ainda mais ansioso. Sentia-se dividido desde a conversa com Urie.

Ergueu-se, limpando as calças, então sentiu uma mão sem seu ombro. A gigante sorriu.

__ Vamos ver o pôr-do-sol?__ O olhar de Gae cintilou em resposta.

Sentaram-se no pequeno declive, a grama que Gae tanto gostava parecia ainda mais atraente, jogou-se, cansado. As costas doloridas pelos sacos que carregava todo dia.

Após um breve silêncio, Thristy perguntou sobre o poder. Gae arregalou os olhos. "Não achei que era bem sobre isso que ela queria falar...".

O sol pintado de laranja já descansava no canto escuro do céu, a noite era uma promessa breve. O vento dançava em seus cabelos.

__ Você quer mesmo...? __ Retirava uma mexa de cabelo da visão.

Ela assentiu, Gae Jo a observou brevemente, sua postura serena e tenra, os braços cruzados de músculos de gigante metida e olhar firme para si, tão atenta. Então ele mostrou-lhe, sem hesitação. Gae estivera com aquela ansiedade presa na garganta por todo aquele tempo, o medo a impedindo de sair.

Ergueu a mão, interiormente e exteriormente, a chama acendeu-se num instante. Não a tocara há dias, estava tão ansiosa quanto si. Puxou, e ela o puxou, como uma corda, presa dos dois lados. Seus olhos se iluminaram e seus dedos ferviam, tudo estava quente, e Gae se sentia capaz de fazer qualquer coisa, pegou uma pedra qualquer, não muito maior que sua mão, a esmigalhando como se fosse areia entre dedos.

Sorriu, era viciante.. Como um desejo encharcando de dentro pra fora.

Thristy sentou-se, assistindo a tudo com um olhar enigmático.

__ Você é um dôre. __ Encurvou as costas, abraçando-se em seus joelhos grandes.

O garoto arregalou os olhos castanho-escuros chocado.

__ Dôre? Eu?__ a jovem assentiu__ Mas...__ Sentou-se rápido, quase tombando ao seu lado__ mas eu não sou um nobre.

Thristy riu do rumo que sua mente tomou.

__ Você é um guerreiro, um kafe, e geralmente as duas coisas estão associadas... Pelo que eu sei.

Gae franziu o cenho.

__ Eu já disse que...

__ Kafes são conhecidos por serem fortes, Gae, não sabia disso?

Ele meneou, não tinha o mínimo de conhecimento sobre si.

__ Eu não sei nada, eu não.. __ Suspirou, então a fitou, uma curiosidade chamuscou__ Você é forte, e é nobre... é uma dôre também?

A gigante riu ainda mais alto.

__ Se eu fosse forte nesse nível não estaria num lugar assim, não é?__ Então voltou a olhar a paisagem, serenando novamente__ Imagino que Urie te falou sobre como acabei aqui...__ O garoto assentiu, uma tristeza enlaçando-os levemente.

__ Então você quer dizer que__ Esticou as pernas doloridas__ por eu ser um dôre poderia sair daqui facilmente?

Ela ficou pensativa por um tempo. Então meneou a cabeça.

A decepção sombreou nos olhos do jovem.

__ Se você fosse um nobre guerreiro que treinou ao menos metade de sua vida__ E sorriu__ Talvez.

__ Então se eu pudesse treinar...

__ Esse não é o ponto, Gae Jo.__ Seu timbre se intensificou.

__ Você poderia me ensinar, então um dia quem sabe-__ Insistiu, esquecendo-se da tristeza, a esperança ainda queimava dentro de si.

__ Nem pense em fazer algo estupido assim.

O garoto franziu o cenho. Arrepiando-se por ouvir aquele tom de sua voz.

__ Você é uma guerreira, não acha sua vida aqui humilhante? Não te incomoda ter que se rebaixar..__ Rosnou, as palavras saindo facilmente, todos os pensamentos que tinha engatados..

__ Você disse bem, garoto. Eu sou uma guerreira. Uma ex-revolucionária. Sabe o que eles fazem com revolucionários no reino do Fogo Eterno?__ suspirou__ Estou viva, por alguma razão, eles precisam de mim. E estar viva, com saúde, podendo conversar e rir com jovens garotos e ter um pôr do sol para olhar de vez em quando.. É mais do que qualquer um de meus companheiros pediria. Alguns deles se sujeitariam a mais do que..__ Engoliu em seco__ Eles não julgariam, e eu penso que estar viva não é apenas egoísmo, se posso manter a memória deles ao menos um pouco viva, se posso falar orgulhosamente do que me é precioso. __ Colocou a mão em sua cabeça sutilmente__ Isso não me faz menos orgulhosa, assim como ser poderoso não nos faz invencíveis.

Um silêncio se instaurou.

Gae tinha objeções, os lábios tremulavam, mas não queria continuar aquela conversa. O gosto amargo na garganta o fez querer se calar, aproveitar silenciosamente o carinho da jovem em seus cabelos, e o pôr do sol. O belo pôr-do-sol que infelizmente, durava sempre tão pouco.

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