❃ 014 ❃
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Capítulo também disponível no livro "Clandestino", da aphrrodite
{Narradora}
O grupo estava reunido na sala do colombiano. Esperavam o casal de amigos chegar para poderem opinar sobre o filme à assistir.
Enquanto isso, estavam esparramados pelo sofá, conversando e jogando mímica. Juana era muito boa assim como Eve em realizar e adivinhar. Camila ria dos meninos tentando responder rápido e errarem, levando-a à dizer corretamente. E pareciam duas crianças quando acertavam, comemorando por um bom tempo.
Era a vez dos dois e não chegavam à uma conclusão do que fazer, deixando as meninas já entediadas. James começou sua mímica, deixando Douglas confuso e fazendo algo completamente diferente.
— O que está fazendo?
— A mímica do filme.
— Mas não foi esse filme que combinamos.
— Não?
A campainha tocou e Juana foi atender, abraçando Kyara e cumprimentando Paulo também. Ambos estavam confusos com a cena que presenciavam e Evelyn deu graças à Deus pela chegada deles.
Douglas estava de braços cruzados e James reclamando que elas não estavam nem ao menos tentando chutar.
— Até que enfim vocês chegaram! Já estava com vergonha alheia.
— Vergonha alheia? Por que?
— Amiga, olha para eles. — Eve apontou para a cena e Camila zoava do desastre que estava sendo.
— Aproveitando que Kyara e Paulo chegaram, acabou a mímica. Que pena, rapazes. Não foi dessa vez que conseguiram ganhar de nós.
— Sua irmã é sempre debochada assim, James?
— Sim, Camila.
— Gostei. Continue, Juana.
Evelyn ficou de fazer as pipocas com Juana, esperando todos se arrumarem na sala especial de cinema e decidirem o filme.
Não demorou para elas ficarem prontas, sendo despejadas nos recipientes. Dividiram para poderem fazer as caldas tanto de manteiga quanto de chocolate. A atriz pensou que estaria frita quando voltasse aos treinos por não respeitar a dieta.
Foi surpreendida com um beijo na bochecha, já sabendo que era o colombiano. Sorriu, colocando uma pipoca em sua boca e se afastando para pegar as bebidas.
— Vou voltar para ver se eles já decidiram. Não demorem, casal. — Juana saiu, os deixando à sós.
— Precisa de ajuda?
— Na verdade, eu já acabei. Só preciso que leve as bebidas enquanto eu levo os baldes de pipocas.
— Não está esquecendo de algo?
— Não. O que deveria me lembrar? Já cuidei de tudo, desliguei o fogão... — Foi interrompida por um beijo, sendo pressionada no balcão. — James... — Arfou.
— Eu tive uma ideia para nós dois depois do filme, Morena. — Sussurrou em seu ouvido, apertando mais sua cintura e beijando seu pescoço.
— Não é hora para ter essas ideias, Jogador. Precisamos voltar antes que eles já pensem coisas erradas. Vamos, James.
— Ah, tudo bem.
— Mais tarde continuamos. — Piscou e voltou para a sala, notando a pequena discussão ali. — Misericórdia! Ainda não decidiram?
— Eu estou sugerindo Harry Potter.
— Não, Camila! Vamos assistir Gladiador.
— Ah não, Paulo. Os Mercenários é muito bom.
— Não quero assistir esse filme aí, Douglas.
— Você quer ver o que, Juana?
— Eu queria comédia romântica, Eve.
— Eu acho que o mais recomendado seria Barbie...
— Kyara, tem certeza que não quer ir pra sala assistir os desenhos da Salo? — O melhor amigo implicou, recebendo uma pipoca na cabeça.
— Aí é, pois quer que eu jogue na rodinha? Então, gente, o James ontem né, ele... — Na mesma hora, ele tampou sua boca com uma mão, tendo-a mordida pela angel, resmungando por isso.
— Quem disse alguma coisa? Você quer Barbie? Moda e Magia ou Castelo de Diamante?
— Não quero mais, não. Obrigada. — Sorriu, cinicamente.
— Mas voltando aqui ao terror antes que voltem à se matar. Ah, qual é, Kyara? Só hoje. E você não estará sozinha. — Douglas sugeriu.
— Sim, Kyarinha. — Eve sorriu, a abraçando de lado. — E como você vai sentar com meu irmão, pode o apertar se levar susto.
— O que?
— Não se faça de desentendida, Kyara. — Camila sentou na parte da frente com Douglas, pegando um dos baldes.
— Só vocês mesmo...
Kyara sentou ao lado de Paulo, que passou o braço por seu ombro e a puxou mais para perto, mostrando que ela estaria segura e que não precisava sentir medo.
Juana sentou próxima de Eve, atrás de Douglas e Camila. Estavam esperando James colocar um filme e aproveitou para distribuir cobertores.
Assim que Annabelle estava para começar, as luzes se apagaram, deixando apenas o brilho da tela iluminar o local.
O colombiano se aproximou da brasileira, os cobrindo e pegando sua mão por debaixo da coberta, entrelaçando-as.
Compartilharam um sorriso cúmplice e deram atenção à cena, abraçados. James fazia carinho no cabelo da garota, focado na tela e não percebeu a mesma o olhando, admirada.
Ela, muitas das vezes, o olhava assim mas sempre disfarçava. Talvez tivesse pegado a mania dele e nunca, sequer, prestaram atenção nisso.
Perderam o foco quando Kyara e Paulo começaram à rir alto. Todos olharam para os dois, que estavam vermelhos. O colombiano até pausou o filme, tentando entender qual era o motivo do riso.
A cena era tensa demais e não havia como rir, por isso estranharam a atitude dos dois.
— O Gilberto tá olhando! — Kyara puxou a camisa de Paulo, chamando sua atenção.
— Eles são assim mesmo? — Juana perguntou, bebendo seu refrigerante.
— Podem parar de rir? — Eve jogava pipoca nos dois, tentando fazê-los parar. — Parem de rir aí, casal!
— O que deu em vocês? — Camila questionou.
— Valha... — Douglas murmurou, completamente perdido, o que gerou mais risadas de Kybala.
— Qual o problema de vocês? Eve, se você não bater neles, eu...
— Casal, stop! — Evelyn falou mais alto, depois que James pediu. — Malucos... — Resmungou, voltando a atenção ao filme.
{Quebra de tempo}
— Nem deu medo esse filme. — Kyara comeu a última pipoca que havia sobrado, dando de ombros.
— Não deu ou foi por que você não prestou atenção? — Eve questinou, em desconfiança.
— Mas realmente não deu mesmo. — Camila concordou, não dando tempo de Kyara responder. — E cadê eles?
— Perguntem ao FIFA.
As meninas foram até a sala e viram os mesmos entretidos jogando, sentando-se próximo à eles e notando James ganhando de Paulo inicialmente.
Evelyn e Camila até tentaram perguntar se iriam mesmo querer pizza e qual sabor, porém, não obtiveram respostas.
A atriz se sentou ao lado de James, olhando para o jogo e rindo dos comentários deles. Estava empatado e Paulo conseguiu um pênalti, marcando gol. Sua irmã comemorou com ele, deixando o colombiano boquiaberto.
— Pensei que estava torcendo pra mim, Eve.
— Ela pode até torcer pra você, mas não se esqueça que ela é uma Dybala.
— E vocês não se esqueçam que ela é brasileira e torce mesmo para o Brasil. — Douglas terminou de colocar a lenha na fogueira, fazendo a menina se levantar diante dos olhares deles.
— E eu vou pra cozinha porque olha... Licença.
Se retirou, voltando para o cômodo e sentando-se na bancada. Passou o tempo de espera com as meninas, conversando e rindo do casal Kybala.
Camila não havia ainda entendido como saiu o nome "Gilberto" da boca da modelo, em vez de "Douglas". Evelyn riu e disse que era justo o amigo ter um filho chamado "Gilberto". Cami, na mesma hora, negou, as fazendo gargalhar.
Assim que a pizza havia chegado, reuniram-se novamente na sala. A tarde havia sido divertida e boa para os amigos, deixando-os com o sentimento de querer mais.
Despediram-se no final, prometendo marcar um outro dia para reunirem-se e foram embora, deixando Eve, James e Juana terminando de guardar as coisas.
— Bom, irei dormir. Boa noite, casal.
— Boa noite, Juana. — Eve a abraçou e James depositou um beijo em sua testa.
— Boa noite, maninha. — Assim que a mais jovem se retirou, o jogador ficou a olhando com a sobrancelha arqueada.
— O que foi?
— Então você estava torcendo para eu perder? — Cruzou os braços e ela desviou o olhar, prendendo o riso.
— Eu? Jamais, James. Estava torcendo para meu irmão ganhar. — Ele parou por um momento, confuso e pensando em sua frase.
— Mas isso dá no mesmo.
— Mas falar que estava torcendo para você perder é bem forte.
— Eu sou um bom jogador. — Comentou, se aproximando lentamente da garota, a prensando na parede e apoiando seus braços ao lado de sua cabeça.
— Eu sei que é. Não duvido disso.
— E é difícil eu não marcar gol.
— Você é James Rodríguez, eu sei disso. — Sorriu ladina, mordendo os lábios.
— Que bom que esteja ciente, Morena. — Depositou beijos molhados em seu pescoço e a pegou no colo. — Vamos para o meu quarto.
Eve foi deitada na cama, passando suas mãos por todo o abdômen malhado de James. O puxou para um beijo, retirando sua camisa e jogando para fora da cama.
O jogador dava alguns chupões em seu pescoço enquanto brincava com o zíper da calça jeans da mulher, a deixando impaciente. Soltou uma risada fraca e rouca em seu ouvido.
— Dá para ir logo?
— Para que a pressa, Morena?
— James, estou visivelmente excitada e você não está ajudando. Se demorar mais um pouco, eu desisto e me viro sozinha.
— Paciência não é o seu forte, né?
— Nunca disse que era.
A livrou de todas as peças de roupa, tendo as suas com o mesmo destino. Ambos estavam ardendo de desejo, com simples toques.
Sentiam excitação entre si com coisas mínimas e o fogo era enorme. Em minutos, podiam ficar em uma situação delicada e que necessitavam um do outro.
James pegou uma camisinha e encaixou-se perfeitamente, começando seus movimentos lentos e sensuais. Suas costas eram arranhadas completamente e seus estímulos eram os gemidos de Evelyn, mantendo o contato visual.
A viu jogar a cabeça para trás, com olhos fechados e gemendo por ele. Não resistiu e desceu seus beijos para os seios da mesma.
Eve entrelaçou suas pernas em sua cintura, o fazendo aumentar as estocadas, acelerando mais. Para não gemer alto e acordar a irmã, tomou os lábios da atriz, abafando qualquer som.
Atingiram o clímax, caindo encima do corpo da menor e a abraçando. Beijaram-se mais uma vez, antes de James livrar-se da camisinha e voltar à deitar-se ao seu lado.
— Você é irresistível, Morena.
— Ah, James... — Riu baixo, o empurrando de leve pelo ombro e sendo puxada pela cintura.
— É sério.
— Você está com sono, vai dormir.
— E você está vermelhinha.
— Por que será, né?
— Porque é a verdade. — A deu um selinho, acariciando seus cabelos. — Boa noite, Morena.
— Boa noite, Jogador.
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