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❝Um Jedi usa a Força para o conhecimento e defesa, nunca para o ataque.❞ - Yoda

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— Não, Lyra — riu Ben. — Não era para ter movido esse.

— Eu não sei o que eu estou fazendo — argumentei, tentando não rir também.    

— Da pra notar — retrucou meu amigo, ainda rindo, limpando uma lágrima que escorreu do seu olho.

Ben e eu estávamos jogando um jogo que tinha na nave do pai dele – Han Solo nos tirou do nosso treinamento para passear com a gente –, mas eu não conseguia entender nada, mesmo depois de muita explicação por parte dos Solo. Eu sempre fazia movimentos errados e não notava o que fazia mesmo depois de já ter feito. Era uma negação.

— Ela é a adversária perfeita para Chewie nesse jogo — comentou Han, entre risos.

Ele estava sentado ao meu lado e o wookiee, ao lado de Ben, nos observando jogar. Chewie resmungou em indignação, urrando alto, ao escutar as palavras do homem mais velho.

— É brincadeira, velho amigo — disse Han, então se virou para mim e movimentou os lábios: — Não é não.

Coloquei a mão sobre a boca para esconder o sorriso que teimava em se formar no meu rosto, que por pouco não se transformou em uma gargalhada – foi ainda mais difícil quando meu amigo fez uma careta engraçada na minha direção.

Depois de alguns movimentos no jogo, Ben venceu a partida, para a surpresa de ninguém. Pelo menos ele teve a decência de não comemorar tanto.

Han se sentou aonde eu estava e eu fui para o lado do Solo mais novo. Os dois começaram a jogar enquanto eu e Chewbacca prestávamos atenção. Ambos eram muito bons. Não que eu entendesse alguma coisa, mas eles pareciam mover as peças certas nos momentos certos.

Pai e filho riam o tempo todo e se zoavam algumas vezes, se divertindo com o jogo. Mesmo sem entender nada do que acontecia, eu acabava rindo também, me contagiando pela animação deles, hipnotizada pela felicidade que eles irradiavam.

Eu podia estar longe da minha família, mas ali, com Ben, Han e Chewie, eu conseguia sentir a sensação de estar em casa.


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Rey e eu acordamos junto com o nascer do sol na manhã seguinte, até mesmo antes de Luke acordar. Andamos por alguns minutos até chegarmos a uma parte relativamente alta da ilha, em um local onde tinha um pouco de terreno plano, ideal para a garota treinar seus movimentos.

Eu conseguia sentir a ansiedade e o nervosismo de Rey, que trocava o peso de um pé para o outro enquanto me olhava com os lábios comprimidos. Andei até ela e toquei seu ombro.

— Relaxe — instrui. — Neste momento, preciso que você confie em mim e em si mesma.

Tirei a bolsa de seu ombro e a coloquei em cima de uma rocha, deixando Rey com apenas seu bastão.

— Queria fazer por você o que mestre Anakin fez por mim, mas não posso. Não posso te isolar da galáxia para te passar os conhecimentos que tenho. Não agora que estamos tão envolvidas em uma guerra e Leia contando conosco — fitei seus olhos e ela balançou a cabeça. — Se um dia tivermos um pouco mais de paz, poderei orientá-la melhor, mas, agora, terei que fazer com você o mesmo que o mestre de Luke fez com ele no tempo do Império. Vou ensinar para você as habilidades e conhecimentos mais fundamentais para um Jedi, tudo bem?

— Tudo bem.

— Ótimo — sorri. — Vamos começar.

Pedi para Rey erguer o bastão e orientei os movimentos que eram para ser feitos com ele, assim como a postura adequada. Enquanto ela se movia, girando o bastão no ar, eu andava em volta dela, analisando cada movimento seu com atenção.

Embora eu tenha completado todo o meu treinamento Jedi, nunca pensei que um dia guiaria alguém pelos caminhos da Força – ao menos não em um período tão curto após ter me tornado uma cavaleira Jedi. Eu sabia que era capacitada para essa função, afinal, tive bons mestres, no entanto, também sabia que não queria – podia – falhar com Rey. Coisas terríveis podiam acontecer quando um aprendiz sentia que seu mestre falhara com ele, e eu não desejava que isso acontecesse com a garota.

Se a interpretação de mestre Luke sobre o poder de Rey estivesse correta, algo em seu interior a chamava para o Lado Sombrio, algo que ninguém, especialmente ela, conseguia compreender. Eu não era sua mestre, eu não compartilhava do seu sangue... pela Força, eu não era nem mesmo sua amiga ainda, mas eu já sentia dentro de mim uma responsabilidade por Rey.

No que dependesse de mim, o que aconteceu com Anakin e com Ben não aconteceria com ela.

As horas passaram depressa e, quando me dei conta, já estávamos há quase um dia inteiro ali. O final da tarde estava prestes a chegar, os dois sóis partindo aos poucos, as cores se tornando amenas no horizonte. Rey ainda não estava usando o sabre de luz, somente o seu bastão, e eu a estava guiando em todos os aspectos. Avisando quando ela devia erguer mais o braço, quando devia fazer o movimento de forma mais sublime ou firme e quando devia manter a concentração.

Rey me ouvia com atenção e fazia o que eu dizia, treinando seus movimentos na direção de uma rocha mais elevada sem atingi-la de fato. Enquanto isso, eu também falava um pouco da parte teórica, sobre a Força e os caminhos para se tornar uma Jedi.

Ela era esperta, aprendia rápido.

— Você tem um dom natural para isso, posso ver — comentei. — Apenas precisa de prática.

Rey balançou a cabeça em concordância, sem parar de se mover.

— Vou continuar praticando.

— Ótimo — sorri, analisando seus movimentos.

Meus olhos focaram em seu rosto.

— Vamos enfrentar muitos perigos nesta guerra, perigos que você ainda desconhece, as ameaças sorrateiras do Lado Sombrio. O que você viu naquele lugar que nos conhecemos ainda não foi nada do que ele é capaz, foi um pequeno percentual do seu poder. Precisa praticar seus movimentos com frequência e treinar sua mente para fortalece-la, quero que se torne uma Jedi capaz de se defender sem precisar de ninguém, nem de Luke nem de mim — ela parou de mover o bastão, a respiração ofegante, e os olhos encontraram os meus. — Confie sempre nos seus instintos, Rey, e não tenha medo. Sei que pode fazer. Eu acredito em você, e espero que acredite em si mesma também.

Rey fez uma expressão nervosa, mas ela logo sumiu, dando espaço para uma mais confiante. Os ombros se endireitaram e ela apoiou o bastão no chão.

— Eu posso fazer isso — disse.

Sorri.

Andei até ela e ergui a mão, pedindo pelo bastão, o qual Rey entregou sem hesitar. Girei-o com apenas uma mão, o analisando.

— Você se sente mais confortável com ele do que com o sabre, não é? — ela assentiu, exibindo um meio sorriso. — Quando tiver a chance, pode montar um sabre duplo para você, acho que se adaptará melhor com um assim. Eles são mais parecidos com o seu bastão na questão do manuseio. — eu expliquei e seus olhos brilharam. — Mas, no momento, você precisa se habituar a usar o sabre.

Peguei o sabre de luz de dentro da bolsa marrom e o entreguei para ela, então me afastei, dando espaço, segurando o bastão atrás das minhas costas. Rey encarou o sabre por alguns segundos, reflexiva. Por fim, o acionou e começou a fazer novamente os movimentos na direção da rocha elevada. Movimentos incertos, inseguros.

— O sabre é uma extensão do seu corpo — falei. — Sinta-o.

Os movimentos de Rey foram ficando mais precisos e confiantes, como se ela já os estivesse aprimorando há alguns anos.

E aconteceu em uma questão de minutos.

Meus olhos deviam estar brilhando enquanto eu olhava a garota treinar, porque eu nunca tinha visto algo como aquilo antes. Era incrível. Não parecia que, até pouco tempo atrás, ela não sabia absolutamente nada sobre a Força e os Jedi.

Empolgando-se com o seu progresso, Rey passou a fazer movimentos mais rápidos, até que, de repente, ficou tão envolvida que acabou atingindo a rocha, a partindo ao meio. Ela deu alguns passos para trás, assustada, e eu andei até ficar ao lado dela. Quando olhamos para baixo, vimos que a parte da rocha que caiu havia acertado o carrinho de mão de uma das duas nativas que passeavam ali perto.

Elas ergueram as cabeças lentamente e olharam para nós de uma forma nem um pouco delicada, especialmente para a garota ao meu lado. Rey olhou para o sabre e o desligou.

— Elas não gostam de você — comentei, risonha.

Rey deu um sorriso sem graça e eu ri das suas bochechas que acabaram ficando rosadas. Ela continuou olhando para baixo e eu me virei na direção oposta. Meu sorriso sumiu aos poucos, sendo substituído por uma expressão mais séria, quando olhei para cima.

Luke estava parado na escadaria perto de nós, nos observando, um misto de emoções dançando pela sua face quase escondida sob o capuz de seu manto. Eu não sabia há quanto tempo ele estava lá, mas com certeza viu e entendeu o que estávamos fazendo.

Quando seus olhos encontraram os meus, azul no azul, aquela com esperança e aquele que já não a tinha mais, refleti todos os meus pensamentos através do meu olhar para que ele soubesse o que eu estava pensando.

O Lado Sombrio é ainda mais perigoso para aqueles sem treinamento.

Se você não a treinar, mestre, eu o farei.

Não vou virar as costas para ela.

Nossa conversa silenciosa durou poucos segundos, mas fiquei satisfeita com o que vi nos olhos do meu antigo mestre antes de ele virar as costas e subir as escadas.

Rey se virou a tempo de ver Luke ao longe, e seu sorriso sumiu quando o fez. Virei o corpo para ela e indiquei o homem com a cabeça.

— Vá.

Rey me encarou com os olhos quase arregalados.

— Mas ele disse...

— Eu sei o que ele disse — eu a interrompi. — Mas Luke ainda tem coisas para compartilhar com você, mesmo que essas coisas sejam a razão pela qual ele não possa te treinar. Se ele ainda escolher não te treinar, eu o farei, então não se preocupe. Só vá.

A garota me fitou por alguns segundos, reflexiva e comprimindo os lábios, mas, por fim, assentiu. Ela me entregou o sabre de Luke e correu para segui-lo, e eu fiquei parada olhando para eles até perde-los de vista. Eu esperava que, daquela vez, as coisas fossem melhores para ambos.

Após um suspiro, guardei o sabre de luz de volta na bolsa de Rey e girei o bastão, testando-o em minhas mãos. No entanto, ao olhar para o mar, o mundo a minha volta parou. Tudo ficou em silêncio. Eu não escutava mais com clareza o barulho das ondas, do vento ou dos porgs.

— Quero saber como você sobreviveu.

A voz tão conhecida por mim fez os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Lentamente, me virei para trás para encarar Kylo Ren. Meu coração se acelerou dentro do meu peito ao me deparar com seus olhos castanhos e, por um segundo, por um milésimo de segundo, eu pude jurar que vi Ben Solo.

— Então estava pensando em mim, Ben — provoquei, dando um meio sorriso.

— Não me chame assim! — rugiu ele, a raiva nublando seus olhos. — Ben Solo está morto!

Sem medo, focando em seus olhos, dei um passo em sua direção.

— Não — falei. — Você pensa que sim, mas não está. — mais um passo. — Minha conexão é com Ben Solo, e não Kylo Ren. — outro passo. — Ainda que seja em uma parte mínima em você, ele vive.

— Como você sobreviveu? — Ren murmurou, ignorando o que eu disse e tentando controlar sua raiva.

— Por que quer tanto saber? O que isso vai mudar para você? Vai tirar um pouco do peso da sua consciência? — ergui uma das sobrancelhas. Ele cerrou a mandíbula, mas continuou em silêncio, me esperando responder. Suspirei. — Já deve saber que eu não estava na minha cabana naquela noite. Também não estava no Templo.

— Eu a procurei em sua cabana, mas eu não conseguia mais sentir você, não depois que queimei o Templo — ele parou por alguns segundos, olhando para um ponto além de mim. — Pensei que você estivesse lá.

Então durante todos aqueles anos o próprio Kylo Ren também pensou que ele havia me matado.

Fitei seus olhos, que ainda olhavam para algo além de mim, buscando por qualquer sentimento. Arrependimento. Tristeza. Saudade.

Nada.

Eu só via a névoa do Lado Sombrio cobrir tudo que um dia fora Ben Solo.

— É claro que não conseguiu me sentir. Acho que você não conseguia sentir nada além da raiva.

Ele direcionou seus olhos coléricos para mim.

— Sim, eu estava com raiva! Você não sabe o que ele fez! — berrou Ren. Eu sabia quem era ele.

— Não culpe Luke! — minha voz se elevou. Forcei-me a fechar os olhos por um instante e a respirar fundo. De nada adiantaria gritar. Controle seus sentimentos, Lyra. — Ben, você ainda tem pessoas que se importam com você. Volte para casa.

— Não — ele balançou a cabeça em negativa, a voz soando mais calma. —, não há mais esperança para mim.

Abri e fechei a mão três vezes. Ela coçava, desesperada para tocá-lo.

— Sempre há esperança — sussurrei. — Da mesma forma que houve para o seu avô.

O semblante de Kylo Ren ficou ainda mais sombrio após eu mencionar Anakin, os olhos se escurecendo pelo ódio, a postura se enrijecendo pela cólera.

— Não fale dele como se o conhecesse — ele rosnou.

Ri nasalmente.

— Você ficaria surpreso — murmurei. — Acha que ele está feliz vendo-o cometer os mesmos erros que ele?

Dessa vez, Ren deu um passo para frente, os olhos não desgrudando dos meus. Nós estávamos a apenas um metro de distância, talvez menos. Minha boca se entreabriu e prendi a respiração por um segundo por causa daquela aproximação.

Eu queria tocá-lo, eu queria abraça-lo, eu queria beijá-lo. Sentir o toque das suas mãos na minha pele, a quentura do seu corpo e a maciez dos seus lábios como há anos eu não sentia. Meu corpo gritava por ele, um grito silencioso que somente eu podia ouvir. Doía não estar perto dele, uma dor que beirava a dor física.

Mas eu não podia.

Eu não podia.

Ele estava bem na minha frente, bastava erguer a mão, mas eu não podia. Não naquele momento.

Kylo Ren desviou os olhos dos meus e os direcionou para a minha mão, a qual ainda segurava o bastão de Rey. Quando ele me encarou, uma mistura de deboche e raiva dançavam em seus olhos.

— Ela está treinando com ele? — permaneci em silêncio, então ele continuou: — Não vão conseguir me derrotar.

— Não quero derrotá-lo — sussurrei. — Quero você de volta.

Ren deu um passo para trás, segurando a respiração, como se minhas palavras o tivessem atingido de forma física. Sem olhar uma segunda vez para ele, simplesmente virei na direção oposta à sua e cortei a conexão.


Os dois sóis estavam quase tocando a linha do horizonte quando cheguei a pequena vila. Coloquei o bastão de Rey do lado de fora da sua cabana e entrei na mesma para colocar sua bolsa em cima da cama. Saí da cabana e entrei na minha, agarrando meu sabre de luz com uma única mão como se minha vida dependesse disso e andando de um lado para o outro.

Com a mão livre, pressionei minha têmpora com os dedos, ainda sentindo meu coração pesar em meu peito, batendo dolorosamente. Vê-lo mexeu comigo mais do que eu pensei que mexeria, era como se eu nunca fosse me acostumar a vê-lo tomado pelas trevas.

Mas esse era o ponto, não é? Eu não podia me acostumar, porque eu acreditava que Ben Solo voltaria. No entanto, até lá, eu tinha que continuar sendo forte, precisava continuar me mantendo firme.

Andando de um lado para o outro, eu tentava não pensar nele. Tentava, sem sucesso, não visualizar seus olhos castanhos, o cabelo preto grande, o corpo alto e forte.

— Para, Lyra, para — sussurrei para mim mesma.

— Não vai funcionar — aquela voz disse e meus pés travaram. — Isso nunca funciona.

Kylo Ren estava parado perto da porta, me observando. Ele não usava mais uma blusa, apenas uma calça preta e uma faixa de mesma cor em volta de parte da sua barriga – reparei que a cicatriz que atravessava seu olho passava pelo seu pescoço e se estendia até o início do seu peito direito. Não me importei com sua falta de roupa, meus olhos encontravam-se focados nos seus, retribuindo seu olhar.

Ele estava mais calmo, com as feições mais serenas. Nem parecia o mesmo de antes, quase parecia o meu Ben Solo.

— Dessa vez, você pensou em mim — disse ele, a voz mais tranquila.

Suspirei.

— Isso está me lembrando quando éramos crianças e não controlávamos essa conexão — olhei para o pingente na empunhadura do sabre de luz em minha mão e senti Ren acompanhar o meu olhar.

— Não éramos mais crianças — respirei fundo, sentindo meu coração se acelerar cada vez mais.

— Não, não éramos — falei em um sussurro, tocando o pingente com a ponta dos dedos. — Não significa mais nada para você?

— Não se você for uma Jedi.

Coloquei o sabre de luz sobre a cama e voltei a fitar seus olhos castanhos.

— Podemos estar em lados opostos, Ben, mas você e eu ainda somos estrelas da mesma constelação.

Os olhos de Kylo Ren ganharam um brilho diferente, um brilho doloroso. Ele andou a passos lentos até mim, nos deixando muito próximos. Ergui a cabeça para encarar seus olhos. Eu podia sentir sua respiração quente beijar o meu rosto.

— Junte-se a mim — sussurrou Ren, baixinho, quase implorando. Os olhos me encarando intensamente. — Venha para o Lado Sombrio. Podemos governar a galáxia. Juntos.

Acho que nunca senti tanta dor com um convite.

Balançando a cabeça em negação, finalmente cedi a um desejo meu. Ergui a mão esquerda e toquei a cicatriz em seu rosto com delicadeza, sentindo a pele dos meus dedos formigar e meus olhos arderem. Kylo ficou um pouco tenso quando o toquei, mas não se afastou.

Vi com perfeição o momento que seus olhos se fecharam com força, as sobrancelhas franzidas, e se abriram, refletindo minha dor e saudade.

Nós nos queríamos.

Desejávamos voltar um para o outro.

Mas...

— Sabe que não posso — sussurrei, a voz carregada de dor. — Não há nada em mim que me atraia para o Lado Sombrio. Eu fui treinada bem, tive um bom mestre.

Kylo Ren respirou fundo, e eu também vi em seu olhar a força que ele estava fazendo para se controlar, só não sabia para o quê.

— Se você não trocar de lado e se juntar a mim, vai morrer — ele murmurou.

Engoli em seco e abaixei a cabeça, uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto e eu sorri de forma lamentável. Minha mão ainda estava em sua bochecha, acariciando-a com calma e amor, como se suas palavras não me machucassem.

Fechei os olhos.

Não queria ver o homem, Kylo Ren, a minha frente, queria apenas sentir Ben Solo – ainda que em uma ilusão minha.

— Bom... então acho que se vivo ou se morro só depende de você, porque não trocarei de lado. Mas quero que saiba que, mesmo se eu morrer, nunca vou deixar de tentar salvar você.

Minha mão despencou no ar, não tocando mais em seu rosto. Eu não precisava erguer a cabeça e abrir os olhos para saber que eu estava completamente sozinha naquela cabana.

Daquela vez, não fui eu a primeira a dar o passo para trás.

Sentindo meu coração pesado, sentei na cama e me permiti chorar.

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