047 ━━ 𝐎 𝐏𝐋𝐀𝐍𝐎 𝐒𝐔𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀
…
No dia seguinte, quando a Hopper já estava mais calma do que havia acontecido um dia antes, o grupo se reuniu na casa de Max Mayfield, que era bem ao lado do trailer do Munson. Na verdade, todos ainda estavam assustados com o acontecimento da noite passada. Porém, Lydia, claramente era a que mais estava abalada. Todos estavam reunidos na sala. A Hopper sentada em uma cadeira, enquanto Erica, Eddie e Steve em um sofá à frente da menina, Robin sentada no chão, e Nancy, Dustin, Max e Lucas em pé perto do sofá observando Lydia. Eles prestavam atenção em cada palavra da morena, e a fitavam quase compartilhando do mesmo sentimento de angústia.
─ Ele me mostrou coisas que não aconteceram ainda. ─ A Hopper falava com um semblante abatido. ─ Umas coisas horríveis. Eu vi uma nuvem escura se espalhando sobre Hawkins. O centro pegando fogo. Soldados mortos. E uma… criatura gigante com… a boca aberta. E ela não estava sozinha. Tinha um monte de monstros. Um exército. ─ Lydia choramingava levemente. ─ E eles estavam vindo para Hawkins. Pras nossas ruas. Nossas casas. Depois… ele me mostrou minha mãe, meu pai, meu meio irmão, a El. ─ A morena começou a chorar enquanto levantava a cabeça para olhar os amigos. ─ Me mostrou vocês. E todos estavam… estavam… ─ A garota limpou as lágrimas enquanto abaixava a cabeça novamente sem conseguir falar o resto.
Steve suspirava com o sofrimento da namorada. ─ Tá bom, mas… ele só quer te assustar, Lyd. É, isso… ─ O Harrington olhou para a namorada. ─ Isso não é real.
Lydia olhou de volta ─ Ainda não. Mas tinha mais uma coisa. Ele me mostrou portais. Quatro portais. Espalhados por Hawkins. E os portais pareciam aquele no trailer do Eddie, mas não paravam de crescer. E não era na Hawkins do Mundo Invertido. Era na nossa Hawkins. Nossa casa.
─ Quatro badaladas. ─ Max falou, e todos a olharam. ─ O relógio do Vecna. São sempre quatro badaladas. ─ Ela olhou para os amigos. ─ Exatamente quatro.
Lydia suspirou. ─ Eu também ouvi.
─ Ele tava contando o plano o tempo todo.
─ Quatro mortes. ─ Lucas continuou as palavras da ruiva. ─ Quatro portais. O fim do mundo.
─ Bom, se for isso… ele só tem que matar mais um. ─ Dustin acrescentou.
─ Ai, minha Nossa Senhora… ─ Eddie arrastou a mão para o rosto.
─ Tenta de novo. Liga de novo. ─ Steve apontava para o telefone.
Max andou até o telefone da casa e discou o número dos Byers, mas, mais uma vez, deu ocupado. A ruiva se virou e olhou os amigos. ─ Nada? ─ Dustin perguntou indignado.
─ Nada. ─ Max respondeu. ─ Chamou algumas vezes e depois deu ocupado.
─ Não ligou errado? Tenta de novo.
Max olhou o Harrington. ─ Não liguei errado.
─ Ah, sei lá, só tô falando.
Dustin suspirou. ─ Steve, ela sabe usar telefone.
O garoto se virou para o amigo. ─ Podia ter errado.
Max colocou o telefone novamente no gancho e se virou. ─ Mesma coisa.
─ Como isso é possível?
Dustin cruzou os braços enquanto olhava o Sinclair. ─ Tô falando, a Joyce trabalha com telemarketing, tá sempre no telefone. O Mike não para de reclamar.
Lydia franziu o cenho. ─ É, mas o telefone já tá ocupado há o quê? Três dias ou mais? Não é a Joyce. Tem alguma coisa errada.
A Wheeler olhou a amiga. ─ Verdade. Não pode ser só coincidência, não tem como. ─ Nancy se levantou e foi até a janela. ─ O que tá acontecendo em Lenora tá conectado a tudo isso. Eu tenho certeza. O Vecna não pode machucar eles. Não se ele morrer. ─ A cacheada virou para os amigos. ─ A gente tem que voltar. Voltar pro Mundo Invertido.
Steve olhou para a morena. ─ Opa, não.
Eddie balançava a cabeça sem parar. ─ Não, não, não.
Steve se levantou e foi até a Wheeler. ─ Vamos pensar direito.
Nancy bufou olhando o Harrington. ─ O que tem pra pensar direito? ─ A Wheeler exclamou andando até o rapaz.
─ A gente mal conseguiu sair.
─ Porque ninguém foi preparado. ─ Ela pontuou.
A Hopper concordou e molhou os lábios. ─ Odeio ter que concordar com ideia maluca, mas a Nancy tem razão. Temos que voltar.
Steve fitou com indignação a namorada que andava até eles. ─ Vocês duas estão loucas? Não vamos!
Lydia suspirou. ─ Se nós planejarmos direito, pode dar certo.
Nancy apontou para a amiga. ─ Vamos levar armas, proteção. A gente atravessa o portal, acha o esconderijo e mata ele.
Steve revirava os olhos. ─ Ou ele mata a gente. ─ O moreno se virou para a namorada. ─ Você só sobreviveu porque ele queria que você sobrevivesse. Ele não tem medo da gente.
Robin se levantou do chão. ─ E ele não precisa. A gente tava errado sobre o Vecna, Henry, Um. Desculpa, do que vamos chamar ele agora? ─ A Buckley olhou os amigos.
─ De Um. ─ Dustin falou.
─ Vecna. ─ Erica protestou.
─ Um. ─ Lucas concordava com o Henderson.
─ Henry. ─ Lydia rebatia olhando a amiga.
A loira suspirou. ─ Tá. A gente descobriu uma coisa sobre o Vecna barra Henry barra Um. Ele é um número que nem a Onze. Só que uma versão doente, perversa, que mata criancinhas. E tem uma pele horrorosa, mas a questão é que ele é muito forte. Vira a gente do avesso estalando os dedos, não é uma luta justa.
─ Eu sei. Mas pra quê lutar justo. ─ Todos olhavam para o Henderson. ─ Realmente ele é que nem a Onze, então temos uma vantagem. Conhecemos seus pontos fracos e fortes.
─ Pontos fracos? ─ A Sinclair havia um semblante confuso.
─ Pra On conseguir viajar, ela entra num estado de transe. Deve ser igual com o Vecna.
─ Isso explica o que ele fazia no sótão. ─ Lucas completou.
─ Exato. Quando ele atacar a próxima vítima, aposto que ele vai tá lá no sótão. Com o corpo físico indefeso.
─ Indefeso? E o exército de morcegos? ─ O Harrington levantava a questão e apontava para seu pescoço com o machucado.
─ Temos que pensar num jeito de ir pra lá e distrair eles de alguma forma. ─ Lydia disse.
Eddie ia se levantando enquanto se apoiava em seus joelhos. ─ E como é que a gente vai fazer isso?
─ Não faço ideia. ─ A Hopper completou.
Eddie se sentava novamente. ─ Ok.
─ Depois que a gente passar deles, eles não têm a menor chance. Vai ser que nem matar o Drácula dormindo dentro do caixão.
Robin olhou para o cacheado. ─ Isso é muito lindo na teoria, mas não existe um padrão pros assassinatos. Ou pelo menos ninguém nunca conseguiu identificar. Ninguém sabe quando ele vai atacar. E nem sabe se ele vai atacar.
─ Sabe sim. ─ Max contestou fazendo o grupo a olhar. ─ Eu ainda sinto ele. Eu tô marcada. Amaldiçoada. Se eu parar com a Kate Bush, trago o foco de volta pra mim.
─ Max. ─ A ruiva olhou para Lucas. ─ Não faz isso. Ele vai matar você. ─ Lydia cruzava os braços.
─ Eu sobrevivi uma vez. Eu sobrevivo de novo. Só tenho que deixar ele distraído até vocês conseguirem entrar no sótão. Aí vocês arrancam a cabeça dele. Enfiam uma estaca no coração, taca sal grosso e queima ou explodem com uma bomba que o Dustin inventar. Sinceramente, não importa como vão mandar esse babaca pra cova, só… ─ A ruiva suspirou e observou os amigos.─ O que quer que seja… que vocês vão fazer… tentem não errar. ─ Os mais velhos se entreolharam tensos.
…
Eddie estendeu uma lista telefônica sobre a mesa enquanto apontava ─ Saca só. Zona de Guerra. ─ Ele olhou para os amigos. ─ Já fui lá uma vez. ─ É enorme. Lá tem tudo que você precisa pra… é, matar coisas, resumindo.
─ Será que o Rambo falseta tem arma suficiente? ─ Lydia se ajeitou enquanto olhava a loira. ─ Isso é uma granada? Como isso é permitido?
─ Bom, sorte a nossa que é. Então, essa loja fica aqui pertinho de Hawkins. Sem pegar ruas principais, deve dar pra evitar a polícia e os caipiras doidos.
A Hopper se ajeitou e suspirou. ─ Se quer evitar caipiras doidos, acho que primeiramente, não deveria ir pra uma loja de armas chamada Zona de Guerra. ─ Erica falou olhando o Munson.
Nancy olhou para a menor. ─ Eu até concordaria, mas a gente precisa de armas. Acho que vale o risco. ─ A Wheeler cruzou os braços.
─ Eu também. ─ Lucas olhou a amiga.
─ Mas será que vale o tempo? Leva o dia todo pedalando ida e volta.
Eddie olhou para o cacheado. ─ Quem foi que falou em pedalar?
Steve fitou o amigo. ─ Você tem um carro e ninguém tá sabendo?
Eddie se levantou. ─ Não é bem um carro, Steve. ─ O menino sorriu. ─ E não é exatamente, meu, mas… vai servir. ─ Lydia levantou a sobrancelha já imaginando o que iriam fazer. O Munson se virou para Max que estava logo atrás do grupo encostada. ─ Ei, ruiva, você tem uma máscara de esqui, uma bandana qualquer coisa assim?
O grupo finalmente saía da casa da Mayfield. Eddie segurava uma caixa de ferramentas, enquanto vestia uma máscara do Michael Myers. Estavam todos agachados logo atrás do Munson que verificava se o local estava vazio. Após alguns segundos ele fez um sinal com a mão e começou a correr em passos curtos, enquanto o grupo o seguia com cautela até um trailer de um casal distraídos que assistiam TV. Eddie abriu a janela da parte de trás e entrou, sendo seguido por Steve.
O Harrington se aproximou da janela e esticou a mão, enquanto ajudava a namorada entrar e em seguida Nancy, Robin e os menores. ─ Venham logo, vem. ─ Steve seguia Eddie até a parte da frente.
Lydia ia atrás do namorado e do amigo. ─ Eu não acredito que a gente tá realmente fazendo isso. ─ A Hopper falou observando Eddie com uma ferramenta na boca enquanto abria um compartimento que havia os fios do carro.
Eddie cortava os fios e Steve olhava confuso. ─ Onde aprendeu a fazer isso?
─ Enquanto os outros pais ensinavam os filhos a pescar e jogar bola, o meu papai me ensinou a fazer ligação direta. Eu jurei pra mim mesmo que não ia acabar do mesmo jeito que ele. ─ Ele falava, mexendo nos fios enquanto olhava brevemente o casal. ─ Mas, olha só, agora sou procurado por homicídio e, em breve, roubo de veículo. Então… ─ O Munson riu e começou a juntar os fios. ─ Tô fazendo jus ao nome dos Munson. ─ Lydia levantava a sobrancelha. História pesada.
Robin se aproximava bem atrás da Hopper enquanto tocava suas costas e olhava para Eddie. ─ Olha, Eddie, eu não sei se eu amo a ideia de você dirigir.
O rapaz fitou a amiga. ─ Não, eu só vou dar a partida. Quem vai levar é o Harrington. ─ Eddie sorriu. ─ Não vai, bonitão? ─ Steve franziu o cenho com a fala.
O carro ligava e uma música alta saiu da rádio do trailer, enquanto o casal de velhos se levantavam resmungando do lado de fora e começavam a bater nas portas e nas janelas do trailer. Enquanto os quatro se entreolhavam, Eddie rapidamente se levantou.
─ Merda! ─ Steve pulou de uma vez para a parte do motorista.
A Hopper ligeiramente apertou o botão para trancar a entrada do trailer. ─ Meu Deus! Que doidera! ─ Lydia pulou para o banco do passageiro e apertou o cinto de forma rápida.
Steve se ajeitou no banco. ─ É só um carro. Todo mundo segura em alguma coisa! ─ O Harrington olhava para trás.
─ Vai, Steve, vai! ─ O Henderson gritava. ─ Vai, vai, vai, vai, vai, vai, porra! ─ Dustin exclamava. ─ Nossa eles parecem putos.
─ Não é todo dia que você perde sua casa e seu carro de uma vez só. ─ Robin respondia.
─ Segura, segura! ─ Steve virava com tudo para a rua atropelando uma lata de lixo enquanto todos gritavam assustados.
─ Meu Deus, que merda. ─ A Hopper já podia sentir seu estômago revirar.
─ Pro outro lado! ─ O Harrington virou com violência novamente.
Já estavam todos a caminho da loja, iriam no tal "Zona de Guerra". Lydia ficava olhando a paisagem que passava rapidamente pela janela, enquanto batucava levemente os dedos em sua perna, ao som de uma música que tocava na rádio. O trailer todo estaria um silêncio completo se não fosse pela música.
─ Como é que tá sendo dirigir?
Steve olhou breve para a Hopper ─ Podia estar pior. Levando em conta que isso é uma casa. ─ Lydia riu e concordou com a cabeça. ─ Então, é… É bobeira, mas eu sempre… Eu sempre sonhei em ter uma daquelas famílias grandonas. ─ A menina observou mais uma vez Steve, mas dessa vez sem tirar os olhos do mesmo. ─ Eu tô falando de um bando cheio de Harringtons. Um cinco ou seis filhos.
Lydia espremeu o cenho. ─ Seis filhos? ─ Ela riu. ─ Coitada de mim, Ste. Pra parir tanto filho assim, eu teria que ser uma verdadeira guerreira.
Ele sorriu minimamente. ─ Você já é uma guerreira. Você concordou de simplesmente invadirmos o covil desse doente. ─ O silêncio reinou por alguns segundos. Steve olhou a namorada brevemente e disse: ─ Imagina, seis pimpolhos. Três meninas, três meninos. E, nas férias, eu imagino todos os Harringtons juntos num trailer parecido com esse, viajando pelo país. ─ O moreno mais uma vez olhou brevemente a Hopper. ─ Nas montanhas rochosas, o Grand Canyon, de repente Yellowstone. Parando numa cidade de praia da Califórnia. Passando uma semana na praia. Aprendendo a surfar, sei lá.
Lydia desviou levemente o olhar para baixo, mas voltou a olhar o garoto. ─ Eu lembro de 84 quando me contou seu sonho. Casar com uma mulher que te ame e ter uma família. ─ Ela sorriu minimamente. ─ Parece legal.
─ É? ─ O rapaz olhou nos olhos da namorada. ─ Se eu te contar que você tá nesse meu sonho, fica mais legal?
─ Claro. Fica perfeito. ─ Lydia assentiu com a cabeça. ─ Tirando a parte dos seis filhos. Isso aí parece mais um pesadelo do que um sonho. Iriamos parecer um casal de coelhos. ─ A Hopper riu da própria fala.
Steve riu de volta e apontou para trás em direção dos menores. ─ Nós temos experiência no assunto. Somos as melhores babás de Hawkins.
A Hopper hesitou. ─ Tá bom, me parece justo. ─ Lydia sorriu. ─ Seis Harringtons, então?
Steve sorriu e olhou ligeiro. ─ Seis Harringtons. ─ Ele completou e voltou a dirigir.
Após mais um tempo na estrada, eles finalmente chegaram na loja. Era uma loja imensa, Lydia até lembra da vez que seu pai comprou a Magnum nessa loja.
O grupo resolveu que Lucas, Eddie e Dustin iriam ficar no trailer por motivos óbvios. Enquanto os outros, Steve, Lydia, Robin, Erica, Nancy e Max, iriam pegar o que precisavam. Eles entraram na loja, e o local estava completamente cheio de pessoas comprando armas.
─ Caramba. Não era para evitarmos a caipirada maluca? ─ A Hopper passou os olhos aos arredores vendo toda aquela gente.
─ Vamos ser rápidos, ok? ─ Nancy olhou brevemente a amiga que concordou com a cabeça.
─ Vamos.
─ Com certeza. ─ A Sinclair falou uníssono com Robin.
Lydia começou a andar pelos setores enquanto procurava coisas que iriam ser possivelmente úteis. Dentre as coisas que a jovem pegou, foi um coldre para a perna, munição para magnum e escopeta. A menina foi de encontro com o namorado e a amiga Buckley que colocavam algumas latas de líquido de butano em um carrinho.
─ Quanto desses levamos? ─ A loira olhou o casal. Lydia se aproximava colocando as coisas no carrinho.
─ Ah, uns cinco ou seis. ─ Steve terminava de por uma camisa que havia encontrado na loja. Em seguida começou a ajudar a amiga a pôr os líquidos.
Lydia fitou o mesmo canto que a Buckley. ─ Vickie.
Steve olhou para a amiga. ─ Vai fazer o que, Robin? Ficar parada de boca aberta?
A loira não parava de olhar a ruiva logo à frente, a mesma sequer piscava. ─ Cala a boca. ─ Quando Robin ia se aproximar para falar com Vickie, um garoto loiro aproximou dando um susto na menina e fazendo Robin parar de andar. Em seguida, trocaram brevemente os olhares, enquanto conversavam. Por fim, iniciaram um beijo. Buckley apenas olhava as ações do casal à frente com um olhar quase como se fosse chorar. Vickie olhou na direção deles junto do garoto de cabelo claro.
─ Tá tudo b… ─ Antes que a Hopper terminasse de falar algo, a loira saiu correndo. O Harrington tentou a segurar, mas mesmo assim deu errado.
─ Robin, Robin. ─ Steve olhava para a amiga correndo, o moreno apenas suspirou e olhou para a namorada.
A Hopper olhou de volta. ─ Ela vai ficar bem, vamos dar um tempo pra ela.
O Harrington concordou. ─ É, espero que sim. ─ O mesmo suspirou. ─ Vem, vamos terminar de pegar as coisas. ─ Lydia balançou a cabeça concordando.
O casal voltou a pegar as coisas que iriam precisar, panos para coquetel molotov e garrafas. Lydia e Steve, agora estavam atrás dos outros amigos que estavam espalhados pela loja. O que mudou isso, foi de repente, Erica aparecendo quase em desespero chamando pelo casal.
─ Temos que sair agora. ─ Erica falou quase em desespero.
─ O que? ─ Steve franziu o cenho sem entender.
─ Ai, meu Deus. ─ Lydia apontou discretamente para um dos amigos de Jason que estavam parados ali. ─ Steve, vai chamar os outros.
─ Puta que pariu. ─ O Harrington saiu andando quase correndo atrás dos outros espalhados, enquanto Lydia ia rapidamente pro caixa da loja com Erica.
Foi tudo uma rapidez. Todos pagaram pelas coisas e se juntarem rapidamente, correram de volta para o trailer às pressas. Steve abria a porta do trailer de forma bruta, enquanto entrava rapidamente com a namorada e os amigos atrás.
─ O que houve? ─ O Sinclair olhou para os que entravam.
─ A gente tem que ir. ─ Steve respondeu indo até a cadeira de motorista, seguido de Lydia que se ajeitou às pressas no estofado ao lado do namorado.
─ Seus amiguinhos estão aqui. ─ Erica respondeu se sentando ao lado do irmão.
─ Merda! ─ Lucas resmungou.
─ Anda, anda, anda!
O Harrington olhou brevemente para o Henderson. ─ Tô indo, segurem aí! ─ Steve saiu com agilidade com o trailer.
Steve dirigia em direção a um campo que ficava bem no meio da floresta. Não iriam achar tão cedo os jovens, então era um ótimo esconderijo. Ao chegarem no local, o trio se sentou bem de uma sombra que haviam colocado no trailer, enquanto faziam os coquetéis molotov. Robin colocava o líquido, enquanto a Hopper ajeitava o pano dentro.
─ Sério, aquilo não faz sentido. ─ Lydia olhava para o namorado, enquanto ia ajeitando as garrafas já prontas em outra superfície.
─ O que não faz sentido? ─ A Buckley indagou derramando o líquido de isqueiro na garrafa.
─ Aquele era Dan Shelter, ele se formou há uns dois anos.
─ E daí?
─ E daí que ele tá na faculdade. ─ Steve rebateu. ─ Ele só vem visitar durante o recesso. O filme do peitinho foi devolvido quando? Na semana passada, né? ─ O garoto entregava a garrafa para a namorada ajeitar com o pano. ─ Pode ser que ela tenha um irmão tarado, e a gente não tá sabendo. O que é possível. Ou ela gosta muito do Judge Reinhold.
─ Steve. ─ A Buckley contestou, fazendo Lydia olhar para a amiga.
─ O quê?
─ Não importa. E eu não sei por que você se importa com tudo isso. Sinceramente, foi a hora perfeita pra puxar o meu tapete, porque, comparando com o fim do mundo, o drama da minha vida amorosa não é nada importante.
─ É. ─ Steve desviou o olhar.
Lydia suspirou. ─ Mas ainda temos esperança. ─ A Hopper sorriu estendendo a garrafa para a amiga.
Robin ajeitou o recipiente no chão. ─ Nem tudo tem final feliz.
A morena suspirou. ─ Infelizmente. Sei bem como é uma decepção amorosa.
Steve pegou mais uma garrafa com o funil. ─ Sabemos muito bem. Acho que nós três.
Robin riu minimamente. ─ Não estou falando de romances frustrados, bocós. ─ Lydia ficou curiosa e fitou a loira que enchia mais uma garrafa. ─ É que eu tô com uma sensação muito ruim de que… talvez a gente não volte dessa vez. ─ A Buckley olhou para o casal.
Steve fitou a amiga com um semblante confuso. ─ Não deveríamos estar fazendo isso?
Robin parou brevemente mas voltou encher a garrafa. ─ Eu acho que todos nós somos malucos, mas… ─ A mesma suspirou olhando para os outros. ─ Se não for nós três, quem vai ser?
Lydia olhou para os amigos treinando e depois de alguns segundos observou o namorado e a amiga. ─ Temos que tentar, né?
Steve concordou e olhou nos olhos da Hopper. ─ É. ─ Ela sorriu minimamente junto da Buckley. Steve levantava a garrafa como se fosse fazer um brinde. ─ Vamos matar o Vecna.
A Hopper pegou uma garrafa junto da amiga. ─ Barra Henry. ─ A morena também levantou a garrafa em forma de brinde.
─ Barra Um. ─ Robin completou, fazendo os três baterem as garrafas como se estivessem dando um brinde de bebidas.
___________________________________________
NOTAS DA AUTORA:
Postando hoje porque amanhã provavelmente estarei ocupada o dia todo... então, até terça-feira com o último capítulo. ♡
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro