
036 ━━ 𝐀 𝐁𝐀𝐓𝐀𝐋𝐇𝐀 𝐃𝐎 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓
Lydia se levantou do balcão que estava sentada e caminhou até seu pai que jogava um walkie-talkie para o Henderson. A Hoppee se aproximou, cruzou seus braços e ficou olhando.
─ Podem guiar a gente. Mas de um lugar seguro. ─ Jim falou enquanto olhava o menor.
Dustin pegou o aparelho e olhou para o delegado. ─ Não é tão simples.
─ O sinal não alcança. ─ A Sinclair completou.
Lydia ficava olhando as interações. ─ Não com isso. ─ Dustin acrescentou. ─ Precisa de uma frequência mais alta pra pegar a torre de rádio dos russos. Pra funcionar, precisa de alguém que já viu as comunicações deles e tenha acesso a uma torre de rádio caseira superpoderosa. ─ Jim ergueu a sobrancelha. ─ De preferência que já esteja montada no ponto mais alto de Hawkins. Ah, peraí. Eu tenho. ─ Dustin apontou para si. O mais velho se ajeitou. ─ Se quiser, a gente guia vocês. Mas precisamos de um tempo. ─ O delegado concordou com a cabeça. ─ E de um carro.
Hopper ergueu a sobrancelha ─ E vocês vão dirigir?
─ Não. Mas, o Steve ou a Lyd podem. ─ O cacheado sorriu.
A Hopper negou. ─ Prefiro que o Steve dirija.
Jim expirou. ─ Tá. Mas, juízo. E cuida deles por mim. Você é a única que confio.
A morena sorriu minimamente. ─ Claro. Eu cuido. ─ Lydia deu um abraço no pai.
O Hopper retribuiu e mexeu nos bolsos pegando as chaves. ─ Aqui.
A morena pegou as chaves. ─ Boa sorte, pai. E por favor, juízo.
─ Eu te amo. ─ O homem deu um beijo final no topo da cabeça da filha.
─ Também te amo. ─ Lydia por fim o soltava e ia até o namorado e a amiga, seguida por Dustin e Erica logo atrás. A Hopper jogou as chaves na direção de Steve e sorriu. ─ Vai dirigir.
O Harrington pegou a chave que caíam em seu colo com as mãos, enquanto olhava a namorada sem entender, mas mesmo assim dando um sorriso contente. O grupo andou até o estacionamento do shopping, enquanto Steve andava na frente de forma exibida e feliz.
O moreno abriu as portas e ao ver o carro ficou mais feliz. ─ Aí, pessoal, olha isso. É isso que eu gosto de ver. ─ Ele caminhava até o carro jogando as chaves pra cima e apontando para o conversível.
Lydia lia a placa. ─ "Toddfather"?
─ Ah, que se dane o Todd! O Steve é o papai agora. ─ A Hopper olhou de canto e franziu o cenho achando engraçado e vergonhoso ao mesmo tempo.
Steve entrou na parte do motorista, enquanto Lydia ia ao lado e Robin, Dustin e Erica atrás. ─ Steve, falou de você mesmo na terceira pessoa? ─ A Buckley se ajeitou atrás.
Lydia tinha um mínimo riso sobre o rosto. ─ Isso foi a coisa mais vergonhosa de hoje, chega. ─ Steve sorria todo alegre enquanto se ajeitava no banco.
A Sinclair se ajeitava atrás. ─ Steve se chamou de papai?
O Harrington suspirou. ─ Ai, pra onde a gente vai?
─ Topo do vento. ─ O Henderson também se ajeitou.
Steve olhou breve para trás. ─ Topo do quê?
─ Dirige. ─ Dustin respondia apressando.
─ Tá bom. Credo! ─ O moreno ligou o carro e saiu. Steve já dirigia por um tempo em uma estrada que cortava caminho por Hawkins, enquanto iam em direção ao Topo do Vento e ficavam aproveitando a brisa do ar e a música na rádio. ─ Onde é que fica esse lugar, moleque? ─ Steve perguntou olhando brevemente para Dustin.
─ Relaxa, tá chegando. ─ O Henderson respondeu.
Lydia olhou para trás. ─ A Suzie deve ser bem especial, né?
A Buckley concordou com a cabeça. ─ Pra ele ter montado essa coisa aqui, no meio do nada, só pra falar com ela? Certeza!
Dustin olhou para as amigas. ─ Ninguém é cientificamente perfeito, mas a Suzie chegou mais perto de perfeição que um ser humano consegue chegar.
Lydia sorriu. ─ Tá mesmo apaixonado, hein.
A Sinclair olhou o Dustin. ─ Acho que essa garota é invenção. ─ Erica olhou para Steve. ─ Você não acha que ela é invenção? ─ Steve olhou hesitante para trás e não falou nada.
─ Por que hesitou, Steve? ─ Dustin indagou.
─ Eu não hesitei. Não hesitei! Eu acho que parece real. É sim. Com certeza parece real. ─ O Harrington respondeu meio tenso.
─ Esquerda. Vire à esquerda.
─ Não tem rua aqui. ─ Steve respondeu.
Lydia olhou para o namorado. ─ Vire à esquerda! ─ Dustin insistiu.
Steve virou o carro com tudo. ─ Se segurem! ─ Ele passava por cima de uma cerca de madeira fazendo-a quebrar e todos presentes no carro gritar.
─ Meu Deus! ─ A Hopper se segurava na porta do carro.
─ Pra onde a gente tá indo?
─ Pra cima! ─ Steve começou a subir a ladeira do local. ─ Ai, caramba! ─ O moreno apertava o acelerador.
─ Não vamos conseguir! ─ A Hopper olhava o namorado.
─ Vai sim. Anda, meu bem. Anda, meu Bem! ─ O Harrington forçava o acelerador. ─ Vai lá! Força! ─ O motor pifava, mas Steve continuava a insistir. ─ Não!
─ Já chega. Aqui tá bom. ─ A Hopper olhava para fora, vendo o pneu formando quase um buraco na lama e em seguida pro namorado. Steve a ignorava e batia no volante do carro enquanto ainda forçava seu pé no acelerador, mas o carro sequer se movia do lugar.
A Buckley olhou o casal na frente. ─ Acho que o Toddfather também tem seus limites. ─ Steve desistia e soltava o volante. Ele desligou o freio de mão do carro e em seguida todos saíram e subiram a pé até o topo do morro. A Hopper segurava a mão do namorado enquanto subiam o pedaço que faltava da colina.
─ Vem. Estamos quase no topo. ─ Steve apressava puxando a menina.
─ Calma. Calma. ─ Lydia falou meio ofegante.
─ Acho que depois de hoje vou querer descansar por um mês. ─ A Buckley falou ofegante também.
─ Vocês parecem duas sedentárias. ─ O Harrington respondeu.
─ Não é todo mundo que é atlético que nem você, Steve. ─ O Cacheado respondeu em seguida.
─ Desculpa aí, maratonista dos 100 km. ─ A Hopper respondeu ironicamente. O rapaz revirou os olhos enquanto tocava seu pé no topo do local, em seguida o grupo se sentou todos sobre a grama ao lado do cérebro.
─ Águia Careca, está na escuta? Águia Careca, repito, aqui são os Cadetes Sorvetes, na escuta? ─ O walkie-talkie continuou em silêncio.
─ Sim, tô na escuta.
Os cinco comemoravam minimamente com sorrisos e se aproximavam mais do aparelho. ─ Codinome? ─ O Henderson questionou.
─ Águia Careca.
─ Por favor, repita. ─ Lydia ficava olhando atenta pro aparelho.
─ Águia Careca. Aqui é Águia Careca. ─ Lydia riu com a reação do homem. Era de fato engraçado aquela situação e seria cômico se não fosse pela situação atual.
─ Entendido. Bom ouvir sua voz, Águia Careca. Qual é o status?
─ Chegamos no alçapão. Eu entro em contato quando precisar. Até lá, silêncio.
─ Entendido, Águia Careca. Cadetes Sorvetes entrando em silêncio de imediato. Câmbio. ─ Steve bateu levemente no ombro do amigo Henderson.
Um tempo já havia passado desde a última comunicação com o homem. Naquele meio tempo os mais velhos ficavam conversando enquanto olhavam para o shopping que iluminava uma parte. Dustin ficou ao lado do aparelho todo momento, mesmo que após um tempo tenha começado a ficar preocupante a demora.
Lydia olhava para o céu que estava com algumas nuvens ─ Será que estão bem? Já faz tempo que ninguém fala nada.
Steve se aproximou e se sentou ao lado da morena. ─ É. Eu também tô começando a ficar preocupado. ─ Ele andava de um lado ao outro.
A Hopper se ajeitou. ─ Eu tô mais preocupada com El.
O Harrington passou o braço por trás da namorada. ─ Não. Não, ei, tá tudo bem. Lembra que eles foram pra casa daquele careca?
Lydia olhou o namorado. ─ É. ─ Ela concordou. ─ Mas… não sei. Tô com mal pressentimento.
Steve puxou o rosto da Hopper. ─ Olha pra mim. Tá tudo bem, okay? ─ A menina concordou com a cabeça enquanto fitava a pupila dilatada do moreno.
A voz de Murray soou do Cerebro. ─ Cadetes Sorvetes, aqui é… a Águia Careca. Tem outra bifurcação.
O casal se levantou e foram até perto do aparelho. ─ Essa é qual? ─ O cacheado indagou olhando Erica.
─ Quarta. ─ A Sinclair respondia.
─ Tá, se me lembro bem, foi logo depois da tese do Meu Pequeno Pônei. ─ Lydia franziu o cenho junto de Robin.
─ Fomos pra esquerda. Então é pra direita. ─ Erica concluiu.
─ Pra direita, Águia Careca. Voando pra direita.
─ Entendido. Voando pra direita.
─ Tese do Meu Pequeno Pônei? Que isso? ─ Robin imdagou confusa fazendo a Hopper olhar os menores com o mesmo semblante e procurando explicações.
─ Não faz ele começar. ─ Erica falou.
─ Começar? Só queriamos saber. ─ Lydia balançou a cabeça ainda confusa.
─ Aí, turma. ─ O Harrington chamou os quatro para olhar.
Lydia olhou o garoto meio afastado e andou até o mesmo. ─ O que foi? ─ A menina vasculhou o horizonte por segundos, até que por fim focou o olhar no mesmo local que o namorado. ─ Que merda é essa? ─ A Hopper se questionou ao ver as luzes do shopping piscarem sem parar. Aquilo provavelmente não era algo bom, o que fez o grupo correr em desespero até o aparelho gigante de Dustin.
─ Família Griswold, aqui são os Cadetes Sorvetes, na escuta? ─ Um silêncio contínuo ficou no walkie-talkie. ─ Família Griswold, repito: aqui são os Cadetes Sorvetes… ─ Um grunhido alto apareceu como resposta no aparelho. Eles se entreolharam assustados. ─ Família Griswold, alguém na escuta? Estão na escuta? ─ Dessa vez foi um rugido. ─ Família Griswold, estão na escuta? Família Griswold, estão na escuta? Família Griswold, repito… aqui são os Cadetes Sorvetes, estão na escuta? Família Griswold…
A respiração de Lydia ficou alta. A menina tomou o rádio da mão do Henderson. ─ Família Griswold, na escuta? Família Griswold, na escuta? ─ A Hopper chamava, aflita com a situação. ─ Família Griswold, na escuta? ─ Mais rugidos e grunhidos apareciam.
O Henderson pegou o rádio e começou a gritar. ─ Estão na escuta?
A Hopper na adrenalina se ajeitou e começou a correr em direção ao carro, Steve ia atrás da namorada. ─ Aonde vocês vão? ─ Erica indagou olhando o casal.
─ Tirar eles do shopping. ─ O Harrington respondeu correndo junto da namorada.
Lydia se virou momentaneamente. ─ Fiquem aqui e cuidem da comunicação. ─ Robin começou a ir atrás do casal. Ao chegarem no carro, Lydia apenas pulou a porta e se ajeitou sobre o banco do passageiro, Steve fazia o mesmo enquanto a Buckley também.
─ Vamo, vamo! ─ Steve apressava e quando todos se ajeitaram, o Harrington pisou no acelerador.
─ Que merda! Esqueci do walkie-talkie.
A Buckley mostrava em mãos para a amiga. ─ Aqui. ─ Ela entregou para Lydia.
─ Graças aos céus. ─ A Hopper sintonizou no canal que estavam usando.
─ O que será que aconteceu? ─ A Buckley questionou.
─ Pelos barulhos, coisa boa não é. ─ Steve olhou brevemente para a amiga.
─ Porcaria! Espero que nada tenha acontecido com a El. É culpa minha, eu devia ter ficado lá.
O Harrington olhou para a namorada. ─ Ou! Isso não é hora de se culpar ou pensar no pior, tá bom? Acalme-se. ─ Steve colocou a mão disponível na mão da namorada.
Steve continuou dirigindo em alta velocidade. Após passar um tempo, eles chegavam no estacionamento, onde os outros estavam dentro do carro da Wheeler com o carro de Billy Hargrove quase para colidir. O moreno sem hesitar se moveu a alta velocidade em direção ao outro carro em movimento, fazendo uma colisão surgir e a rota do Hargrove desviar de onde estava Nancy e seu carro, por fim fazendo o carro de Billy incendiar.
─ Vocês estão bem? ─ Steve olhou para a namorada e a amiga.
Lydia engolia a seco recuperando o fôlego ─ Sinceramente, eu não sei.
A Buckley olhou para Steve. ─ Me pergunta amanhã.
Grunhidos saíam do shopping. O trio se levantou do carro e fixaram com o olhar arregalado e assustados. ─ Aí, que merda! ─ Lydia praguejou vendo a criatura de mais ou menos dez metros sobre o teto do shopping.
O trio engoliu seco. Uma buzina apitou fazendo eles olharem, era Nancy Wheeler os apressando para o carro dela. ─ Entra aí! ─ Os três correram até a parte de trás do carro e entraram com pressa, Steve fechou a porta e olhou para a amiga e a namorada novamente.
─ Anda. Vai, vai, vai! ─ O Sinclair apressou.
─ Anda, vai! Ele tá vindo. ─ Lydia apressou junto de Lucas ao ver a criatura descer do teto do shopping.
Jonathan pisou com força no acelerador do carro e dirigiu para uma das estradas vazias da cidade. Lydia e Robin que estavam na parte de trás, acabaram ficando surpresas com o bicho vindo em alta velocidade atrás do veículo. Logo uma voz feminina soou pelo walkie-talkie que a Hopper segurava, fazendo Steve e Robin olharem para a mão da garota.
─ Dustinzinho, na escuta? ─ O trio olhou para o walkie-talkie confusos.
─ Na escuta, Suzie linda. Tá bem melhor agora, obrigado.
Steve, Lydia e Robin se fitaram surpresos. ─ Suzie. ─ O casal disse em uníssono.
─ Tá bem, escuta. Você sabe a Constante de Planck?
─ Não tem pergunta mais óbvia? ─ A Hopper ergueu a sobrancelha sorrindo enquanto olhava Steve.
─ Enfim, eu sei que começa com 2-6. E depois como é?
─ Calma aí, deixa eu ver se eu entendi uma coisa. Eu não tenho notícias suas há uma semana, e agora você quer uma equação matemática que você deveria saber pra poder salvar o mundo? ─ Lydia ficava impressionada com o quão eles combinavam. Dois nerds.
─ Suzie linda, eu prometo que vou compensar por isso assim que possível.
─ Você pode compensar agora.
─ O quê?
─ Eu quero ouvir agora.
─ Agora não. ─ O Henderson falou em um tom que claramente era nervosismo.
─ Sim, agora, Dustinzinho. ─ Era possível ouvir uma risadinha vindo do trio na parte de trás a cada momento em que o jovem casal no walkie-talkie se chamavam de "Suzie linda" ou "Dustinzinho". Nem parecia que estavam sendo perseguidos por uma criatura gigantesca mortífera.
─ Eu tenho que admitir, nunca mais chamo vocês de bregas depois disso. ─ A Buckley falou rindo minimamente.
─ Suzie linda, isso é urgente. ─ Mais uma vez a risada anasalada saiu.
─ Tá, tá. Você tá salvando o mundo, eu ouvi na primeira vez, mas o Ged também vai salvar Earthsea e está prestes a enfrentar a Sombra. Aqui é Suzie desligando.
─ Não, peraí! Tá bom. Tudo bem. ─ Dustin parou por alguns segundos. ─ Turn around. Look at what you see. In her face. The mirror of your dreams
O Henderson realmente começou a cantar "Never Ending Story". Lydia naquele momento apenas arregalou um pouco os olhos espremendo a boca, segurando um riso, enquanto olhava Steve, que estava boquiaberto e surpreso com a breguice do amigo. E Robin que tinha o cenho franzido com a mesma reação do casal. Isso realmente estava acontecendo? Seria cômico se não fosse trágico pela situação em que estavam.
E Suzie e Dustin começaram a cantar juntos… ─ Make believe i'm everywhere
─ Given in the light.
─ Written on the page is
─ The answer to a never-ending story
─ Reach the stars
─ Fly a fantasy
─ Dream a dream
─ And what you see will be
O trio olhava para frente, vendo os amigos com a mesma reação. O cenho franzido tentando entender a breguice. A Hopper não se continha enquanto soltava alguns risos. Steve olhava o rosto da namorada vermelho de tanto segurar a risada.
E eles continuavam a cantar juntos… ─ Rhymes that keep then secrets will
─ Unfold behind the clouds
─ And there upon a rainbow is
─ The answer to a never-ending story
─ Story…
─ A Constante de Planck é 6,626.070.04.
─ Isso é sério? Ele realmente cantou Never Ending Story? Eu tô em um sonho muito bizarro? ─ Steve indagava incrédulo olhando as garotas.
─ Pelo visto, sim. ─ A Hopper sorriu.
─ Por Deus… ─ O Harrington expressou enquanto balançava a cabeça e a deitava na parte de trás
─ Você salvou o mundo.
─ Saudade de você, Dustinzinho.
─ Eu que to com saudade, Suzie linda. ─ E lá vem os apelidos bregas novamente.
─ A minha saudade é multiplicada por todas as estrelas da galáxia.
─ Não, a minha saudade… ─ A ligação era cortada.
Jonathan continuou dirigindo pela estrada vazia para o mais longe que podiam levar a criatura da cidade. Mas após um tempo, aquele monstro gigante de carne humana começa a se distanciar do carro em movimento.
─ O bicho tá voltando. ─ O Harrington concluiu olhando os jovens na frente. Lydia se virou para os amigos à frente.
Nancy virou apenas o rosto para trás. ─ O quê?
─ O bicho tá voltando. ─ Steve repetia.
─ Ele pode ter ficado cansado. ─ O Sinclair olhava o trio.
Lydia negou com a cabeça. ─ Não acho que seja isso.
─ Se segurem! ─ O Byers mais velho falou dando um drift para se virarem. O trio colidiu um contra os outros enquanto davam alguns gritos.
Jonathan pisava forte no acelerador novamente, dessa vez o Byers começou a dirigir de volta ao shopping. ─ O que será que aconteceu? ─ Will perguntava.
─ Mente colmeia. Coisa boa não é. ─ A Hopper respondia ansiosa.
Eles chegavam no shopping as pressas e desciam do carro. ─ Esperem! ─ Lucas contestou e todos olharam para o mesmo. ─ Vamos pegar aqueles fogos que peguei no mercado.
─ Ótima ideia. ─ Jonathan concordou.
─ Fogos? ─ Steve tinha um semblante confuso.
Jonathan apenas entregou os fogos para todos que estavam ali. ─ Vamos! Vamos logo! ─ O Byers mais velho apressou, fazendo todos entrarem rapidamente no shopping.
Ao adentrarem no shopping, foram imediatamente para a parte superior, onde conseguiram ver aquela criatura quase matando Eleven.
Lucas rapidamente tacou um fogo no monstro. ─ Devora isso, seu monstro nojento! ─ Ele tacava outro fogo de artifício na boca da criatura.
Lydia acendia um fogo de artifício na mão de Steve, em seguida o mesmo jogava sobre o monstro. A Hopper acendia outro. ─ Aí, babaca! Olha aqui! ─ Harrington exclamava enquanto jogava o outro fogo que a namorada havia acendido na boca. E assim continuaram por um tempo, jogando os fogos de artifício na criatura gigantesca. ─ Tá acabando. ─ Steve falou enquanto pegava os últimos fogos.
─ Eu sei. Avisa pro Dustin! ─ Lydia falou entregando o walkie-talkie para o namorado enquanto continuava a jogar os fogos junto da amiga.
─ Dustin, o tempo tá quase acabando! ─ Steve falou sobre o walkie-talkie.
─ RÁPIDO! FECHA AGORA! ─ O Henderson exclamou pelo walkie-talkie. ─ FECHA!
─ São os últimos. ─ A Hopper falou acendendo um dos três fogos de artifícios que faltavam. E daquela vez, cada um segurou um fogo enquanto acendiam. O trio se aproximou da grade e tacou os fogos juntos no monstro. ─ Acabou! ─ Lydia falou olhando o namorado. ─ Que merda estão fazendo que não fecharam o portal?
─ Lyd, olha isso. ─ Steve chamou atenção da namorada fazendo com que a mesma se aproximasse.
Billy Hargrove… O Hargrove se levantou ficando na frente de Eleven. Enquanto o monstro rugiu, tirando um tentáculo de dentro de sua boca, o Hargrove não hesitou em entrar na frente da jovem para a defender. Com seus braços, Billy impediu que o monstro pegasse Eleven. Outros tentáculos saíram da daquele monstro, mordendo a barriga e outras partes do corpo de Billy, fazendo o Hargrove soltar berros de dor. Mais tentáculos nocautearam Billy.
─ Fecha agora! Fecha! ─ Dustin gritava na rádio.
Billy que havia vários tentáculos daquele monstro entranhados em si, deu um berro, e por fim a criatura nocauteou seu coração, o nocauteando de forma brusca, e fazendo a jovem Mayfield dar um berro chamando pelo nome do irmão, enquanto várias lágrimas saiam de seu rosto.
E após isso, o monstro começou cambalear para os lados. O portal havia sido fechado. O portal finalmente havia sido fechado, novamente. Aquela criatura perdeu totalmente o equilíbrio, batendo sobre a grade que havia perto do trio. Steve puxou a namorada para trás, impedindo que a mesma se machucasse, enquanto caiam sobre o chão e um estrondo era feito na parte inferior do shopping.
A criatura finalmente morreu. Eles se levantaram indo até as grades tortas por conta que o bicho havia batido ali, e olharam para baixo. Eleven, Mike e Max estavam bem, mas Billy Hargrove estava à beira da morte.
Lydia, então, não hesitou em descer a escada e se encontrar com a irmã. Ela a abraçou de forma apertada, e na mesma intensidade, Eleven retribuiu. Ambas ofegantes por conta da tensão. A Hopper viu de relance a amiga ruiva passar por ela, com um olhar abatido enquanto andava até Billy no chão e começava a chorar. Lydia então se levantou junto da irmã a ajudando a caminhar, enquanto andava até a Mayfield chorando perto do corpo já sem vida de Billy. Ambas as irmãs abraçaram Max. A Mayfield começou a chorar sobre o colo da Hopper mais velha.
─ Tá tudo bem. Calma. ─ A Hopper abraçava a ruiva que desabava em lágrimas.
─ Já passou. ─ Eleven tentava acalmar juntamente da irmã.
─ Fica calma, estamos aqui, tá bem? ─ A morena passava suas mãos sobre os fios ruivos da Mayfield, enquanto a mesma abraçava a cintura da jovem.
Lydia sabia que naquele momento havia ganhado mais uma irmã mais nova. Em sua mente, havia prometido a si que iria ser a irmã mais velha que Max merecia.
O fogo começou a ficar mais forte. As meninas então saíram daquele local e se encontraram com os outros. O fogo crepitava cada vez mais, fazendo a fumaça subir em um nível que chegava até fora do shopping.
E lá estavam as irmãs Hopper, sentadas juntas sobre o chão de uma ambulância, com apenas uma coberta preta por cima de seus ombros, abraçadas. O lugar se encontrava cheio. Bombeiros, paramédicos, e alguns guardas americanos para todos os cantos.
Foi então que Steve achou as jovens. Ele se aproximou dando um abraço nas duas e as confortando em seus braços. Enquanto na namorada ele repousou sua cabeça tocando os lábios sobre o topo da mesma.
─ Onde será que o papai tá? ─ Eleven indagou após Steve as soltar.
─ Vem. Vamos atrás dele. ─ Lydia se levantou para fora daquela ambulância.
─ Quer que eu vá com vocês? ─ Steve murmurava.
Lydia concordou com a cabeça enquanto olhava o namorado. Os três tiraram a manta preta e foram juntos atrás de Jim. Eles andaram por um tempo, até encontrar Joyce Byers chorando sobre os ombros de Will. Joyce as olhava de volta ainda derramando lágrimas, e naquele momento elas tinham sua resposta, Jim Hopper havia morrido.
Lydia não se aguentou, naquele momento a única coisa que conseguiu foi se virar para o namorado e começar a chorar sem parar. A Hopper mais velha não conseguia acreditar que seu pai havia falecido.
Steve a abraçou de volta de forma apertada enquanto sentia as lágrimas da namorada sobre seu corpo. ─ Shh.. tá tudo bem, meu amor. Eu tô aqui. Eu tô aqui. ─ Steve abria o abraço para Eleven que também o abraçou de volta e começou desabar de choro.
Lydia não conseguia parar de chorar, e apertava o namorado sobre seu abraço junto da irmã. Mas Steve sequer um momento deixou de a apoiar naquela situação difícil.
___________________________________________
N/A:
Foi foda escrever esse final tá? Eu me senti triste como se realmente estivesse lá, slk.
Esse não é o último capítulo de fato da 3⁰ temporada, sábado vai sair o último. :)
Capítulo tá 3,8k palavras, omaga!
☆☆☆☆ não se esqueçam das interações, amores.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro