022 ━━ 𝐀 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐄𝐕𝐄𝐍
Hopper, Jonathan, Joyce e Mike adentraram na casa novamente. Lydia ao perceber, imediatamente se levantou junto de Steve que andava logo atrás da mesma. O grupo foi até a mesa, onde todos acabaram se reunindo novamente.
─ O que houve? ─ Dustin indagou enquanto se aproximava.
Jim se agachava na frente da mesa e começava a escrever em um pedaço de papel.
─ Eu acho que ele tá falando, mas não com palavras. ─ O Hopper falava desenhando alguns traços e pontos em uma folha de papel recortada que havia acabado de pegar.
─ O que é isso? ─ Steve indagou franzindo a testa.
─ Código morse. ─ Todos responderam em uníssono.
─ A-q-u-i. ─ O delegado soletrava enquanto escrevia na folha.
─ Aqui. ─ Todos falavam mais uma vez em uníssono.
─ Will ainda está lá. Tá falando com a gente. ─ Hopper falou olhando para o grupo e largando a caneta. ─ Alguém tem walkie talkie?
─ Deixei o meu na casa do Dustin. ─ Lydia respondia olhando para seu pai.
─ Mas o Will tem um lá no quarto dele. ─ Mike respondia olhando para os Hoppers.
O Byers sem dizer nada, saiu do local que estava e foi até o quarto de Will, pegou o walkie talkie do rapaz.
─ Podemos ouvir pelo meu. ─ O Henderson falava pegando seu walkie talkie.
─ Ótimo. ─ Jim falou se levantando e pegando uma cartelinha com as traduções dos códigos. ─ Eu vou ficar lá transmitindo e vocês vão anotando.
─ Mais uma coisa. Precisamos de algo pra anotar. Um papel, ou sei lá... ─ Lydia falava olhando para os lados procurando por algo.
─ Já sei! ─ Lucas falou se levantando. ─ Tem isso. ─ O Sinclair se aproximou do grupo com um pedaço que parecia um papelão ou cartolina.
─ Vai servir. ─ Jim falou pegando.
─ Eu anoto. ─ Nancy se pronunciou e pegou a cartolina. Jim entregou para a Wheeler o pedaço da cartolina.
─ E algo pra escrever? ─ Lydia perguntou enquanto via Nancy com o papelão.
─ Will tem uma caixa de giz. ─ Joyce saiu e pegou um giz vermelho, em seguida entregou para Nancy.
─ Ótimo. ─ Jim disse indo até a porta. ─ Esperem pelo sinal. Até já.
─ Até já. ─ Dustin e Lydia falaram em uníssono.
O grupo se sentou, e esperaram pelos códigos. Não demorou muito para o delegado começar a transmitir os códigos morses. Dustin anotava a sequência, enquanto Lucas ficava com a cartela de tradução e Nancy escrevia as letras com um giz vermelho no pedaço de cartolina
─ Traço, ponto, traço, ponto. ─ O Henderson falava anotando. Lydia ficava ouvindo e olhando com atenção a cartelinha nas mãos de Lucas.
─ Aqui achei.
─ S. ─ Max disse antes de Lucas. Nancy anotou a letra sobre o papelão e mais sinais começaram a chegar.
─ E. ─ Lucas disse olhando a Wheeler. ─ Mais uma vez a morena anotou.
─ Traço, traço.
─ L. ─ Dessa vez quem disse foi Lydia.
─ A. ─ Lydia começou a bater os pés sobre o chão ficando cada vez mais ansiosa pela resposta.
─ R.
─ Selar... ─ Lydia murmurou a palavra enquanto tentava pensar sobre o resto.
─ P. ─ Lucas continuava.
─ O. ─ Nancy continuava anotando. A cada momento a ansiedade da Hopper ia aumentando.
─ R. T. A. L.
─ Selar portal. ─ Todos leram em uníssono.
─ Selar Portal? ─ Lydia espremeu o cenho tentando entender.
De repente o telefone da casa tocou, fazendo todos se assustarem e olharem para a direção do toque. Eles se levantaram e foram rapidamente até o telefone que tocava incessantemente.
─ Que bosta! ─ Lydia falou correndo até o telefone.
─ Merda. Merda, merda! ─ Dustin puxou o telefone com força e o desligou em seguida.
Mais uma vez o telefone tocou, a Hopper já sem paciência tirou o telefone da parede e o tacou com força sobre o chão. ─ Será que ele ouviu isso?
─ É só um telefone. Pode ser de qualquer lugar, né? ─ Steve questionou enquanto segurava o taco de pregos.
Lydia olhou para Steve e concordou com a cabeça. ─ É. Pode ser de qualquer lugar.
Alguns barulhos puderam ser ouvidos. Eram ruídos vindos de longe. Ao ouvir a Hopper ficou ansiosa e olhou os amigos atentamente. ─ Isso não é bom. ─ Lydia falou enquanto sentia um calor percorrer seu corpo e o coração dar palpitações.
─ Isso não é nada legal. ─ Dustin falou concordando. Lydia soltou um suspirou pesado enquanto mordia sua unha e tentava pensar em algo que pudesse ajudar.
─ Ei, saiam de perto das janelas. ─ Jim falava para os menores enquanto ia para sala segurando duas armas.
Hopper se aproximou do grupo que estava na sala, se aproximou da filha e a entregou a sua magnum. A menina pegou a arma e a segurou com força enquanto esperava alguma coisa acontecer.
─ Você sabe usar isso? ─ Jim perguntou para o Byers enquanto mostrava a escopeta em sua mão.
─ Quê? ─ Jonathan ficou confuso com um risco entre as sobrancelhas.
─ Eu sei. ─ A Wheeler falou com determinação.
O Hopper jogou a escopeta para a morena. Lydia suspirou falho, mais uma vez tentando manter a calma. E junto de seu pai e sua amiga, Nancy, a garota mirou a magnum em suas mãos em direção a porta onde provavelmente poderiam entrar, enquanto Steve segurava seu taco em posição de defesa ao lado, e Lucas seu famoso estilingue.
─ Sabe usar isso daí mesmo, Lyd? ─ Steve murmurou para Lydia.
A Hopper continuou segurando a magnum com precisão em suas mãos, apenas sentindo um pouco de suor por conta da tensão do momento. ─ Sei usar como se fosse um simples secador de cabelo. ─ Lydia falava determinada sem olhar o amigo.
O local de repente ficou em silêncio deixando o clima mais tenso.
─ Cadê eles? ─ A Mayfield perguntou passando os olhos pelo local.
Logo alguns rugidos se aproximaram, os grunhidos ficaram altos sobre o teto, e o grupo todo se assustou e miraram as armas para o outro lado de onde o som vinha. ─ O quê tão fazendo? ─ A Hopper perguntou tensa.
Era possível ver a movimentação no gramado de fora, os rugidos no local também. Alguns golpes eram possíveis de ouvir também, fazendo o grupo cada hora mirar e olhar para um canto diferente. Logo um Demogorgon quebrou a janela e caiu dentro da casa. O demogorgon parecia sem vida.
─ Tá morto. ─ Lydia falou concretizando e se aproximando um pouco ainda com a arma mirada e tocando com seu tênis.
─ Puta merda! ─ Dustin praguejava.
─ Ele tá mesmo morto? ─ Max indagou olhando. A Hopper concordou com a cabeça para Max.
Um ranger da porta da varanda apareceu, e mais uma vez o grupo se direcionou assustados. Em seguida a tranca se abriu sozinha, Jim ficou na frente de todos enquanto o grupo voltava a apontar suas armas. Em seguida a correntinha da porta deslizou sozinha, e por fim, a porta se abriu.
Era Eleven. Eleven adentrou sobre a sala com um visual totalmente diferente um pouco Dark. Um pouco de sangue pingava de sua narina direita. Todos olharam surpresos e boquiabertos. Imediatamente baixaram suas armas. Mike se aproximou da menina. Eleven ao ver Mike, não sustentou seu olhar sério, e logo um sorriso curvado apareceu sobre o rosto da menor.
Lydia tinha seu olhar arregalado com a situação. Nem acreditava que Eleven que estava alí.
Eleven chorava um pouco enquanto via Mike.
─ El! ─ O Wheeler dizia surpreso com a presença da menina.
─ Mike! ─ Eleven respondeu emocionada. Os dois se abraçaram com força e começaram a chorar juntos.
─ Ela é... ─ Dustin e Lucas concordavam juntos para Max.
Mike olhava Eleven emocionado. ─ Eu nunca desisti de você. Eu te liguei toda a noite. Toda a noite por...
─ 353 dias. ─ Eleven completava as palavras do Wheeler. ─ Eu ouvi, Mike.
─ Por que não disse que estava lá? Que estava bem.
─ Porque eu não deixava. ─ Hopper falou se aproximando de Mike e Eleven fazendo ambos o fitarem.
Lydia arqueou suas sobrancelhas. ─ Peraí... então, foi realmente a El que atendeu o telefone aquele dia? Você realmente estava escondendo ela! ─ Eleven e Jim concordaram com a cabeça. Lydia cruzou os braços enquanto se aproximava.
─ Eu não entendo. Por que não me contou?
Jim olhou para a filha. ─ Não podia correr o risco de alguém saber, ou contar pra alguém. Podiam vir atrás da garota. ─ Jim se aproximou mais de El. ─ E o que é isso? Aonde foi?
─ Por onde você esteve? ─ El perguntou rebatendo a pergunta do pai. Jim não disse nada, apenas se aproximou e abraçou El.
─ Você escondeu ela. Você escondeu ela por esse tempo todo! ─ Mike falou irritado enquanto dava um tapa nas costas de Jim.
Jim se virou para o Wheeler e o puxou. ─ Ei! Vamos conversar. Sozinhos. ─ Os dois saíram e foram em direção a um dos quartos.
Lydia se aproximou da menor e a abraçou com força. ─ El! Por que não disse que era você?
Eleven retribuiu o abraço da Hopper. ─ Papai tomou o telefone de mim.
Lydia separou o abraço. ─ Ah. É... papai é assim mesmo. ─ Lydia deu uma risada anasalada.
Eleven se aproximou de Dustin e Lucas e os abraçaram ao mesmo tempo. ─ Sentimos saudades. ─ Lucas disse retribuindo o abraço.
─ Também senti. ─ Eleven respondeu ainda no abraço.
─ Falávamos de você quase todo dia.
Lydia se sentou em uma cadeira e ficou olhando para Eleven conversando com Dustin e Lucas. Eles se soltaram do abraço, Eleven aproximou a mão na boca do menino e tocou.
─ Dentes.
─ O quê?
─ Você tem dentes. ─ Lucas e Dustin riram.
─ Gostou das pérolas? ─ Dustin fez um ronronar estranho.
─ Eleven? ─ Max se aproximou. ─ Oi. Eu sou a Max. Ouvi falar muito de você. ─ A ruiva estendeu sua mão como forma de cumprimento. Mas Eleven apenas ignorou a Mayfield e passou por ela sem dar satisfação.
Steve se aproximou da Hopper e tocou sobre seu ombro. ─ Parece que você não estava errada sobre a Eleven. ─ o Harrington disse para a amiga.
Lydia olhou para Steve, e em seguida apontou para sua própria cabeça. ─ Minha intuição nunca falha. ─ Lydia sorriu enquanto se exibia.
─ Exibidinha. ─ Steve disse enquanto puxava uma cadeira para se sentar ao lado de Lydia. Lydia sorriu para Steve e logo em seguida olhou para Eleven ignorando Max. ─ A Eleven ignorou a Max? ─ Steve perguntou vendo a situação junto da Hopper.
─ É. Acho que sim. ─ Lydia espreme a boca tentando compreender o porquê.
O Harrington olhou para a El andando até a sala onde Will estava. ─ Que estranho.
Lydia concordou com a cabeça. ─ Acho que é normal as pessoas não se darem tão bem de começo, Harrington. ─ Lydia disse remetendo indiretamente ao passado dos dois.
─ Você tem um ponto. ─ Steve respondeu para Hopper enquanto entendia sua indireta.
Lydia espremeu a boca mais uma vez, mas dessa vez em um sorriso. A menina apoiou sua cabeça sobre o cotovelo que estava na mesa. ─ Fico feliz com o quanto você mudou.
─ Você me ajudou na metade das vezes, Lyd. ─ O menino disse olhando nos olhos da amiga.
─ Corrigindo, eu e a Nancy. E não só por isso. Você só andava com as pessoas erradas. Aquele não era seu eu verdadeiro.
Steve continuou fixado nos olhos verdes da morena com um olhar bobô. ─ Eu te amo, Lyd. ─ O rapaz murmurou para a menina com as pupilas dilatadas. Lydia mais uma vez espremeu um sorriso, a garota desviou o olhar e viu que El e Joyce voltavam pra sala. Ambos se levantavam e se aproximavam de El e Joyce.
─ Você abriu o portal antes, não foi? ─ A Byers interrogou apontando para o pedaço de papelão enquanto olhava para El.
─ Sim. ─ Eleven respondeu.
─ Você acha que, se voltar, você consegue fechar? ─ Eleven fez um breve silêncio e em seguida concordou com a cabeça.
...
Hopper bufava. ─ Não é como era antes. Cresceu e muito. Isso considerando que dê pra entrar. O lugar está cheio daqueles cachorros.
─ Demo-cães. ─ O Henderson disse corrigindo e se virando para Jim.
O delegado se virou de volta. ─ Como é que é?
─ Eu disse demo-cães. Como demogorgon e cães. Se você junta os dois, fica bem bacana.
─ E isso é importante agora?
─ Não é. Desculpa. ─ Lydia soltou uma pequena risada baixinha.
─ Eu consigo. ─ Eleven disse determinada. Lydia olhou para a garota mais nova.
─ Você não está ouvindo. ─ Jim respondeu balançando a cabeça.
─ Eu tô ouvindo. Eu consigo.
─ Mesmo que consiga, ainda tem outro problema. Se o cérebro morre, o corpo morre. ─ Mike disse olhando para o grupo.
─ Pensei que essa fosse a ideia. ─ Max disse espremendo o olhar e o cenho.
Mike olhou para Mayfield. ─ É, sim, mas, se nós estivermos certos, bom, se a El fechar o portal e matar o exército de devorador de mentes...
─ O Will faz parte do exército. ─ Lucas completou.
─ O Will morre. ─ Lydia completou entendendo o raciocínio.
O Wheeler concordou com a cabeça enquanto olhava os amigos. O grupo todo voltou a ficar apreensivo. A Byers andou até o quarto onde Will estava e o grupo todo a seguiu. ─ Ele gosta de frio. ─ Joyce falou olhando pra janela aberta.
─ Como? ─ Jim perguntou tentando entender.
─ Era isso que o Will falava pra mim. Ele gosta de frio. ─ Joyce fechou a janela e se virou para o grupo. ─ Só estamos dando a ele o que ele quer.
─ Se for um vírus, e o Will for o hospedeiro, então...
─ A gente tem que deixar o hospedeiro inabitável. ─ Jonathan completou as palavras de Nancy.
─ Então, se ele gosta de frio, queimamos ele pra fora. ─ Joyce falou olhando para Will.
─ Tem que ser num lugar que ele não conheça.
─ É, um lugar bem longe.
─ Eu tenho um lugar. ─ Hopper falou olhando Mike e Dustin.
─ Você tem? ─ Lydia perguntou com um semblante confuso.
─ A cabana que eu escondia a Eleven. ─ Jim se virava para a filha.
─ Acho que vai servir. ─ Mike respondeu olhando para ambos. O Hopper se aproximou da cama e pegou Will em seu colo e o pôs sobre seu ombro. Lydia foi logo atrás do pai enquanto andavam até o carro.
─ Pega o Denfield. ─ O delegado falou enquanto caminhava até o carro de Jonathan ─ Vai ver um carvalho bem grande. Aí, vira à direita. É uma rua sem saída. São cinco minutos de caminhada até lá. ─ Lydia abria a porta de trás para ajudar seu pai.
─ Tá bom. Denfield, carvalho grande, vira à direita. ─ Jonathan repetia enquanto entrava no carro. ─ Aí chegamos. É no canal dez, né?
─ Canal dez. Escuta... Me avisa quando aquela coisa sair dele. ─ Jim disse e depois se afastou.
─ Boa sorte, Jonathan. ─ Lydia falou acenando e indo pra dentro junto de seu pai. ─ Eleven, Mike, Lydia e Jim saíam para fora. Lydia se aproximava de seu pai e o abraçava com força. ─ Toma cuidado. E cuida da El. Beleza? ─ Ela falou apertando seu pai com força.
─ Eu vou. Fique aqui e cuide das crianças com o Steve. Canal dez, se precisarem de algo ou acontecer algo. ─ Hopper falava retribuindo o abraço da filha.
Lydia cessou o abraço e o olhou manejando com a cabeça. ─ Okay. ─ A Hopper se aproximou de Eleven. ─ Tome cuidado. ─ Lydia abraçou Eleven com força. Eleven retribuiu o abraço e concordou com a cabeça. ─ Voltem inteiros, por favor. ─ Eleven e Jim entraram no carro e deram partida. Todos ficaram do lado de fora até o carro sumir de suas vistas, e depois entraram de volta. Ao entrar, Lydia trancou a porta e foi se sentar sobre o sofá enquanto sentia mais uma vez a ansiedade que sempre a perturbava nesses momentos tensos.
___________________________________________
N/A:
Agora vai começar a ficar louco 😰😰
Tô chutando que essa temporada acabe lá pro capítulo 24 ou 25.
☆☆ não se esqueçam das intenções! Me ajuda demais e me motiva mt tb ♡♡
Beijos amores, fiquem bem! 💕
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro