021 ━━ 𝐃𝐄𝐕𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑 𝐃𝐄 𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄𝐒
Mike se levantou indo em direção a uma pilha de objetos, em seguida pegou uma espécie de cubo com alguns elásticos e ficou olhando meio abatido.
─ Sabiam que o Bob fundou o Clube de audiovisual de Hawkins? ─ Mike falou sem olhar para os amigos e focado no objeto em sua mão.
─ Sério? ─ Lucas perguntou olhando o Wheeler de costas.
Mike se virou ainda segurando o objeto. ─ Ele fez o pedido pra escola começar. Depois fez uma arrecadação pro equipamento. O Sr. Clarke aprendeu tudo com ele.
O grupo olhava para o Wheeler. O menino se aproximava da mesa novamente. ─ Bem bacana, né?
─ É. ─ Dustin e Lucas concordavam em uníssono.
Mike colocava o cubo sobre a mesa. ─ Não podemos deixar ele morrer em vão.
─ E o que você quer fazer? ─ Dustin questionou olhando para o Wheeler.
Mike expremeu os lábios desviando o olhar.
─ O delegado tá certo nessa. Não dá pra vencer aqueles demo-cães.
─ "Demo-cães"? ─ A ruiva franziu a testa.
O grupo olhou em direção a ela e o Henderson.
─ Demogorgon, cães. ─ Dustin fazia gestos com as mãos. ─ Demo-cães. É composto.
A ruiva ficava olhando com os olhos espremidos.
─ É uma brincadeira, como... ─ Dustin continuava a explicar.
A ruiva interrompeu. ─ Eu entendi!
O mais novo apenas cessou as palavras. Lydia soltou um pequeno sorriso vendo a situação.
─ Quando era só o Dart, talvez...
─ Mas agora tem um exército deles. ─ Lucas completou a frase do amigo.
─ Exatamente. ─ Dustin concordou com o Sinclair.
─ O exército dele. ─ Mike falou e Lydia e Steve olharam juntos em direção ao Wheeler mais novo.
─ Como assim? ─ Lydia e Steve indagaram em uníssono e em seguida se entreolharam.
─ O exército dele. ─ Mike falou eufórico. ─ Talvez, se vencermos ele, a gente vença o exército junto.
Todos do grupo na sala se olharam tentando entender a situação. Mike se levantou e foi até uma pilha de papéis, onde havia um desenho de um monstro que Will havia feito. O garoto pegou o desenho e entregou para Dustin.
─ O monstro das sombras. ─ Dustin falou olhando para o desenho.
─ Pegou o Will no dia do gramado. ─ O Wheeler falava ainda um pouco eufórico e Lydia ficava de braços cruzados olhando o desenho e a interação.
─ Vocês tinham dito que o médico falou que era um vírus, certo? ─ A Hopper questionou. ─ Então deve conectar eles aos túneis, não deve? ─ Lydia falava olhando para os mais novos enquanto rodava seus olhos pela sala.
Mike aproximou levemente o rosto enquanto respondia a Hopper. ─ Aos túneis, monstros, Mundo Invertido. Tudo.
─ Espera um pouco. Devagar, devagar! ─ Steve exclamou movendo as mãos enquanto tentava entender tudo.
─ Olha só. O monstro das sombras tá dentro de tudo. E, se os cipós sentem alguma dor, o Will também sente.
─ E o Dart também. ─ Lucas falava completando após Mike enquanto olhava o grupo.
─ É! É o que o Sr. Clarke ensinou. Mente colmeia ─ Mike explicava olhando todos do grupo.
A morena balançava a cabeça compreendendo. ─ Faz sentido.
─ Mente colmeia? ─ Steve cruzava os braços e balançava a cabeça confuso, enquanto um risco aparecia entre suas sobrancelhas indicando curiosidade.
Dustin fitou o Harrington. ─ Uma consciência coletiva. É um superorganismo. ─ Dustin explicou.
Mike segurava o desenho. ─ E essa é a coisa que controla tudo. É o cerebro. ─ Mike falava indicando o desenho.
Dustin puxou o desenho e olhou para o mesmo. ─ O devorador de mentes. ─ O mesmo arregalou um pouco os olhos enquanto encarava o desenho.
Mike olhou para Dustin e Lucas estralou os dedos apontando. Steve, Lydia e Max franziam a testa e balançavam a cabeça sem entender.
─ O quê? ─ Steve questionou.
─ Como é que é? ─ Max fez o mesmo tentando entender.
─ O que é devorador de mentes? ─ A Hopper indagou tentando entender e curiosa com a palavra.
Os três falaram em uníssono.
…
Todos se reuniram na sala. Dustin abriu o livro na página que havia o devorador de mentes e apontou. Lydia ficava ao lado de Dustin, com os braços apoiados e o corpo levemente empinado enquanto olhava curiosa em direção ao livro.
─ O devorador de mentes. ─ Dustin falou passando os olhos pelo grupo reunido.
─ E que merda é essa? ─ Hopper olhava de fundo para o livro enrugando a testa.
─ É um monstro de uma dimensão desconhecida. Tão antigo que nem conhece seu verdadeiro lar. ─ Dustin respondia com rapidez. ─ Ele escraviza raças de outras dimensões dominando os cérebros delas com seus poderes psiônicos avançado. Lydia levantou a sobrancelha com tanta informação e se ajeitou.
─ Ah, por favor, isso não é real. É um jogo de criança. ─ Jim respondia exasperando.
Dustin olhou para o livro. ─ Não é, é um manual. E não é jogo de criança. A menos que saiba de algo que não sabemos, essa é a melhor metáfora. ─ O Henderson falava apontando pro livro e olhando o Hopper.
─ Analogia. ─ O Sinclair contestou.
─ Analogia? Essa é a sua preocupação agora? ─ O cacheado levantou a voz. ─ Tá! Analogia pra enteder a merda que tá acontecendo.
─ Opa, pera aí. O destruidor de mentes... ─ Nancy falou mas foi interrompida por Dustin
─ Devorador de mentes. ─ Dustin corrigiu.
Nancy olhou para o menor. ─ O que ele quer?
─ Conquistar a gente, resumindo. Ele acha que e raça superior.
Lydia mordeu brevemente a língua enquanto olhava a situação.
─ Ah, tipo os alemães? ─ Steve questionou. O grupo todo franziu as sobrancelhas para ele.
─ Os nazistas? ─ Dustin perguntou enquanto o Harrington passava os olhos pelo grupo um pouco sem jeito.
─ É, é, os nazistas.
─ Se os nazistas fossem de outra dimensão, é, com certeza.
A Hopper apertava os dedos contra o rosto enquanto ouvia toda a situação.
─ Ele vê outras raças, como a nossa, como inferiores a dele. ─ Dustin continuava a explicar.
─ Ele quer se espalhar e dominar outras dimensões. ─ Mike continuava a explicação do Henderson.
─ Estamos falando da destruição do mundo que nós conhecemos. ─ Lucas dizia mexendo as mãos.
─ Que legal! Legal, muito legal. ─ Steve se virava um pouco em pânico e colocando as mãos no rosto e em seguida passando pelo cabelo. ─ Que merda... ─ O mesmo sussurrou.
─ Tá bom. Então essa coisa é tipo um cérebro que tá controlando tudo. ─ Nancy pegava o livro. ─ Se nos matarmos ele...
─ Nós matamos tudo que ele controla. ─ O Wheeler menor continou as palavras da irmã.
─ Ganhamos.
─ Teoricamente. ─ Lucas completou, e Lydia concordou com a cabeça enquanto acompanhava o raciocínio do grupo.
Hopper mais velho se aproximou de Nancy e tomou o livro das mãos da mesma. ─ Ótimo. E como se mata essa coisa? Jogamos bola de fogo?
─ Não, não. Sem bola de fogo. ─ Dustin respondeu rindo ironicamente. ─ Invoca um exército de zumbis, porque... ─ A voz do menor começou a falhar. ─ Porque zumbis, sabe, eles não têm cérebro. E o devorador de mentes gosta de cérebro. É só um jogo.
─ Ah... o que é que é isso? ─ O Hopper tacou o livro na mesa indignado.
─ Pensei que estivéssemos esperando o seu reforço militar. ─ Dustin levantou a voz com a mesma indignação.
─ E estamos! ─ O delegado aumentou a voz mais uma vez.
─ Mesmo que venham, como vão detê-lo? Não dá pra atirar nele com armas. ─ Mike falava aumentando a voz também.
─ Você não sabe disso! A gente não sabe de nada! ─ Jim respondeu.
─ A gente sabe que ele matou todo mundo no laboratório.
─ E que eles vão passar pela... ─ Lydia havia esquecido da palavra. ─ Ecsise. ─ Mais uma vez a menina disse errado.
─ Ecdise. ─ Dustin a corrigiu mais uma vez. Lydia apontou o dedo para o menor concordando com sua correção. Jim olhava para o grupo.
─ E a gente sabe que é só questão de tempo até os túneis chegarem na cidade. ─ O Henderson respondeu
─ Eles têm razão. ─ Joyce falou se aproximando e o grupo se virou para a Byers mais velha. ─ Temos que matar ele. Eu quero matar ele.
Jim se aproximou de Joyce. ─ Eu também quero. Eu tambem. Joyce, escuta, como vamos fazer isso? Não sabemos com o que estamos lidando.
─ Não, mas ele sabe. ─ Mike falava olhando para Will dormindo sobre o sofá da casa e se aproximando. ─ Se alguém sabe como destruir essa coisa, é o Will. Tá conectado a ele. Ele conhece a fraqueza dele.
Lydia se aproximou da sala enquanto observava Will dormente.
─ Pensei que não desse pra confiar nele. ─ Max falava. ─ Ele não é um espião do devorador de mentes?
─ É, mas, não dá pra espionar se não souber onde tá. ─ Mike respondeu ainda olhando para Will.
Lydia mais uma vez concordou com a cabeça.
─ Então o que pretendem fazer? ─ Joyce indagou se aproximando mais.
─ O casebre lá de fora, deve servir. Vamos encobertar o local, impedir que saiba que está em casa. ─ Mike olhou brevemente para Joyce.
Lydia mais uma vez concordou com a cabeça. ─ Então temos um plano.
─ Sim. Temos. ─ Mike concordou.
Lydia se virou em direção ao pai, enquanto puxava Mike e logo foi para fora com os dois ao seu encalço, indo em direção ao casebre que havia no quintal da casa. Hopper abriu a porta, acendeu a luz e olhou para dentro.
─ É, isso serve. ─ Hopper fechou a porta em seguida.
─ Ótimo. ─ Lydia se afastou e entrou dentro da casa.
Lydia ajudava seu pai a tacar algumas das coisas que havia no casebre para o lado de fora.
─ Acho que é o último. ─ Lydia falou tirando mais algumas coisas e tacando no monte.
Hopper ajudava sua filha. ─ Sobre aquele dia, eu prometo te contar o que tá acontecendo.
Lydia olhou para o rosto de Hopper e brevemente tentou se lembrar. ─ Tudo bem. ─ Lydia sorriu.
Hopper se aproximou dando um abraço. ─ Que bom que está bem, querida.
Lydia abraçou o mesmo de volta. ─ Que bom que não se meteu em encrencas. ─ A garota falou ironicamente.
Jim riu e Lydia também. Logo Steve apareceu com o tecido. Lydia se afastou e olhou para o rosto do pai.
─ Vou ajudar lá. ─ Lydia apontou.
─ Okay. ─ Hopper concordou.
Lydia adentrou no casebre, pegou o tecido preto e começou a rasgar, enquanto Steve grampeava os outros pedaços de tecido sobre o teto. Steve descia o banquinho de jeito desengonçado enquanto segurava a outra ponta do tecido.
─ Ei. ─ Lydia falou chamando atenção.
O Harrigton olhou para o rosto da menor.
─ Tô adorando ser babá com você. ─ Lydia sorriu brevemente enquanto o olhava de volta. ─ E sobre aquela hora no ônibus, foi bem legal da sua parte nos proteger.
Steve a olhava sobre os olhos esverdeados da Hopper de volta e dava um sorriso.
Steve desviou o olhar ─ É. Também tô adorando ser babá dos pestinhas. Os merdinhas só fazem besteira, né? ─ Steve subia de volta no banquinho enquanto segurava o pano.
Lydia soltava uma risada anasalada enquanto olhava Steve. ─ É. Com certeza.
Steve ria também brevemente enquanto grampeava de volta o pano. ─ Vamos arranjar muito emprego sendo as melhores babás de Hawkins.
Lydia sorriu e continuou a rasgar o pano e ajeitar o resto. ─ Com certeza vamos.
Steve olhou brevemente sorrindo para Lyd.
─ Mas, sério, muito obrigada por aquilo. ─ A Hopper subiu sobre outro banquinbo e começou a grampear o pano.
─ Não há de quê, Lyd. ─ Steve olhou brevemente a Hopper menor.
Lydia sorriu e voltou a grampear.
...
Após um tempo, o grupo se juntou sobre o casebre e todos juntos começaram a cobrir o local. Lydia, ao lado de Nancy, ajudava a Wheeler grampeando alguns pedaços de papelão enquanto os outros colavam papel e mais panos. Após um tempo, quando o grupo acabou, todos ficaram juntos e olharam para o casebre.
─ Está ótimo. ─ Hopper pronunciou enquanto passava os olhos por todo o casebre.
─ Ótimo. ─ Lydia concordou passando o olhar pelo o local também.
─ Vamos trazer o pequeno. ─ Hopper falou se virando e indo em direção a casa.
Lydia e o grupo concordaram. Todos entraram dentro da casa e Hopper pegou Will e o colocou sobre seu ombro.
─ Esperem aqui dentro. É melhor. ─ Hopper falou olhando o grupo antes de sair.
Todos concordaram mais uma vez. E apenas, Jonathan, Joyce e Hopper saíram da casa.
Lydia estava sentada sobre o sofa da salá , enquanto tamborilava seus dedos sobre uma mesinha de canto que era de madeira. Steve em sua frente parecia treinar alguns golpes com o taco de pregos e a garota assistia em silêncio enquanto ficava tamborilando com ansiedade.
─ Você ainda vai acabar quebrando algo. ─ Lydia falava com o olhar em Steve.
Steve enquanto treinava com o taco, olhou para a Hopper. ─ Você é bem positiva, senhorita Hopper.
Lydia riu com o nariz ─ Não sou eu quem vou levar a bronca. Só estou avisando pra ter cuidado. ─ A menina continou observando o rapaz brincando com o taco.
Steve parou de brincar com o taco e olhou para a Hopper.
─ Tá bom, chatinha. Você venceu. ─ Steve olhava a morena enquanto sentava ao lado dela.
Lydia riu anasalada mais uma vez. ─ Estão demorando. ─ A menina cruzou os braços apreensiva e mudando de assunto.
O Harrigton se ajeitou sobre o sofá.
─ Tem razão. ─ Steve olhava para os outros. ─ Todos estão apreensivos com a situação.
Lydia olhava para o local e via que todos estavam na mesma situação, apreensivos.
─ Será que isso vai dar certo? ─ Lydia falou tímida.
─ Ei. Você é meio negativa as vezes. Relaxa, baixinha. Vai dar certo. É seu pai que tá ajudando na situação.
Lydia olhou para Steve e deu um sorriso ao Steve citar o pai da Hopper, e em seguida ficou em silêncio.
Lydia concordou com a cabeça. ─ É. Tem razão. ─ Lydia molhou os lábios e virou a cabeça.
Steve retribuiu com um sorriso e tombou a cabeça no apoio do sofá. Enquanto ambos voltavam a esperar por algo ansioso.
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N/A:
Gente o que voces estão achando? Acham que os capítulos estão muito grandes? Estou fazendo de 2,2 palavras á 2,5. Mas se quiserem posso diminuir um pouco pra 1,8. Deem suas opiniões nos comentários.
☆☆☆ E não esqueçam das interações. Votinhos e comentários.
Amo ocês! ♡♡ obrigada por tudo!
Até o próximo capítulo, e beijinhos! 💕
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