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014 ━━ 𝐁𝐈𝐋𝐋𝐘 𝐇𝐀𝐑𝐆𝐑𝐎𝐕𝐄

OUTUBRO DE 1984

Lydia dirigia seu carro em direção a escola, enquanto na rádio tocava "How Soon is now" do The Smiths, Lydia cantarolava um pouco enquanto dirigia e prestava atenção no caminho. Lydia ao chegar na escola, estacionou seu carro no estacionamento que havia, e quando ia descendo do carro, um barulho alto de motor e pneus derrapando foi ouvido pela mesma e pelo os que estavam no estacionamento. Lydia olhou em direção e viu um carro preto entrando no estacionamento. Dentro do carro haviam duas pessoas, uma garotinha ruiva e um garoto de cabelo loiro. No carro tocava uma música alta, "Rock you like a hurricane" do Scorpions. Lydia ficou parada entre a porta e a entrada do carro observando o carro, era de chamar atenção, todos do estacionamento olhavam. O garoto estacionou o carro bem ao lado de Lydia e em seguida a garotinha ruiva saiu com um skate e foi em direção a parte do Middle School. O garoto fumava um cigarro e em seguida jogava fora, ele fechou a porta e olhou em direção a Lydia dando uma breve piscada para a mesma.

─ Da hora seu impala. ─ O menino loiro disse e saiu em seguida.

Lydia apenas observou em silêncio um pouco sem reação e parada enquanto o rapaz saía e andava em direção para a escola.

Em seguida a menina começou a caminhar em direção á escola. Lydia andava sozinha pelo corredor, a mesma pegou seus livros e logo em seguida foi para a sala de aula. Se juntou com seus outros amigos, Nancy e Jonathan, que estavam na mesma sala. Aquele menino loiro, que Lydia havia encontrado mais cedo, também estava na sala e o rapaz sentava bem atrás da garota.

...

Ao final da aula, quando o sinal tocou todos se levantavam das suas mesas e iam saindo. Lydia ao sair, se deparou com a sua colega, Tina, entregando alguns panfletos de uma festa halloween.

─ Oi, Lydia. ─ A menina disse entregando um panfleto para a Hopper.

─ Oi! Obrigada. ─ Lydia respondeu pegando o panfleto.

Ao ver que Tina, ignorou Jonathan, a menina voltou brevemente e pediu mais um.

─ Pode me dar mais um? ─ Lydia perguntou olhando Tina.

─ Claro. ─ Tina respondeu entregando mais um panfleto para Lydia.

Lydia pegou o panfleto e entregou diretamente para Jonathan.

─ Você vai também. ─ Lydia disse olhando o amigo.

Jonathan pegou o panfleto. ─ "Venha pra baixo dos lençois." Eu não vou. ─ Jonathan disse enquanto guardava o panfleto em sua bolsa.

Lydia olhou para o amigo enquanto colocava o panfleto dentro de um dos seus livros. ─ Não posso deixá-lo sozinho no Halloween. Isso é inaceitável. ─ Lydia disse olhando para o Byers em seguida.

O Byers olhou de volta para a amiga. ─ Olha, fica tranquila. Eu não vou ficar sozinha.

─ Não?

─ Vou pedir doces com o Will.

─ A noite toda?

─ É.

Lydia deu uma breve risada olhando o mesmo. ─ Não, nem vem. Você vai estar em casa as 20h, ouvindo Talking Heads ou lendo Vonnegut ou sei lá. ─ Lydia falava enquanto desviava o olhar.

O garoto deu de ombros. ─ Me parece uma boa noite.

─ Ah qual é, Jonathan, só vai... Quem sabe até ache sua alma gêmea, hem? ─ Lydia falou brincando com o amigo enquanto se aproximava de seu armário.

O mesmo suspirou e olhou para a amiga. ─ Tudo bem. Eu vou pensar sobre o caso.

Lydia deu um sorriso animada, e se virou para seu armário abrindo o mesmo e guardando suas coisas.

─ Até mais tarde, Lyd. ─ Jonathan disse se despedindo.

Lydia olhou para trás olhando para o amigo e acenando. ─ Até mais.

A menina virou de volta para seu armário e continou arrumando e guardando seus livros. Logo, Nancy se aproximou da amiga e abriu seu armário, que era ao lado do armário da Hopper. Lydia fechou seu armário e ficou olhando para a amiga.

─ Oi, Nancy. ─ Lydia falou olhando para a mesma.

─ Oi, Lyd. ─ Nancy respondeu olhando a Hopper brevemente enquanto voltava a atenção para seu armário.

Logo um menino alto, moreno e com óculos, usando um casaco azul engraçado, apareceu e agarrou a Wheeler por trás. Nancy deu um susto e um pequeno grito seguido de algumas risadas, Nancy se virou para trás e viu Steve Harrington, que gargalhava com a reação da Wheeler.

─ Meu Deus! Tira essa coisa ridícula. ─ Nancy falou olhando para Steve.

─ Senti saudades. ─ Steve falava olhando a Wheeler, tirando seus oculos enquanto segurava a cintura da mesma.

─ Mas passou só uma hora. ─ Nancy disse olhando para os olhos do Harrigton.

─ Nem me fala. ─ Steve disse se aproximando da Wheeler e iniciando um beijo.

Lydia olhou a situação um pouco desconfortável. Um peso de repente apareceu sobre as costas da menina e um frio na barriga também. A menina expremeu a boca e se virou, e sem dizer nada a menina saiu e foi em direção ao pátio, durante aqueles 10 minutos livres após uma aula. A menina ficou sentada em um banco com um caderno na mão, era seu diário. A garota colocava uma música em seu walkman e continuava a escrever sobre seus sentimentos. A garota não queria perceber e se recusava, mas a mesma sabia que um sentimento pelo Steve florecia dentro da mesma. A menina se levantou após o tempo passar e foi em direção as salas, sem querer esbarrou com o garoto loiro do estacionamento.

─ Ah.. me desculpe. ─ Lydia falou um pouco sem jeito enquanto olhava para o rapaz loiro. ─ Você é o Hargrove, né?

O menino olhou para a Hopper de volta ─ Pra você pode ser só Billy. ─ O garoto disse com um pequeno sorriso sedutor enquanto a olhava.

A menina olhou para Billy desconfortável. ─ Tudo bem, Billy. ─ A menina pegou seu caderno que havia caído. ─ Tenho que ir agora. Até mais. ─ A menina disse indo em direção á entrada da escola e nem deixando o loiro se despedir.

Esse menino me dá medo. ─ Lydia pensou enquanto andaava sem olhar para trás.

...

Lydia voltou para a aula quando deu o sinal, e depois quando tocou o toque do almoço, a garota pegou seu livro, seu walkman e uma maçã para comer. A garota se sentou na parte de fora e ficou ouvindo California Dreamin, enquanto ficava lendo com o livro apoiado sobre as pernas e comendo uma maçã. Como Lyd estava distraída a Hopper nem percebeu Steve se aproximar e chamar pela mesma.

─ Lyd. Lyd! ─ O garoto estalou os dedos e deu duas palmas na frente da mesma.

A menina tirou seu walkman e olhou para o amigo. ─ O que foi, Steve?

─ Por que não sentou lá com a gente? ─ Steve perguntou enquanto olhava para a menina.

Lydia levantava um pouco a cabeça para o olhar. ─ Por que vim estudar. ─ Lydia dava uma última mordida na maçã e a jogava fora.

Steve se aproximou da amiga e se sentou ao lado da mesma. ─ Aí, meu Deus, você é tão nerd as vezes. ─ Steve disse enquanto olhava para o livro apoiado nas pernas da amiga.

A menina virou levemente a cabeça e o fuzilou com o olhar. ─ Não é nerd. As provas tão logo aí.

Steve se aproximou pegando o livro da garota e fechando. ─ Chega de estudar, nerd. ─ Steve disse brincando com a menina. ─ Você nem me deu "Oi" hoje maia cedo.

Lydia expremeu a boca e ficou em silêncio. ─ Não é como se meu "Oi" fosse tão importante assim, Harrington.

Steve olhou para Lydia. ─ Considerando que você é minha amiga, então é, eu acho que é sim.

Lydia balançou a cabeça e desviou o olhar achando fofo aquilo, mas não demonstrou. ─ Oi, então, Harrington.

─ Melhorou. ─ Steve disse rindo brevemente em seguida. O garoto apontou pro fone e olhou a amiga. ─ Tava ouvindo o quê?

Lydia olhou pro Walkman e pegou em suas mãos. ─ California Dreamin. Conhece?

─ Música que minha mãe ouvia quando eu era criança. ─ Steve disse zoando um pouco com a menina.

Lydia deu uma risada anasalada. ─ É. Essa música era bem conhecida nos anos 60 e 70, Harrington.

Steve ficou olhando para o rosto de Lyd em silêncio e sem o que dizer. A Hopper olhava de volta pro rosto do rapaz, enquanto suas bochechas coravam um pouco com a situação. O sinal do fim do almoçou tocou, fazendo que ambos se levantassem da onde estavam.

─ Até mais tarde, Steve. Tenho aula de história, agora. ─ Lydia deu um pequeno sorriso.

─ Até depois, baixinha. ─ Steve disse se despedindo da amiga também.

A menina sorriu de novo, mas logo desfez o sorriso. A mesma andou de volta para a sala de aula.

...

Ao sair da escola, a menina dirigiu até a delegacia. Estacionou seu carro por perto e foi até dentro do estabelecimento. Ao adentrar a garota se aproximou do balcão e olhou em direção á Flo.

─ Oi, Flo. Meu pai tá aí? ─ Lydia perguntou olhando a mulher.

Flo olhou de volta para a Hopper. ─ Oi, querida. Seu pai acabou de sair. Você quer esperar aí? Ele já deve estar voltando.

─ Tudo bem. Eu espero. ─ Lydia saiu de perto do balcão e se sentou no estofado que havia alí. Ficou distraída assistindo o progama que passava na televisão.

Após uns minutos, o pai de Lydia chegou. Lydia se levantou e foi até o mesmo, a garota envolveu o pai em um breve abraço que foi retribuído pelo mesmo, e em seguida olhou para seu pai.

─ Oi, pai. ─ A menina disse meio alegre.

─ Oi, querida. Saiu cedo da escola hoje? ─ Hopper falou olhando de volta para a menina.

─ Sai pra vir te ver. ─ Lydia disse com um breve sorriso. ─ Ô, pai. Você tá meio sumido.

O Hopper olhava de volta para Lydia. ─ Ultimamente tem tido muito trabalho. Sabe como é, né? Época de Halloween, e vizinhos brigando por causa das abóboras.

Lydia franziu o cenho estranhando um pouco. ─ Entendi. ─ A menina expremeu seus olhos. ─ Não tá escondendo nada de mim, né?

─ O que eu poderia esconder?

Lydia continuou olhando de volta pra seu pai com um olhar de quem suspeitava algo. ─ Tá. Tudo bem, eu acredito em você.

─ Melhor você ir indo pra casa da sua avó. Sabe que ela não gosta que você chegue tarde.

─ É. Você tem razão. Mas antes, eu posso ir na festa de Halloween da Tina?

─ Se não chegar muito tarde, pode.

Lydia se aproximou dando mais um abraço em seu pai e sorrindo. ─ Obrigada, pai. ─ A menina deu um beijo na bochecha de seu pai.

Hopper bagunçou os cabelos da mais nova e a olhou. ─ Juízo.

A menina com um sorriso ainda no rosto concordou com a cabeça. ─ Agora vou pra casa.

─ Até mais, filha.

Lydia acenou com as mãos e em seguida foi para seu carro. Ligou e dirigiu para a casa de sua avó. Como de costume, Lydia chegou em casa, comeu alguma coisa que sua avó tinha feito e foi para o quarto estudar ou escrever em seu diário, ouvir músicas ou as vezes descia para ver TV. Enquanto Lydia escrevia sobre um diário e ouvia músicas, a Hopper ouviu algumas pedrinhas batendo na janela. A garota estranhou e olhou em direção a janela. Ao se aproximar viu Steve Harrington tacando pedrinhas. A garota abriu a janela e olhou para o rapaz que acenava para Lydia.

─ Não era mais fácil tocar a campainha da porta? Acho que entrar dessa forma não é nada prático. ─ A menina ficou olhando Steve.

Steve escalou até a janela da menina, usando de apoio a entrada de fora do porão. ─ Sua avó deixaria eu entrar?

Lydia se afastou um pouco para que o menino entrasse. ─ Acho que sim? Porque ela não deixaria?

Steve após entrar ficou olhando para Lydia. ─ Porque avós são assim. Conservadores, entende?

Lydia concordou com a cabeça enquanto ria um pouco. ─ Aham...

Steve começou olhar o quarto da menina enquanto se aproximava de uma estante cheio de bichinhos de pelúcia, e pegando um gatinho de pelúcia. ─ Caramba. Nunca imaginei que Lydia Hopper, filha do delegado tivesse um quarto assim.

─ Me esteriotipando, Harrington? ─ Lydia se aproximou pegando seu bichinho.

Steve olhou para a Hopper enquanto a mesma se aproximava ─ Não, que isso, baixinha.

A Hopper colocou o bichinho sobre a estante e se sentou sobre a cama. ─ Você vai pra a festa de Halloween da Tina?

Steve se aproximou e se sentou ao lado da Hopper enquanto a olhava. ─ Eu e a Nancy.

─ Legal. Você vai de que?

─ Eu e a Nancy vamos combinando. ─ O Harrigton respondeu desviando brevemente o olhar.

Lydia soltou uma risada anasalada enquanto olhava para cima. ─ Esses casais de 84...

Steve olhou em silêncio para a menina. ─ Isso é ruim?

Lydia olhou de volta pro menino. ─ O quê? Claro que não. Quem me dera ter um namorado pra ir combinando, sabe? ─ Lydia deu um sorrisinho.

─ Tem o Jonathan. Ele parece gostar de você.

Lydia franziu o cenho e expremeu os olhos ficando levemente corada. ─ O Jonathan? Não.. somos só amigos, sabe?

Steve expirou olhando a Hopper e concordando com a cabeça. ─ Sei.. então você vai de quê?

Lydia desviou o olhar pensativa. ─ Acho que de demoninha. É uma boa fantasia, não acha?

─ Demoninha? Você tá mais pra anjinha.

Lydia olhou para Steve discordando com a cabeça. ─ Não, não e não.

─ Ah, claro que tá. Olha pra esse quarto. Rosa e branco com papel de parede de florzinha e bichinho de pelúcia. Que demônio teria um quarto desses? ─ Steve disse apontando pra estante e para as paredes.

Lydia tombou a cabeça olhando para o Harrigton. ─ Mas a gente tá na casa da minha avó. Que casa de avó não teria um quarto desses.

─ Você é quase uma Nancy 2.0. Tá explicado porque vocês são tão amigas.

Lydia revirou os olhos e discordou com a cabeça. ─ Eu e a Nancy somos bem diferentes. Principalmente em questão de personalidade.

─ Óbvio, né? Você é a água e ela o H2O. ─ Steve respondia de jeito irônico enquanto olhava a Hopper.

─ Vou fingir que não ouvi isso. ─ Lydia olhava para o amigo.

Steve olhava de volta para a Lydia. Ambos desviaram o olhar e ficaram em silêncio por quase 1 minuto, até que a avó de Lydia bateu na porta do quarto da mesma a chamando pra jantar.

  ─ Querida, venha jantar. ─ A avó de Lydia falava por trás da porta.

  ─ Já vou! ─ Lydia disse com um tom de voz um pouco mais alto. Em seguida a jovem olhou para o amigo. ─ Melhor você ir indo. Se minha vó descobre que tem um menino aqui ela conta pro meu pai, e meu pai me mata.

  ─ Não vai nem convidar pra jantar? ─ Steve perguntou na ironia.

  ─ Outro dia eu convido, prometo.

  ─ Vou cobrar. ─ Steve disse brincando e foi para a janela. ─ Até amanhã, baixinha. ─ O garoto desceu e foi para seu carro.

A menina acenou se despedindo do amigo. ─ Tchau. ─ Lydia sorriu e em seguida desceu para jantar e assistir televisão com seus avós.

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N/A:

meu deus a relação da Lyd e do Steve evoluiu muito. To feliz.

☆☆ não se esqueça do votinho!

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