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𝗫𝗫𝗜𝗜. I Love You

O senhor Matthews estava no antigo quarto da filha, com a porta trancada. Ele olhava a rua pela janela e tinha milhares de pensamentos na cabeça.

Por que ela não me disse nada?

Eu errei na criação dela?

Foi interrompido por batidas na porta. Frustrado, ignorou aquilo e continuou a linha de pensamento.

Mais uma vez as batidas na porta insistiam, e outra vez, e mais uma vez.

Cory abriu a porta de deu de cara com Farkle Minkus, que nem ao menos conseguia olhar direito no rosto do mais velho de tanta vergonha por tudo aquilo.

― Farkle... ― Cory murmurou, dando espaço para que entrasse. ― Esperava que viesse aqui. ― Se sentou na beira da cama antiga de Riley.

Farkle fez o mesmo.

― Senhor Matthews, me desculpe. ― Farkle disse enquanto enroscava os dedos da mão de tanto nervosismo. ― Nem mesmo eu sabia disso. Descobri fazem poucos dias.

― Independente disso, Farkle. ― O senhor Matthews encarou Farkle. ― Eu sei que a Riley também teve culpa, mas vocês deveriam ter tido mínimo juízo sobre o que estavam fazendo. Vocês eram jovens e mal tinham começado a vida.

― Eu sei... ― Minkus engoliu seco, e ouvia o sermão calado como uma criança.

― Você foi embora e não pensou que teria consequências? ― Exaltou-se. ― De todas as coisas que eu ensinei para vocês, uma das mais importantes foi sobre amizade, bom senso, e várias outras coisas que fariam vocês adultos que mudariam o mundo. Com meras lições, Farkle, e nem assim deu certo.

― Me desculpe, senhor. Eu deveria ter ficado, deveria ter ao menos ligado para saber como ela estava, mas eu fui um tolo. ― Disse cabisbaixo.

― Sim, Farkle. Você foi. ― Cory foi obrigado a concordar com tudo aquilo. ― Mas não carregue essa culpa sozinho. Riley fez muitas burradas sobre isso também. ― Suspirou. ― Sabe, a Sunny é uma criança incrível, gentil e alegre. Ela não tem culpa da irresponsabilidade de vocês dois, apesar de amarmos muito ela.

― Eu realmente não acho que a Sunny tenha culpa disso. ― Farkle disse rapidamente.

― Ótimo. ― Cory olhou para o nada, como se estivesse pensando em milhares de coisas enquanto conversava. ― Agora você sabe que é pai, e vai cuidar dela como se fosse a pessoa que você mais ama no mundo, porque ela é de sua responsabilidade. ― Deu ênfase no "sua".

― É claro, senhor Matthews. ― Respondeu. ― Eu tenho muito apego à Sunny desde que cheguei aqui.

― Eu não estava falando da Sunshine, Farkle. ― Cortou-lhe a fala. ― Eu estou decepcionado com a Riley, e com você também, mas ela precisa da sua ajuda agora. Ela ainda gosta muito de você, e nunca foi fácil para ela cuidar sozinha da Sunny.

― Eu vou cuidar das duas. ― Disse Farkle. ― Eu lhe prometo que vou.

― Está bem. ― Cory se levantou. ― Estou feliz que seja você, Farkle. Digo de coração. Mas eu ainda preciso de uma boa noite de sono, é coisa demais pra digerir de uma vez só... ― Comentou antes de sair do cômodo.

Enquanto isso, na sala, Maya ainda estava abraçada com Riley, que chorava silenciosamente no ombro da loira.

Honey, tá tudo bem. Você fez a coisa certa. ― Maya disse para a amiga enquanto fazia carinho no cabelo da mesma. ― Uma hora você disse que isso ia acontecer, e você foi forte para isso. Não tem porquê chorar mais.

― Depois de todo esse tempo o Farkle que era o pai da Sunny? ― Lucas perguntou em estado de choque ainda. ― Riley, por que não nos contou isso?

Maya lançou-lhe um olhar fatal para que ele calasse a boca e não fizesse mais perguntas. Riley limpou as lágrimas e se virou para o jovem.

― Eu só não estava pronta para a verdade, Lucas. Farkle tinha que estar aqui para isso acontecer, me desculpa. ― Ela estava ainda com lágrimas no rosto.

― Caramba... Ainda é informação demais para uma noite só. ― Lucas disse. ― Vem cá, Riley. ― Ele a puxou para um abraço e beijou o topo da cabeça dela. ― Não se preocupe, tá bem? Agora vai ficar tudo bem. A gente te ama e te apoia muito, ok? ― Ele colocou-a de frente para ele e olhou nos olhos dela, a fazendo sorrir.

― Obrigada, Lucas. ― Ela sorriu fraco e limpou a lágrima.

― Mamãe? ― Sunshine chamou-a.

― Oi, filha.

― Vocês estão tristes por quê o tio Farkle é o meu papai? ― A garotinha perguntou inocentemente, fazendo a mãe sorrir.

― Não, meu bem. Vai ficar tudo bem, tá certo? ― Pegou a filha no braço. ― Você tá bem?

― Demais! ― Respondeu animada. ― Eu pedi muito para Deus que o tio Farkle fosse meu papai. Agora somos uma família!

― Calma, princesa. ― Riley riu. ― Um passo de cada vez, okay?

― Vocês adultos são muito complicados. ― A menina cruzou os braços emburrada e ganhou um beijo amoroso da mãe, pela fofura da filha.

― Filha? ― Topanga finalmente saiu do transe que estava tendo na cozinha. ― Você não vai falar com o Cory?

― Hoje não, mãe. ― Riley suspirou. ― Ele deve estar absorvendo toda a informação ainda, e não vai querer falar comigo hoje.

― Tem certeza disso? ― Topanga perguntou.

― Pode ficar despreocupada, tá bem? ― Sorriu. ― Eu vou resolver isso. 

Topanga sorriu aliviada.

― Vem, Auggie. Vamos terminar aquela série de investigação criminal que você me indicou. ― Puxou o filho mais novo para dentro.

Poucos segundos depois Farkle apareceu,  um pouco tenso, e foi até Riley.

― Você quer ir embora? ― Ele perguntou.

― É o que eu mais quero agora. ― Riley respondeu.

― Nós estamos indo também. ― Lucas foi para saída com Maya. ― Boa noite, gente. 

― Podemos dormir na sua casa hoje? Se não for incômodo. ― Riley perguntou, um pouco envergonhada.

― Claro que pode, Riles. ― Disse. ― Vamos.

Os três saíram juntos e foram para o apartamento de Farkle. Sunshine já estava com muito sono e Farkle foi colocá-la para dormir no quarto de hóspedes do lado do quarto dele. 

Ele voltou para o quarto dele e viu Riley sentada na beira da cama olhando para o nada.

― Riles? ― Tirou-a do transe.

― Hey, Farkle. ― Ela o olhou. ― Eu já estava indo dormir com a Sunny. ― Se levantou rapidamente.

―Ela já está dormindo. Quer ficar aqui comigo? ― Perguntou.

― C-claro. ― Respondeu.

Farkle desligou a luz do quarto e ligou o abajour do lado da cama e se deitou ao lado dela.

― Então... Tá se sentindo melhor? ― Ele perguntou.

― Acho que sim. Imaginei que seria pior. ― Riu fraco. ― Você conversou com meu pai?

― Sim, mas não vamos falar sobre isso agora, por favor. ― Pediu.

― Tudo bem. Boa noite, Farkle. ― Disse Riley. 

― Riley?

― Hum?

― Te amo, sabia? ― Aquilo fez Riley corar fortemente.

― Também te amo, Farkle. ― Respondeu sincera.

Eles se olharam e colaram os lábios, dando um beijo romântico e sincero. Riley sorriu após o beijo e escondeu o rosto no pescoço de Farkle. 

Ele também sorriu com aquilo e abraçou a cintura dela, e os dois dormiram agarrados daquele jeito.

Demorei né? Desculpa.

O que acharam? Tô lendo todos os comentários de vocês 

Obrigada por tudo.

― xoxo, d.allen

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